domingo, 31 de março de 2013

CIMEIRA DA CEDEAO : Transição na Guiné-Bissau dura até final de 2013

Aspeto geral da cimeira da CEDEAO consagrada às crises na Guiné-Bissau e Mali

Aspeto geral da cimeira da CEDEAO consagrada às crises na Guiné-Bissau e MaliFotografia © Reuters


Os chefes de estado e de governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prolongaram hoje o período de transição da Guiné-Bissau até ao final do ano. A decisão saiu da 42.ª cimeira ordinária da organização, que decorreu entre quarta-feira e hoje em Yamoussoukro, na Costa do Marfim.

Segundo o comunicado final divulgado após a reunião, "a Cimeira decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31 de dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP)".

Na sequência do golpe de Estado de abril de 2012, as autoridades regionais tinham instituído um período de um ano para que a Guiné-Bissau organizasse eleições. Esse período iria até maio deste ano, mas as eleições, projetadas para abril, não se realizam no tempo estimado por ainda não terem sido criadas condições para tal.

Segundo o comunicado, com as conclusões da Cimeira, a CEDEAO reiterou o apoio à transição na Guiné-Bissau e felicitou a assinatura do Pacto de Transição por todos os principais partidos (o partido mais votado não tinha assinado o Pacto e só o fez recentemente).

"A conferência encorajou o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamadjo, a submeter um projeto de roteiro" realista à ANP para "a preparação e organização de eleições gerais livres, justas e transparentes antes do fim do ano de 2013", que o deve adotar "o mais rapidamente possível", dizem as conclusões da Cimeira.

A CEDEAO, acrescenta, instou a União Africana a apresentar rapidamente um relatório da missão conjunta que em dezembro do ano passado esteve no país. Esse relatório será outra forma de aumentar "os esforços visando criar um consenso junto dos parceiros internacionais sobre a situação na Guiné-Bissau".

A CEDEAO voltou a apelar à União Africana para que reconheça a transição em curso na Guiné-Bissau e levante as sanções contra o país, e pediu a todos os parceiros internacionais para que retomem a cooperação bilateral e multilateral com a Guiné-Bissau, diz o comunicado.

Os militares fizeram em abril de 2012 um golpe de Estado e afastaram os dirigentes eleitos. Desde maio que a Guiné-Bissau está a ser gerida por autoridades de transição. A maior parte da comunidade internacional não reconhece as autoridades de transição.

A CEDEAO mantém uma missão internacional militar na Guiné-Bissau, com mais de 600 efetivos, para apoiar o período de transição.

A Guiné-Bissau fez-se representar na cimeira da CEDEAO pelo Presidente de Transição. O secretário-executivo da CPLP, o moçambicano Murade Murargy, e o representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, o ex-Presidente timorense José Ramos-Horta, também estiveram presentes em Yamoussoukro.

Guiné-Bissau abriu hoje campanha de comercialização de caju

O Governo de transição da Guiné-Bissau abriu hoje oficialmente a época de comercialização da castanha do caju, sem anunciar o preço da compra e venda daquele que é o principal produto de exportação do país.

A cerimónia de aberta oficial da campanha de caju (que decorre entre março a setembro) teve lugar em Quinhamel, 40 quilómetros a noroeste de Bissau, na presença do primeiro-ministro do Governo de transição, Rui de Barros, vários ministros, alguns embaixadores e do representante do secretário-geral das Nações Unidas, José Ramos-Horta.

Ao som de música e sob o olhar atento de régulos (chefes tradicionais) da região de Biombo, o presidente da Agência Nacional de Caju (ANCA), Henrique Mendes, explicou que o Governo de transição "quer disciplinar o setor", iniciando com a certificação do caju produzido na Guiné-Bissau, indicando na embalagem de exportação todas as características do produto.

A partir deste ano também não será permitido ao exportador a compra do produto diretamente ao agricultor.

O Governo quer reduzir a fuga ao fisco entre os operadores na cadeia de compra e venda do produto, disse Henrique Mendes.

O presidente da ANCA frisou que o caju da Guiné-Bissau "é bem cotado no mercado internacional", mas considerou serem necessárias medidas para melhorar a imagem e a fileira.

"A Guiné-Bissau é o quinto produtor mundial atrás da Índia, Costa do Marfim, Vietname e Brasil, mas em termos de qualidade possui a melhor castanha e amêndoa do mundo", observou Henrique Mendes, para ilustrar os desafios para a melhoria da qualidade.

Em termos globais, o caju representa 98 por cento do total das exportações do país e mais de 16 por cento das receitas fiscais, notou o presidente da ANCA, destacando ainda que, em 20 anos, a Guiné-Bissau passou das 49 mil toneladas produzidas para 180 mil toneladas.

"Calcula-se que a plantação do caju no país seja de 210 a 220 mil hectares", afirmou Henrique Mendes, apontando o processamento local como a melhor alternativa.

O presidente da ANCA alertou, na ocasião, para "os perigos" que a Guiné-Bissau poderá vir a correr caso não opte rapidamente pela transformação local do caju em amêndoa.

"A Índia (principal comprador do caju no mundo) está a plantar de forma massiva, há um aumento de produção de outros países e tudo junto, associado à constante volatilidade dos preços do caju no mercado internacional, é um perigo sério para o nosso país", enfatizou Henrique Mendes.

Em simultâneo ao anúncio da abertura oficial da campanha de comercialização do caju, o primeiro-ministro guineense, Rui de Barros, procedeu a inauguração simbólica de três unidades de transformação do caju em amêndoa, construídas pela Líbia.

Lusa

Branqueamento de capitais é um problema real na Guiné-Bissau, diz relatório africano

Bissau, (Lusa) - O relatório do Grupo Intergovernamental de Ação Contra o Branqueamento de Dinheiro na África Ocidental (GIABA) diz que a Guiné-Bissau é um país "com grande vulnerabilidade com potencial para atrair criminosos" que se dedicam ao branqueamento de capitais.

O relatório anual que retrata a situação dos 16 países da Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO) que fazem parte do GIABA diz que a Guiné-Bissau, em 2011, continua a ser um "Estado frágil" a nível das estruturas do controlo, pelo que "é passível de ser procurado pelo crime internacional".

Hermenegildo Pereira, perito guineense do gabinete de luta contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, admitiu que a Guiné-Bissau ainda não possui uma legislação específica do próprio país para o combate ao flagelo.

"Se não fosse a lei uniforme (da CEDEAO) não teríamos nenhuma lei para lutar contra esse problema", notou Pereira.

O perito afirma que até hoje não houve uma única condenação decorrente de crime de branqueamento de capital ou financiamento do terrorismo na Guiné-Bissau, apesar de existirem indícios desses crimes no país.

