terça-feira, 31 de agosto de 2010

«Estamos longe de missão de estabilização»

IMG_3608 O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Aristides Ocante da Silva, defendeu esta terça-feira que o governo aguarda os relatórios de instituições internacionais para se pronunciar sobre a pertinência ou não da vinda de uma missão de estabilização ao país.

«Estamos ainda longe de falar da vinda de uma missão de estabilização. O Conselho de Ministros ainda não se pronunciou sobre a vinda dessa missão, aceitou o princípio, tal como lhe foi mandatado pelo PAIGC, que é o partido que sustenta o governo», declarou Ocante da Silva.

O conselho de ministros mandatou o ministro da Defesa guineense para recolher e preparar o dossier relativo às posições das organizações internacionais, nomeadamente CPLP e CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) sobre a possibilidade da vinda de uma missão à Guiné-Bissau.

Diário Digital / Lusa

Finaliza visita a Cuba presidente da Guiné Bissau

Havana, 31 ago (Prensa Latina) Depois de cumprir uma agenda de quatro dias o presidente da Guiné Bissau, Malam Bacai Sanhá, finaliza hoje uma visita oficial a Cuba, a qual contribuiu a fortalecer os vínculos de amizade e cooperação entre ambas nações.
  Durante sua estada na ilha caribenha -pela primeira vez como chefe de Estado- o dignatário africano sustentou conversas com seu par cubano, Raúl Castro.


Ambos coincidiram em qualificar de satisfatórias as relações bilaterais, e abordaram temas de interesse internacional.
Ontem Sanhá rendeu tributo ao Herói Nacional de Cuba José Martí, ao destacado revolucionário Amílcar Cabral e a internacionalistas cubanos.


Em declarações à imprensa assegurou que o propósito fundamental da primeira viagem à Ilha em seu atual governo é impulsionar os laços entre ambos países.

Nosso objetivo não é só recordar o passado comum que temos, porém reacender nossas relações de cooperação, além de agradecer o apoio do povo cubano, enfatizou.


Pude ver durante estes dois dias, acrescentou, que apesar das dificuldades, Cuba continua avançando e está em condições de prosseguir cooperando com muitos países do mundo, e um deles é a Guiné Bissau.

Pedidos de asilo político a Portugal têm aumentado

Os pedidos de asilo político de cidadãos guineenses a Portugal têm vindo a aumentar desde os mais recentes acontecimentos políticos na Guiné-Bissau, tendo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras recebido oito processos desde o início do ano.

Mas muitos dos guineenses também fazem de Portugal um tranpolim de saída para outros países.Contactada pela Lusa, a embaixada dos Estados Unidos em Lisboa disse que, só em 2009 recebeu 20 pedidos de vistos não imigrantes de cidadãos guineenses.

De acordo com dados do SEF, em 2007 foram dois os requerentes guineenses de asilo político a Lisboa. Em 2008, o número subiu para quatro.

Diário Digital / Lusa

Cabo Verde defende papel de Angola na Guiné-Bissau

Luanda, Angola (PANA) - O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, advogou, segunda-feira à noite em Luanda, que Angola, enquanto presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), terá um papel fundamental na estabilização e na consolidação da paz na Guiné-Bissau.


"Com a assunção da presidência da CPLP, Angola terá um papel fundamental na estabilização da Guiné Bissau, na consolidação da paz e no lançamento dos alicerces para o desenvolvimento deste país que há algum tempo é membro da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)", disse o chefe do Executivo cabo-verdiano após o seu desembarque em Luanda para uma visita oficial de dois dias.


Defendeu que este é motivo suficiente para "acompanhar os eixos estratégicos da presidência angolana da CPLP sem descurar o contributo fundamental prestado na pacificação da região dos Grandes Lagos, na RD Congo e um pouco a nível do continente africano".


José Maria Neves afirmou que durante a sua visita aproveitará reforçar as relações de amizade e de fraternidade existentes entre os dois Estados, sobretudo nos sectores fundamentais, como o dos combustíveis.


"A presença de Angola é imprescindível em Cabo Verde, não só através da Empresa Nacional de Combustíveis de Cabo Verde (ENACOL), mas também através da Sonangol", sublinhou.

Durante a sua estada, o primeiro-ministro cabo-verdiano prevê pesquisar novos domínios de cooperação como os setores turístico, agrícola e pesqueiro, bem como desenvolver a cooperação já existente no domínio financeiro, no qual se destaca a presença do Banco Africano de Investimento (BAI), instituição bancária de direito angolano, em Cabo Verde.

Ministério da Educação introduz medidas para reforçar ensino de português

escola Bissau- O Ministério da Educação da Guiné-Bissau está a aplicar um conjunto de medidas para o reforço do ensino da língua portuguesa e da matemática no sistema escolar público e privado no próximo ano lectivo, que começa em Outubro de 2010.

A informação foi avançada hoje à Agência Lusa pelo ministro da Educação guineense, Artur Silva, comentando as recentes decisões do Governo em alterar o currículo escolar na Guiné-Bissau, introduzindo, por exemplo, o décimo segundo ano de escolaridade obrigatória a partir do ano lectivo 2010-2011.

"Do diagnóstico feito, detectámos que o nível fraco do uso do português no país, também se deve ao fraco nível do ensino desse idioma, que é língua nacional, por isso decidimos melhorar", disse o ministro da Educação guineense.

Já a partir do novo ano lectivo, que começa em Outubro, será obrigatório o ensino da língua portuguesa em todas as fases, isto é, do primário ao 12.º ano e até ao último ano do universitário.

A partir de agora, em todas as escolas públicas e privadas da Guiné-Bissau o ensino do português será de 25 horas semanais no ensino secundário.

"O português é a língua nacional do país, mas tem-se notado muitas dificuldades na sua utilização no quadro do sistema educativo e a nível da população em geral, por isso, com ajuda da cooperação portuguesa no quadro do PASEG-2, vamos tentar mudar esse quadro", afirmou Artur Silva.

Além do português, os alunos guineenses serão também a partir de agora obrigados a estudar mais a matemática em todas as classes, do primário ao 12.º ano de escolaridade, frisou o ministro da Educação.

Artur Silva sublinhou que esta reforma curricular visa, sobretudo, acompanhar o sistema e o nível do ensino dos restantes países da sub-região africana onde a Guiné-Bissau está inserida.

Mas, referiu ainda o ministro da Educação guineense, a grande novidade do novo sistema curricular é a obrigatoriedade da realização dos exames nacionais na conclusão do 12º ano de escolaridade. 

"Até aqui o aluno estudava até 11.º ano e não fazia mais nada, ou seguia para o curso universitário ou então ficava por aí, mas a partir de agora o aluno será obrigado a fazer exame nacional para poder ter um certificado do 12.º ano", declarou Artur Silva.

"Esperamos subir o nível do ensino na Guiné-Bissau de uma forma considerável daqui para a frente", disse.

Empresas privadas guineenses pagam tarde

africaUrbanista_Bissau Bissau – O inspector-geral da administração pública guineense afirmou, esta quinta-feira, que o não pagamento dos salários a tempo é um dos maiores problemas das empresas privadas na Guiné-Bissau.

O inspector-geral da administração pública guineense, Augusto Sanca, acrescentou ainda que as dívidas e acumulações de salários, más condições e excesso de horas de trabalho, omissão de informações sobre os direitos dos funcionários, assim como os abusos por parte dos próprios patrões, são outros dos problemas verificados no sector empregador privado.

Em declarações à PNN, Augusto Sanca disse que esta situação tem contribuído muito para o aumento do números de funcionários que são obrigados a recorrer à sua instituição para tentar resolver as suas situações com as entidades empregadoras.


«Quando é assim, os funcionários não sabem qual é os direitos que lhes assistem relativamente a quando e como é que se devem ausentar dos seus postos de trabalho», disse o inspector. Em relação aos empregadores, Augusto Sanca afirmou ser a procura de mais lucro o seu maior empenho.


«O empregador tem sempre a tendência a ir buscar ganhos às mãos dos empregados, utilizando-o fora do horário normal de trabalho», disse Augusto Sanca. Neste sentido, o responsável máximo pela inspecção na administração pública guineense, informou que a carga horária normal não pode ultrapassar quarenta e cinco horas semanais.


Visivelmente indignado com esta realidade, Augusto Sanca frisou que, no mínimo, os empregadores deviam ter em conta questões humanitárias, lembrando que a lei prevê que as horas extra deverão acontecer de comum acordo entre a entidade empregadora e o empregado, e que estas não devem exceder mais de duas horas diárias e em dois anos não podem ser mais de cento e vinte horas.
Por outro lado, Augusto Sanca disse ainda, que muitos funcionários se encontram longe de seus postos de trabalho, uma situação que os responsáveis de empresa não têm em consideração. A diferença entre o comportamento dos funcionários e empregadores, foi um aspecto destacado por este responsável.


Instado a fazer uma comparação entre as instituições públicas e privadas em termo de cumprimento das normas legais, Augusto Sanca não tem dúvida que os proprietários das empresas privadas sãos os que mais queixas têm junto da sua instituição.

Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

Menos crianças infectadas com VIH/Sida

sidacriancaspnn-editada Bissau – O número de crianças diagnosticadas com o vírus VIH/Sida no Hospital de Comura, a poucos quilómetros da capital guineense, Bissau, desceu relativamente a anos anteriores.

A responsável do Hospital de Comura, no sector de Prabis, região de Biombo, na zona norte do país, revelou que nos últimos dois anos, o número de crianças com problemas de VIH/Sida diagnosticadas nesta unidade hospitalar, diminuiu bastante comparativamente aos anos anteriores.


A irmã Maria Valeria Amato, fez declarações no âmbito de entrega de donativos de géneros alimentícios que a Fundação MTN, companhia de telecomunicações no país, fez ao Hospital de Cumura, esta sexta-feira.

De acordo com a religiosa, que se mostrou satisfeita com a evolução positiva dos tratamentos ambulatórios de pessoas infectadas em Cumura, adiantou que, em 2009, das 115 crianças diagnosticadas com VIH/Sida apenas três se revelaram positivas, enquanto que de Janeiro a Junho de 2010, das cerca de 100 crianças inscritas na unidade hospitalar, apenas duas tiveram exames médicos positivos.
«É um resultado que nos anima muito, estamos esperançados.

