sábado, 29 de junho de 2013

Presidente Nhamadjo marcou eleições legislativas para 24 de Novembro na Guiné Bissau

Presidente interino guineense Serifo Nhamadjo

O Presidente guineense Serifo Nhamadjo marcou esta sexta feira, 28 de junho,  eleições gerais para 24 de novembro deste ano na Guiné Bissau.

Os guineenses já vão poder votar, a 24 de Novembro do corrente ano de 2013, para elegerem um novo presidente e uma nova Assembleia nacional,  depois da decisão do Presidente Serifo Nhamadjo, que mandou publicar um decreto esta sexta feira, cumprindo assim as exigências da comunidade internacional, que vinham defendendo eleições gerais antes do fim do ano na Guiné Bissau.

Nos dois últimos dias, Serifo Nhamadjo, esteve a auscultar os diferentes partidos políticos, que estiveram unanimemente de acordo com a decisão do presidente guineense.

A questão que se coloca agora, segundo os observadores em Bissau, é se o país terá montado a tempo um novo recenseamento eleitoral com o devido registo dos eleitores no quadro dessas eleições legislativas e presidenciais na Guiné Bissau, a 24 de Novembro próximo.

 

Mussá Baldé, correspondente em Bissau
(01:19)
 

FMI: Economia deve recuperar, apesar das dificuldades na Guiné-Bissau

Previsões apontam que Produto Interno Bruto cresça em torno de 3,5% neste ano; órgão considera que crises políticas persistentes devem comprometer financiamento externo.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Fundo Monetário Internacional, FMI, prevê uma ligeira recuperação do crescimento económico na Guiné-Bissau em 2013. Entretanto, o órgão refere que, no geral, as previsões difíceis devem prevalecer.

Uma análise da situação do país indica que o Produto Interno Bruto, PIB deverá aumentar até cerca de 3,5%, com a possível recuperação das exportações de castanha de caju aliada ao apoio de parceiros regionais.

Crise

Em nota, publicada esta terça-feira, o Fundo adverte que as perspetivas a curto prazo dependem de uma rápida resolução da crise política, que ditou a contração da economia na ordem de 1,5% em 2012.

O golpe militar de abril do ano passado é tido como responsável pelo retrocesso nos progressos alcançados nas políticas macroeconómicas implementadas pelo país nos anos anteriores.

Exportação

A ação golpista também resultou numa queda acentuada nos volumes de exportação da castanha de caju, o principal produto de exportação guineense. Além disso, o FMI destaca a suspensão da ajuda dos doadores tradicionais, parcialmente compensada pelo aumento do apoio orçamental pelos países da região.

A subida dos preços foi impulsionada pela escassez de alimentos e de combustíveis, mas o seu impacto sobre a inflação global baixou devido fraca demanda doméstica. Estima-se que a inflação acumulada durante o ano passado foi de 2%.

Financiamento

O órgão adverte que as crises políticas persistentes poderão continuar a comprometer os fluxos de financiamento externo, resultando em derrapagens fiscais e num abrandamento do crescimento económico.

Um outro risco apontado pelo FMI é o atual atraso da campanha de exportação da castanha de caju, ao lado da ameaça representada pelo aumento do desemprego na zona euro. A crise europeia "pode ter um impacto negativo sobre a renda e a demanda internas."

Confiança dos Doadores

As autoridades guineenses foram aconselhadas a restabelecer a estabilidade macroeconómica, normalizar a situação política, restaurar a confiança dos doadores e investidores e acelerar as reformas estruturais.

Com as medidas deverão ser reduzidas as vulnerabilidades e garantido um crescimento sustentável e inclusivo.

A médio prazo, o FMI considera importante a construção de espaço fiscal além de esforços para aumentar as receitas. Para tal é recomendado o alargamento da base tributária e fiscal, reformas na administração aduaneira e o reforço da gestão das finanças públicas.

*Apresentação: Denise Costa.

Exportação de caju na Guiné-Bissau foi suspensa, alertam exportadores

A exportação de caju na Guiné-Bissau está praticamente suspensa porque o Governo aumentou uma taxa que tinha descido no início do mês, disse hoje à Lusa o vice-presidente da associação de importadores e exportadores.

A 28 de maio o então ministro das Finanças do Governo de transição da Guiné-Bissau, Abubacar Demba Dahaba, anunciou, em conferência de imprensa, que a taxa de exportação de caju, que era de 50 francos por quilo (0,07 cêntimos), passava para 10 francos (0,015).

A medida agradou à Associação Nacional de Importadores e Exportadores (ANIE-GB), que duas semanas depois disse já haver em Bissau 80 mil toneladas de caju para exportação. O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e o sustento de milhares de famílias.

Fonte do Ministério das Finanças disse que foi o mesmo ministro (que entretanto saiu) quem revogou a descida da taxa. A ANIE-GB está agora a tentar mostrar que a nova medida torna impossível exportar o caju, disse à Lusa o vice-presidente da associação, Fernando Flamengo.

Os exportadores começaram a comprar caju "numa estrutura de custos que dava para exportar ao preço atual, que é baixíssimo. Compraram e quando os armazéns estão cheios e estão à espera dos barcos sai um novo decreto, a passar outra vez a taxa para 50 francos. Não sei o que faremos com a castanha (de caju), vai ser um problema gravíssimo, mas é impossível exportar", disse Fernando Flamengo.

Até agora, disse, apenas foram exportadas uma dúzia de toneladas, estando o restante caju ou em armazéns em Bissau ou então ainda no campo (50 a 60 mil toneladas), que os exportadores não irão comprar porque não podem vender o que têm.

"Não entendemos isto, é uma confusão muito grande. Está tudo parado, os armazéns estão cheios, a chuva está a chegar e os barcos a não virem", lamentou.

Na quinta-feira realizou-se em Bissau um debate sobre a questão do caju, no qual foi salientada a importância da transformação do caju no país, visto que até agora é vendido na quase totalidade em bruto, para a Índia.

Henriques Mendes, presidente da Agência Nacional do Caju, alertou para a necessidade de renovar cajueiros e disse que a capacidade instalada no país para processamento de caju nem chega a dois por cento da produção total.

"Os anos de ouro do caju na Guiné-Bissau acabaram", disse, justificando com o aumento da produção mundial e quebra na procura.

O responsável acrescentou que construir no país unidades de transformação de caju fica muito caro, o dobro do que custa por exemplo em Moçambique, e há o problema da "estabilidade de mão-de-obra", porque infelizmente os guineenses "não querem trabalhar".

Ainda assim, Nbalia Queita, do Centro de Promoção do Caju, disse à Lusa que esta semana foi exportado para os Estados Unidos um contentor com 15 toneladas de produto transformado, o que não acontecia há mais de 15 anos.

Como as unidades de transformação (torrar e descascar o caju, por exemplo) não têm capacidade, é o Centro que faz "o acabamento de acordo com as exigências do mercado externo", explicou, adiantando que é lá que se faz o processo de embalamento em vácuo.

A certificação foi feita em laboratórios do Senegal, já que a Guiné-Bissau também não tem essa capacidade. Nbalia Queita disse que deverá ser vendido outro contentor para os Estados Unidos e também a Eslovénia e a Rússia vão comprar.

