Batalha (Portugal) - A organização não governamental para o desenvolvimento Santa Maria da Vitória, com sede na Batalha, vai realizar em Dezembro uma nova missão humanitária na Guiné-Bissau, onde vai entregar milhares de artigos em Quebo e Quinhamel.
O presidente da organização, Amadeu Ceiça, disse hoje (quarta-feira) à Agência Lusa que a iniciativa, cujo objectivo primordial é a divulgação da língua portuguesa, passa pela entrega de roupa, calçado, livros, brinquedos, material didático e escolar naquelas duas localidades.
Em Quinhamel, a 40 quilómetros da capital, Bissau, onde a organização construiu uma escola do 1.º ciclo do ensino básico em 2002, além da entrega dos bens, a organização vai também iniciar a construção de uma segunda sala de aulas.
"Levamos portas, janelas, louça sanitária e azulejos, entre outro material, para este fim", afirmou Amadeu Ceiça.
Já em Quebo, "trata-se de uma acção pontual", esclareceu o dirigente, explicando que a organização vai entregar uma ambulância oferecida pelos Bombeiros Voluntários da Batalha.
O responsável justificou esta oferta com o facto de, em Abril último, terem morrido, num acidente de viação, 24 jovens que "não terão sido socorridos por ausência de meios".
Segundo Amadeu Ceiça, para não entregar apenas a viatura em Quebo, que dista cerca de 300 quilómetros de Bissau, a organização decidiu também distribuir pela população outros bens, como roupa, livros ou brinquedos.
"Para aquelas populações, o pouco que se dá é sempre muito", salientou, adiantando que os bens resultam de dádivas de empresas e de particulares da região.
Desde 1995, que a organização não governamental para o desenvolvimento Santa Maria da Vitória tem vindo a desenvolver missões na Guiné-Bissau, mas também tem promovido várias iniciativas em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
"Nós só fazemos missões humanitárias para os países de língua portuguesa", declarou Amadeu Ceiça, apontando o objectivo de divulgação da língua nacional.
O contentor, onde se incluem por exemplo cinco mil livros escolares ou cerca de 9000 peças de roupa, e a ambulância saem de Portugal no final de outubro, prevendo-se a sua chegada à Guiné-Bissau em Dezembro.
"Começamos a entregar os bens à população dia 05 de Dezembro", informou Amadeu Ceiça, acrescentando: "Entregamos em mão própria, sempre. É uma forma de provar que a ajuda chega lá, o que é importante para quem dá".
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