Embora a procura [de ajuda] seja bastante grande procuramos dar uma resposta a todos aqueles que procuram os nossos serviços», disse a irmã Valeria. Neste sentido, esta missionária fez um apelo às outras instituições sanitárias do país, no sentido de trabalharem nas acções de prevenções contra VIH/Sida.


A irmã Valeria referiu que, em média, cerca de 800 crianças e 1 200 adultos, doentes com VIH/Sida e 600 pacientes com problemas de tuberculose são seguidos neste hospital todos os meses.
Das pessoas atendidas neste centro, a maioria desloca-se de Bissau sendo-lhes oferecido géneros alimentícios semanalmente em Cumura.

Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

domingo, 29 de agosto de 2010

Casa da Guiné-Bissau quer consulado em Coimbra (PROBLEMA DA SEDE RESOLVIDO)

Noticia do Diário de Coimbra

Escrito por Ana Margalho

A direcção da Casa da Guiné-Bissau está a desenvolver esforços para que seja aberto em Coimbra um consulado daquele país africano, de modo a minimizar as despesas de deslocação dos muitos guineenses residentes no concelho e por toda a região Centro a Lisboa ou ao Porto para tratar de assuntos burocráticos.

«Sempre que precisamos de tratar de papéis, sejam quais forem, temos de nos deslocar a Lisboa ou ao Porto e acarretar com as despesas», queixou-se ao Diário de Coimbra Quecuta Manafá, adiantando que o processo, que passa pela Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal e pelo Governo guineense, conta com o apoio de Fernando Ferreira, membro da Associação Memórias e Gentes que, todos os anos, organiza a expedição à Guiné e será, portanto, «o melhor intermediário» nas negociações com as autoridades.

Presidente da Casa da Guiné-Bissau em Coimbra há um mês, apesar de ter estado na origem da criação da instituição, há cerca de dois anos, Quecuta Manafá está esperançado de que esta ambição poderá ser concretizada, até porque, como sublinhou, não seriam só os guineenses a residir em Coimbra, mas os de toda a região Centro, os beneficiados com a instalação de um consulado na cidade.

Neste momento, o número de naturais da Guiné-Bissau a residir em Coimbra é desconhecido. «Estima-se que sejam acima de 200, mas não há qualquer certeza», continuou o responsável, apontando o recenseamento dos guineenses como um dos grandes objectivos da direcção que dirige. «É muito importante este trabalho, para termos noção da realidade e também para angariarmos sócios», adiantou Quecuta Manafá, apontando o próximo mês de Setembro como o de arranque deste trabalho.


Nova sede facilita trabalho


«Estamos a dar os primeiros passos», recordou o presidente, consciente de que será um processo moroso, que passará pela divulgação em instituições como a Segurança Social, o SEF ou o Centro de Emprego, mas também na RTP e RDP África. «É a forma de chegarmos mais rapidamente a eles», continuou. Para isso, contribuirá também a mais recente conquista da Casa da Guiné-Bissau em Coimbra: uma sede física, onde desenvolver actividades.
Depois de dois anos com material da instituição espalhado por vários edifícios, a reunir em casa de elementos da direcção ou, mais recentemente, no Grupo Recreativo de Montes Claros que, de acordo com Quecuta Manafá, «tem apadrinhado» a actividade da instituição, o Sport Conimbricense está a negociar com a nova direcção da Casa da Guiné-Bissau em Coimbra a instalação da sede no seu espaço, situado na Rua Simões de Castro, na Baixa de Coimbra.

«É certo que nos mudaremos para lá brevemente», confirmou, garantindo que só agora, mesmo que a Casa da Guiné-Bissau tenha sido criada em 2008, «sem um espaço físico, tem sido quase impossível trabalhar», afirmou o presidente, acreditando que agora será possível conhecer e juntar a comunidade guineense a residir em Coimbra, que se divide entre os estudantes universitários e os que já integraram o mercado de trabalho. Também para a conquista da sede, como sublinhou Manafá, a instituição contou com o apoio de Fernando Ferreira, que tem sido um verdadeiro “braço direito” da nova direcção, que está agora empenhada na organização das comemorações dos 36 anos da independência de Guiné-Bissau, celebrados a 24 de Setembro (ver caixilho).


Comemorar independência e mostrar o lado bom da Guiné


«Guiné-Bissau é um país viável». É para provar isso mesmo, dando a conhecer «o lado bom, da esperança» deste país africano que a Casa da Guiné-Bissau em Coimbra, em colaboração com a Associação Saúde em Português, está a organizar, entre os dias 20 e 25 de Setembro, um intenso programa de actividades no âmbito das comemorações do 36.º aniversário da independência da Guiné-Bissau.
Um seminário, com personalidades representativas da sociedade portuguesa e guineense, será o ponto alto das comemorações, permitindo debater as áreas fundamentais das relações de cooperação entre Portugal e Guiné-Bissau, nomeadamente a saúde, educação, cultura e desporto.


Não se fica, no entanto, pelo debate e a discussão da actualidade guineense o programa das comemorações. Já na próxima segunda-feira será inaugurada uma exposição de pintura, artesanato, fotografia e artes plásticas de artistas da Guiné-Bissau, que estará patente até ao dia 25 de Setembro. Para quem gosta de conhecer a gastronomia de outros povos está prevista, entre os dias 20 e 25 do próximo mês, uma Mostra da Gastronomia que, a partir das 19h00, transportará as pessoas que se deslocarem às cantinas da UC numa viagem pelos sabores guineenses.

No dia 24 de Setembro, no final do seminário, será realizado um sarau cultural com a actuação de um Grupo de Dança de Crianças “Mon Na Mon” de Aveiro, a apresentação de peças de teatro, danças modernas do kuduro, a actuação de artistas guineenses de reconhecido mérito internacional, entre outros. A entrada no sarau terá um preço simbólico e a receita reverterá para a Saúde em Português e para a Casa da Guiné-Bissau em Coimbra.

EUA apoiam programa de destruição de minas antipessoal na Guiné-Bissau

4690-Armas-de-destruicao O governo dos Estados Unidos anunciou,  a concessão de US$ 1 milhão para apoiar o programa de destruição de minas antipessoal na Guiné-Bissau.

Para o secretário de Estado Adjunto para Assuntos Político e Militares, Andrew J. Shapiro, trata-se de uma iniciativa de carácter humanitária que “transcende as diferenças políticas”.

Parte do dinheiro, US$ 682 mil, será gerida pela Humaid, uma organização não-governamental (ong) fundada na Guiné-Bissau, e que conseguiu eliminar esse tipo de armas na capital do país. Os restantes US$ 318 mil vão ser entregues à Cleared Ground Demining, uma outra ONG que vem trabalhando na localização e destruição de explosivos e munições.

Com este financiamento, a Agência de Acção Anti Minas dos Estados Unidos eleva para cerca de US$ 6 milhões o valor destinado a Guiné-Bissau, desde 1999, para programas de limpeza de minas antipessoal.

A Guiné-Bissau tem em curso um programa de desminagem, na sequência do conflito militar de 1998/99, embora se desconheça ainda o total exacto e a localização de todas as minas antipessoal.

As verbas destinadas para o efeito tanto pelas Nações Unidas, EUA e União Europeia (UE) vêm sendo geridas por organizações não-governamentais.

Essas armas já provocaram cerca de meia centena de mortos e mais de 250 feridos no país.

sábado, 28 de agosto de 2010

Presidente da Guiné Bissau inicia primeira visita oficial a Cuba

malam-bacai-sanha-guinea-bi Havana, 28 ago (Prensa Latina) O presidente da Guiné Bissau, Malam Bacai Sanhá, iniciou sua primeira visita oficial a Cuba, em exercício do cargo, ocasião na qual se reunirá com seu homólogo Raúl Castro para ampliar os vínculos bilaterais.


  Sanhá foi recebido a véspera pela vice chanceler Ana Teresita González no aeroporto internacional de Havana, destacou hoje o jornal Granma.


O presidente esteve na ilha em 1996 quando ocupava o cargo de presidente da Assembleia Nacional desse país, com o qual Cuba estabeleceu relações diplomáticas em outubro de 1973.


Nesta oportunidade viaja acompanhado pelos conselheiros Soares Sambu, ministro de Estado para Assuntos Políticos e Diplomáticos, e Angelo Agusto Regalla, titular da pasta de Estado e Porta-voz do Presidente, bem como outros servidores públicos governamentais.
De acordo com o programa oficial, além de dialogar com o presidente Raúl Castro, o mandatário colocará oferendas florais ao Herói Nacional cubano José Martí, aos internacionalistas caídos em missões em terra africana e aos próceres desse continente.

Cônsul da Guiné Bissau afasta possibilidade de tropas estrangeiras

pais 92_lr_78 Luanda  - O cônsul geral da Guiné Bissau em Angola, José Isaac Monteiro Silva, afastou  em Luanda, a possibilidade do envio de uma força de interposição para ajudar a estabilizar à Guiné Bissau, considerando que o seu país não se encontra em estado de guerra civil.

O diplomata  caracterizou a actual crise político-militar que assola a Guiné-Bissau como resultado de
um desentendimento militar, defendendo que a solução dessa questão só pode ser encontrada pelos próprios guineenses.

Sustentou que, ao invés de uma força multinacional, o seu país está disposto a aceitar uma comissão que possa ajudar (junto das
Forças armadas bissau-guineenses) encontar as modalidades conducentes a livrar o país dessa situação.

"Esta situação não se resolve de um dia para o outro ", sublinhou, antes de acrescentar que a última conferência nacional de reconciliação para a estabilização da Guiné-Bissau recentemente realizada, abriu boas perspectivas para uma eventual saída da crise.

Sem entrar em pormenor sobre os  resultados da conferência, que juntou várias sensibiliades da sociedade civil guineense, incluindo
as forças armadas, o diplomata manifestou o seu optimismo que as decisões saídas desse encontro sejam implementadas para o bem de todos os guineenses.