"É um problema não só existente como preocupante, porque tem consequências jurídicas, sociais, económicas e politicas. O branqueamento de capitais traz a falta de estabilidade política com a interferência dos narcotraficantes na atividade política", observou Pereira.

No relatório do GIABA lê-se que os criminosos que procurarem a Guiné-Bissau sabem das fragilidades do país por possuir várias ilhas desabitadas no arquipélago dos Bijagós, uma zona costeira porosa e uma estrutura débil de policiamento.

Diz ainda o relatório que dos 178 países do mundo analisados em 2001 sobre os índices de perceção da corrupção e transparência internacional, a Guiné-Bissau figurou no lugar 154, posição que continua a ocupar em 2012.

Hermenegildo Pereira corrobora esses dados e adianta que a situação "é deveras preocupante", dando o exemplo da fragilidade do sistema financeiro, citando "a vulnerabilidade dos bancos" perante o branqueamento de capitais.

O relatório do GIABA diz que apenas cinco por cento da população usa o sistema bancário para as suas transações.

"Imaginemos que os branqueadores (de dinheiro) decidem um dia retirar os seus depósitos num banco. O que seria do sistema bancário?", questionou Pereira, salientando haver "uma clara falta de vontade política" para atacar o problema, que diz ser "do conhecimento dos atores políticos".

O perito guineense afirmou não estar na posse de dados concretos que apontem para o financiamento do terrorismo a partir da Guiné-Bissau, mas ressalvou que relatórios das Nações Unidas indicam que há indícios nesse sentido.

Hermenegildo Pereira lembrou que no passado recente foram apanhados na Guiné-Bissau "alguns elementos ligados ao Al-Qaida".

"Mas em relação ao branqueamento de capitais sentimos isso, por ser um crime instrumental", defendeu Pereira, observando que se manifesta sobretudo através do dinheiro proveniente do tráfico de droga.

"O tráfico de drogas existe. Não estou a inventar. Vimos, por exemplo, funcionários públicos que investem dinheiros que não correspondem com aquilo que ganham. Isso é uma forma de branquear o dinheiro", afirmou Hermenegildo Pereira, magistrado destacado pelo ministério da Justiça para integrar a Centif (Célula Nacional para Tratamento de Informações Financeiras).

A célula guineense do GIABA, em colaboração com a responsável de comunicação da organização, juntou hoje em Bissau cerca de centena e meia de jovens para lhes falar dos perigos do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo na sociedade contemporânea.

MB // MLL

Lusa

Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau diz que Governo de transição "não está a governar nada"

    Bissau - O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Ibraima Sory Djaló, acusou hoje (quinta-feira) o Governo de transição de inoperância e apontou as greves dos trabalhadores da função pública e a falta de energia, de água e de salários como exemplos. 

    Falando para cerca de uma centena de alunos das escolas públicas que se manifestaram hoje em frente do Parlamento, Sory Djaló pediu calma aos alunos, dizendo-lhes que está solidário com a sua luta. 

    "Estamos solidários com os alunos e os professores da Guiné-Bissau, porque a única herança que podemos deixar para os jovens de hoje é a formação, não são carros, casas ou quintas. Lamentavelmente neste momento estamos muito tristes e preocupados porque não há aulas", afirmou o presidente do Parlamento guineense. 

    As escolas públicas da Guiné-Bissau estão encerradas há uma semana devido à greve dos professores. A paralisação, convocada para 30 dias, é em sinal de protesto pelo incumprimento do Governo dos acordos celebrados com os docentes em relação ao pagamento de salários em atraso e efectivação de professores novos no sistema. 

    O presidente do Parlamento apelou aos alunos para que tenham calma, mas acusou o Governo de não estar a dar resposta às necessidades da população.

    "Não há aulas, não há água (canalizada), não há energia elétrica (da rede publica), não há nada, senão problemas e mais problemas", frisou Sory Djaló, lembrando aos alunos a polémica que opõe o Parlamento ao Governo de transição. 

    "Este Governo não quer se sujeitar ao controlo constitucional do Parlamento. O Governo quer passar sem prestar contas a ninguém, mas que saiba, que fique a saber que isso não irá acontecer. Não vamos desarmar", avisou o presidente do Parlamento guineense. 

    Sory Djaló disse ainda que não se pode permitir um país sem escolas para os jovens. 

    "Que o Governo pague aos professores. Diz que não comeu o dinheiro (do Estado), então onde é que o dinheiro do Tesouro Publico está?", questionou Djaló, perguntando ainda por que motivo até hoje não foi pago o salário do mês de fevereiro. 

    "Quero pedir-vos calma para vermos o que aí vem, porque este Governo não está a governar nada, porque não tem condições de governar ninguém, sobretudo aqueles ministros que lá estão, oriundos de pequenos partidos", enfatizou o presidente do Parlamento, merecendo palmas dos alunos. 

    Sory Djaló, que recebeu um manifesto de protesto dos jovens, disse que vai analisar o documento na plenária do Parlamento e de seguida fará com que chegue ao seu destinatário.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Crise Entre Governo e parlamento ameaça "Transição" na Guiné-Bissau

A Liderança da CEDEAO Entre OS INTERNACIONAIS Organismos envolvidos nd Guiné-Bissau ESTA estabelecida, APOS PERIODO DE hum quezílias. O PERÍODO de Transição Devera culminar los Dezembro, com a Realização de Eleições. Sobre Este prlongado PERÍODO de Transição paira uma Ameaça de Conflito Entre o parlamento, democraticamente eleito e dominado Pelo PAIGC, EO Governo Saido fazer golpe de Abril, de Que o partido ESTA fóruns.

Segundo o Observatório dos paises de Língua Oficial Portuguesa (OPLOP) da Universidade Federal Fluminense, Brasil, nenhuma "debates sistema operacional não fazer interior Único Órgão Que possui legitimidade Democrática [a Assembleia Nacional Popular] PODEM constituir-se los ameaça".

"Uma Crise internacional, Entre o Executivo EO Legislativo, poderia comprometer o Planeamento da CEDEAO".Projetada parágrafo Ser concluída não final deste Ano, um ESTA Transição um Agustinianos como "Diretrizes impostas externamente", Pela CEDEAO e other Parceiros INTERNACIONAIS (ONU, UA e CPLP). "Sob o protagonismo da COMUNIDADE DOS ESTADOS Africanos Ocidentais, o Que ESTA los Jogo e A Sobrevivência deste` Frágil Estado '", adianta o OPLOP não Artigo" A Transição Adiada nd Guiné-Bissau ", Publicado há Seu Último boletim.

