sábado, 31 de maio de 2014

TABANKA DJAZ ***** SHOW AO VIVO EM LONDRES

E O VIDEO FOI GRAVADO COM O iPad Apple, COM DURAÇÃO DE 01h25m,  COM ALGUNS CORTES, MAS MOSTRA A DIMENSÃO E A VIBRAÇÃO DURANTE O SHOW.

Última Hora: Cipriano Cassamá será o candidato do PAIGC à presidência da ANP

Cipriano-CassamáBissau 31 de Maio de 2014) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo escolheu Cipriano Cassamá como o seu candidato para a presidência da Assembleia Nacional Popular, entre os dois dirigentes concorrentes para o cargo.

O processo da votação no Comité Central do PAIGC terminou nas primeira horas deste sábado, tendo Cipriano Cassamá obtido 228, num universo de 327 votos.

O empresário Braima Camará obteve 97 votos. O actual primeiro vice-presidente do Parlamento, Augusto Olivais, tinha manifestado a sua intenção de se candidatar, mas acabou por se desistir.

De acordo com um membro do Comité Central que esteve presente na votação, houve 1 voto em branco e 1 nulo. O Comité Central conta actualmente com 351 membros, mas 24 deles estiveram ausentes durante a votação.

O Bureau Político (BP) e o Comité Central do PAIGC estiveram reunidos nos últimos dias para não só eleger a figura que irá concorrer à presidência da futura Assembleia Nacional Popular, mas também analisar a situação política vigente no país, depois da vitória do PAIGC nas eleições legislativas.

O PAIGC elegeu 57 dos 102 deputados da ANP e os mesmos serão empossados no próximo dia 13 de Junho. Caberá à ANP a última palavra na escolha do seu Presidente e outros principais cargos.

Domingos Simões Pereira é o actual Presidente desta formação política e será também o futuro primeiro ministro da Guiné-Bissau.

Esta é a segunda derrota consecutiva de Braima Camará. Recorde-se que ele tinha concorrido à presidência do PAIGC no último Congresso de Cacheu, tendo sido derrotado pela lista liderada por Domingos Simões Pereira.

Novos deputados da ANP tomam posse a 13 de Junho

Bissau - Os novos deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP), eleitos no passado dia 13 de Abril, tomam posse a 13 de Junho.

A informação consta num comunicado da Comissão Nacional de Eleições, assinado pelo seu Presidente, Augusto Mendes.


Na votação de Abril, foram eleitos 102 deputados em todos os círculos eleitorais do país, incluindo os da diáspora.


Nestas eleições, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o mais votado, com 57 deputados, seguido do Partido da Renovação Social, com 41 mandatos. Já o Partido da Convergência Democrática elegeu dois parlamentares, enquanto a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia escolheram ambos um deputado.


Com esta marcação, fica agora a ser conhecida a data da investidura de José Mário Vaz (JOMAV), candidato vencedor da segunda volta das presidenciais, realizada em Maio, ao cargo de Presidente da República da Guiné-Bissau.


Sobre esta data, o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, havia proposto ainda esta semana ao governo que o novo chefe de Estado guineense José Mário Vaz fosse investido no dia 17 de Junho, de forma a facilitar a sua participação na Cimeira da União Africana, a ter lugar em Malabo, Guiné Equatorial.

Três dirigentes do PAIGC perfilam-se para presidir ao Parlamento da Guiné-Bissau

Três dirigentes do PAIGC perfilam-se para a presidência da Assembleia Nacional Popular (ANP), o Parlamento da Guiné-Bissau, e um deverá ser escolhido hoje em votação do Comité Central, disse à Lusa fonte partidária.

O ex-ministro do Interior Cipriano Cassamá, o empresário Braima Camará e o atual primeiro vice-presidente do Parlamento, Augusto Olivais, são os candidatos que se apresentaram na reunião do "bureau" político (órgão diretivo) realizada na quinta-feira.