"Tudo vai correr ",  sustentou, afirmando que a compreensão e a boa vontade demonstradas pelas partes durante o conclave, leva a criar reformas dignas para que haja uma paz efectiva no seio dos militares da Guiné Bissau.

Noticias em destaque - África -- Greve da função pública na África do sul

A greve ilimitada do sector público na África do Sul, a visita oficial do presidente Jacob Zuma à China e a deslocação ao Brasil do presidente guinneense, Malam Sanhá,  são entre outros acontecimentos os que marcaram o panorama sócio-político do continente africano durante a semana finda.

Entretanto, a  África do Sul foi manchete na imprensa nacional e internacional por ter sido marcada por dois acontecimentos:

Primeiro, a greve ilimitada da função pública que desde 23 de Agosto continua "arrastar" milhares de trabalhadores a exigir um aumento salarial de 8,6% em oposição à proposta do governo de 7%.

Segundo, o Presidente sul africano, Jacob Zuma, efectuou uma visita oficial à China  de três dias,  numa altura em que se intensificavam os problemas a nível interno, com mais de um milhão de trabalhadores do sector público em greve.

A sua missão comercial a China, Jacob Zuma, acompanhado por 350 homens de negócios, foi dominada pelos projectos de reforço da cooperação entre o gigante asiático e a primeira economia de África. Nesta visita foi assinado uma dúzia de acordos  entre empresas chinesas e sul-africanas nos sectores dos caminhos de ferro, da energia, da energia nuclear, da construção e obras públicas, das minas, dos seguros e das telecomunicações.

Durante a semana em análise, a situação de estabilização politica da Guiné-Bissau  voltou a ser manchete na imprensa internacional.

O Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, esteve na capital brasileira (Brasília) onde se reuniu com o seu homólogo, Lula da Silva.

Durante o encontro a questão de estabilização da Guiné-Bissau esteve no centro das atenções.

Na Somália, Mogadíscio foi sacudido, terça-feira, com um ataque-suicida contra um hotel sob controlo do Governo, que vitimou pelo menos 90 pessoas, entre as quais quatro parlamentares, nomeadamente Mohamed Hassan Nur, Geddi Abdi Gadid, Bolha Hassan Mo'allim e Idiris Muse Elmi.

A comunidade internacional já reagiu condenando energicamente o acto terrorrista reivindicado por islamistas separatistas.

A semana finda foi ainda marcada com o empossamento do presidente eleito no Burundi.

Entretanto, o jovem estadista eleito em Junho último, para um segundo mandato, Pierre Nkurunziza, jurou, quinta-feira, em Bujumbura, dignificar à nação, cumprir e fazer cumprir a Constituição do país.

Pierre Nkurunziza assumiu esse compromisso no acto do seu empossamento ao cargo da mais alta magistratura do Burundi, realizado no Palácio dos Congressos, na presença de centenas de convidados estrangeiros e nacionais.

Nos Camarões, a cólera causa 271 mortos dos 3.605 recenseados. Durante a semana finda, o balanço desta epidemia continuava a aumentar, deixando as autoridades sanitárias preocupadas, principalmente no Extremo Norte do país, a dois mil quilómetros da capital Yaoundé.

Segundo o presidente da Célula de Crise, Fru Angwafor III, casos suspeitos de cólera teriam vindo dos países vizinhos para beneficiar do tratamento gratuito oferecido nas unidades sanitárias camaronesas.

Foi igualmente manchete na imprensa, a nomeação de um conselheiro para pirataria pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Com efeito, um antigo ministro francês, Jack Lang, vai se tornar no conselheiro especial das Nações Unidas para a pirataria. O mesmo terá o papel de examinar a forma e onde julgar os piratas capturados.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, afirmou que Washington estava contente com a nomeação.

Em Maio, a Rússia se queixou de imperfeições na lei internacional, depois de ter sido obrigada a libertar os piratas somalis que as suas forças capturaram no Golfo de Aden, durante uma operação para libertar um petrolífero russo.

Na Guiné-Equatorial, os autores do ataque contra palácio, em Fevereiro de 2009, foram condenados à morte, por um Tribunal de Malabo.

O veredicto lido pela televisão estatal, dois outros suspeitos foram condenados a 20 anos de prisão efectiva por cumplicidade nesse processo.

Finalmente no Quénia foi promulgada, durante a semana em análise uma nova Constituição, que muda a maneira como o poder é distribuído e gerido no país.

O governo queniano planeou o que prometeu ser a maior festa da última geração, com uma grande parada e transmissões em directo nas televisões e rádios estatais.

A maior parte dos quenianos acredita que este é um documento fundamental para a democracia do que a antiga Constituição.

Brasil pondera perdão da dívida à Guiné-Bissau

lula forum (1) O Brasil poderá participar de uma força de estabilização na Guiné-Bissau, um pequeno país da África que depois da independência, em 1973, já sofreu vários golpes e tentativas, a última delas em abril deste ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a visita do presidente Malam Bacai Sanhá, eleito em junho do ano passado, depois do assassinato de Nino Vieira.

De acordo com o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, o Brasil tem cooperado para a estabilização do país africano por meio de iniciativas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para Marco Aurélio, no entanto, a ordenação política do país passa por questões econômicas e sociais também. Um dos problemas a serem enfrentados é a crônica falta de energia. Mas o Brasil está disposto também a perdoar parte da dívida de Guiné-Bissau.

"O país está passando por uma transição que nós queremos estimular. Há alguns países no mundo que, se não houver um apoio da comunidade internacional, eles vão criar grandes problemas futuros para a comunidade internacional.Lá não é um estado falido, é um estado que governa, e queremos ajudar. E, nesse particular, vemos uma sintonia muito grande no governo de Guiné Bissau com o governo brasileiro".

Sobre o possível envio de tropas brasileiras para atuarem com força de paz em Guiné-Bissau, Marco Aurélio disse que é necessário analisar o assunto tecnicamente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PJ suspeita de existência de consumo de heroína no país

Bissau - A Polícia Judiciaria (PJ) da Guiné-Bissau diz ter suspeitas de que há consumo de heroína no país, sobretudo, nalguns bairros periféricos de Bissau, onde foram apreendidos materiais como seringas e restos dessa droga, noticia hoje (sexta-feira) a LUSA. 

Segundo o director geral adjunto da PJ, Edmundo Mendes, nalguns bairros de Bissau, como Bandim e Zona Sete, grupos de jovens guineenses e estrangeiros estarão a usar vários tipos de drogas, nomeadamente o crack (localmente designado Kiza) e heroína. 

"Os nossos homens apreenderam alguns utensílios, tais como cachimbos e seringas, que podem indiciar que há consumo de heroína no país", declarou o director geral adjunto da PJ guineense quando procedia ao balanço de uma operação levada a cabo pela polícia nalguns bairros de Bissau. 

Até aqui, disse ainda Edmundo Mendes, todos os indícios apontavam para o consumo de drogas como Lyamba e 'Kiza', mas com a última operação de rotina a policia suspeita que há o consumo de heroína no país. 

O responsável da PJ guineense confirmou que, pelas evidências, regista-se um aumento do consumo de estupefacientes na Guiné-Bissau. 

Contactada pela Lusa, fonte da Liga Guineense dos Direitos Humanos, corroborou as suspeitas da PJ, referindo que tudo aponta para o consumo de drogas pesadas na Guiné-Bissau. 

A fonte da Liga aponta o número de jovens que deambulam pelas ruas das principais cidades do país, nomeadamente Bissau, Bafata e Gabu, com sinais de perturbação mental devido ao consumo de drogas. 

Edmundo Mendes revelou também que, na mesma operação, a PJ apreendeu "grande quantidade" de material roubado, como televisores, telemóveis e geradores. A policia acredita que esses materiais são roubados para e são utilizados como moeda de troca na compra de droga pelos toxicodependentes.

Foram igualmente apreendidos utensílios para a falsificação de documentos, sobretudo, certificados de habilitação literária.

Estabilidade na Guiné Bissau passa pela aposentação condigna dos militares

Luanda - O cônsul geral da Guiné-Bissau em Angola, José Isaac Monteiro Silva, disse hoje (sexta-feira), em Luanda, que o fim da instabilidade político-militar no seu país passa em primeira instância pela concessão de uma reforma condigna aos combatentes da liberdade, por serem eles os percursores da independência.

O chefe da missão consular, que falava em exclusivo à Angop, disse que essa reforma deve traduzir-se numa aposentação condigna aos militares que deixaram as matas há muito tempo e que ainda possuem incertezas sobre o futuro.

Referiu que muitas organizações só se limitam a criticar a Guiné-Bissau, porém nenhuma apareceu para dar apoio efectivo ao seu país.

Instado a pronunciar-se sobre o posicionamento do seu país no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), da Comunidade dos Estados da África do Oeste (CEDEAO) e da União Africana (UA), o diplomata referiu que respeita os seus princípios, mas defende que para a estabilidade na Guiné-Bissau é necessário que haja um consenso que ajude a resolver as questões militares.

Isaac Monteiro chama a atenção das organizações internacionais e outras instituições sobre as precárias condições a que estão votados os militares da Guiné-Bissau, solicitando uma intervenção urgente destas na resolução dessa questão.

A Guiné-Bissau é um país da costa ocidental de África, limitada a norte pelo Senegal, a este e sudeste com a Guiné-Conacri e a sul e oeste com o Oceano Atlântico.

Guiné-Bissau quer implantar projeto de alimentação escolar

A primeira-dama da Guiné-Bissau, Mariama Mané Sanhá, acompanhada da embaixatriz daquele país, Eugênia Pereira Saldanha Araújo, da embaixatriz brasileira Elza Kadre e das assessoras Mara Mane e Maria de Fátima Alfama, estiveram nesta quarta-feira, 25, no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em Brasília, para conhecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Na ocasião, o presidente da autarquia, Daniel Balaban, comentou o acordo de cooperação técnica entre os dois países, tendo como base o bem-sucedido programa brasileiro. Em decorrência do acordo, um consultor do FNDE esteve na Guiné-Bissau em 2009, para fazer um diagnóstico da situação da alimentação escolar no país, considerando os hábitos alimentares e a cultura regional.