De a Acordo com o Comunicado oficial deste 42 º Encontro da Organização ", uma Cimeira decidiu prolongar o PERÍODO de Transição nd Guiné-Bissau ATÉ 31 de dezembro de 2013, tendão los Conta O Processo los Curso nd Assembleia Nacional Popular (ANP)". Órgão Soberano Onde o PAIGC detém uma maioria qualificada nn Assentos, uma ANP e Uma Única Instituição Que NAO FOI dissolvida apos o golpe de Abril. Ao parlamento guineense recomendada FOI uma adopção fazer referido Documento "o Mais rapidamente Possível".

"  This decisão, POR Outro Lado, sepultou como Disputas Entre OS INTERNACIONAIS Organismos Diante da Crise bissau-guineense. ASSIM, provavelmente, um CEDEAO exercerá Seu protagonismo los paz ", Afirma o OPLOP. A Cimeira de Fevereiro, a nomeação de hum Governo provisório UO o ​​MoDo Como encorajou uma reconstituição da Assembleia Nacional ea consequente vinculação fazer PAIGC AO Processo Dão à CEDEAO O Papel de Destaque nestes Quase Dois Anos passados ​​DESDE o golpe de Bissau, adianta.

Manuel Serifo Nhamajo, Presidente interino da Guiné-Bissau encorajado FOI um remeter à ANP hum Projecto Pará Um de preparação "Eleições Gerais livres, equitativas de e Transparentes" Antes do Fim do Ano.

O Presidente da Comissao da COMUNIDADE Económica dos ESTADOS da África Ocidental, Kadré Désiré Ouedraogo, considerou Positiva a Evolução da Crise nd Guiné-Bissau. APOS UM Encontro com José Maria Neves, Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Kadré Ouedraogo Disse Que tinha Esperança de Que Qué como crises afectam o Mali ea Guiné-Bissau "estejam ultrapassadas ATÉ finais deste Ano".

quinta-feira, 28 de março de 2013

Ensino Portugal reabilita escola para cegos na Guiné-Bissau

A Cooperação Portuguesa na Guiné-Bissau financiou a reabilitação e ampliação da escola para cegos de Bissau, um projecto que custou 231 mil euros e que vai servir mais de cem alunos.

Portugal reabilita escola para cegos na Guiné-Bissau

O apoio, através do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, permitiu a reabilitação de três salas de aula e respectivas instalações sanitárias e a construção de outras tantas salas e mais cinco sanitários.

Segundo fonte da cooperação portuguesa, foram ainda construídos mais quatro gabinetes de direcção, duas oficinas de formação profissional, uma cozinha, entre outras estruturas de apoio, numa área de cerca de 400 metros quadrados.

Portugal ofereceu também mesas e cadeiras para as salas de aula.

A ‘Escola Bengala Branca’ pertence à Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos Cegos - AGRICE, que faz parte de 18 associações da sociedade civil que integram a Rede de Protecção Social da Guiné-Bissau, apoiada pela Cooperação Portuguesa.

Portugal pede compromisso da comunidade internacional com estabilidade na Guiné-Bissau

Lisboa, 27 mar (Lusa) -- Portugal apelou hoje na Assembleia Geral da ONU a um "compromisso" da comunidade internacional com a "estabilidade e desenvolvimento" na Guiné-Bissau, que acompanhe a normalização interna do país.

"A reposição da ordem constitucional tem de ser acompanhada de um compromisso da comunidade internacional em relação à estabilidade e desenvolvimento" da Guiné-Bissau, disse no plenário da ONU o encarregado de negócios da missão de Portugal na ONU, Luís Gaspar da Silva.

Falando no debate anual da Assembleia Geral sobre a Comissão de Consolidação da Paz (CCP), Gaspar da Silva defendeu que este organismo deve dar apoio político ao gabinete da ONU na Guiné-Bissau, cujo modelo de operação está a ser revisto, na sequência da nomeação do novo enviado especial, José Ramos-Horta.

Ramos-Horta garante que não há fome na Guiné-Bissau

José Ramos-Horta, representante da ONU na Guiné-Bissau

Bissau - O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, ex-presidente de Timor Leste, apelou à comunidade internacional para aumentar a assistência humanitária à Guiné Bissau e defendeu a normalização de relações com os países lusófonos.

A declaração foi feita por ocasião da visita a Bissau do secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o diplomata moçambicano Murade Murargy, a convite de Ramos Horta.

Ramos Horta disse não existir fome no país, mas sim subnutrição, de acordo com a rádio francesa RFI. A declaração foi uma reacção ao anúncio do Programa Alimentar Mundial de estar com dificuldades financeiras para transportar alimentos para acudir 300 mil pessoas necessitadas.

O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau disse também que as autoridades bissau-guineenses deviam aproveitar a presença do secretário executivo da CPLP para normalizarem as relações com o bloco lusófono.

Murade Isaac Murargy chegou segunda-feira a Bissau e até quarta-feira não tinha sido  recebido nem pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, nem pelo primeiro-ministro, Rui Barros.

José Ramos-Horta, entrevistado por Mussá Baldé

(01:30)
 

 

A União Europeia patrocina o museu "Ambiente e Cultura” em Guiledje

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quarta-feira, 27 de março de 2013

Unilab prorroga prazo de entrega da documentação dos candidatos inscritos na Seleção de Estrangeiros

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), sediada no município de Redenção, estado do Ceará (Brasil), divulgou nesta quarta-feira (27) o Edital Nº 10/2013, referente a abertura de novo prazo para entrega de documentos dos candidatos que se inscreveram na Seleção de Estrangeiros 2013.1 para os cursos de Graduação da Unilab. Agora, é possível entregar a documentação exigida até às 12h do dia 09 de abril, nas Missões Diplomáticas Brasileiras de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Será excluído do processo seletivo o candidato que, após a verificação de seus documentos, não tiver apresentado a documentação exigida.

De acordo com o calendário, a prova de Redação será aplicada também no dia 09 de abril, em horários e locais que ainda serão divulgados no Portal da Unilab e nas Missões Diplomáticas do Brasil dos países parceiros. O resultado preliminar da avaliação vai ser divulgado no dia 22 de abril também no Portal da Unilab. Os candidatos aprovados deverão confirmar o interesse de matrícula até o dia 30 de abril nas Missões Diplomáticas do Brasil. As orientações serão divulgadas pela internet.