Além destes três dirigentes, outros tantos também se tinham manifestado, mas acabaram por desistir da corrida: Mário Dias Sami, Rui Diã de Sousa e Abel da Silva.

Lusa

ONU prolonga missão (UNIOGBIS). por mais seis meses

Nova Iorque - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) renovou por mais seis meses, quinta-feira, o mandato do Gabinete Integrado de Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

Este novo mandato começa a 01 de Junho e termina a 30 de Novembro deste ano, segundo define a resolução aprovada depois de duas rondas de negociação, a 23 e 27 de Maio.

Inicialmente, previa-se um período de três meses, mas alguns membros pediram renovação por um ano, com um balanço no primeiro trimestre de 2015, conforme recomendava o secretário-geral no seu último relatório.

A solução encontrada acaba por ser um compromisso entre as duas posições, estabelecendo um período de seis meses com uma avaliação no final de Outubro.

A resolução refere também o Programa de Melhoria da Eficácia da Governação, um plano para reformar a administração pública, e felicita o país pela realização das eleições legislativas e presidenciais.

O Conselho de Segurança volta, no entanto, a referir algumas preocupações, como a falta de supervisão sobre os militares, o tráfico de droga e as violações dos direitos humanos.

Faleceu general Umaro Djaló, antigo líder das Forças Armadas

Umaro-DjalóO antigo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Umaro Djaló, faleceu na quinta-feira, em Lisboa, vítima de doença, indicou fonte familiar.

Umaro Djaló morreu no Hospital da Santa Maria onde se encontrava em tratamento médico há mais de três meses.

A mesma fonte disse à Lusa desconhecer se o corpo será sepultado em Bissau ou em Lisboa.

Combatente da liberdade da pátria, Umaro Djaló era chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses aquando do golpe militar de 1980 que levou o então ministro da Defesa "Nino" Vieira ao poder, destituindo o presidente Luís Cabral.

Djaló, que foi o número dois de "Nino" Vieira durante a luta armada contra o colonialismo português na frente sul, incompatibilizou-se com o novo Presidente por discordar do golpe.

Passou a viver durante mais de 10 anos em Cabo Verde após o golpe em Bissau.

Tinha a patente de general na reserva e durante a Presidência de Malam Bacai Sanhá, em 2011, foi nomeado conselheiro especial da Presidência.

Nos últimos anos em todas as suas intervenções públicas criticou o rumo que a Guiné-Bissau acabou por tomar depois da independência.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Jorge Heitor*: As propostas matreiras de Nuno Nabiam

Nuno Gomes Nabiam, o candidato à Presidência da Guiné-Bissau apadrinhado por Kumba Ialá, nos meses que antecederam a morte deste, não aceitou facilmente ter ficado com menos de 40 por cento dos votos expressos. E vai daí começou a bradar que "quase metade dos eleitores" lhe confiou o seu voto, esquecendo que ficou bem mais de 20 pontos percentuais atrás do candidato do PAIGC, José Mário Vaz.

Fazendo finca-pé num projecto a que chama estranhamente "Guinendade positiva", Nuno Nabiam quer que os que votaram nele fiquem representados na governação do país, apesar de o PAIGC ter ganho tanto as legislativas como as presidenciais.

Pede, pois, uma quota-parte do Poder, já que não lho deram todo, como teria acontecido se acaso se tivessem cumprido os desígnios de Kumba Ialá e dos seus aliados nas Forças Armadas da Guiné-Bissau.

Esquecendo que haverá agora um Chefe de Estado, um Parlamento e um Governo a quem isso compete, Nuno Nabiam veio a público propor que se crie "um espaço, estrutura ou instituição" que supervisione o tão necessário programa de reforma dos sectores da defesa e da segurança.

Não é, porém, um espaço qualquer, nem dirigido por qualquer pessoa. Mas sim por ele próprio, Nuno Gomes Nabiam, líder do projecto "Guinendade positiva, paz, coesão social"; agora alçado a Vice-Presidente da República, cargo que por acaso até nem existe na Constituição, mas de que pelos vistos sente a falta.

