Bissau - O chefe do comité restrito da CPLP, que se encontra de visita à Guiné-Bissau para debater a possibilidade de envio de uma missão de estabilização para o país, descartou hoje (segunda-feira) a hipótese de qualquer encontro com os militares guineenses para abordar o assunto.
Falando aos jornalistas, à saída de uma audiência com o ministro da Defesa guineense, que substitui o Primeiro-ministro, ainda em visita privada a Portugal, Georges Chicoti defendeu que a missão da CPLP "por enquanto, não vai se encontrar com os militares".
Mesmo com a insistência dos jornalistas, o secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola notou que a posição dos militares será conhecida no encontro que a delegação da CPLP deverá ter com o ministro da Defesa guineense, Aristides Ocante da Silva.
Sobre a reunião que tiveram hoje com Ocante da Silva, na qualidade de Primeiro-ministro substituto, Chicoti considerou o encontro proveitoso.
"Tivemos um encontro com o ministro da Defesa, que é o primeiro ministro em exercício, tivemos uma conversa detalhada muito interessante.
A CPLP quer naturalmente ajudar a Guiné-Bissau", defendeu Georges Chicoti.
"Viemos aqui para compreender como é que podemos ajudar a Guiné-Bissau, para continuarmos a trabalhar juntos, para relançar um processo que já existe sobre a questão da reforma e outras questões", afirmou o chefe da delegação lusófona integrada por responsáveis angolanos, cabo-verdianos, brasileiros e portugueses.
"A comunidade internacional está preocupada, alguns países da comunidade internacional estão a voltar atrás com os apoios à Guiné-Bissau", sublinhou Georges Chicoti quando questionado sobre o que a CPLP pretende com esta missão à Bissau.
Chicoti afirmou, contudo, que ainda não foi abordada a possibilidade da vinda de uma missão de estabilização à Guiné-Bissau, embora admita que o assunto poderá vir a ser falado.
"Ainda não se falou disso. Provavelmente vamos falar", destacou o responsável angolano.
A delegação da CPLP terá encontros de trabalho quarta-feira com os partidos com representação parlamentar, com o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba e com o delegado da Comissão Europeia, Franco Nulli.
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