Para ter acesso ao calendário e ao Edital N° 10/2013, acesse o link:

http://www.unilab.edu.br/noticias/2013/03/27/prorrogado-prazo-para-entrega-da-documentacao-dos-candidatos-inscritos-na-selecao-de-estrangeiros/

Abertura de inscrições para a Oficina de Interpretação de Bissau

Encontram-se abertas, até 5 de Abril de 2013, as inscrições para a oficina de Interpretação de Bissau. Esta oficina insere-se no projecto P-STAGE, uma parceria da AD – Acção para o Desenvolvimento com a Cena Lusófona e o Elinga Teatro (Angola) financiada pelo programa ACP Cultures do Secretariado do Grupo de Países de África, Caribe e Pacífico (ACP) da União Europeia.

A formação resultará na apresentação de um exercício-espectáculo, a apresentar em Bissau. Do grupo de formandos serão ainda seleccionados dois actores/actrizes para integrar o elenco internacional da produção “As Orações de Mansata”, de Abdulai Sila, a produzir em 2013, no âmbito do projecto P-STAGE.

PSTAGE_cenabertaCom uma duração de 4 semanas, de 8 de Abril a 4 de Maio, esta oficina destina-se a actores e actrizes de teatro, maiores de 18 anos, e terá como formador o actor, autor, guionista  e encenador galego Cándido Pazó.

Para proceder à inscrição, os/as interessados/as devem preencher ficha  disponível  online [emhttp://pstage.files.wordpress.com/2013/03/oficinagb-inscricao.pdf] remetendo-a, devidamente preenchida, para o Centro de Intercâmbio Teatral de Bissau ao cuidado de Jorge Quintino Biague. 

Para mais informações consulte pstage.wordpress.com.

Cándido Pazó

Cándido Pazó (Vigo, 1960) é actor, autor teatral, guionista de séries televisivas e encenador, este galego tem já inúmeros espectáculos premiados como por exemplo: “Commedia, un xoguete para Goldoni” (Prémio Compostela 93 e Prémio de la Crítica del País Valenciano 94), “Nano” (Prémio María Casares 99), “García” (Prémio María Casares 2005), “Emigrados” (Prémio Max 2008).

Ao vivo, na rádio ou na televisão, Cándido Pazó é assíduo em locais onde se programem todo o tipo de espectáculos orais: histórias, contos, humor, monólogos, narrações, etc.

Actuou como narrador e participou em seminários sobre a oralidade nas Universidades de Santiago, Vigo, Coimbra, Salamanca, Barcelona, Minho, Varsóvia, Cracóvia, Montevideo, Bogotá, entre outras.

Foi seleccionado pelo Fórum Barcelona 2004 para fazer temporada no seu espaço dedicado à oralidade.

Autor da maioria das suas histórias (ainda que também recorra à tradição e à literatura) enquadra-se no chamado conto taberneiro ou de tertúlia onde anedotas, acontecimentos e personagens se sucedem numa demonstração de que a realidade supera a ficção

Nesta 4ª edição, o FESTin convida Gramado, homenageia Angola e realiza o I Encontro Internacional de Jornalistas de Cinema


O 
FESTin regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, entre 3 e 10 de abril de 2013, para a sua quarta edição.

Entre as novidades na programação, destaca-se uma homenagem ao prestigiadoFestival de Cinema de Gramado (Brasil) que, entre diversos filmes premiados, traz a Lisboa a estreia do filme Colegas, protagonizado por três atores com Síndrome de Down, que está a ser um fenómeno de sucesso no Brasil; o cinema de Angola será também homenageado através de uma parceria com o IACAM – Instituto Angolano de Cinema Audiovisual e Multimédia. Haverá ainda uma maratona de documentários, umamostra infanto-juvenil e o I Encontro Internacional de Jornalistas de Cinema, que reunirá pela primeira vez profissionais ligados ao jornalismo, crítica e divulgação cinematográfica num debate sobre o setor.

Estas sessões vêm juntar-se ao programa habitual do FESTin, constituído por duassessões competitivas (longas e curtas-metragens), Mostra de Cinema Brasileiro(longas e curtas-metragens) e Mostra de Inclusão Social, para além de oficinas de iniciação ao cinema para crianças e jovens e mesas redondas.

O festival abre no dia 3 de abril, às 21h, com O Grande Kilapy, o mais recente filme do realizador angolano Zezé Gâmboa e o primeiro a ser exibido na sessão competitiva de longas-metragens. Protagonizado pelo ator brasileiro Lázaro Ramos, o filme resulta de uma coprodução entre Angola, Portugal e Brasil.

Ao longo de uma semana serão exibidos 75 filmes, entre longas e curtas-metragens de ficção, documentário e animação, provenientes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Uma vez mais destaca-se a forte presença de filmes oriundos do Brasil, que continua a concorrer em peso ao FESTin.

Para além de um novo troféu desenhado pelo artista plástico Marcos Marin, o FESTin espera que, com o apoio do público, seja possível atribuir um valor monetário aos vencedores das melhores longas e curtas-metragens eleitas pelo júri, através de uma campanha de financiamento coletivo em vigor até ao fim de março no site da Zarpante através do link 
www.zarpante.com/investment/festin-2013-1109. A campanha é um sucesso e já arrecadamos 78% da meta pretendida.

Os bilhetes para o festival têm um custo de 3€ (bilhete normal); 2,50€ (menores de 25 anos e maiores de 65 anos:); Maratona: 1,50€ (bilhete para uma sessão); 5€ (bilhete para um dia); 1,50€ (Estudantes) e Grupos de 10 pessoas: 1,50 € por pessoa.

Produzido pela Padrão Actual, em coprodução com o Cinema São Jorge e a EGEAC-CML, o FESTin surgiu em 2010, com o objetivo de celebrar e fortalecer a cultura lusófona através do cinema, num ambiente de partilha, intercâmbio e inclusão social. Em 3 edições completas e 5 mostras itinerantes em Portugal e no Brasil, o FESTin teve um público total de cerca de 10 mil espetadores.

Toda a programação pode ser consultada 
aqui

www.festin-festival.com | www.facebook.com/festin.lisboa | 
www.twitter.com/festinlisboa

ONU adia ajuda alimentar para Guiné-Bissau por falta de fundos

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse terça-feira na Suíça que foi forçada a adiar o envio de ajuda alimentar para cerca de 300.000 pessoas na Guiné-Bissau, devido à falta de fundos para custear a operação.

Segundo a porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU em Genebra, Elisabeth Byrs, "a assistência estava agendada para começar a 1 de Março de 2013, mas as operações estão paralisadas" porque, até agora, não recebeu nenhuma doação.

Para voltar a fornecer ajuda alimentar a 278.000 guineenses, "incluindo jovens mães e crianças em risco de desnutrição", o PAM "necessita urgentemente de 7,1 milhões de dólares" (cerca de 5,49 milhões de euros), alertou Elisabeth Byrs.

