Bissau - O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá afirmou terça-feira que o Irão está disposto a ajudar o seu país a
desenvolver-se e que tem prontos dinheiro a fundo perdido para disponibilizar logo que haja projetos concretos do Governo guineense.
Falando a imprensa a sua chegada a Bissau após uma visita de dois dias ao Irão, durante a qual disse ter ficado de "boca aberta", Bacai Sanhá disse ter sentido naquele país "calor de amigo, de um povo que quer ajudar a Guiné-Bissau".
"Tive uma recepção calorosa por parte do povo e do Presidente Ahmadinejad e na segunda feira estive com o guia da revolução iraniana", afirmou Malam Bacai Sanhá, em declarações à imprensa no aeroporto de Bissau.
O Presidente guineense disse ter ficado impressionado com o nível de desenvolvimento do Irão, ao ponto de ficar "de boca aberta".
"Tive oportunidade de visitar determinadas instituições, francamente fiquei com boca aberta por ver um pais considerado de terceiro mundo ter aquele nível de conhecimento científico", assinalou.
O chefe de Estado guineense frisou não ser de se estranhar o facto de o Irão ter já tanto conhecimento científico ao ponto de "lançar coisas para o espaço e construir submarinos".
"Em termos tecnológicos o Irão é um país altamente avançado e está disposto a nos ajudar. A minha visita ao Irão foi uma descoberta. Uma descoberta de um povo irmão, revolucionário. Olha a revolução islâmica, na Guiné-Bissau não se fala da revolução, porque a nossa revolução é da barriga", disse Bacai Sanhá, numa expressão guineense que quer dizer fome ou pobreza.
"Os iranianos são um povo extraordinário. Teerão é uma cidade moderna, com as infraestruturas iguais aos países europeus", considerou o Presidente guineense, sublinhando que os dois países precisam um do outro.
"O Irão precisa da Guiné-Bissau como parceiro e nós precisamos do Irão para desenvolvermo-nos", defendeu Bacai Sanhá.
Questionado sobre quando é que a cooperação com o Irão começará dar frutos, Bacai Sanhá disse que isso dependerá da capacidade do Governo em apresentar projectos concretos para obtenção de financiamentos a fundo perdido.
"Saí do Irão encorajado de que efectivamente este país vai para frente. Se o Governo for capaz de apresentar projectos concretos já amanhã, depois de amanhã os apoios começarão a chegar. São apoios a fundo perdido", esclareceu o Presidente guineense.
O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Adelino Mano Quetá explicou á imprensa, por sua vez, que os acordos entre Bissau e Teerão abarcam oito áreas, destacando a supressão de vistos de entrada nos dois países para portadores de passaportes diplomático ou de serviço, investimentos privados, banca e minas.
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