Bissau, O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Augusto Mendes, disse hoje (quinta-feira) estar convicto de que é possível fazer eleições até final do ano se houver apoio para tal.
Augusto Mendes e a equipa dirigente da CNE reuniu-se hoje com o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, para "passar em revista as actividades em curso" tendo em vista a realização das eleições, disse aos jornalistas, após a audiência.
Além de dizer que "se os apoios se concretizarem" poderá haver eleições ainda este ano, adiantou o responsável.
Questionado sobre a data das mesmas, o responsável disse não poder entrar em detalhes, mas adiantou que o Presidente "está preocupado e quer marcar a data com a maior urgência possível".
A União Europeia e as Nações Unidas também já disseram que iriam apoiar a realização de eleições, que a comunidade internacional, sem excepções, quer que sejam até final do ano.
Augusto Mendes admitiu que poderá haver "mais outros apoios".
O nome do novo presidente da CNE foi anunciado na semana passada. Augusto Mendes era até então juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau e foi eleito na Assembleia Nacional Popular com 82 votos dos 85 deputados presentes numa sessão extraordinária do parlamento.
Um dia depois da escolha do presidente da CNE, o representante da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau, Joaquim Gonzalez Ducay, reafirmou que a organização vai apoiar técnica e financeiramente as eleições gerais do país.
A Guiné-Bissau vive um período de transição, na sequência de um golpe de Estado a 12 de Abril do ano passado. Em Maio deste ano, o período de transição foi alargado até final do ano, com a comunidade internacional a exigir a realização de eleições e o regresso à
normalidade constitucional nesse período.
O mês de novembro tem sido apontado como consensual para as eleições, que serão presidenciais e legislativas.
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