"Não podemos comprar comida sem dinheiro", lamentou.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, onde 69% dos 1,6 milhões de habitantes vivem com menos de dois dólares (1,5Euro) por dia e 33% com menos de um dólar (77 cêntimos de euro), disse Elisabeth Byrs.

"Muitas famílias não têm escolha a não ser vender o seu gado e outros bens essenciais para colocar comida na mesa da família", sublinhou.

De acordo com a porta-voz do PAM, a taxa de desnutrição aguda naquele país é de 6% da população, chegando aos 8% nalgumas regiões.

Além da pobreza, o país debate-se com uma grave instabilidade política desde que se tornou independente de Portugal, em 1974, devido ao conflito entre o exército e o Governo.

Um golpe de Estado registado em Abril do ano passado, que derrubou o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o presidente Raimundo Pereira, piorou o cenário.

"Nos últimos anos, a Guiné-Bissau sofreu uma série de problemas que levaram ao agravar da situação alimentar", adiantou a porta-voz, referindo que tudo isto também afectou a produção de caju, uma das principais exportações do país.

O PAM fornece refeições a 85.000 crianças através de programas de alimentação nas escolas, permitindo que algumas meninas levem comida para casa e lhes seja, por isso, autorizado o acesso à escola, afirmou a representante.

O Programa Alimentar Mundial visa ainda fornecer comida suplementar a cerca de 5.000 crianças desnutridas com menos de 5 anos e a 1.960 grávidas e mães desnutridas.

Em 2012, o programa da ONU chegou a 211.300 pessoas através da saúde escolar, alimentação, nutrição e projectos comunitários, dando assistência alimentar em troca de trabalho.

Fonte: Angop

terça-feira, 26 de março de 2013

Ex-governante do Executivo de Carlos Gomes Júnior ouvida pelo MP sobre alegado desvio de fundos

Bissau - A ex-secretária de Estado de Orçamentos e Assuntos Fiscais do Governo de Carlos Gomes Júnior foi ouvida, esta segunda-feira, 25 de Março, no Ministério Público.

A informação foi avançada  por uma fonte familiar, que adiantou que Gabriela Fernandes foi intimada sobre o alegado desaparecimento do fundo doado pelo Governo angolano à Guiné-Bissau.


Neste mesmo processo sobre o alegado desvio desta verba, a então ministra da Economia, Helena Noseline Embalo, foi igualmente ouvida, na passada semana, pelo Gabinete de Luta Contra Corrupção junto do Ministério Público.


José Mário Vaz foi informado, na mesma semana, sobre a sua interdição de viajar para fora de Bissau sem autorização prévia do Ministério Público, sob pena de acusação por crime de desobediência.


JOMAV recebeu esta advertência depois da sua digressão pela região de Oio, Norte do país, no âmbito da intenção de se candidatar à Presidência do partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).


Esta atitude de Abudu Mane junto do Ministério Público está a ser considerada, em grande escala, pelos analistas, como uma autêntica e clara perseguição aos ex-membros do Governo deposto pelo golpe de Estado, a 12 de Abril de 2012.


De recordar que, aquando da sua visita ao Ministério do Interior, em Janeiro, Abudu Mane garantiu «fazer barulho» no Ministério Público guineense.

A CPLP nunca esteve ausente da Guiné-Bissau -- secretário executivo

Murade Isaac Murargy, secretário executivo da CPLP

Bissau, 25 mar (Lusa) - O secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, afirmou hoje em Bissau que a organização lusófona nunca esteve ausente da Guiné-Bissau.

À chegada hoje ao aeroporto internacional de Bissau, Murade Murargy explicou que veio à Guiné-Bissau com o objetivo de constatar pessoalmente qual a real situação do país e propor à CPLP a melhor forma de ajudar para encontrar a paz e estabilidade.

"Venho numa missão de paz e de amizade da CPLP, trazer a nossa solidariedade para com a Guiné-Bissau e conhecer melhor a situação neste momento e ver em que medida a CPLP pode ajudar a encontrar a paz e estabilidade. Esse é o objetivo, conhecer a situação real do país", afirmou Murargy naquela que é a sua primeira visita à Guiné-Bissau.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Desnutrição afeta mais de 170 mil crianças da Guiné-Bissau - Ministério da Saúde

Bissau, 25 mar (Lusa) - A desnutrição afeta mais de 170 mil crianças da Guiné-Bissau, segundo o último inquérito realizado, disse hoje o diretor geral de Prevenção e Promoção de Saúde, que fala de falta de alimentos mas sobretudo de más práticas.

Umarú Ba falava à agência Lusa no âmbito de uma formação sobre desnutrição aguda em Bissau destinada a enfermeiros, médicos, diretores regionais de Saúde, organizações não governamentais e entidades religiosas.

Na Guiné-Bissau, segundo o último inquérito, realizado em 2012, "há uma prevalência de má nutrição nas crianças até aos cinco anos de 6,5 por cento e isso é preocupante para nós, temos de trabalhar muito", disse o responsável.

Co-fundador do PRID: Sandji Faty integra lista de Aristides Gomes no regresso ao PAIGC

Publicação1.pub2Bissau - O ex-coordenador do Serviço Nacional de Fiscalização de Actividades de Pesca (FISCAP) e um dos fundadores do Partido República da Independência e Desenvolvimento (PRID), anunciou, durante este fim-de-semana, 23 de Março, o regresso ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Trata-se de Sandji Faty, que faz parte da lista de Aristides Gomes, tal como José Braima Dafe, Mário Martins e outros antigos dirigentes do PRID.


Sobre a candidatura, Aristides Gomes disse ter sido bem recebido e encorajado na busca de soluções para o país.


«O nosso regresso é um marco no caminho que escolhemos para a solução dos problemas da Guiné-Bissau», disse Aristides Gomes, que condenou os golpes de Estado ocorridos no país, tendo lembrado que, na altura, a sua mensagem não foi compreendida por muitos no interior do partido.


«Neste momento todos os estudiosos chegaram à conclusão que o problema da Guiné-Bissau passa pela instabilidade política», referiu Aristides Gomes, convidando os intelectuais guineenses a seguirem estatísticas nacionais, que dizem que tudo aumentará caso, no mínimo, se registe um certo período de acalmia.


«Dentro de pouco tempo podemos avançar, basta haver um pouco de estabilidade», referiu o candidato.


Aristides Gomes afirmou ainda ter chegado à conclusão de que ganhar eleições não é suficiente, pelo que é necessário um trabalho com base numa ideologia firme, princípio e na unidade das pessoas, deixando as promoções pessoais.