Este ano, outro consultor permaneceu na Guiné-Bissau por dois meses, em contato com agricultores familiares, ensinando-os a produzir alimentos a serem aproveitados na alimentação dos alunos. Segundo a coordenadora geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Albaneide Peixinho, o consultor brasileiro também esteve em contato com diretores de escolas, professores e merendeiras, estimulando-os a comprar produtos da agricultura familiar para usá-los na merenda.


Segundo a embaixatriz da Guiné-Bissau no Brasil, Eugênia Araújo, o país possui cerca de 1,5 milhão de habitantes, sendo a metade de jovens em idade escolar. “Nosso propósito é atrair essas crianças para a escola, a fim de reduzir a alta taxa de desistência e de criar novos hábitos alimentares”, disse. Ela informou que o arroz é a fonte principal da alimentação nacional.

Na Guiné-Bissau, a merenda escolar é financiada pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), que distribui mantimentos nas escolas e fornece cestas básicas aos pais de famílias carentes.

Ainda pela manhã, a comitiva visitou uma creche escolar na superquadra 616 Norte, em Brasília, onde a primeira-dama teve a oportunidade de verificar o funcionamento do programa brasileiro e de ver os jovens estudantes se alimentando na hora do recreio. Seu interesse é levar essa experiência para seu país e aplicá-la ao orfanato que dirige, onde vivem 300 crianças.

Presidente da Guiné-Bissau irá conhecer pesquisa em caju

image_mini  Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, recebe, na quinta-feira (26)  às 11 h, o presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá. O presidente Malam Bacai vem acompanhado de uma comitiva de 25 pessoas, que inclui oito ministros e diversas autoridades do primeiro escalão do governo guineense. O objetivo da visita é conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa no agronegócio caju.

A programação vai contar com uma apresentação do chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Vitor Hugo de Oliveira, sobre a atuação da Unidade em pesquisa e desenvolvimento para agregação de valor aos produtos da cajucultura brasileira. Em seguida, o supervisor do Núcleo de Inovação Tecnológica, Fábio Paiva, vai apresentar os trabalhos de cooperação técnica em cajucultura na Guiné-Bissau. Os visitantes também irão conhecer a Unidade Móvel de Transferência de Tecnologia Agroindustrial - uma parceria entre o Sesi e a Embrapa.

Segundo Vitor Hugo de Oliveira, a empresa vem desenvolvendo ações na área de fruticultura tropical em países da África. Na sua avaliação, esses países possuem algumas semelhanças com a Região Nordeste, não só no que diz respeito às condições de clima e solo, mas também às dificuldades econômicas e sociais. Vitor Hugo vê nessa cooperação uma ampliação da atuação da Unidade e de oportunidade de negócios para empresas nacionais, “principalmente metalúrgicas que produzem equipamentos para a agroindústria”, explica, uma vez que parte das tecnologias transferidas dizem respeito ao processamento e aproveitamento de frutas. Ele também considera que “o estreitamento das relações entre países produtores de caju é uma oportunidade para a afirmação da Embrapa como centro de excelência mundial em cajucultura”.

Guiné-Bissau

A produção de castanha de caju é o principal produto agroindustrial do país, que é o maior produtor africano de castanha e o sexto do mundo. Plantações de cajueiro são encontradas em todo o território nacional e ocupam cerca de 80% da população de 1,5 milhão de habitantes. Em pouco mais de 20 anos, a área cultivada passou de 3 mil hectares para cerca de 175 mil hectares, com uma produção de 100 mil toneladas, sendo 90% a 95% vendidas como matéria-prima para o exterior. Estima-se que 70% das propriedades possuem cultivo de caju.

A idéia do governo de Guiné-Bissau é melhorar a tecnologia de manejo, tratos culturais, controle fitossanitário, pós-colheita e melhoria no padrão genético das áreas de produção, além de desenvolver o processo de beneficiamento da castanha e iniciar o aproveitamento do pedúnculo do caju.

Diagnóstico

Durante viagem técnica realizada por pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical à Guiné-Bissau, em 2007, foi constatado que o plantio é feito por semeadura direta no campo, o que ocasiona um número elevado de plantas improdutivas, resultando também na falta de uniformidade dos frutos. Outra constatação é que a utilização de espaçamentos variados favorece o surgimento de pragas e doenças.

A falta de conhecimento de técnicas de colheita e pós-colheita e a incidência de doenças como seca-das-inflorescências, resinose, mancha-de-alga, mancha-angular e infecções de antracnose também são um entrave para o desenvolvimento do cultivo naquele país.

Brasil vai apoiar reorganização das Forças Armadas da Guiné Bissau

O anúncio foi feito pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante almoço em homenagem ao presidente da Guiné Bissau.

Lula reafirma apoio à Guiné Bissau

Brasília - O Brasil vai enviar uma missão técnica militar à Guiné Bissau para apoiar a reorganização das Forças Armadas guineenses. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, em Brasília, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante almoço oferecido ao chefe de Estado da Guiné Bissau, Malam Bacai Sanhá, no Palácio do Itamaraty.


Lula disse ainda que Brasil e Guiné-Bissau devem trabalhar juntos para que os dois países possam crescer. Entre as ações realizados pelo dois países, Lula destacou o treinamento de estudantes guineenses pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). De acordo com Lula, 150 estudantes de Guiné já estão no mercado de trabalho e 1,2 mil já fizeram cursos no Senai.

O presidente brasileiro anunciou, na ocasião, que em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil vai enviar uma missão técnica militar para reorganizar as Forças Armadas de Guiné. “Isso contribuirá para treinamento das tropas guineenses ajudando a transformá-las em agentes da paz e de transformação nacional”, afirmou Lula.

Ele disse ainda que a missão militar brasileira irá contribuir para treinar as Forças Armadas do país africano a realizar obras de engenharia como a construção de pontes e de cisternas.

 
O presidente de Guiné-Bissau destacou a atuação de Lula em iniciativas contra a pobreza e a desigualdade em todo o mundo e a cooperação entre os países do Sul. “É urgente reforçar nossa cooperação no plano bilateral e no plano Sul-Sul como forma de podermos minimizar os reflexos da crise financeira internacional que tem provocado efeitos negativos na segurança alimentar e nutricional dos grupos mais vulneráveis”, afirmou Sanha
Sanha disse ainda que espera ver empresas brasileiras investindo na Guiné-Bissau em breve e aposta na construção de parcerias.
Os dois presidentes também assinaram acordos de cooperação técnica nas áreas das pescas e da saúde, entre outros atos. As informações são da ABr

Brasil recebe visita do presidente da Guiné Bissau e assina acordo de cooperação

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Presidentes da Guiné-Bissau e Brasil esquivam-se da imprensa; assessor fala em pedido para Brasil apoiar missão de estabilização

ALeqM5jjfBaPnBbyE969j_UCWkUk7tGVDQ Brasília, 25 ago (Lusa) -- Os presidentes brasileiro e guineense esquivaram-se de falar com a imprensa hoje, mas o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência do Brasil admitiu à Lusa que Malam Bacai Sanhá pediu apoio para uma missão de estabilização no seu país.

"Há alguns países no mundo que, se não tiverem apoio internacional, vão criar grandes problemas futuros para a comunidade internacional. Vou dar um exemplo claro: a Somália. Nós não queremos que se estabeleça na Guiné-Bissau aquilo que alguns denominam um Estado falido", afirmou Marco Aurélio Garcia.

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Guiné-Bissau: Família Seabra pede justiça sobre assassinato de Veríssimo Seabra

fagb1477pnn Bissau - Os familiares do assassinado Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Veríssimo Correia Seabra, a 6 de Outubro 2004 enviaram uma carta aberta ao Procurador-geral da República Amine Saad, na qual estes pedem justiça às autoridades nacionais.

Na missiva de três páginas, datada do dia 16 de Agosto de 2010, mais de três dezenas de signatários dizem que aguardam os melhores dias para pronunciar publicamente e exigir o estado a cumprir com o seu dever e a obrigação de investigar e identificar de forma a punir os assassinos de Veríssimo Seabra.


Na carta aberta, também alargada à sociedade civil guineense, os subscritores apresentaram as suas indignações contra os então titulares do poder público, que nada fizeram para promover a resolução do caso.


Outras declarações obtidas pela família Seabra são de Koumba Yalà que, segundo a carta enviada a Amine Saad, teria afirmado em conferência de imprensa: «eu disse ao Veríssimo Correia Seabra que, quando eu voltar a falar ele não estará de vida». Estas declarações são consideradas graves e suficientes para abertura de um inquérito criminal contra o então Presidente da Republica Koumba Yalà, ausente do país.


Relativamente à aprovação de uma amnistia aos actos de sublevação desde 1980 a 2005, pela Assembleia Nacional Popular em 2007 e promulgado pelo Presidente da República, os familiares de Veríssimo Seabra adiantam que esta lei foi aprovada por deputados que na altura tinham os mandatos expirados, sendo a sua prorrogação considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal de Justiça.


«Na verdade, a amnistia deve servir os propósitos de pacificação social e não de provocar sentimentos de impunidades, insegurança, descrença ou ainda a perda de confiança na justiça e Estado», lê-se na carta endereçada à Amine Michel Saad pelos familiares de Veríssimo Correia Seabra.


Sobre as investigações dos assassinatos ocorridos entre Março e Junho 2009, os signatários da carta, dizem estar indignados e estranharem a paralisação nas investigações destes processos.


Á semelhança da família de Veríssimo Correia Seabra, os familiares do Nicandro Pereira Barreto, assassinado na sua residência a 22 de Agosto 1999 enviaram igualmente uma carta aberta ao Procurador-geral da República na qual reclamam justiça às autoridades da Guiné-Bissau. Facto que não deixa de ser curioso, uma vez que na data do assassinato de Barreto, o cargo de PGR era também ocupado por Amine Saad.