O candidato claramente derrotado nas urnas quer ainda que o seu grupo, o tal da "Guinendade", essa palavra estranhíssima, horrorosa, dirija uma Agência ou Alta Autoridade para gerir os recursos naturais do país. Não vá o Estado presidido pelo PAIGC ficar com o petróleo, o ouro, a bauxite e tudo o mais que for possível extrair das terras e das águas da Guiné-Bissau..

Para além disso, deseja que não haja perseguição, revanchismo e retaliação de pessoas. Muito possivelmente a pensar nos seus amigos militares que há dois anos deram o golpe de estado que impediu o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior de ser eleito Presidente da República.

Ou seja, Nuno Gomes Nabiam não se contenta em ser um político qualquer, mesmo que isso signifique ser uma destacada personalidade da oposição ao Governo que vai ser formado pelo líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

Quer ser alguém muito importante, se possível um vice-presidente, ou até mesmo um co-presidente, capaz de impedir o afastamento do general António Indjai da chefia do Estado-Maior General das Forças Armadas; e o afastamento de outros oficiais-generais que nos últimos anos têm interferido demasiado na governação da Guiné-Bissau.

Isto numa altura em que até mesmo instâncias internacionais já começam a sugerir que, de facto, se abrandem as queixas existentes contra o golpista Indjai, não vá ele irritar-se e mandar prender o Presidente eleito José Mário Vaz, como já fez com o Presidente interino Raimundo Pereira e com o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

Aguardemos. Aguardemos, pois ainda a procissão vai no adro. Daqui a semanas começará a funcionar o Parlamento eleito, depois toma posse o Presidente e, finalmente, Domingos Simões Pereira, ao que tudo indica, forma Governo.

No entanto, enquanto aguardamos devemos abrir bem os olhos e estar muito atentos a todas as manobras de que é capaz Nuno Gomes Nabiam, uma espécie de advogado do que queria Kumba Ialá e do que António Indjai continua a querer.

A comunidade internacional não pode lavar as suas mãos de tudo o que acontece na Guiné-Bissau, dando-se por satisfeita só porque já se verificaram nesse território eleições presidenciais e legislativas. Eleições essas que, no contexto guineense, podem não passar de uma simples panaceia, como tão bem diz o sociólogo Carlos Lopes.


*Jorge Heitor, que na adolescência tirou um Curso de Estudos Ultramarinos, trabalhou durante 25 anos em agência noticiosa e depois 21 no jornal PÚBLICO, tendo passado alguns períodos da sua vida em Moçambique, na Guiné-Bissau e em Angola. Também fez reportagens em Cabo Verde, em São Tomé e Príncipe, na África do Sul, na Zâmbia, na Nigéria e em Marrocos. Atualmente é colaborador da revista comboniana Além-Mar e da revista moçambicana Prestígio

Está a circular em Bissau, um documento, do qual vamos apresentar alguns pontos : Som pa n’safa nha mistida kinti kinti.

Está a circular aqui em Bissau, um documento, do qual vamos apresentar alguns pontos, com ideias verdadeiramente espantosas, que a concretizarem-se transformariam o Presidente e governo eleitos, em verdadeiras marionetas, sem poder, salvaguardando os golpistas e oportunistas transitórios.

Escrito na primeira pessoa, em papel timbrado, o texto cuja autoria se presume de Nuno Nabian, mas não assinado (como convém, para poder ser sempre desmentido), põe, o que não é desmentível, a circular as ideias, a ver se pegam, de forma a que ainda que vencido nas urnas, ele, Nabian, vença agora pela tramoia.