Tudo isso, no entanto, representa uma ínfima parte, tendo em conta que o Governo projetava vender este ano até 180 mil toneladas de caju em bruto.

Queita disse à Lusa que a transformação do caju é "a única via" para a Guiné-Bissau, mas alertou para a necessidade de o Governo a considerar prioritária e não a onerar com impostos.

A União Europeia, em colaboração com a Organização Holandesa de Desenvolvimento, tem apoiado a transformação local do caju e a valorização dos seus derivados em duas regiões do país.

Nessas regiões estão a ser feitos sumos e bolachas de caju. O projeto tem um financiamento de 380 milhões de francos (580 mil euros).

Agência Lusa

Vídeo Ronaldo reencontra o jovem Martunis

O internacional português, Cristiano Ronaldo, que se deslocou à Indonésia na qualidade de embaixador pela defesa dos bosques de mangais, reencontrou no país o jovem Martunis que, recorde-se, foi encontrado em 2004 com a camisola da selecção portuguesa após o tsunami que devastou o sudeste asiático.

Ronaldo reencontra o jovem Martunis

A história do menino indonésio Martunis percorreu o Mundo porque, em 2004, foi encontrado no meio da devastação provocada pelo tsunami que atingiu o Sudeste asiático com a camisola da selecção portuguesa.

No ano seguinte, Cristiano Ronaldo encontrou-se com a criança em Aceh, e agora, oitos ano depois, o internacional português aproveitou a deslocação à Indonésia, na qualidade de embaixador pela defesa dos bosques de mangais, para rever o seu 'velho amigo'.

"Estive em Aceh após o tsunami e lembro-me perfeitamente da enorme devastação que testemunhei. Foi durante essa visita que me dei conta da importância do ecossistema mangal em proteger contra o impacto das ondas, e o seu papel em salvar vidas e diminuir os danos do tsunami", afirmou o capitão da selecção portuguesa, que, em Março, aceitou tornar-se embaixador do Fórum para a conservação do mangal na Indonésia 

Veja aqui o vídeo.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Guiné-Bissau será objecto de discussão numa conferência de paz de alto nível acolhida pelo Governo Suíço

O Coordenador do Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau, Peter Thompson, irá discursar sobre como o crime organizado afecta a construção da paz numa cimeira de alto nível, patrocinada pelo Governo Suíço, que terá lugar na próxima semana em Genbra.


A conferência, denominada “O Crime Organizado e o seu Impacto nos Esforços de Construção da Paz”, foi organizada pela Divisão de Segurança Humana do Departamento Suíço das Relações Exteriores, em conjunto com a Plataforma de Construção de Paz de Genebra, uma organização que junta as quatro maiores instituições suíças que lidam com a paz e a resolução de conflitos.


Centrado na questão da Guiné-Bissau e comparado o que se passa neste país africano com a Irlanda do Norte, de onde Thompson é natural, e onde o crime organizado dominou durante o conflito nesta região do Reino Unido, Peter Thompson irá discutir esta questão em conjunto com um mediador sénior do Governo Suíço e representantes da União Africana, das Nações Unidas e do Comité Internacional da Cruz Vermelha. 


Thompson irá também discursar numa sessão pública desta conferência destinada a apresentar o seu mais recente estudo, “Responsabilidade e Reconciliação na Guiné-Bissau”, publicado pela Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos de America.


Esta cimeira terá lugar nos dias 02 e 03 de Julho no Hotel d’Angleterre, em Genebra.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Secretário-geral do PRS nomeado Conselheiro Técnico Principal do ministro dos Transportes

Bissau – O secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS) Florentino Mendes, foi escolhido para exercer as funções de Conselheiro Técnico Principal do ministro dos Transportes de Telecomunicações, Orlando Mendes Veigas.

A informação foi avançada por uma fonte do Ministério dos Transportes, que não precisou a data da designação, por ordens de Orlando Veigas, dado que se trata de uma nomeação oficiosa.


Um despacho datado de 17 de Junho, do Gabinete do ministro dos Transportes de Telecomunicações, determina que, doravante, fica expressamente proibida na Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) a realização de quaisquer despesas com valor superior a 5 milhões de Fcfa. (cerca de 7 mil euros).


O mesmo despacho refere que ficam também proibidos a autorização de isenção e créditos a terceiros.


Em relação ao Presidente do Conselho de Administração da APGB, o ministro dos Transportes e Telecomunicações exige a eliminação da assinatura de Armandinho Dias dos fac-similes das contas bancárias, onde passa a ser obrigatória a assinatura do Diretor-geral da Instituição, Augusto Cabi, juntamente com a rubrica do seu Director Administrativo e Financeiro.


A terminar, o despacho de Orlando Mendes Veigas determina que, a partir de agora, todas as solicitações devem ser submetidas para apreciação e eventual decisão do ministro.


As medidas anunciadas pelo titular da pasta dos transportes vão ser objecto de análise pela Direcção do PRS, devendo ser informado o Chefe do Estado-maior General das Forças armadas, António Indjai. Orlando Mendes Veigas é um dos vice-Presidentes do PRS.

A União Europeia apoia a realização do Fórum Kadju i ka son kuku

transferirNo âmbito do projecto Promoção da transformação local de caju, a União Europeia apoia em conjunto com a SNV – Organização Holandesa de Desenvolvimento a realização do Fórum Kadju i ka son kuku sob o tema "Contributos para a melhoria da Cadeia de Valor do Caju" a ter lugar no dia 27 de Junho no Centro Cultural do Brasil.


O projecto conta com um financiamento de 380 milhões de Francos cfa, no qual 285 milhões foram concedidos pela União
Europeia e 95 milhões pela SNV. A execução do projecto foi conferida à SNV em pareceria com a Fundação Guineense para o
Desenvolvimento Empresarial e Industrial e o Centro de Promoção do Caju (FUNDEI – CPC).


Neste primeiro Fórum, serão debatidos diferentes aspectos de processamento e diversificação de produtos derivados do caju,
onde se destacam nomeadamente as seguintes temáticas:

1.     O papel da transformação no desenvolvimento da fileira do caju na Guiné-Bissau

2.    A regulamentação no sector de caju – desafios e oportunidades

3.    Da semente ao pomar – os desafios de produtividade e de qualidade

4.   Caju made in Guiné-Bissau

Assim, o projecto Promoção da transform ação local de caju pretende valorizar os derivados do caju proveniente das regiões de Bafatá e Cacheu. Com a transformação local de caju, os produtores Bissau-guineenses serão os principais beneficiários, que
ainda dependem muito da exportação da castanha no seu estado bruto.


Através da diversificação de produtos derivados do caju, como a amêndoa branca, bolachas e sumos - as cooperativas dos
produtores poderão aumentar os seus rendimentos e serão menos afectados pelas flutuações do mercado da castanha de caju
em bruto.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Vagas para Técnicos Formadores de Educação de Infância e Ensino Básico na Guiné-Bissau

A Fundação Fé e Cooperação (FEC) procura para o programa na Guiné-Bissau 2013/2014 um Técnico(a) Formador(a) de Educação de Infância e um Técnico(a) Formador(a) de Ensino Básico.