Sumba Nansil

Ministério da Saúde incentiva mães a amamentar para reduzir mortalidade infantil

Bissau  - O Ministério da Saúde da Guiné-Bissau iniciou uma campanha de sensibilização para levar as mães a darem o peito de forma exclusiva aos bebés até seis meses, como forma de reduzir a mortalidade infantil no país, anunciou hoje (quinta-feira) a Lusa, que cita  fonte desta instituição. 

Segundo o director geral da prevenção e promoção da Saúde Publica guineense, Umaru Bá, a campanha foi lançada este ano no sector de Bambadinca (centro), mas durante um mês, vai atingir todo o país, levando mensagens de sensibilização sobre a importância do aleitamento materno
exclusivo. 

De acordo com este responsável, os dados atualmente existentes no país "são preocupantes", uma vez que apenas 28 por cento das mães guineenses dão peito de forma exclusiva às suas crianças até os seis meses de idade.

"É uma taxa muito tímida. Esse número é muito pouco, pelo número de crianças que nascem no nosso país e pela disponibilidade de leite maternal", indicou Umaru Bá, frisando, que, apesar dessa realidade, nos últimos anos o país conseguiu subir a taxa de 10 para 28 por cento. 

O director geral para a prevenção e promoção da Saúde, apontou a falta de conhecimento e os preconceitos como principais factores que inibem as mulheres a dar peito de forma exclusiva às suas crianças. 

Umaru Bá disse que a situação "é tão complicada" quando se vê o número de crianças que morrem na Guiné-Bissau antes de completar cinco anos: 238 por cada mil nados/vivos.  

"O aleitamento materno exclusivo de criança até aos seis meses pode reduzir até dez vezes a probabilidade da mortalidade infantil. É isso que pretendemos fazer compreender as mulheres do nosso país, através desta campanha agora lançada", assinalou Umaru Bá. 

Nos próximos anos, é intenção do Ministério da Saúde reduzir em três quartos a mortalidade materna e mortalidade infantil em dois terços, por isso tem em marcha uma série de estratégias, frisou o director geral para a prevenção e promoção da Saúde. 

Guiné-Bissau vai abrir embaixada no Brasil

lulamalam Guiné-Bissau vai abrir uma embaixada no Brasil. Os dois países assinaram seis acordos de cooperação nesta quarta-feira em Brasília no âmbito da visita de dois dias do presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, ao Brasil. Em pano de fundo continua a hipotética mobilização para a Guiné-Bissau de uma missão de estabilização.

As autoridades brasileiras alegam pretender manter a sua confiança às instituições guineenses, admitindo porém que os últimos episódios de instabilidade possam ter afugentado do país outros parceiros.

Brasilia alega que a possibilidade da participação brasileira numa missão de estabilização na Guiné-Bissau Brasilia se inscreveria no espírito dos princípios defendidos pela CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, e da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, mas refere que tal vai requerer ainda um processo moroso.

O presidente brasileiro, Lula da Silva, em fim de mandato, acolheu, pois, o seu homólogo guineense, Malam Bacai Sanhá, para um almoço em Brasilia nesta quarta-feira.

Foram assinados seis protocolos, nomeadamente nas áreas agrícola, de educação e de saúde, incluindo a luta contra a SIDA e também a luta contra a violência às mulheres.

O chefe de Estado guineense visitou, em seguida, o Supremo Tribunal Federal brasileiro.

A sua primeira visita de Estado ao Brasil termina nesta quinta-feira em Fortaleza, no Ceará, com um encontro com a comunidade guineense. Desde o ano 2000 cerca de 1 200 estudantes guineenses formaram-se neste país sul-americano.

Thiago Carvalho, diplomata responsável pela Guiné-Bissau no Ministério brasileiro das relações exteriores, fez à RFI o balanço desta visita.

Deputados analisam mutilação genital e tráfico de pessoas na Guiné-Bissau

images 1 Bissau-Os deputados da Assembleia Nacional Popular (Parlamento) da Guiné-Bissau participam desde quarta-feira num seminário de informação e de sensibilização de dois dias sobre o ante-projeto de mutilação genital feminina e o tráfico de pessoas, soube-se de fonte parlamentar.
A iniciativa do Ministério de Justiça, através da Direção-Geral da Política Legislativa e Relações Internacionais, tem como objetivo sensibilizar os parlamentares para a eventual aprovação do diploma.
Ao presidir à abertura do seminário, o primeiro secretário de mesa do Parlamento, João Seidiba Sané, disse que ele enquanto muçulmano desaprova a mutilação genital feminina, prática corrente na Guiné-Bissau, e tudo fará para a combater.
Por seu turno, o diretor-geral da Política Legislativa e Relações Internacionais, Carlitos Djedjo, disse que a metodologia mais adequada passa pela análise profunda dos diplomas antes da sua submissão aos deputados.
A primeira fase da campanha de informação e de sensibilização envolveu atores sociais e a sociedade civil.

Enviados especiais estão em reunião na cidade do Cairo

0,b804de7f-2286-4b56-85a0-4d9578c2be7a O enviado especial da União Africana para a Guiné-Bissau, o angolano Sebastião Isata, participa, a partir de hoje, no Egipto, numa reunião, de três dias, com outros enviados da UA, sobre questões da paz, segurança e estabilidade no continente.
O encontro, orientado pelo presidente da organização, o Chefe de Estado do Malawi, Bingu wa Mutharika, é resultado das decisões saídas da última Cimeira dos Chefes de Estado da União Africana, realizada em Kampala, durante as quais foram analisados os conflitos na Somália, Darfur, Madagáscar e assuntos de outros Estados em crise.
A reunião conta com a presença do presidente da Comissão da União Africana, o Chefe de Estado do Gabão, Jean Ping. 
Sebastião Isata disse, ontem, à imprensa, momentos antes de partir para o Cairo, que participam na reunião representantes especiais das Nações Unidas e académicos convidados a dissertar sobre alguns temas. "Não levo nenhuma comunicação especial, mas vou trabalhar com base na agenda configurada para o encontro", afirmou.
Sebastião Isata evitou falar sobre a situação da Guiné-Bissau:  "Neste momento não posso pronunciar-me sobre o assunto porque todas as orientações vão sair do encontro".
A reunião de Cairo vai abordar temas relacionados com as zonas de conflitos no continente, designadamente Grandes Lagos, Sudão, Guiné-Bissau e Somália.
"É evidente que todas estas acções têm como finalidade a consolidação da paz, segurança, estabilidade, democracia pluralista e constitucional na Guiné-Bissau e noutros pontos do nosso continente", salientou.

Brasil se compromete a colaborar com construção da paz na Guiné-Bissau

Brasília, 25 ago  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva  comprometeu- se nesta quarta-feira com seu colega da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, a continuar colaborando com a construção de uma "paz plena" nessa nação africana.

"Não haverá paz verdadeira enquanto houver fome, desigualdade e desemprego", disse Lula em cerimônia realizada em Brasília na qual defendeu uma maior cooperação entre Estados para promover "a reconciliação nacional e a reabilitação econômica" na Guiné-Bissau.

Lula lembrou que seu Governo coopera com o da Guiné-Bissau em planos para a formação de policiais e reiterou sua disposição de continuar apoiando iniciativas para "garantir uma ação policial profissional" nessa nação, uma das mais pobres e instáveis da África Ocidental.

Sanhá agradeceu as palavras de Lula e destacou a ajuda brasileira na luta contra a pobreza nos países africanos.

O presidente guineense também pediu a Lula para que, depois de deixar o poder, "continue como um amigo fiel" da causa africana.

Sanhá expressou seu desejo de "ver empresas brasileiras investindo" na Guiné-Bissau, país marcado pela violência política desde 1974, quando conquistou a independência de Portugal e que nos últimos meses recuperou o caminho da democracia.

Durante a visita do presidente guineense ao Brasil, foram assinados acordos bilaterais nas áreas de biocombustíveis, agricultura, pesca, educação superior, saúde e combate à HIV sida

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ONU treina polícias no combate ao crime organizado

Bissau – De Julho a Agosto cerca de uma centena de elementos da Policia de Ordem Pública guineense foram formados pelas Nações Unidas no Centro de Formação Computadorizada em Bissau.

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O centro, construído com uma estrutura de formação das Nações Unidas, apoiado por tecnologias de informação e em rede adaptados à formação das forças de seguranças por todo mundo, cujo software foi disponibilizado pelo Gabinete das Nações Unidas sobre Droga e Crimes.
O projecto conta com diversos parceiros como Governo da Guiné-Bissau e Canada, ONUDC, Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau UNIOBIS, com suporte financeiro do mesmo com um valor estimado em 60 mil dólares norte-americano.
A assinatura do termo de acordo para funcionamento do centro foi assinada esta quarta-feira, 25 de Agosto, em Bissau pela Ministra do Interior Satu Camarà, Joseph Mutaboba, Representante do Secretario Geral da ONU na Guiné-Bissau, e o Representante Regional da ONUDC para África Central e Ocidental, Manuel Pereira.
Na ocasião a titular da pasta do interior destacou a importância deste espaço para a formação dos agentes da ordem pública no combate ao crime organizado, e sublinhou que as autoridades nacionais estão determinadas na luta contra todos os males que possa por em causa a estabilidade da ordem pública e segurança nacional.
«Neste momento estamos empenhados na luta contra aqueles que sempre estão com as intenções criar perturbações no nosso seio», disse a ministra.
Por sua vez, Joseph Mutaboba representante especial do Secretario Geral das Naçoes Unidas na Guiné-Bissau, encorajou a continuidade desta formação de forma a corresponder às expectativas dos outros países da comunidade internacional.
Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, recebe visita oficial do presidente da Guiné-Bissau nesta quarta (25)

images O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil recebe, nesta quarta-feira (25), a visita do presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanha, que estará no país em viagem oficial. Ele será recebido às 16h15, no Salão Nobre da Suprema Corte, pelo ministro-presidente, Cezar Peluso. Bacai Sanha foi eleito em 2009 pelo Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em eleições antecipadas, em função do assassinato do presidente João Bernardo Vieira, mais conhecido como Nino Vieira.


