O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano".
Bissau - O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou, segunda-feira (25), à PANA que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano".
"Esta reforma é possível. Ela deve ser feita no interesse do país e os militares bissau-guineenses devem compreender que ela não é dirigida contra eles”, afirmou o ex-ministro santomense dos Negócios Estrangeiros.
País oeste-africano fronteiriço com o Senegal, a Guiné-Bissau é palco de golpes de Estado repetitivos e de revoltas militares desde a sua independência de Portugal em 1974.
A Guiné-Bissau é atualmente dirigida por um regime de transição instalado após o golpe de Estado militar que destituiu em abril de 2012 o poder civil.
"Isto deve cessar, os militares devem voltar definitivamente aos seus quartéis. Apenas a este preço poderá ser construído um Estado republicano. A UA e o resto da comunidade internacional estão prontas para ajudar os guineenses a livrar-se desta situação”, disse Ovídio Pequeno.
Enquanto uma reforma do Exército bissau-guineense está programada sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) , o processo enfrenta dificuldades para ser lançado devido à hostilidade de vários oficiais.
O Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, recebeu recentemente em Ouagadougou o chefe do Estado-Maior do Exército bissau-guineense, António Indjai, para exortar a hierarquia militar a aceitar a reforma dos setores da defesa e da segurança.
Fonte PANA
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