A FEC é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) com estatuto de Utilidade Pública. Atua na área da Cooperação para o Desenvolvimento, sobretudo na Guiné-Bissau e em Angola, tendo como setores prioritários a educação, a saúde e a capacitação institucional.

Na área da Educação para o Desenvolvimento e Advocacia Social, a FEC aposta na dinamização de redes com impacto junto de decisores políticos, económicos e religiosos. Os projetos da FEC são financiados, entre outros, pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, pela União Europeia, Fundação Calouste Gulbenkian, UNICEF, Caritas Guiné-Bissau, Plan Guiné-Bissau, Câmaras Municipais de Cascais e Santa Maria da Feira.

A FEC convida à apresentação de candidaturas para o provimento de vagas para o programa na Guiné-Bissau 2013/2014:

- Técnico(a) Formador(a) de Educação de Infância (ver Termo de Referência) com formação superior na área da Educação de Infância

- Técnico(a) Formador(a) de Ensino Básico (ver Termo de Referência) com formação superior na área da Educação ou Formação de Adultos, especialmente em Ensino Básico.

Por favor, enviar respostas e Curriculum Vitae para recrutamento@fecongd.org até ao dia 5 de julho de 2013, indicando a posição para que se candidata no assunto do e-mail.

O CV, preferencialmente em português e em formato europeu, deverá ser acompanhado de uma carta de motivação e da indicação de duas pessoas de referência e o seu contacto.

Solicitamos também a resposta ao seguinte questionário disponível aqui.

Em caso de dúvida contactar André Oliveira para o telefone (00 351) 21 886 17 10.

Guiné-Bissau acolhe conferência sobre a castanha de caju

Promoção e transformação local do produto

Bissau – A capital guineense vai ser palco de uma conferência sobre o sector do caju, a 27 de Junho, intitulada «Kadju i ka son kuku», ou seja, «o caju não é apenas a sua castanha».

A iniciativa partiu da Organização Holandesa de Desenvolvimento e insere-se no quadro da promoção e transformação local da castanha de caju.

O projecto é financiado pela União Europeia (UE) num montante que não foi revelado mas que está a ser implementado pela FUNDEP-CPC, uma instituição ligada a sector do caju.


Durante o evento vão estar em debate, entre outros temas, o papel da transformação e do desenvolvimento da fileira do caju na Guiné-Bissau, a regulamentação do sector do caju, desde os desafios às oportunidades, os desafios de produtividade e qualidade, bem como o caju «Made in Guiné-Bissau».


Trata-se de mais uma iniciativa para encontrar soluções, devido à problemática campanha de comercialização e transformação da castanha de caju ao nível local.

Abdu Camara nomeado secretário-geral do Ministério do Interior - Necessidade de «restaurar a instituição e os seus serviços»

Bissau – O Coronel Abdu Camara foi nomeado, esta segunda-feira, 24 de Junho, para exercer as funções de secretário-geral do Ministério do Interior.

O despacho assinado por Antonio Suca Ntchama, titular da pasta do Ministério do Interior, refere a necessidade de restaurar a instituição e todos os seus serviços, imprimindo maior dinâmica no cumprimento das suas missões, no que respeita à manutenção da «ordem constitucional».


O ex-director do Serviço de Informação e Inspector-geral do Ministério do Interior vai, em parte, ocupar a vaga do Secretário de Estado de Segurança Nacional e Ordem Pública, Basílio Sanca, cuja pasta foi extinta na última remodelação do Governo inclusivo de transição.


Apoiante do Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, Abdu Camara foi Administrador da Empresa «Sakala», durante a campanha de comercialização da castanha de caju em 2006, uma firma que teve pouco tempo de duração devido a uma má gestão.

Trata-se da segunda nomeação feita por António Suca Ntchama, duas semanas depois da mexida no actual Executivo, que, na semana passada, procedeu à nomeação de Biong Na Ntchongo para o cargo do Director-geral do Serviço de Informação do Estado da Guiné-Bissau.

Ministério Público quer auditoria às finanças da DGVTT- proposta da Procuradoria-geral da República

Bissau – A Procuradoria-geral da República, através do seu Gabinete de Advogado do Estado, avançou com a proposta de uma auditoria económica às contas financeiras da Direcção-geral da Viação e Transportes Terrestres (DGVTT).

«Que seja ordenada uma auditoria económica às contas financeiras da DGVTT, para certificar se os produtos das licenças e outras actividades entraram ou não no tesouro público», lê-se na proposta datada de 6 de Fevereiro.


Em causa está o diferendo sobre a legitimidade, atribuições de licenças às empresas de transportes públicos, a situação de paragens, assim o como a forma de funcionamento entre a empresa Sociedade de Transportes da Guiné-Bissau (STGB), a DGVTT e a Empresa TRANSAFRICA GB BUS SARL, estando esta última em desacordo com as duas primeiras, razão pela qual a empresa pediu a intervenção do Ministério Público.


Sobre as conclusões de uma investigação e diligências relativamente ao caso, o magistrado encarregue do processo em causa advertiu o Ministério Público para que esteja atento às actuações da DGVTT e exigente para com ela no cumprimento das leis, por forma a erradicar, de uma vez por todas, as actuações desta natureza, que poderiam resultar na condenação do Estado a pagar avultadas indemnizações, antes que seja tarde.


Concernente ainda às propostas do Gabinete do Procurador-geral da República, Abudu Mane, o Ministério Público avançou a necessidade de descobrir o que está por trás da passividade da DGVTT em relação às alegadas ilegalidades cometidas por outra empresa de transportes públicos, neste caso a STGB, de não ser sancionada com as coimas que a empresa originou ao Estado.


Entre outras razoes invocadas nesta proposta, pelo Gabinete do Abudu Mane, constam a necessidade de saber se as empresas cumprem as suas obrigações fiscais, nomeadamente a legalidade dos despachos de autocarros.


Foi neste sentido que o documento, composto por 11 páginas, destacou ainda, de entre outros aspectos, que os autocarros da empresa STGB estão munidos das devidas licenças, o que o magistrado do processo disse não ter conseguido junto da DGVTT.


No que diz respeito também às conclusões do mesmo documento, o magistrado, cujo nome não consta do documento em causa, disse que todos os argumentos invocados pela DGVTT para extinguir as paragens intermédias são improcedentes, infundados e, por conseguinte, ilegais.


O Ministério Público acusou esta instituição do Estado de ter cometido uma grave violação da lei em toda a actuação da DGVTT, na vertente da violação do princípio de boa-fé, de legalidade enquanto princípios estruturantes do Estado de Direito Democrático, e de princípios de igualdade e de justiça, sancionados por nulidade.

«Sendo decisão nula, pode ser a nulidade a todo tempo por qualquer interesse», lê-se no documento.

A União Europeia financia a reabilitação de Infra-estruturas e equipamentos hospitalares

No âmbito do Programa de Reabilitação das Infra-estruturas Sociais, o Fundo Europeu de Desenvolvimento disponibilizou desde 2009 3,3 mil milhões de francos cfa para a reabilitação das construções escolares, centros de saúde e hospitais assim como fornecimento de equipamentos e utensílios de saúde.