Considerado um político de posições moderadas e conciliatórias, Bacai Sanha já havia exercido interinamente a Presidência de Guiné-Bissau entre 1999 e 2000, quando chefiava o parlamento guineense por ocasião do conflito militar que culminou com a destituição de Nino Vieira, que ocupava, também naquela época, a chefia de Estado. Esta será a sexta visita de um chefe de estado da Guiné-Bissau ao Brasil.

PR Lula e Malam discutem missão de estabilização, chefias militares guineenses admitem passar à reserva

Brasília, 25 ago (Lusa) -- A participação do Brasil numa missão de estabilização na Guiné-Bissau domina a reunião hoje em Brasília entre os presidentes Lula da Silva e Malam Bacai Sanhá, um encontro precedido de intenções da chefia militar guineense em passar à reserva mediante condições de sobrevivência.

Segundo fontes diplomáticas de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o novo chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, concorda que, caso se faça uma reforma de defesa e segurança, condigna e haja condições adequadas de sobrevivência aos militares, ele e os seus companheiros aceitariam ir para a reserva.

Segundo as mesmas fontes, Indjai assinalou ainda a interlocutores da CPLP e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que a missão de estabilização na Guiné-Bissau seria formada, na maioria, por contingentes de países da CPLP, e comandada pelo país a enviar o maior efetivo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

GUINÉ EQUATORIAL-Autores de alegado ataque são condenados à morte

Dois outros suspeitos foram condenados a 20 anos de prisão efectiva por cumplicidade

Malabo - Quatro homens acusados de terem atacado o palácio presidencial da Guiné-Equatorial em Fevereiro de 2009, foram condenados sábado à morte, por um Tribunal de Malabo, declarou uma fonte oficial, citada nesta segunda-feira pela AFP.
Segundo a mesma fonte, que cita o veredicto lido pela televisão estatal, dois outros suspeitos foram condenados a 20 anos de prisão efectiva por cumplicidade nesse processo.


"Em nome da Lei, devemos condenar e condenamos os acusados José Abeso Nsue Nchama, mais conhecido por alias POPO, ex-capitão das Forças terrestres, Manuel Ndong Anseme, ajudante, Jacinto Micha Obiang, controlador da alfândega e elemento da segurança presidencial, e Alípio Ndong Asumu, à pena capital ", segundo o veredicto.


Os quatro homens são reconhecidos "criminalmente responsáveis e autores dos delitos de atentado contra o chefe de Estado e representante do governo, terrorismo e traição", lê-se na setença.
Em 17 de Fevereiro de 2009, dois homens armados provenientes do mar haviam tentado desembarcar em Malabo, num ataque com motivações ainda misteriosas.As autoridades afirmam ter rechaçado o ataque que, segundo elas, visava o palácio presidencial.


Inicialmente, o governo equato-guineense atribuiu o assalto aos rebeldes nigerianos, antes de acusar Faustino Ondo Ebangue, antigo chefe da União popular (UP, partido da oposição), refugiado em Espanha desde 2007, como tendo sido o "mentor".

Presidente do Senegal oferece quatro viaturas ao seu homólogo guineense

SENEGAL AFRICAN GENDER AWARDS Bissau  - A presidência da Guiné-Bissau recebeu quatro viaturas oferecidas pelo Presidente do Senegal ao seu homólogo guineense, Malam Bacai Sanhá, no quadro de reforço das relações entre os dois países, disse o embaixador senegalês no momento da entrega dos carros.

O embaixador Mamadu Niang entregou ao director do gabinete do Presidente guineense, Alberto Batista Lopes, as chaves de dois automóveis de luxo (um Lexus e um Volkswagen Passat) e dois autocarros de 45 lugares cada.

"Estas viaturas simbolizam os laços de amizade e fraternidade que unem os povos e governos do Senegal e da Guiné-Bissau", defendeu o embaixador Mamadu Niang, decano dos diplomatas acreditados em Bissau.

Por seu turno, o director do gabinete do Presidente guineense, Alberto Lopes disse que, em nome de Malam Bacai Sanhá, a presidência da Guiné-Bissau "agradece mais este apoio" do Senegal, país com o qual, disse "existem excelentes laços de amizade e cooperação".

As quatro viaturas ficarão afetas aos serviços da presidência guineense.

Na semana passada o Presidente do Senegal entregou ao seu homólogo guineense 100 toneladas de açúcar, produto que não há a venda na Guiné-Bissau.

Também recentemente, a presidência guineense recebeu do governo do Irão 20 automóveis, que o Presidente Malam Bacai Sanhá distribuiu para alguns veteranos da guerra pela independência do país.

Presidente da Guiné-Bissau deverá debater com homólogo brasileiro envio de tropas

IMG_5570_0 O presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, inicia nesta quarta-feira a sua primeira visita ao Brasil. Em cima da mesa dos encontros com o seu homólogo, Lula da Silva, em fim de mandato, deverá estar a participação de tropas brasileiras na hipotética missão de estabilização para território guineense. O Brasil teria ainda assim que submeter o caso para aprovação no Congresso.

O Brasil enviou já tropas para o Haiti, no âmbito de uma resolução do Conselho de segurança das Nações Unidas.

Brasilia não descarta, porém, o envio de forças para a Guiné-Bissau, no espírito da missão de estabilização de abordada na cimeira da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, a 23 de Julho passado na capital angolana.

Tal medida deveria, porém, ser submetida à aprovação do Congresso brasileiro, conforme declarou Piragibe Tarragô, director África e Médio Oriente do Ministério brasileiro das relações exteriores, para o qual a diplomacia brasileira apostaria, mesmo, na estabilização da Guiné-Bissau.

Iniciativas brasileiras para erradicar sub-registro civil servem de modelo para Guiné-Bissau

 23082010AC5295 Brasília - Uma missão de Guiné-Bissau está ano Brasil esta semana para conhecer a experiência brasileira de registro de nascimento em comunidades carentes. De acordo com o secretária nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos, Lena Peres, o modelo brasileiro prevê a ação de um comitê gestor nacional de registros de nascimento e também de comitês nos municípios, dos quais fazem parte cartórios, maternidades e secretárias de saúde.

“Saímos de um sub-registro de 20% e agora estamos com 8%, indo para a erradicação prevista pela Organização das Nações Unidas como 5%, até o final do ano”, explicou.

O diretor-geral de Identificação Civil e Registro de Notariado de Guiné-Bissau, Arnaldo Mendes, disse que seu país também fez um plano para evitar o sub-registro civil com base no modelo brasileiro e eles querem aproveitar o que o Brasil já fez. “O Estado tem de montar toda uma estrutura nacional centralizada para que todas as pessoas que ainda estão na Guiné sem registo civil [possam receber o documento]. [A falta dele] leva o Estado a falhar em suas políticas porque não se sabe exatamente o número de pessoas que vão a óbito, que se casam.”

Durante a visita, eles vão conhecer como funcionam os mutirões organizados em barcos e as ações emergenciais, como aquelas promovidas nas regiões atingidas pelas enchentes de junho em Pernambuco. Além disso, o grupo vai conhecer o funcionamento das unidades interligadas, que fazem o intermédio do cartório com as maternidades, facilitando a emissão da certidão de nascimento.

A missão de Guiné-Bissau deve ficar no Brasil até o dia 3 de setembro.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Futebol: Federação da Guiné-Bissau divulga os 21 convocados para jogo contra Quénia

Luís Norton de Matos_1 Bissau, 23 ago (Lusa) -- A Federação de Futebol da Guiné-Bissau, cuja seleção é treinada pelo português Norton de Matos, divulgou hoje os 21 convocados para defrontar o Quénia em 4 de setembro, para a fase de qualificação para a CAN2012.

Entre os convocados, 10 militam nas equipas portuguesas e os restantes jogam em campeonatos da Guiné-Bissau, Cabo Verde, França, Suécia, Inglaterra, Roménia, Suíça, Geórgia, Bulgária e Sérvia.

A novidade desta convocatória é a chamada de alguns jogadores que nunca jogaram pela Guiné-Bissau. São os casos de Cícero (Rio Ave), Almani Samori Moreira do Partizan de Belgrado e o antigo médio do Benfica Ednilson (mais conhecido no país pelo nome de Lubu), agora a jogar no Dinamo de Tblisi.

O jovem Aliu Djaló (Kaby), das camadas de formação do Chelsea, de Inglaterra, também faz parte da lista dos convocados.

Jogadores convocados por Norton de Matos:

Portugal 10 jogadores:

Eder (Académica), Cícero (Rio Ave), Ivanildo (Portimonense), Kevin Gomis (Naval), Pele (Belenenses), Zezinho (Sporting Clube de Portugal), Banjai (Oliveirense), Bacari Baldé (FCP) e Germano Mendes (Valpaços), Danilo Pereira (ex-junior Benfica).

Guiné-Bissau: Djibril Djassi (Benfica de Bissau) e Cabo Verde: Flaviano Nanque (Santa Maria).França: Bucundji Cá (Tours) e Pape Basse (Rennes).

Suíça: Sana (Servette, ex-junior do Benfica), Suécia: José Monteiro Macedo (Hammarby), Roménia: Bruno Fernandes (Urinea Urziceni), Bulgaria: Basile de Carvalho (Lokomotiv Plovdiv), Gerogia: Ednilson (Dinamo de Tblissi), Servia: Moreira (Partizan de Belgrado), Inglaterra: Aliu Djalo "Kaby" (Chelsea).

A Guiné-Bissau faz parte do grupo J juntamente com as seleções de Angola, Quénia e Uganda.

Primeiro ministro adia visita à África do Sul "por motivos de força maior"

carlosgome2010 Bissau, 23 ago (Lusa) -- O primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, adiou a visita África do Sul, onde iria efetuar uma visita oficial de dois dias, por motivos "de força maior", disse à Lusa fonte do seu gabinete.

Segundo a fonte, o chefe do governo guineense decidiu, em concertação com as autoridades sul-africanas, realizar a visita numa data a ser combinada de novo.

Instando a clarificar os motivos da agenda, a fonte do gabinete do primeiro ministro guineense especificou que, se Carlos Gomes Júnior tivesse viajado, "o país ficava sem os três principais responsáveis políticos": o Presidente da Republica, o chefe do Governo e o presidente do Parlamento.

