Bissau – A convite do Presidente brasileiro, Lula da Silva, o chefe do Estado guineense, Malam Bacai Sanhá, desloca-se em visita de Estado ao Brasil, no próximo dia 25 de Agosto.
A notícia foi avançada, numa entrevista exclusiva à PNN, pelo embaixador do Brasil na Guiné-Bissau, Jorge Geraldo Kadry. De acordo com o diplomata, durante esta deslocação, o Governo brasileiro vai analisar e aprofundar, com as autoridades nacionais, as relações de cooperação entre dois países em vários domínios.
«O sentido desta viagem é reafirmar a nossa amizade [entre o Brasil e a Guiné-Bissau] enquanto países da mesma comunidade, da mesma língua e diligenciar para que a Guiné-Bissau possa encontrar ajuda e o caminho para o desenvolvimento, em benefício do povo», disse o diplomata.
Foi nesta perspectiva que Geraldo Kadry anunciou que, a partir de Outubro, vão ter início as primeiras acções de formação de agentes da Polícia de Ordem Pública, Polícia Judiciária, Agentes de Segurança do Estado e futura Guarda Nacional, no Centro de Treinamento que vai funcionar em João Landim, na região de Biombo, no norte do país.
O embaixador do Brasil na Guiné-Bissau afirmou ainda que, num futuro próximo, o centro vai ser utilizado para a formação de polícias ao nível dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
De acordo ainda com Jorge Kadry, esta iniciativa de formação dos agentes de segurança vai ser alargada às forças de defesa nomeadamente ao Exército, Marinha e Força Aérea nacional, mas mais tarde. «Trata-se de uma acção de cooperação que é extensiva nos vários sectores desde a agricultura, saúde, educação e os direitos humanos», informou o diplomata.
Relativamente à situação política do país, o representante do Governo brasileiro na Guiné-Bissau disse acreditar que as convulsões sociais que afectam o país vão ser ultrapassadas, tendo referido que a Guiné-Bissau é muito jovem em termo de democracia, comparativamente aos outros países.
Sobre a sua recente deslocação a Nova Iorque, onde participou na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau, Geraldo Kadry disse que foi passada em revista a situação política do país, sobretudo o caso do golpe militar do dia 01 de Abril, que deixou a comunidade internacional muito apreensiva.
«Estou bastante satisfeito, porque quer por parte da Comissão da Configuração da Paz das Nações Unidas quer da ONU, conseguimos um compromisso de continuarmos a apoiar a Guiné-Bissau», disse Kadry.
Apesar destas garantias, Geraldo Kadry disse que o Governo da Guiné-Bissau foi solicitado a dar sinais positivas para que esta ajuda possa ter consistência em todos domínios.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
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