Entre os objectivos do programa, destaca-se a melhoria das condições sanitárias e estruturais dos centros de saúde e dos hospitais das regiões de Bissau, Biombo, Bolama, Bubaque, Cacheu, Gabú, Oio e Tombali. Tais melhorias permitiram um atendimento sanitário adequado a mais de 600 mil pessoas.

As obras de reabilitação e a entrega dos equipamentos já foram concluídas nos Hospitais de Sonaco e Gabú assim como no Centro de Saúde de Caliquisse. Por outro lado, as reabilitações restantes estão em bom caminho. A conclusão da reabilitação dos hospitais de Catió e de Bubaque, tal como do Centro de Saúde de Bedanda e do Centro de Saúde Mental de Brá estão previstas ainda este ano, o que reforçará as capacidades sanitárias públicas, a melhoria de acolhimento dos pacientes bem como o bem-estar da população da Guiné-Bissau em geral.

Esta acção, financiada pela União Europeia, está a ser executada em parceria com empresas locais, e uma ONG internacional.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Estala a polémica na Federação guineense

Secretário-geral Alberto Dias foi o mais recente elemento a sair do organismo federativo.

Os membros da direção da Federação de futebol da Guiné-Bissau estão envolvidos numa acesa polémica que já motivou demissões de vários elementos do Comité Executivo, o último o secretário-geral, Alberto Dias.

De acordo com uma fonte da Federação, Alberto Dias foi hoje demitido do cargo por ordens expressas do presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes, na sequência de uma auditoria recentemente realizada, que teria mostrado «várias irregularidades» financeiras.

A fonte não adiantou os valores em causa, mas precisou que o presidente da Federação prometeu entregar os resultados dos inquéritos ao Ministério Público. Interinamente, o lugar de secretário-geral da Federação de Futebol guineense será ocupado por Virgínia Mendes da Cruz.

Já antes da suspensão do secretário-geral, outros elementos do Comité Executivo tinham sido exonerados ou «batido com a porta», como os casos de Alfredo Gomes, segundo vice-presidente da Federação, Inum Embaló, responsável pelo futebol feminino, e Mutaro Bari, responsável financeiro.

Tirando Inum Embaló, que foi suspenso de funções depois de levantar várias suspeições sobre a forma como o presidente da Federação está a conduzir o organismo, Alfredo Gomes (atual ministro da Educação, Juventude, Cultura e Desporto) e Mutaro Bari saíram por discordarem da forma como Manuel Nascimento Lopes dirige a Federação.

Os clubes de futebol da Guiné-Bissau estão a exigir a realização de um congresso extraordinário para uma análise profunda à gestão da atual direção da Federação, eleita há pouco mais que um ano.

Comunicado de Imprensa - O Programa UE-PAANE conclui ciclo de formação e lança concurso de subvenções

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Empresários lusófonos assinam na Guiné-Bissau parcerias para a criação de parcerias de negócios nos países lusófonos,

Bissau - Plataformas empresariais portuguesas e a Câmara do Comércio da Guiné-Bissau rubricaram hoje (sábado) em Bissau um protocolo para a criação de parcerias de negócios nos países lusófonos, aproveitado as organizações dos oito países.  

O protocolo, cuja validade inicial é de dois anos, foi rubricado entre a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO)e a Cooperação, a Associação Industrial Portuguesa (AIP)e a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau.  

De acordo com o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO), Francisco Mantero, o acordo rubricado irá permitir que as empresas do espaço lusófono "desenvolvam actividades nos blocos regionais" a que pertencem os oito Estados da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e Macau, tendo a língua portuguesa "como um activo importante".  

Citando números, Mantero disse, por exemplo, que 4,2 por cento do negócio mundial é feito pelos países de língua portuguesa, o que, observou, totalizar cerca de 240 mil milhões de dólares, embora dessa percentagem apenas 3 por cento do negócio seja feito entre os países da CPLP.  

"O ideal seria subirmos essa percentagem para pelo menos seis por cento de transações entre os países da língua portuguesa", notou o presidente da ELO ao justificar a importância do protocolo rubricado com o presidente da CCIAS da Guiné-Bissau, Braima Camará.  

Os países lusófonos "têm tudo a ganhar" se potenciarem mais a língua portuguesa, disse Mantero, sublinhando que na União Europeia, com a presença de Portugal, e na CEDEAO (Comunidade Económica de Países de África Ocidental), com as presenças de Cabo Verde e Guiné-Bissau, "existem condições para excelentes negócios".  

Destacando ainda a importância da pertença de cada país no seu bloco regional, Mantero apontou o caso da Guiné-Bissau, frisando ser um país "charneira para as futuras parcerias" sobretudo para as empresas portuguesas que queiram entrar na CEDEAO.  

"A Guiné-Bissau é um país importante para o sector privado português, nomeadamente para a banca", disse Francisco Mantero, apontando, contudo, as tarefas a executar para a materialização das parcerias.  

Evitar a dupla tributação e a remoção de barreiras ao negócio, a troca de informações e prestações de apoios mútuos são entre outras as tarefas a realizar, disse.  

Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, enfatizou que com as parcerias a serem criadas entre as empresas do espaço CPLP "o país poderá ter aqui uma grande oportunidade para iniciar o ciclo de saída da pobreza" em que se encontra actualmente.  

A instalação de empresas para transformação do cajú (principal produto de exportação do país) e a criação de emprego para os jovens são os benefícios imediatos apontados por Braima Camará nas parcerias a serem estabelecidas.

Homem roubou painel solar do farol do porto de Bissau por causa de vaca prenha

Homem roubou painel solar do farol do porto de Bissau por causa de vaca prenha

A polícia guineense apresentou hoje autor do roubo do painel solar que alimenta o farol na entrada do porto de Bissau, que afirma que foi levado ao ato por causa de uma vaca prenha.

Capturado pelos elementos da Guarda Nacional na localidade de Caió (extremo norte do país), o autor confesso, um homem de cerca de 45 anos, disse ter roubado o painel que alimenta o farol que ajuda a navegação "porque tinha uma necessidade urgente" e não tinha dinheiro.

"Queria comprar uma canoa e como não tinha dinheiro suficiente decidi roubar este painel, que queria ir vender para juntar o suficiente para comprar a canoa. Até tinha uma vaca para vender mas acontece que ela ficou prenha justamente quando queria ter a canoa", justificou o ladrão.

E ainda acrescentou, junto do painel roubado: "Queria comprar uma boa canoa, uma canoa de cinco metros. Sei que errei, mas só depois é que dei conta do meu erro. Tinha um motor fora de bordo, mas já é tarde. Nunca tinha feito uma coisa dessa. Toda a gente lá na nossa terra sabe que não sou ladrão".

Segundo o coronel Cranha Na Danfá, chefe das operações da Guarda Nacional da Guiné-Bissau, desde o desaparecimento do painel solar ao largo de Bissau, em maio, que todas as forças da polícia estavam em alerta sobre o ocorrido.

"Ele (o autor do roubo) confirmou que de facto foram eles, ele e mais um colega dele que neste momento fugiu para o Senegal que fizeram esse roubo. Está a ser ouvido", declarou o coronel, que acredita que o autor confesso é o cérebro da operação de roubo já que o próprio diz pretender comprar uma canoa com o dinheiro da venda do painel.

