Guiné-Bissau vai abrir uma embaixada no Brasil. Os dois países assinaram seis acordos de cooperação nesta quarta-feira em Brasília no âmbito da visita de dois dias do presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, ao Brasil. Em pano de fundo continua a hipotética mobilização para a Guiné-Bissau de uma missão de estabilização.
As autoridades brasileiras alegam pretender manter a sua confiança às instituições guineenses, admitindo porém que os últimos episódios de instabilidade possam ter afugentado do país outros parceiros.
Brasilia alega que a possibilidade da participação brasileira numa missão de estabilização na Guiné-Bissau Brasilia se inscreveria no espírito dos princípios defendidos pela CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, e da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, mas refere que tal vai requerer ainda um processo moroso.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, em fim de mandato, acolheu, pois, o seu homólogo guineense, Malam Bacai Sanhá, para um almoço em Brasilia nesta quarta-feira.
Foram assinados seis protocolos, nomeadamente nas áreas agrícola, de educação e de saúde, incluindo a luta contra a SIDA e também a luta contra a violência às mulheres.
O chefe de Estado guineense visitou, em seguida, o Supremo Tribunal Federal brasileiro.
A sua primeira visita de Estado ao Brasil termina nesta quinta-feira em Fortaleza, no Ceará, com um encontro com a comunidade guineense. Desde o ano 2000 cerca de 1 200 estudantes guineenses formaram-se neste país sul-americano.
Thiago Carvalho, diplomata responsável pela Guiné-Bissau no Ministério brasileiro das relações exteriores, fez à RFI o balanço desta visita.
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