Nem mais! Lê-se no texto que no âmbito do “projecto Guinendade positiva, paz, coesão social, unidade nacional e democracia”, acolhido “por uma significativa parte do povo da Guiné-Bissau”, convém ao seu mentor, que se define como “guia e líder dessa gente” que sejam “tidos em conta na definição de políticas públicas e sociais, bem como na implementação de programas de governação daqui por diante”, ou seja, não só o governo de Domingos Simões Pereira, mas os que vierem a seguir.

Mas o “dito” Nabian não quer ficar por aqui: Propõe “que seja criado um espaço, uma estrutura ou uma instituição, que vele ao mais alto nível do Estado, pela definição, implementação e supervisão do programa de reforma sustentada e viável dos setores da defesa e segurança”, e mais, “que para essa instituição, estrutura ou espaço que pode substanciar-se na institucionalização do cargo de Vice-Presidente da República(ainda que tal possa implicar a adoção da norma constitucional ad-hoc, pelos órgãos competentes) seja o líder do projecto Guinendade nomeado, com, entre outras funções, de supervisão do programa de reforma dos setores da defesa e segurança”.

Por outras palavras, tudo ficaria na mesma: Nabian, ou antes, o seu “tio” Indjai, a mandar. Um presidente assim, sem poderes, servira para quê?

Porém, ainda não acabou. Há ainda que garantir a roubalheira de recursos naturais que se faz descaradamente, com dezenas de camiões a caminho do porto, todos os dias, com embarque garantido para a China. O presidente eleito, Jomav, já veio falar na necessidade de rever os contratos assinados pelos transitórios. Há que impedir isso! Dizemos nós.

Qual quê! Sugere-se neste texto, que seja “criada uma Agência ou Alta Autoridade de regulação ou de gestão transparente de recursos minerais (veja-se a transparência!)que seria dirigida e provida de quadros oriundos do projeto Guinendade, sem prejuízo de integração de outros quadros nacionais (claro que em segundo plano, cremos nós!) com vocação e competência para esse domínio específico.

E que tal senhor Presidente José Mário Vaz, dizemos nós, pegar na ideia, mas em vez de uma Agência ou Alta Autoridade, seguir o exemplo de Timor-Leste e criar um fundo para os recursos naturais, mas que seja mesmo transparente, governado já agora por Timor-Leste, Nações Unidas ou outras instituições ou organismos internacionais credíveis. Olhe livra-se de lhe dizerem que quer rever os contratos para pôr “ a mão na massa” e que o dinheiro vai mesmo ser distribuído pelos principais interessados: os guineenses. 

Fonte : Blogue Pasmalu

quarta-feira, 28 de maio de 2014

“Dia de Libertação Africana” (DLA) Marcha Silenciosa alusiva à data. Fotos do dia 26 em Bissau 2014

ALD 2014 March 1ALD 2014 March 3ALD 2014 MarchCarmen Pereira and Cuban Ambassador with PAIGC Leaders and African Union rep at ALD 2014 ReceptionCuban Ambassador presentation PAIGC ALD 2014Cuban Ambassador with PAIGC Leaders and African Union rep at ALD 2014 ReceptionFrancisca Pereira presentation on PAWO at PAIGC ALD 2014Francisca Pereira r presentation on PAWO at PAIGC ALD 2014Francisca Pereirar presentation on PAWO at ALD Rally 2014Head Table at PAIGC ALD 2014Imani interview at ALD 2014 RallyImani presentation PAIGC ALD 2014Imani with Teodora Inacia Gomes and Nanatu at PAIGC ALD 2014Militants at PAIGC ALD 2014PAIGC Leaders and African Union rep at ALD 2014 ReceptionPAIGC Leaders and African Union rep at ALD 2014 Reception_1PAIGC Militants at ALD 2014PAIGC President Domingos Simoes Pereira presentation ALD 2014Teodora Inacia Gomes interview at ALD 2014 RallyUDEMU Assistant Secretary General and State Secretary for Food Security presentation at ALD Rally 2014