O suspeito vai ser presente a tribunal. O roubo dos painéis solares que alimentam os faróis de ajuda a navegação "é muito frequente" ao longo da costa da Guiné-Bissau, situação que o comandante Mita Cumba, chefe da brigada da Guarda Costeira, diz constituir "um verdadeiro perigo para a navegação".

"O farol cujo painel foi roubado por este senhor fica em Caió que é a porta de entrada de todos os navios de grande ou pequeno porte para Bissau. Navegar à noite tem sido um perigo com estes atos", disse Mita Cumba.

Viatura do Presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores, incendiada junto da sede da instituição

Bissau – A viatura do Presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores (ANIE) da Guiné-Bissau, foi incendiada na madrugada desta sexta-feira, 21 de Junho, junto da sede da instituição, na Avenida dos Combatentes de Liberdade da Pátria, no mesmo prédio onde reside o responsável.

Amadu Iero Djamanca afirmou que se trata de uma polémica em torno da fracassada campanha de comercialização da castanha de caju, da época de 2013.


«Estava à espera porque, nos últimos dias, tenho vindo a receber ameaças via SMS, relativamente à minha posição face à presente campanha», revelou o responsável da ANIE.


De acordo com Amadu Iero Djamanca, o episódio aconteceu por volta das 4 horas da madrugada, quando foi acordado por um alarme, tendo acabado por perceber que se tratava da sua própria viatura, que estava em chamas.


Depois do sucedido, os autores da iniciativa deixaram uma carta dirigida ao Presidente da ANIE, com a seguinte mensagem: «Djamanca, és tu quem defende os estrangeiros, agora toma».


Reagindo ao acontecimento, Mamadu Saliu Lamba, Conselheiro do Presidente de transição para a área empresarial e um dos vice-Presidentes da Câmara do Comércio, condenou a situação, que considerou como grave.


«Estou muito triste por mais uma vez os guineenses enveredarem pela via da violência, por discordarem com Djamanca. Que façam o contrário, através de denúncias nos meios de comunicação social», disse Mamadu Saliu Lamba, acrescentando que, com esta situação, o sector privado ficou «muito mais pobre». O Conselheiro do Presidente de transição repudiou também o teor da carta endereçada ao Presidente da ANIE.


Saliu Lamba recomendou que seja feita justiça sobre o caso, uma vez que estas práticas de violência não podem continuar a registar-se na sociedade guineense.


De recordar que, em conferência de imprensa realizada a 17 de Junho, Amadu Djamanca responsabilizou a Câmara do Comércio pelas falhas dos últimos anos, registadas nas campanhas de comercialização do caju.


«A Câmara do Comércio é a única e exclusiva responsável pelas péssimas campanhas dos últimos anos», disse, na altura, Amadu Djamanca.


Neste encontro com a imprensa, o responsável máximo da ANIE negou que a Câmara do Comércio guineense representasse o sector privado nacional, ou fosse o único interlocutor do mesmo junto do Governo, como tem sido anunciado oficialmente.


«A sistemática e fraudulenta forma de procura de dinheiro fácil, sem a responsabilização da sua utilização, tem agravado o normal funcionamento das diferentes campanhas de caju, desde há algum tempo», referiu.


A ANIE sublinhou que, contrariamente ao que acontece nos outros países produtores de castanha de caju, as propostas apresentadas pela Câmara de Comércio têm vindo a contribuir para o disfuncionamento do mercado, proporcionando um mau ambiente para o desenvolvimento de negócios e para os preços para o consumidor.


Sobre este assunto, a Assembleia Nacional Popular aprovou uma resolução, exigindo a devolução de valor de 50 F.cfa (0,08 euros) por cada quilograma de castanha exportado pela Câmara de Comércio e Indústria.

Serviços de informações da droga

by pasmalu

Muitas coincidências. Obama de visita a África… logo ao Senegal, e as muitas noticias que surgiram nas últimas horas sobre o reforço das acções de combate ao narcotráfico, sobretudo em África Ocidental.

Há quem já faça a leitura de que os golpistas e transitórios se deviam cuidar… Tanto mais que a AFRICOM (e a DEA) reforça a sua acção na região.

Talvez por receio de serem detidos e levados a fazer companhia a Bubo na Tchuto, é que foi nomeado pelos golpistas, transitórios e narcotraficantes, um seu comparsa de tráfico para a chefia dos serviços secretos. Talvez consigam, pensam eles, antecipar, as movimentações dos americanos, e fugir… Ilusões.

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http://www.calgaryherald.com/news/GuineaBissau+naval+officer+with+links+drug+kingpin+named+head/8554388/story.html#ixzz2X8Fg2MuZ

http://www.isn.ethz.ch/Digital-Library/Articles/Detail/?id=164368

Thompson lança novo estudo, “Estabilidade e Reconciliação na Guiné-Bissau”, publicado pela Universidade de Defesa Nacional dos EUA

photoPeter Thompson lançou uma nova publicação relativa à Guiné-Bissau, uma obra em co-autoria com o académico norte-americano Davin O’Regan, na Universidade de Defesa Nacional, em Washington DC (EUA).


O estudo, de 58 páginas, “Estabilidade e Reconciliação na Guiné-Bissau” é uma das avaliações académicas mais compreensíveis sobre o estado da Guiné-Bissau até hoje escrito. Inclui recomendações para a comunidade internacional em relação à reforma do sector da segurança, a reconciliação política e a luta contra o crime organizado. Os maiores desafios para a segurança e desenvolvimento do povo guineense são descritos tendo em conta as perspectivas históricas, regionais, étnicas e militares.


Peter Thompson, que é o Coordenador do Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau, afirmou: “Este estudo é um exame extenso das circunstâncias presentes da Guiné-Bissau, mas talvez mais importante que isso, vai ao encontro das origens históricas destes problemas, a necessidade de reconciliar o passado deste país e a ligação entre o crime organizado e o falhanço do Estado.

De igual forma, aborda a perspectiva regional nestas matérias e analisa o impacto da crise na Guiné-Bissau na África Ocidental e de que forma esta crise pode ser uma ameaça para o mundo”.


Este estudo foi publicado pelo Centro Africano para Estudos Estratégicos na Universidade de Defesa Nacional norte-americana, a instituição académica do Exército dos Estados Unidos.

Apesar de já ter sido publicado, o lançamento oficial europeu deste estudo terá lugar em Setembro, num jantar oficial que terá lugar no Parlamento Britânico.


A obra agora publicada será analisada por governos e missões diplomáticas pelo mundo. Já lançado em inglês, versões em português e francês estarão disponíveis em breve.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Eleições no país possíveis até fim do ano - Novo presidente da CNE

Bissau, O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Augusto Mendes, disse hoje (quinta-feira) estar convicto de que é possível fazer eleições até final do ano se houver apoio para tal.  

Augusto Mendes e a equipa dirigente da CNE reuniu-se hoje com o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, para "passar em revista as actividades em curso" tendo em vista a realização das eleições, disse aos jornalistas, após a audiência.  

Além de dizer que "se os apoios se concretizarem" poderá haver eleições ainda este ano, adiantou o responsável. 

Questionado sobre a data das mesmas, o responsável disse não poder entrar em detalhes, mas adiantou que o Presidente "está preocupado e quer marcar a data com a maior urgência possível".  