Bafatá Iagu Misti

 

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A Educação é o motor

Bin Luz (Light Comes) é um projeto de desenvolvimento da educação para 2,700 mulheres e crianças nas comunidades rurais de Bafatá, Guiné-Bissau, África Ocidental. O objetivo é utilizar painéis solares para fornecer energia para as escolas rurais, os alunos podem assistir aulas extras durante a noite, depois do trabalho diário.
Um projeto de Tese (www.tese.org.pt).

Inaugurado novo Hospitar Militar em Bissau

inaugurao do hospital militar

O hospital “Amizade China-Guiné-Bissau” foi esta sexta-feira inaugurado em Bissau. O acto foi presidido pelo Presidente da República, na presença do Primeiro-Ministro e membros do seu Governo, do embaixador da China, chefias militares, entre outros convidados.

A infra-estrutura ora inaugurada foi financiada e construida pela República Popular da China, graças à cooperação existente entre Bissau e Pequin. Orçado em cerca de 11.5 milhões de dólares americanos, o hospital tem capacidade para 200 camas e a sua obra teve a duraçao de 15 meses. Tem um espaço total de 40 mil metros quadrados.

Falando no acto, o Presidente Malam Bacai Sanhá disse que não tem palavras para agradecer à República da China, mas manifestou a sua prontidão e disponibilidade para continuar a desenvolver as relações de cooperação entre a Guiné-Bissau e aquele país asiático.

O Chefe de Estado disse esperar que o novo hospital sirva de melhor maneira possivel os “interesses dos nossos militares, dos combatentes da liberdade da pátria” e os interesses do próprio Presidente da República, para quando necessário, passar por ai fazer revista ao seu estado de saúde.

Por seu lado, o ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes, Aristides Ocante da Silva, também agradeceu o Governo e povo chinês, e disse que o hospital não só vai resolver os problemas de saúde militar, mas também irá atender os civis, tendo em conta que o sistema sanitário guineense ainda carece de infra-estruturas, equipamentos e pessoal suficientemente qualicado para garantir uma boa saúde para a população.

Ministro da Defesa garantiu que o Executivo vai prestar uma atenção especial na gestão deste hospital, cuidados médicos, manutenção e equipamentos, contando com a participação da parte chenesa, à medida que “vamos aproveitando a formação de quadro de saúde para assegurar uma nova gestão”.

O embaixador chinês, Yan Banghua, lembrou que a cooperação entre a Guiné-Bissau e a China é de longa data, a qual o seu país presta muita atenção. Recordou ainda algumas da acções levada a cabo por Pequin em diferentes sectores da vida guineense. 

Guiné-Bissau envia missão ao Brasil para conhecer área de registro civil

Imagem do mapa
Brasília - Uma missão de Guiné-Bissau chega hoje (23) ao Brasil para conhecer a estrutura e o funcionamento da Coordenação Geral de Promoção do Registro Civil de Nascimento da Secretaria de Direitos Humanos. A visita da missão faz parte do projeto de cooperação técnica na área de promoção do registro civil de nascimento, que teve início em 2009.

Os integrantes da missão vão visitar mutirões no Amazonas e em Pernambuco. Durante a visita, eles vão conhecer como funcionam os mutirões organizados em barcos e as ações emergenciais como as realizadas nas regiões atingidas pelas enchentes de junho em Pernambuco. Além disso, o grupo vai conhecer o funcionamento das unidades interligadas, que ligam o cartório às maternidades, facilitando a emissão da certidão de nascimento.
A missão de Guiné-Bissau deve ficar no Brasil até o dia 3 de setembro.

domingo, 22 de agosto de 2010

África do Sul: vice-presidente Motlanthe recebe primeiro-ministro da Guiné-Bissau na terça feira

O primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, será recebido pelo vice-presidente da África do Sul, Kgalema Mothlanthe, na terça feira, no âmbito de uma visita oficial de um dia ao país.

Segundo uma nota oficial da Presidência sul-africana, Gomes Júnior e Motlanthe discutirão na Cidade do Cabo uma série de temas relacionados com as relações bilaterais entre Bissau e Pretória, com destaque para a cooperação nas áreas da defesa esegurança, saúde, educação e formação profissional.

No encontro de trabalho agendado entre os dois dirigentes serão igualmente discutidos mecanismos para a promoção deinvestimentos e trocas comerciais entre a Guiné-Bissau e a África do Sul.

As áreas identificadas pela nota oficial sul-africana para possíveis investimentos na Guiné-Bissau são minas e energia, destacando-se igualmente a vontade de cooperação na justiça e policiamento.

A África do Sul reitera a sua total disponibilidade para apoiar as iniciativas da União Africana (UA) e da Comunidade de Países da África Ocidental (ECOWAS) em apoio à Guiné-Bissau, salienta o comunicado governamental sul-africano enviado à Lusa.

O governo sul-africano refere que a visita oficial de Carlos Gomes Júnior “providenciará a plataforma necessária para o estabelecimento da Comissão Conjunta Bilateral (CCB) cuja constituição foi definida num acordo geral de cooperação assinado em agosto de 2008”.

Malam Sanhá faz apelo contra a "incompetência"

ng1333331 Presidente diz-se "envergonhado" com a má imagem pública do país

O Presidente da Guiné-Bissau confessa-se "envergonhado" pela "má reputação" que o seu país tem adquirido nos últimos anos, como entreposto do tráfico internacional de drogas duras e pela administração ineficiente, fazendo um apelo público contra a incompetência.

"Devemos envergonhar-nos por sermos vistos como um povo incapaz de encontrar soluções para os problemas do nosso país", afirmou Malam Bac ai Sanhá, citado por agências noticiosas na recente Conferência de Reconciliação Nacional, em Bissau.

A Guiné-Bissau, que foi uma colónia portuguesa até Setembro de 1974, tem uma gigantesca dívida externa e depende em larga escala de doações internacionais de diversas proveniências - de Portugal até aos países vizinhos.

Na década de 70, durante a guerra travada entre o movimento de libertação PAIGC e a tropa portuguesa, a Guiné chegou a ser apontada em meios internacionais como um dos Estados mais promissores de África, e o líder do PAIGC, Amílcar Cabral, era um dos mais respeitados políticos africanos. O seu assassínio, em Janeiro de 1973, em circunstâncias nunca devidamente esclarecidas, impediu-o de atingir a presidência da Guiné-Bissau independente.

O primeiro chefe do Estado, Luís Cabral, era irmão de Amílcar mas não gozava do mesmo prestígio. Acabou por ser derrubado por um golpe militar conduzido em 1980 pelo general Nino Vieira,um dos heróis da independência.

As últimas duas décadas foram marcadas por grande instabilidade no país e por crescentes acusações de que o vasto arquipélago dos Bijagós, ao largo da costa guineense, está a ser usado para operações de tráfico de cocaína entre os continentes americano e europeu.

O assassínio de Nino Vieira, num sangrento golpe militar em Março de 2009, agravou a reputação da Guiné-Bissau, hoje considerada um "estado falhado" por diversos analistas de política internacional. Dois chefes militares guineenses foram considerados cabecilhas do tráfico de droga pelas autoridades norte-americanas, que congelaram as suas contas bancárias nos EUA.

Sanhá, que venceu a eleição presidencial de 2009, realizada após a morte de Nino Vieira, tem procurado reorganizar a administração do país, tal como o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

No próximo mês, a cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental analisará o caso da Guiné-Bissau, devendo fornecer ajuda económica e militar ao país.

sábado, 21 de agosto de 2010

Cidadãos elogiam reunião para superarem os conflitos

20100821155150cidade Políticos, religiosos e militares guineenses elogiaram, na quinta-feira, em Bissau, a realização da conferência que vai investigar as causas de conflitos no país.  Além disso, prometeram contribuir para o surgimento de pistas e estratégias para acabar com a divisão na Guiné-Bissau.
O Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior, o antigo Presidente de Transição, Henrique Rosa, o bispo de Bissau, D. José Camnaté Na Bissign, o representante dos imãs da Guiné-Bissau, Mamadu Cissé, e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general António Indjai, foram unânimes em considerar benéfica para o país a iniciativa do Parlamento.
O Primeiro-Ministro pediu que as discussões na conferência sejam “frontais e sinceras, de forma a analisarem-se friamente as causas dos conflitos que têm conduzido o país para uma situação de precariedade grave”.
Henrique Rosa afirmou que a iniciativa é boa porque vai permitir que os guineenses questionem os motivos pelos quais não se entendem e “têm vivido em sobressalto desde a independência do país”.“A iniciativa é boa, cria expectativas, esperamos que, de facto, todas as intenções se concretizem”, referiu, lembrando:“A Guiné-Bissau, desde a independência, tem vivido em sobressalto, mas, como dizia o nosso Presidente, chegou a hora de nos entendermos”.
D. Camnaté Na Bissgn e Mamadu Cissé consideraram a iniciativa uma oportunidade para procurar a verdade no país e prometeram apoio total para o êxito da conferência.
O general António Indjai, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, afirmou que os militares guineenses “já sentem vergonha” pela situação na Guiné-Bissau, pelo que “vão tomar parte activa na conferência”.
“Penso que esta conferência vai ser um marco histórico no nosso país. Os militares estão dispostos a colaborar com o povo, com a justiça, com todos, para que o nosso país possa caminhar para o desenvolvimento”, afirmou António Indjai, que se fazia acompanhar dos chefes dos três ramos das Forças Armadas.

Vendedores e consumidores estranham subida brusca de preços

Bissau - A "subida brusca" dos preços da quase totalidade dos produtos de primeira necessidade, e a falta de alguns deles nos mercados da Guiné-Bissau, nos últimos dias, está a agitar comerciantes e consumidores guineenses. 

"Não se percebe. Está tudo mais caro.E o mais grave é que há produtos que não há à venda. Não sabemos o que se passa",
disse Fanta Djaló, uma das mulheres, designadas 'bideiras' (vendora) que enchem o mercado do Bandim, principal centro
comercial da Guiné-Bissau. 