Ele reconheceu ter sido difícil abandonar PAIGC, lugar onde aplicou a sua juventude.


No encontro estiveram vários dirigentes do PAIGC, com destaque para o seu Primeiro vice-Presidente Manuel, Saturnino Costa.

União Africana determinada em reformar o Exército da Guiné-Bissau

O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano".

Bissau - O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou, segunda-feira (25), à PANA que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano".

"Esta reforma é possível. Ela deve ser feita no interesse do país e os militares bissau-guineenses devem compreender que ela não é dirigida contra eles”, afirmou o ex-ministro santomense dos Negócios Estrangeiros.

País oeste-africano fronteiriço com o Senegal, a Guiné-Bissau é palco de golpes de Estado repetitivos e de revoltas militares desde a sua independência de Portugal em 1974.

A Guiné-Bissau é atualmente dirigida por um regime de transição instalado após o golpe de Estado militar que destituiu em abril de 2012 o poder civil.

"Isto deve cessar, os militares devem voltar definitivamente aos seus quartéis. Apenas a este preço poderá ser construído um Estado republicano. A UA e o resto da comunidade internacional estão prontas para ajudar os guineenses a livrar-se desta situação”, disse Ovídio Pequeno.

Enquanto uma reforma do Exército bissau-guineense está programada sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) , o processo enfrenta dificuldades para ser lançado devido à hostilidade de vários oficiais.

O Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, recebeu recentemente em Ouagadougou o chefe do Estado-Maior do Exército bissau-guineense, António Indjai, para exortar a hierarquia militar a aceitar a reforma dos setores da defesa e da segurança.

Fonte PANA

Artigo de opinião : Bubo Prepara Ataque

 

by pasmalu

António Bubo Na Tchuto, abandonou o silêncio e aparente inactividade que tinha vindo a adoptar, para começar o assalto ao poder militar.

Serve-se do  momento de grande divisão interna dentro das Forças Armadas para aproveitar o cada vez maior isolamento e contestação ao CEMGFA, António Indjai, para exigir o seu regresso a Chefe da Armada.

Ler mais:

http://novasdaguinebissau.blogspot.pt/p/canal-livre-opiniao.html

domingo, 24 de março de 2013

Cooperação: ONGD ‘Casa dos Direitos’ celebra um ano de vida

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A Casa dos Direitos, uma ONGD da Guiné-Bissau, assinala a 27 de março o seu 1º aniversário, celebrando os direitos das crianças com diversas atividades na sua sede em Bissau, anuncia a organização num convite distribuído.

As celebrações contarão com a presença do Represente Especial do Secretário-geral das Nações Unidas, o antigo Presidente timorense José Ramos-Horta, e da deputada guineense Aba Serra, Presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para os Direitos da Mulher e da Criança.

A ‘Casa dos Direitos: Redes e Recursos para o Desenvolvimento’ define-se a si própria, no seu sítio na internet, como «uma iniciativa promotora de diálogo entre diversos setores da sociedade guineense, à volta da realização de um conjunto de direitos - económicos, sociais, culturais, cívicos, ambientais - numa abordagem de identificação dos problemas e valorização das soluções». Pretende também ser «um espaço de encontro e de trabalho, com um centro de recursos e sala de exposições e debates, aberto também a iniciativas de outros».

A ‘Casa’ tem a sua sede na mais antiga esquadra de Bissau, cedida pelo Governo guineense, recuperada e adaptada no quadro de um projeto cofinanciado pela Cooperação Portuguesa e pela Fundação Calouste Gulbenkian, indica a ONGD.

A criação da ‘Casa dos Direitos» resulta, segundo o seu sítio, de uma parceria alargada envolvendo organizações da sociedade civil guineense, portuguesa e internacional.

No quadro da celebração de dia 27, com o apoio entre outras entidades do Camões, IP, a ‘Casa dos Direitos’ anuncia o lançamento do livro Desafios – Direitos das Crianças na Guiné-Bissau, «com histórias de realização ou violação de direitos de crianças e jovens guineenses, escritas por várias gerações de escritores, sobretudo guineenses e ilustradas com imagens recolhidas por crianças e jovens em bairros de Bissau».

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Será também inaugurada uma exposição fotográfica coletiva com imagens que integram o livro e serão ainda exibidos breves documentários, produzidos pela TV Klelé, em que as crianças e os jovens são os protagonistas.

Em 2012, a ‘Casa dos Direitos’ dedicou o seu primeiro ano aos direitos da mulher, apresentado como «tema anual» que esteve no centro das suas atividades de «informação, formação e sensibilização, com organizações da sociedade civil, jornalistas, professores, parlamentares», com recurso ao seu sítio (casadosdireitosguinebissau.org), a folhetos, exposições, documentários, estudos e reportagens. No próximo ano o tema será o ambiente.

Mais de seis mil lares no interior da Guiné-Bissau têm a partir de Sexta feira iluminação solar

Bissau,  (Lusa) - Mais de seis mil lares no interior da Guiné-Bissau têm  a partir de Sexta feira iluminação solar, num projeto montado por uma organização não governamental que quer ajudar a erradicar a pobreza e o analfabetismo no país.

Segundo Idrogidro Barbosa, um dos responsáveis da ONG Effective Intervention, o projeto Energia para o Povo, a ser lançado hoje na aldeia de Nhala, no sul da Guiné-Bissau, visa levar a iluminação a 6500 lares em 120 tabancas (aldeias) nas regiões de Quinará e Tombali, zonas onde não há energia elétrica.

O responsável do projeto explicou à Lusa que a ideia é ajudar a combater a pobreza e o analfabetismo naquelas zonas da Guiné-Bissau através do recurso à energia solar que irá possibilitar o aumento da frequência escolar das crianças e raparigas, produção de alimentos e ainda dar oportunidade de lazer nas tabancas.

A União Europeia apoia o resgate da história da escravatura de Cacheu

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Profissionais da RDN desafiam Governo de transição

Bissau - O Sindicato de Base da Radiodifusão Nacional (RDN) recusou acatar as ordens do Governo de transição, no que respeita à não difusão das notícias relativas aos candidatos à Presidência do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

De acordo com Aliu Seidi, Presidente do Sindicato de Base da referida emissora, a medida do Executivo precisa de fundamentos legais, por se tratar de uma medida verbal que não envolve qualquer responsável pela pasta da comunicação social.


«Ouvimos dizer que as notícias sobre estas candidaturas não podem ser difundidas mas, até então, não temos um documento oficial que proíba este acto», referiu Aliu Seidi, acrescentando que em nenhuma ocasião a medida será respeitada.