A União Europeia e as Nações Unidas também já disseram que iriam apoiar a realização de eleições, que a comunidade internacional, sem excepções, quer que sejam até final do ano.  

Augusto Mendes admitiu que poderá haver "mais outros apoios".  

O nome do novo presidente da CNE foi anunciado na semana passada. Augusto Mendes era até então juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau e foi eleito na Assembleia Nacional Popular com 82 votos dos 85 deputados presentes numa sessão extraordinária do parlamento.  

Um dia depois da escolha do presidente da CNE, o representante da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau, Joaquim Gonzalez Ducay, reafirmou que a organização vai apoiar técnica e financeiramente as eleições gerais do país.  

A Guiné-Bissau vive um período de transição, na sequência de um golpe de Estado a 12 de Abril do ano passado. Em Maio deste ano, o período de transição foi alargado até final do ano, com a comunidade internacional a exigir a realização de eleições e o regresso à
normalidade constitucional nesse período.  

O mês de novembro tem sido apontado como consensual para as eleições, que serão presidenciais e legislativas.

Ex-guarda-costas de 'Nino' Vieira é o novo chefe da " secreta"

Bissau - O ex-guarda-costas do falecido Presidente da Guiné-Bissau 'Nino' Vieira Biom Natchongó foi nomeado na (quarta-feira) pelo Governo de transição novo chefe da  “secreta” do país.  

A decisão foi tomada em conselho de ministros e tornada pública através de um comunicado a que a Agência Lusa teve acesso no qual o Governo informa que o capitão-de-mar-e-guerra Biom Nantchongo vai substituir no cargo o coronel Serifo Mané, exonerado em Abril passado.  

O despacho que anunciou a exoneração de Serifo Mané, em Abril, não adiantou os motivos, apenas referiu que a decisão foi tomada pelo ministro do Interior, António Suca N'Tchamá, para "dar maior dinâmica" aos Serviços de Informação de Estado (a 'secreta'
guineense).  

O novo responsável pelos serviços de Informação de Estado guineense é um oficial da Marinha que tem à contra informação militar. Biom Nantchongo é membro do extinto Comando Militar que protagonizou o golpe de Estado a 12 de Abril de 2012.

Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau - João Lourenço

O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional de Angola, João Lourenço, rejeitou em Lisboa, que o país tenha deixado de apoiar o processo de estabilização política da Guiné-Bissau.


"Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau, um país-irmão, pois, em momento nenhum abandonou a Guiné-Bissau", disse João Lourenço, na conferência de imprensa, no final da reunião, hoje, em Lisboa, de líderes parlamentares da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que abordou a situação política na Guiné-Bissau.


Segundo João Lourenço, “o facto de a Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG) ter saído do país, não pode ser entendido que Angola deixou de apoiar a Guiné-Bissau, porque Angola está sempre com o povo guineense".


Reafirmou ainda que no quadro da CPLP e das Nações Unidas, "Angola fará tudo para apoiar a Guiné-Bissau em voltar à normalidade constitucional e a pensar na situação económica e social do país".


Questionado sobre o actual posicionamento de Angola relativamente à Guiné-Bissau, João Lourenço disse que "com a nomeação de José Ramos Horta, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, constatamos ter havido progressos significativos no sentido do diálogo entre os vários actores políticos".


"Se este esforço conduzir às eleições, Angola e a CPLP só terão de se congratular", avançou João Lourenço, que considerou ainda importante que o futuro Governo na Guiné-Bissau seja legitimado pelo voto popular.

Divergências sobre a Guiné-Bissau atrasam conclusões da CPLP

Divergências sobre a questão da Guiné-Bissau atrasaram a redacção das conclusões finais da reunião informal da CPLP, documento assinado esta quarta-feira em Lisboa.

A discussão sobre a Guiné-Bissau dividiu os intervenientes durante a reunião dos presidentes dos oito Parlamentos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve lugar terça-feira na Assembleia da República. O texto das conclusões finais foi trabalhado ao longo de várias horas para se conseguir um consenso sobre a sua formulação final, tendo acabado por ser assinado apenas esta quarta-feira de manhã.


No documento, destaca-se a afirmação de um “comprometimento solidário com a evolução da situação política da Guiné-Bissau, assinalando como encorajadora a recente formação de um governo inclusivo, na esteira do Pacto de Transição e Acordo Político e da Agenda Política de Transição, aprovados em Maio passado pela Assembleia Nacional Popular”.


Na terça-feira, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, informou em conferência de imprensa que os Parlamentos da CPLP tencionam deslocar-se à Guiné-Bissau “numa data mais próxima das eleições” presidenciais e legislativas naquele país, que estão previstas para o final do ano.


Assunção Esteves declarou que a situação da Guiné-Bissau “exige a todos uma grande disponibilidade de colaborar”.


A presidente da Assembleia da República portuguesa elogiou a “determinação” e a “capacidade hercúlea” do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José-Ramos Horta, ausente da conferência da imprensa, que tem “um plano completo e bem organizado na cabeça” a aplicar na Guiné-Bissau.


Na conferência de imprensa conjunta, o vice-presidente do parlamento angolano, João Lourenço, recordou a “clara condenação” do golpe de Estado pela CPLP, mas sublinhou os “progressos bastantes significativos” no diálogo entre os actores políticos, no sentido da realização de eleições. João Lourenço acrescentou ainda que “Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau”.


Sobre a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP que vai decorrer em Luanda no próximo ano, Assunção Esteves afirmou a intenção de uma “uma agenda concreta com recomendações políticas” com a qual será possível “um impulso ao plano político dos poderes executivos”.


Entre as recomendações poderão “eventualmente” integrar a liberdade de circulação de cidadãos da CPLP e a adopção de temas-chave, como os direitos das crianças, a cada dois anos. Sobre os protocolos assinados, os parlamentos lusófonos afirmaram que “é importante que não fiquem na gaveta”.

Presidente afirma que país precisa de grande reestruturação

Bissau - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, defendeu hoje (quinta-feira) uma reestruturação profunda de praticamente todos os sectores do Estado e apelou ao sentido patriótico dos guineenses, sob pena de o país "afundar".  

Serifo Nhamadjo falava na cerimónia de encerramento do ano lectivo da Universidade Jean Piaget da Guiné-Bissau, durante a qual respondeu a perguntas de alunos sobre Educação, Justiça, Saúde e Economia.  

Na área da Justiça, em que foi mais contundente nas críticas, Serifo Nhamadjo começou por dizer que a Guiné-Bissau tem de ser um Estado de direito, onde a lei esteja "acima de toda a gente", acrescentando que é preciso para isso o envolvimento de toda a sociedade, nomeadamente denunciando as más práticas.  

"A sociedade tem de ser implicada, porque senão não acredito que a curto prazo possamos sair desta situação de impunidade", disse, acrescentando que na Guiné-Bissau se desculpabiliza quem por exemplo vai às escolas roubar carteiras e janelas.

Segundo o dirigente, é a cumplicidade permanente que faz com que na sociedade guineense haja uma anarquia completa.  