“Dia de Libertação Africana” (DLA) Marcha Silenciosa alusiva à data, da Tchapa de Bissau á Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana), no dia 26/05/14 (2ª feira).http://youtu.be/VSjrK45huHk

Carlos Lopes o meu objectivo foi agitar consciências (Em entrevista ao Jornal Expresso das Ilhas"

 

Novo Artigo de Luís Vicente "A reinvenção do modelo económico ao serviço da nação"

 

O Presidente da República guineense recentemente eleito, José Mário Vaz (JOMAV), visita Dakar

transferirBissau – O Presidente da República guineense recentemente eleito, José Mário Vaz (JOMAV), deslocou-se ontem terça-feira, 27 de Maio, à República do Senegal para uma visita de algumas horas ao país vizinho.

Em declarações  no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, José Mário Vaz disse que a sua deslocação à capital senegalesa se enquadra numa vista de cortesia ao seu homólogo Macky Sall, tendo adiantado que durante a sua estadia em Dakar vai manifestar a necessidade de a Guiné-Bissau continuar a colaborar com o Senegal a todos os níveis.


«Nós vamos para Dakar para uma visita de cortesia ao Presidente Sall, primeiro para agradecer todo apoio do Senegal durante o período de transição, e também manifestar a nossa disponibilidade em continuar a colaborar com o Senegal», referiu JOMAV.


Depois de Dakar,o novo Chefe de Estado guineense segue hoje 28 de Maio com a mesma finalidade para a Guiné-Conacri, devendo terminar o seu périplo na República da Gâmbia amanhã  29 de Maio.

Ministros da Defesa da CPLP reafirmam disponibilidade para apoiar reforma das Forças Armadas da Guiné Bissau

Os ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reafirmaram, em Lisboa, o apoio à reforma das Forças Armadas na Guiné-Bissau, país que acaba de realizar, com sucesso, as eleições legislativas e presidenciais.

Lisboa - Os ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reafirmaram, segunda-feira (26), em Lisboa, o apoio à reforma das Forças Armadas na Guiné-Bissau, país que acaba de realizar, com sucesso, as eleições legislativas e presidenciais.

O anúncio nesse sentido foi feito pelo ministro português da Defesa, José Pedro Aguar-Branco, na conferência de imprensa que se seguiu à XV reunião de ministros da Defesa da CPLP.

Muito cauteloso nas declarações sobre a situação na Guiné-Bissau, Aguiar-Branco sublinhou que a reuniã  foi 'uma reflexão sobre os resultados eleitorais e o caminho a seguir' e 'ainda não foi o fórum para tratar de medidas em concreto', que será realizado 'em momento oportuno'.

O ministro português da Defesa disse que a organização lusófona 'renovou o compromisso' de 'contribuir para a consolidação do sistema democrático' na Guiné-Bissau.

Para ele, no quadro da CPLP, 'não existe uma acção de intervenção conjunta na área da defesa' mas garantiu 'empenho, colaboração e cooperação em acções que se possam vir a desenvolver para consolidar o processo' em curso na Guiné-Bissau.

Disse que as eleições foram 'um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade'.

No encontro, Moçambique transferiu a presidência do sector da Defesa da CPLP para Portugal, disse Aguiar-Branco, acrescentando que São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa daqui a um ano.

O Fórum da Defesa da CPLP, que reúne anualmente, promove a identificação de medidas de cooperação e soluções que respondam às preocupações comuns, na área da Segurança e Defesa, dos países membros.

Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro e ministro da Defesa timorense, Xanana Gusmão, defendeu que uma 'intervenção concertada de todos os membros da CPLP na Guiné-Bissau 'seria o ideal'.

Xanana Gusmão acrescentou que só uma intervenção concertada 'responderia às necessidades de reforma do sector de segurança' guineense, adiantando que Timor-Leste está em posição de ajudar, uma vez que tem 'uma certa experiência', por ter vivido um 'conflito prolongado' a seguir ao qual foi necessário 'desmobilizar as forças armadas'.