As 'bideiras' afirmam que os preços subiram 'num abrir e fechar de olhos'. E enumeram os produtos hoje mais caros, ou mesmo fora de circulação, sem que haja uma explicação para tal: Cebola, alho, batata inglesa, farinha, arroz, açúcar, carne, peixe, leite, feijão, calda e esparguete. 

"Não há alho. Aliás, nos últimos dias, alguns 'bideiros' trouxeram pouca quantidade. Mas estão a vender uma cabeça de alho por 250 francos. Nem sei onde vamos parar com esses preços loucos", afirmou Fanta que vende bolinhos "para dar sustento lá em casa". Numa situação normal, o alho é vendido a 100 francos CFA por cabeça. 

"Os nossos maridos não trabalham. Se trabalham não recebem.Temos que ser nós a vender aqui para dar sustento lá em casa. Se não fosse isso, quem pagava a comida e a escola dos meninos. Quem?", questiona, a vendedora.

A quase totalidade dos produtos de primeira necessidade consumidos na Guiné-Bissau é importada dos vizinhos Senegal,
Guiné-Conacri ou Gambia. Alguns vêm também de Portugal ou do Brasil. 

Quintino Patricio, um jovem que ganha a vida consertando sapatos tem uma teoria  para o 'desaparecimento' do alho ou a sua
subida do preço no mercado guineense. 

"O alho passou a ter muito valor. É que agora muita gente come alho cru. Dizem que combate os diabetes, o colesterol e é bom para as ressacas. Talvez por isso, os 'bideiros' decidiram subir-lhe o preço. Sei lá", disse o jovem Patrício, entre sorrisos. 

Mais a sério, Numo Embaló, comerciante, diz não compreender o que se passa no mercado guineense. Ele prefere falar do arroz e do açúcar, cujos preços também dispararam nos últimos tempos.  

"O arroz subiu, o açúcar subiu de preço, mas praticamente não há no mercado. O Governo devia ver isto", notou Numo Embaló,
que vende sandálias de plástico e "algumas coisinhas de vestir". 

Maria Costa, por seu lado, sublinha "muitas das coisas que comemos vêm de fora. É verdade.Mas há muita coisa que nós
temos aqui no nosso país,e que nestes dias não há no mercado", frisou a 'bideira' de pão do Bandim.

"Sempre ouvi dizer que temos peixe em abundância no nosso mar. Peixe não vem de fora, então porque é que não há peixe nestes dias?", questionou Maria Costa, culpando as autoridades pela falta do produto. 

Uma dona de casa, que não se quis identificar, disse à Lusa que cada vez mais tem sido difícil "ir à feira" (expressão guineense
que quer dizer ir às compras no mercado do Bandim) com menos de cinco mil francos CFA.

"Eu 'fazia a feira' com dois mil ou dois mil e quinhentos francos CFA, mas estes dias vejo-me sempre a desenrascar, para
conseguir comprar as coisas que pretendo", afirmou a senhora, no meio da confusão característica do conhecido mercado. 

A semana passada, a Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (Acobes) chamou a atenção do Governo para a subida de preços dos produtos no mercado. Terça-feira o Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, recebeu 100 toneladas de açúcar, oferecidos pelo seu homólogo senegalês, Abdoulaye Wade. 

No entanto, os preços continuam a crescer.

Governo só aceita vinda força de estabilização com mandato da ONU -- Conselho de Ministros

Bissau, 21 ago (Lusa) -- O governo da Guiné-Bissau anunciou hoje, em comunicado de conselho de ministros, que só aceitará a vinda de uma força de estabilização ao país se o pedido for feito nos termos da Constituição da Republica e com um mandato das Nações Unidas.

Em reunião do conselho de ministros extraordinária dirigida pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, o governo guineense afirma aceitar o princípio da vinda de uma missão de estabilização, mas tudo terá que ser feita à luz da constituição do país e ter ainda a concordância de todos os órgãos da soberania.

Mas, para já, o governo decidiu incumbir o ministro da Defesa guineense, Aristides Ocante da Silva de preparar o dossiê sobre as posições de organizações internacionais, nomeadamente Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) sobre a matéria.

Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Governo de Guiné Bissau advogam por esclarecer assassinatos (Prensa Latina)

Bissau, 20 ago (Prensa Latina) O presidente de Guiné Bissau, Malam Bacai Sanhá, ratificou hoje nesta capital que seu governo esclarecerá os assassinatos do dirigente do país ocorridos em 2009, como parte da política do Estado.

  Frente a familiares e amigos de líderes mortos, o mandatário manifestou que desde a última campanha eleitoral prometeu que a justiça dará com os responsáveis por esses crimes.


Bacai Sanhá jurou seu cargo como novo presidente da Guiné Bissau em setembro de 2009, depois de ser eleito com um 63,31 por cento dos votos.


Entre os políticos e militares assassinados que já faz um ano encontram-se o ex presidente João Bernardo Nino Vieira; o ex Chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Wai; e os ex deputados Hélder Proença e Baciro Dabó.


Até o momento, ninguém tem sido acusado por instigar ou participar nos sangrentos fatos, que contribuíram, junto a um levantamento de militares, à desestabilização deste país africano, coincidem diversas fontes.

O ex secretário de Estado para a Cooperação Internacional, Roberto Cacheu, representante de familiares dos líderes assassinados, expressou que existe preocupação pela demora nas indagações em relação com os implicados nos violentos fatos.

Diversos setores defendem por conseguir a unidade e a reconciliação para propiciar o desenvolvimento econômico e social desta instável nação do oeste africano, que conseguiu sua independência de Portugal em 1974.

Policia Federal Brasileira prende seis e apreende 35 kg de cocaína e R$ 48 mil em SP

SÃO PAULO - A Polícia Federal (PF) prendeu seis pessoas e realizou a apreensão de 35 kg de cocaína, além de apreender R$ 48 mil e mais de US$ 5 mil. Os dois flagrantes foram feitos nesta sexta-feira, na capital paulista.

A primeira apreensão aconteceu no início da madrugada, num posto de combustíveis localizado na Rodovia Fernão Dias, no município de Atibaia, quando policiais flagraram o exato momento em que o motorista de um caminhão entregava uma mochila para os ocupantes de um veículo de passeio. Houve perseguição até que o veículo fosse parado. Na mochila havia 11 kg de cocaína.

Foram presos os ocupantes do automóvel S.F.S (37), J.R.R. (29), M.C. (35), originária de Guiné Bissau, e L.R.V. (37), este de nacionalidade boliviana, além do motorista do caminhão R.G.S. (27). Segundo apurado, o motorista teria sido contratado para fazer o transporte da droga, trazida da Bolívia através da fronteira da cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul.

A segunda apreensão foi feita na manhã desta sexta-feira, na Avenida Radial Leste, quando foi presa a boliviana M.Y.C.L., de 39 anos. Policiais encontraram 24 kg de cocaína em seu veículo. Na casa da boliviana, foram apreendidos R$ 48 mil e mais de US$ 5 mil dólares.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Presidente da Guiné Bissau visita o Brasil na próxima semana

Malam Bacai Sanhá deverá manter conversações com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com vista ao reforço da cooperação e participação de Brasília num plano de estabilização.

malambacaisanhapnn Brasília - O presidente da Guiné Bissau, Malam Bacai Sanhá, visita o Brasil na próxima quarta-feira (25), a convite das autoridades brasileiras.
Malam Bacai Sanhá deverá manter conversações com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e com membros do governo, com vista ao reforço da cooperação e participação de Brasília num plano de estabilização do país.
O Brasil desenvolve estreitos laços de cooperação com a Guiné Bissau, estado africano membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Durante a sua estadia em Brasília, o presidente guineense deverá informar os governantes brasileiros sobre a crise político-militar prevalecente no país, agravada desde o dia 01 de abril, data da eclosão de uma rebelião militar que condicionou, desde então, o exercício do poder pelo governo democraticamente eleito.
As Nações Unidas e outras organizações internacionais, como a União Africana, a Cedeao e a CPLP têm vindo a realizar diversas diligências diplomáticas, visando apoiar o governo da Guiné Bissau a encontrar uma solução para a crise. A reestruturação das Forças Armadas é considerada como uma das medidas prioritárias para a estabilização do país e início de um amplo programa de reformas.

Apoiar e construir a educação na Guiné-Bissau

Responsáveis da Promundo, associação juvenil de Coimbra, acompanham projectos no terreno. Na bagagem levaram medicamentos e material escolar

«Toca-nos apoiar e construir a educação na Guiné, desta vez mesmo a sério, também colocando pedra sobre pedra», escreve Fernando Castro, no site da associação, a partir da Guiné-Bissau. Uma primeira semana recheada de encontros. «Entregámos os medicamentos na Missão Católica de Cumura, mantida pelos Franciscanos e visitámos o hospital, que é uma jóia valiosa neste país. Impacta pelas situações de Lepra na nossa época e a de jovens com 16 anos ainda a morrer de tuberculose por não seguirem o tratamento para não falar do número de jovens com Sida», assinala o professor. A Promundo já tem em mente um projecto que deverá envolver toda a Faculdade de Medicina de Coimbra.
Ainda em Cumura, a associação nascida há pouco mais de um ano no seio da Escola Secundária de Avelar Brotero, pretende construir um centro juvenil. Para angariar fundos está em curso a campanha de recolha dos 800 euros necessários para a construção, compra de materiais e manutenção. Durante esta viagem será entregue um computador e um projector à Plataforma de Sinergia Associativa de Cumura para este futuro centro.
À associação guineense, o grupo de três portugueses entregará materiais para a recolha do lixo da cidade. 200 euros chegaram para comprar os carrinhos de mão e as pás que irão permitir a limpeza das ruas e o melhor ordenamento dos espaços verdes públicos. Durante a estadia na Guiné-Bissau visitam, pela segunda vez, a ilha de Soga. Ali entregarão bens recolhidos e uma verba de quatro mil euros (fruto de uma campanha de uma escola da Figueira da Foz) que servirá para fornecer roupa, sapatos e material escolar a 116 crianças.