Também não se denuncia, disse, a ostentação de riqueza de pessoas cujos rendimentos não dariam para se sustentarem 10 dias, ou de outras que passados seis meses de estarem no Governo fazem "obras milionárias". "Ninguém diz nada, somos todos cúmplices", frisou.  

E porque estava numa Universidade, o Presidente falou também da Educação, onde, considerou, não se tem valorizado o ensino técnico e profissional e apenas se pensa no ensino superior. "Estamos a formar por formar, formar para o desemprego", disse, acrescentando que não há uma política e um plano para a Educação, uma falta aliada a uma desorganização da função pública. 

Na cerimónia de encerramento do ano lectivo da Universidade Piaget o reitor da instituição, Raul Albuquerque Sardinha, falou também da importância de as universidades se abrirem às comunidades e da importância do ensino no desenvolvimento dos povos.  

A Universidade Jean Piaget (criada em Portugal em 1979) está na Guiné-Bissau há mais de três anos e tem cerca de 430 alunos nos primeiro e segundo anos de seis cursos superiores.

Serviço de Migração e Fronteiras regista maior fluxo de cidadãos malianos no país

Bissau - As autoridades guineenses, através do Serviço de Migração e Fronteiras, anunciaram o registo de entrada de um maior número de cidadãos do Mali na Guiné-Bissau, nos últimos tempos.

De acordo com uma fonte do Serviço de Migração e Fronteiras, nas últimas duas semanas, perto de três dezenas de cidadãos malianos foram interceptados, em situação irregular, no território da Guiné-Bissau.


A mesma fonte informou que, relativamente ao mês de Junho de 2012, as autoridades de Migração e Fronteiras não registaram as entradas em situação de irregularidade.


Este ingresso constante de cidadãos malianos no país foi referido, durante esta semana, pelo Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, devido à ameaça de fundamentalistas islâmicas do Mali, que podem infiltrar-se na Guiné-Bissau. O Chefe de Estado solicitou a colaboração do país, através do Ministério do Interior, com outros países da sub-região.


A República da Guiné-Conacry continua a liderar a lista, com o mais elevado número de pessoas em situação ilegal na Guiné-Bissau, tendo registado a entrada de mais de 300 pessoas sem qualquer documento de identificação.


Em relação aos imigrantes de outros países, a presença de cidadãos de nacionalidade nigeriana caiu, comparativamente com os anos anteriores.


A Gâmbia, a Mauritânia, a China, a Serra Leoa, Burkina Faso e Índia registaram a menor quantidade de entradas no país, nos últimos dias, sendo provenientes do Gana 17 pessoas em situação de ilegalidade que entraram na Guiné-Bissau.

Conselho Europeu confirma as medidas restritivas aplicadas aos militares implicados no Golpe de Estado de 12 de Abril.

transferirConselho Europeu confirma as medidas restritivas aplicadas aos militares implicados no Golpe de Estado de 12 de Abril. No dia 18 de Junho de 2013, o Conselho Europeu decidiu manter a decisão tomada na sequência do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau, confirmando medidas restritivas contra 21 militares que estiveram implicados na execução do golpe.

A Decisão prevê o congelamento, no território europeu, de todos os fundos e recursos económicos que sejam propriedade dessas pessoas, no seguimento da sua implicação em actos que ameacem a paz, a segurança e a estabilidade na República da Guiné-Bissau. Essas pessoas estão igualmente sujeitas a proibição de entrar ou de transitar no território da União Europeia.

A lista dos militares submetidos a estas medidas restritivas pode ser consultada no sítio web da Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau.

 

http://eeas.europa.eu/delegations/guinea_bissau/documents/page_content/3_council_decision_31_may_2012_pt.pdf

Radio France: Peter Thompson discute a paz em África e os problemas da Guiné- Bissau

Como um proponente do processo de paz na Irlanda do Norte, Peter Thompson foi o convidado especial na emissão inglesa da Rádio France International na passada quinta-feira, antes da visita de Barack Obama para Belfast.


Durante a entrevista, na qual falou de um novo livro que está a escrever, o Coordenador do Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau foi igualmente questionado sobre a crise política deste pais.


“Sempre disse que a Guiné-Bissau não pode enfrentar o seu futuro sem confrontar o seu passado e, nesse sentido, antes de olharmos para amanhã temos de lidar com ontem”, afirmou. “O problema com a Guiné-Bissau não é o de organizar eleições, mas assegurar que os resultados eleitorais são respeitados. Não devemos ver eleições como uma panaceia para a Guiné-Bissau.”


“Frequentemente há uma monopolização de poder por aqueles que ganham eleições e a oposição sente-se isolada. Há aqueles, por exemplo, com mandatos parlamentares, que não têm qualquer influência no dia-a-dia da administração do país e, como tal, sentem que devem estar fora do quadro democrático para se poderem exprimir. O problema [dos golpes de Estado] não começou ontem. Necessitamos de voltar a olhar para o próprio sistema”.


Relativamente à questão do tráfico de droga, Thompson afirmou: “A comunidade internacional está bem consciente destes problemas.

Em vez de nos focarmos no status quo, precisamos de examinar porque é que o Estado é tão fraco que estes problemas são permitidos para se manifestarem no país. Precisamos de encontrar soluções históricas para problemas históricos".

Relatórios Especiais - DEA reforça luta contra o Oeste Africano narcoterroristas

BISSAU, Guiné-Bissau, 19 jun (UPI) - As autoridades dos Estados Unidos estão intensificando operações de combate ao narcotráfico na África Ocidental, uma rota chave para a cocaína da América Latina com destino a Europa e teria uma importante fonte de recursos para grupos da Al-Qaeda espalhando sua tentáculos em todo o continente.

Acusações sem lacre em abril contra oficiais superiores das Forças Armadas da Guiné-Bissau, ex-colônia Português que está no centro da rota de narcóticos da América do Sul para o Norte de África, marcou uma escalada acentuada na ofensiva os EUA Drug Enforcement Administration.

Entre eles estava o contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, ex-comandante da Marinha do pequeno estado e um suspeito chefão do tráfico de droga.

Ele foi preso 02 de abril por agentes norte-americanos e policiais locais em águas internacionais ao largo da Ilhas de Cabo Verde, no Oceano Atlântico, 650 milhas a oeste da Guiné-Bissau, que as autoridades ocidentais consideram único e verdadeiro narco-estado do mundo.

Bubo Na Tchuto tem sido alvo DEA desde 2010, quando ele e chefe da Guiné-Bissau força aérea de pessoal, o general Ibraima Papa Camara, foram identificados pelo Departamento do Tesouro dos EUA como chefões do narcotráfico no país notoriamente instáveis.

Eles foram acusados ​​de trabalhar com os cartéis latino-americanos se deslocam grandes carregamentos de cocaína com destino à Europa através da África Ocidental.

Bubo Na Tchuto e outros aguardam julgamento em Nova York. Acusações de tráfico são possíveis em tribunais norte-americanos, mesmo que drogas ilegais nunca entrar nos Estados Unidos, enquanto a intenção de importar medicamentos é comprovada.

Bubo Na Tchuto foi acusado de liderar uma tentativa de golpe em dezembro de 2011 na Guiné-Bissau, um país em ruínas de 1,5 milhões de pessoas que está imprensado entre o Senegal ea Guiné no ponto mais ocidental da África.