O Presidente do Sindicato de Base da RDN deu o exemplo do próprio Diretor-geral da estação, que gravou um «spot» publicitário de outro candidato, neste caso Aristides Ocante da Silva.


De recordar que, no final de 2012, aquando do Congresso do Partido da Renovação Social (PRS), bem como de outras formações políticas que realizaram os respectivos congressos no início de 2013, foram alvos de notícias, por parte de toda a imprensa, sem que a medida de interdição tivesse sido «lembrada», pelo Governo de Rui Duarte Barros.

LGDH exige fim de ordens ilegais a jornalistas

Bissau - A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) exigiu ao Governo de transição que termine as ordens que considerou «ilegais e de censura», nos órgãos de comunicação social públicos, por violarem os princípios de igualdade garantidos pela Constituição da República.

A posição da LGDH foi tornada pública esta quinta-feira, 21 de Fevereiro, em reacção à denúncia do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) que, ainda esta semana, revelou que nos últimos tempos os jornalistas de diversos órgãos tem vindo a ser alvos de actos de intimidação e de perseguição devido à abordagem de assuntos considerados delicados por alguns quadros políticos, judiciais e da sociedade castrense.


A LGDH condenou com firmeza todas as manobras de intimidações e perseguições contra os jornalistas nacionais.


«Exigimos o levantamento imediato de todas as ordens de censura, por violarem os princípios de igualdade», diz a organização.
A Liga solidarizou-se também com o sindicato de jornalistas e com o sindicato de Base da radio Nacional da Guiné-Bissau, no sentido de prosseguirem as suas legitimas lutas pela defesa intransigente de uma imprensa independente, livre e objectiva.


Por último, a organização manifestou a sua determinação no combate, sem tréguas, a todas as acções que tendam a limitar ou a restringir, de forma abusiva, os princípios da liberdade de imprensa e da expressão na Guiné-Bissau.

Angola continua interessada na exploração de bauxite na Guiné-Bissau - ministro

Luanda, 21 mar (Lusa) - O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, disse hoje em Luanda que Angola continua interessada na exploração de bauxite na Guiné-Bissau, mas para isso é preciso que haja "um ambiente de paz".

Georges Chicoti reagia a recentes acusações do governo guineense de Angola, que devia explorar bauxite (minério a partir do qual é produzido o alumínio) no leste da Guiné-Bissau, nada ter feito desde que assinou o contrato de exploração, há sete anos.

As acusações feitas pelo ministro dos Recursos Naturais do Governo de transição da Guiné-Bissau, Daniel Gomes, numa entrevista recente dão conta ainda que a empresa Bauxite Angola não apresentou estudos de impacto ambiental e de viabilidade económica conforme previsto no contrato.

UNICEF na Guiné-Bissau alerta para perigos de água insegura

A diarreia é responsável por uma em cada cinco mortes de crianças na Guiné-Bissau, onde só metade da população das zonas rurais tem acesso a água potável, lembrou hoje em Bissau a UNICEF.

A propósito do Dia Mundial da Água, que se comemora na sexta-feira, o escritório da UNICEF em Bissau diz que 31 por cento da população da Guiné-Bissau (quase 500 mil pessoas) ainda defeca ao ar livre e que apenas cinco por cento da população que vive nas zonas rurais tem acesso a um saneamento adequado.

A falta de água e de saneamento adequado, ligada a práticas incorretas de higiene, facilita a propagação de doenças e está na origem de diarreias, sobretudo em crianças com menos de cinco anos, salienta a UNICEF.

"As populações mais pobres e das zonas rurais são, por conseguinte, aquelas que mais sofrem destas doenças, e grandemente veem afetados os seus direitos à saúde e ao bem-estar", acrescenta, em comunicado.

De acordo com dados divulgados pela UNICEF, no mundo, cerca de 2000 crianças com menos de cinco anos morrem diariamente de doenças diarreicas e destas 1800 mortes estão ligadas à água, saneamento e higiene.

A UNICEF "insta aos governos, a sociedade civil e cidadãos comuns a lembrarem-se das crianças que morrem diariamente devido ao consumo e abastecimento de água insegura e à falta de saneamento e higiene", diz o documento.

Este ano o Dia Mundial da Água tem como lema "2013 - Ano Internacional de Cooperação pela Água".

A União Europeia promove o património histórico e cultural da região de Cacheu

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quinta-feira, 21 de março de 2013

O secretário executivo da (CPLP), Murade Murargy, adiou para a próxima semana a visita à Guiné-Bissau que deveria iniciar quarta-feira (20)

Bissau - O secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, adiou para a próxima semana a visita à Guiné-Bissau que deveria iniciar nesta quarta-feira (20), indicou o representante do secretário-geral da ONU em Bissau,

De acordo com José Ramos-Horta, o secretário executivo da CPLP já não vem a Bissau por ter que se deslocar de urgência a Addis-Abeba, na Etiópia, onde, sexta-feira, irá decorrer uma reunião sobre a Guiné-Bissau na sede da União Africana.

"A União Africana reúne-se no dia 22 sobre a Guiné-Bissau, em Addis Abeba, para considerar o relatório da missão conjunta de Dezembro 2012 que finalmente está sobre a mesa da União Africana para ser aprovada. Nessa condição a União Africana convidou o seu representante em Bissau e o secretário executivo da CPLP para se deslocarem rapidamente a Addis Abeba", disse o representante do secretário-geral da ONU em Bissau.

O ex-presidente de Timor-Leste afirmou ter sido consultado por Murade Murargy sobre o adiamento da visita e que considerou prioritária a ida a Addis Abeba.

"Considerei prioritária a reunião de Addis Abeba e terminada a reunião (Murade Murargy) vem a Bissau na próxima semana".

Aproveitou para comentar a presença na Guiné-Bissau de uma equipa de técnicos das Nações Unidas que estão a avaliar a situação geral do país.

"Há muita convergência de ideias e de pontos de vista. Vão encontrar propostas para o secretário-geral das Nações Unidas, propostas que indiquem como reconfigurarmos, reposicionarmos para melhor apoiarmos a paz, a estabilidade e a reconstituição do Estado da Guiné-Bissau", declarou Ramos-Horta.

"Estou feliz pela qualidade dos técnicos que vieram da sede da ONU", sublinhou o representante de Ban Ki-Moon na Guiné-Bissau.

Comunicado Movimento Sociedade Civil Guiné-Bissau quer eleições gerais este ano

O Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, plataforma que reagrupa mais de 100 organizações, quer eleições gerais em Dezembro deste ano e que nelas não tomem parte os atuais responsáveis pelo processo de transição.