Mais recente golpe de Estado apoiado pelos militares do país foi encenada 12 de abril de 2012, e os funcionários da ONU que monitoram a grande tráfico de drogas na região dizem que o tráfico de droga na Guiné-Bissau tem crescido sob a nova junta.

Os medicamentos são em sua maioria realizados em aeronaves, geralmente cargas de cerca de 1,5 mil toneladas, em vôos de 1.600 milhas através do Atlântico para ombro ocidental da África, pousando em pistas de pouso remoto espalhados Guiné-Bissau.

Um alto funcionário do DEA comentou recentemente "as pessoas nos níveis mais altos dos militares estão envolvidos ....

"Em outros países africanos, funcionários do governo são parte do problema. Na Guiné-Bissau, é o próprio governo que é o problema."

Os cartéis latino-americanos abriram a rota transatlântica há vários anos para combater a montagem da DEA convulsões em terra mais direta e as rotas aéreas da América Central e México.

As operações da DEA aumentaram os riscos contra os traficantes de drogas e os militantes islâmicos mais ao norte, na região do Saara que fornecem as rotas e proteção para os narcóticos que, eventualmente, são enviados através do Mediterrâneo para a França, Espanha e Itália.

Impulso da DEA consiste em grande parte de algumas das suas operações encobertas, muitas vezes com agentes que se apresentam como integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - como na captura de Bubo Na Tchuto - ou como paramilitares libaneses.

Houve pelo menos seis grandes operações picada da África Ocidental desde dezembro de 2009, disseram autoridades norte-americanas.

Isso está ocorrendo como os Estados Unidos ea França, ex-potência colonial na África do Norte, estão intensificando as operações especiais contra os grupos jihadistas liderados por al-Qaeda no Magrebe Islâmico.

A pressão sobre a AQMI, e seus aliados, como o Those Who Entre Brigada Sangue e cada vez mais sanguinário grupo Boko Haram na Nigéria, foi intensificado através de recompensas de US $ 3 milhões a 7.000 mil dólares americanos sobre os líderes desses grupos norte-americanos.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime diz organizações criminosas nigerianas têm cada vez mais musculoso em no comércio de cocaína, em alguns casos, desbancando os cartéis latino-americanos.

A agência da ONU estima que 10 por cento da cocaína que vai para a Europa, em torno de 18 toneladas por ano, passa pela África Ocidental, de onde se mudou para o norte para o Mediterrâneo para o embarque.

Isso é acima de cerca de 7 por cento em 2009, mas abaixo de uma estimativa de 27 por cento em 2007. Isso provavelmente é explicada pela nigerianos assumir as rotas de contrabando a partir de 2008.

O comércio é conservadora, no valor de cerca de US $ 2 bilhões por ano e é considerado responsável, em parte, para desestabilizar grande parte da região, incluindo a expansão das operações da al-Qaeda no Norte da África e lutando no Mali, onde os jihadistas assumiu todo o norte do país, no início de 2012, provocando uma intervenção militar francesa liderada pelos EUA

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terça-feira, 18 de junho de 2013

Prevista exportação de 140 mil toneladas de caju - Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau (ANIE-GB)

Bissau - A exportação de caju da Guiné-Bissau deste ano poderá no máximo chegar a 140 mil toneladas, disse ontem (segunda-feira) o presidente da associação de importadores e exportadores, que responsabiliza a Câmara de Comércio pelos "sucessivos desastres" das campanhas.  

Em conferência de imprensa, Mamadú Djamanca, presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau (ANIE-GB), disse que até agora já foram exportadas um pouco mais de 10 mil toneladas, estando em armazéns de Bissau mais 80 mil toneladas "à espera dos barcos". 

O incremento da exportação, explicou, deu-se este mês, após o Governo ter baixado de 50 francos CFA (0,076 euros) para 10 (0,015 euros) uma taxa por cada quilo de castanha de caju exportada. 

O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e o grande motor da economia do país, fazendo subir o baixar o PIB (Produto Interno Bruto) consoante os anos são bons ou maus. 

Nas palavras de Mamadú Djamanca, as campanhas não têm corrido bem por culpa da Câmara de Comércio e Indústria, que apresenta propostas extemporâneas para as campanhas que só contribuem "para o disfuncionamento do mercado" e criam "mau ambiente para o desenvolvimento de negócios e de investimento no país". 

Neste momento, disse, está garantida a exportação de mais de 100 mil toneladas, sem esquecer as cerca de 10 mil toneladas que se prevê que tenham sido escoadas ilegalmente por via terrestre. Ao todo, acrescentou, espera-se que se exporte entre 130 a 140 mil toneladas, quando a previsão inicial indicava entre 150 a 180 mil toneladas. 

Mamadú Djamanca disse ainda que os preços praticados internacionalmente este ano são muito baixos, "o que não encoraja o dinamismo" do mercado, a que se juntaram "medidas inadequadas e fora de tempo". 

O responsável criticou nomeadamente a criação da taxa dos 50 francos (que passou para 10), conhecida na Guiné-Bissau por FUNPI, e explicou que ao contrário do que a Câmara de Comércio afirmou recentemente são os empresários guineenses quem paga essa taxa e não os estrangeiros (empresários indianos, principais compradores do caju). 

CPLP discute em Lisboa situação na Guiné-Bissau

Vista de Bissau (foto LUSA)


Os presidentes dos parlamentos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se em Lisboa hoje terça-feira, para discutir a situação política na Guiné-Bissau.


Segundo a presidente da Assembleia da República de Portugal, Assunção Esteves, que promoveu o encontro, a CPLP é um grupo que partilha «língua, história e afetos, que não pode ser politicamente desperdiçada».


A presidente do Parlamento sublinha a «atenção empenhada e solidária com a estabilização da Guiné-Bissau, a valorização estratégica das nossas organizações regionais de inserção, a formação de pontes de cada um de nós para elas».


O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, o ex-líder timorense Ramos-Horta, será um dos presentes na reunião da parte da tarde. A abertura está marcada para as 10.30 horas de terça-feira.

Guiné-Bissau arrisca-se a falhar apuramento para CAN 2015

A seleção da Guiné-Bissau já não compete há mais de um ano e os jogadores guineenses que atuam no futebol europeu pediram a Serifo Nhamadjo, presidente interino do país africano, para criar condições para que haja uma seleção a disputar as pré-eliminatórias para a Taça das Nações Africanas de 2015.

O apelo dos jogadores guineenses surgiu após terem vindo a público notícias de que a Guiné-Bissau não iria ter uma seleção a competir nas provas internacionais por falta de verbas, um argumento que Manuel Nascimento Lopes, presidente da federação, não aceita.

«Se a seleção nacional não competir vou colocar o meu lugar à disposição. Seria mau de mais para mim. Se estes jogadores não puderem competir seria uma tristeza enorme para eles e para todo o país», afirmou Manuel Nascimento Lopes, que fez questão de acompanhar os jogadores no apelo ao presidente do país.

«É inconcebível a argumentação de falta de verbas», acrescentou, pedindo o esforço a Serifo Nhamadjo para que a Guiné-Bissau possa medir forças com Marrocos em agosto, na pré-eliminatória da Taça das Nações Africanas de 2015.