Movimento Sociedade Civil Guiné-Bissau quer eleições gerais este ano

Em comunicado a que agência Lusa teve hoje acesso, o Movimento da Sociedade Civil apresenta uma série de propostas de actividades a serem executadas para levar o país a realizar eleições gerais em Dezembro.


Para o movimento, deve haver uma nova agenda de transição (já que o país não poderá realizar eleições gerais em Abril), um Pacto de Regime, a revisão da lei eleitoral, dar início aos programas de reforma nos sectores da Defesa e Segurança, entre outras acções.

A plataforma propõe ainda que seja criado um espaço de concertação permanente entre as forças vivas do país, que incluiria os órgãos de soberania, partidos políticos, sociedade civil e forças de defesa e segurança, sob a coordenação do Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.

O Pacto de Regime Político e Social a ser instituído partiria de um compromisso entre todos os atores e forças vivas da Nação sobre as atitudes e condutas a adoptar durante a transição e o período imediato às eleições, referiu o comunicado.

Fonte da direcção do movimento disse à Lusa que esta proposta vai ser entregue a todos os intervenientes na busca de mecanismos para a estabilização da Guiné-Bissau, nomeadamente responsáveis pela transição, chefias militares, partidos políticos, embaixadas e representações da comunidade internacional sediadas no país.

O Movimento da Sociedade Civil é uma de duas organizações da sociedade civil na Guiné-Bissau. A segunda junta mais de uma dezena de associações e sindicatos, entre elas a Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Em conferência de imprensa, na terça-feira, as 13 organizações apresentaram também um calendário de transição que defende também a realização de eleições este ano, no mês de Novembro.

Jovens de Bafatá, em manifestação contra corte ilegal de árvores

Bissau, 20 mar (Lusa) - Jovens da cidade de Bafatá, leste da Guiné-Bissau, manifestaram-se hoje nas ruas contra a destruição da floresta, que dizem ser incalculável, e exigiram o fim da exportação de madeira e medidas por parte do Governo.

A manifestação não foi autorizada pelo Governo da região mas mesmo assim muitas dezenas de jovens desfilaram pelas ruas e entregaram pedidos de ajuda no quartel militar, na polícia e no Governo, para que parem com a devastação florestal.

Sindicato denuncia intimidação e perseguição a jornalistas

Liberdade de imprensa ameaçada na Guiné-Bissau


Bissau – O Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) denunciou que, nos últimos tempos, os jornalistas de diversos órgãos têm sido alvo de intimidação e de perseguição, devido à abordagem de assuntos considerados «delicados» por alguns quadros políticos, judiciais e da sociedade castrense.

Em comunicado de imprensa, a organização condenou com veemência a postura assumida pelo Governo de Rui Duarte Barros.
O SINJOTEC alertou a opinião pública nacional para este facto, nomeadamente o Movimento da Sociedade Civil, a Liga Guineense dos Direitos Humanos e a Confederação Geral de Sindicatos Independente da Guiné-Bissau.


O órgão dirigiu também a mensagem à comunidade internacional, particularmente ao Representante do Secretário-Geral da ONU no país, à CEDEAO, à União Africana (UA), União Europeia (UE), CPLP, Federação Internacional de Jornalistas, à Organização Repórteres Sem Fronteiras e à União de Jornalistas da África Ocidental, referindo que a liberdade de imprensa está a ser ameaçada na Guiné-Bissau.


O comunicado sublinha que este facto não contribui para o reforço da democracia, paz e estabilidade, sobretudo no período de transição em curso no país, no qual o papel da imprensa é fundamental para a restauração da ordem constitucional.


O SINJOTEC apelou também ao Governo de transição e demais órgãos de soberania, para que criem condições de trabalho nos media e accionem mecanismos de protecção aos jornalistas, com o intuito de se distanciarem de comportamentos que possam pôr em causa a actividade dos profissionais da comunicação social.


O sindicato disse registar com estranheza e indignação a atitude do Governo de transição, em mandar suspender a cobertura jornalística dos repórteres dos órgãos públicos, acerca das actividades dos candidatos à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), nomeadamente Domingos Simões Pereira, a 14 de Março.


Na missiva datada de 20 de Março, a organização sindical citou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Porta-voz do Executivo, Fernando Vaz, que, na altura, disse não se tratar de censura mas da aplicação da lei, que não prevê campanha ao nível interno e não admite tempo de antena a candidatos à liderança dos partidos políticos, nos órgãos públicos da rádio e televisão.

O SINJOTEC considera que estes argumentos carecem de fundamentos e demonstram uma certa «intolerância» no pluralismo de ideias, por parte do Executivo.


A organização defensora da classe informou ainda que a posição do Governo revela uma clara tentativa de interferência do poder político nos órgãos de comunicação estatais e que não passa de um atentado à liberdade de imprensa e ao direito de informação.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Funcionários das Finanças em greve por dez dias

LUSA - Os funcionários do Ministério das Finanças da Guiné-Bissau iniciam na sexta-feira uma greve de dez dias para reclamar o pagamento de sete meses de subsídios em atraso, anunciou hoje o porta-voz dos sindicatos, Carlitos Mendonça. A greve, caso venha a ter lugar, vai impedir o pagamento dos salários aos funcionários públicos (civis e militares), pensionistas e reformados, referentes ao mês de março, admitiu Carlitos Mendonça.


Em conferência de imprensa na sede da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG, central sindical), cerca de cinquenta funcionários de várias repartições do Ministério das Finanças afirmaram que "é da força da lei" os subsídios que agora reclamam. "É uma portaria que existe desde a época colonial, exatamente no ano 1943, que fixa o subsídio, isto é, um incentivo ao funcionário das Finanças nas cobranças de impostos e emolumentos que faz", declarou Carlitos Mendonça, acrescentando que há sete meses que esse subsídio não é pago.


O sindicalista adiantou que já houve vários acordos com o Governo em como os subsídios, cujo valor se escusou a revelar, seriam pagos mas que "nunca passaram de simples promessas". O porta-voz dos dois sindicatos que anunciaram a greve (Sindicato dos Trabalhadores do Ministério das Finanças e Sindicato dos Funcionários Aduaneiros) diz que tem faltado o diálogo entre os funcionários e a direção do Ministério das Finanças.


Carlitos Mendonça sublinhou que o subsídio que agora reclamam "é um complemento importante" ao salário que vários funcionários do Ministério das Finanças recebem, notando que há trabalhadores que auferem 28 mil francos CFA (42,7 euros) por mês. "Com esses subsídios, alguns funcionários, por exemplo, na direção geral das Alfândegas que lá trabalham há mais de 20 anos recebendo 28 mil francos CFA, conseguem equilibrar as suas despesas", notou o sindicalista.