Para o Primeiro-ministro timorense, a Guiné-Bissau tem 'a particularidade' de manter 'ex-guerrilheiros nas forças armadas de hoje'.

Xanana Gusmão recordou que as forças armadas guineenses tiveram 'um papel relevante' no 'desrespeito pela ordem constitucional', saudando, por outro lado, 'a coragem dos actuais líderes' militares e policiais, mas acredita 'estão agora imbuidos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos'.

Por seu lado, o ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, renovou 'o compromisso' do seu país em apoiar a Guiné na 'profissionalização' e 'modernização' das forças armadas, no sentido de as habilitar 'para combater as ameaças globais', como o narcotráfico.

Celso Amorim garantiu que 'o Brasil está muito empenhado em ajudar' na reforma do sector da defesa.

Sobre uma eventual acção conjunta da CPLP na Guiné, Amorim disse ser necessário 'levar muito em conta o que pensam os países da região e as organizações regionais'.

'A situação na Guiné-Bissau nos preocupa a todos, e muito, há muito tempo aliás', assegurou.

Na semana passada, o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, disse, numa conferência de Imprensa, em Lisboa, que a situação na Guiné-Bissau é o "dossier mais preocupante" para a organização, apesar da realização das eleições, que descreveu como surpreendentemente positivas.

A Guiné-Bissau "vai entrar numa fase ainda mais complicada", porque vai ter de demonstrar que todo o esforço que foi conseguido para a realização da votação "terá valido a pena", sublinhou o governante moçambicano.

"Isso só se consegue assim que as instituições que foram democraticamente eleitas assumirem funções e começarem a produzir resultados visíveis aos olhos da população", acrescentou Balói, adiantando que a CPLP está a preparar "iniciativas" para aquele país.

Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) apela à luta contra o Boko Haram

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) apelou, esta terça-feira, à comunidade internacional para que se mobilize na luta contra as «ameaças e crueldades» do grupo radical islâmico Boko Haram, que tem levado a cabo uma série de ataques mortíferos na Nigéria.


Em comunicado, a LGDH diz que é preciso «fazer face às ameaças e crueldades da organização terrorista Boko Haram, as quais se traduzem em obstáculos à paz, à convivência pacífica e à tolerância religiosa na sub-região» oeste-africana.


A Liga condenou, ainda, o rapto de mais de 200 raparigas nigerianas por parte daquela organização, apelando às autoridades da Nigéria para «assumirem as suas responsabilidades em todo o território nacional».


A organização não-governamental pede, ainda, à ONU, à União Africana, à União Europeia e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para «erradicar» as células do Boko Haram da Nigéria e de outros países da região.


O Tribunal Penal Internacional deverá abrir uma investigação aos «crimes graves que afrontam a consciência da humanidade», advoga ainda a LGDH.

A Guiné-Bissau ganhou um diferendo com o Panamá no Tribunal Internacional do Direito do Mar sobre navio aprisionado em 2009

A Guiné-Bissau ganhou um diferendo com o Panamá no Tribunal Internacional do Direito do Mar, relativo ao aprisionamento de um navio panamenho em águas guineenses em 2009.


O Panamá dizia-se lesado e exigia ao Estado guineense o pagamento de uma indemnização de 5,6 milhões de euros pelo facto de o navio Virgínia G ter sido aprisionado, na sequência do transbordo de combustível em alto mar para dois navios que estavam a pescar na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau.


Apesar de as três embarcações possuírem licenças de pesca, a lei guineense proíbe o transbordo de combustíveis entre navios, razão que levou as autoridades do país a aprisionar o navio e a confiscar o respetivo combustível.


Para se defender do caso, o Estado guineense contratou uma equipa de advogados locais e portugueses que ao longo de cinco anos apresentavam argumentos para justificar a causa. A Guiné-Bissau pedia, ainda, uma indemnização de quatro milhões de euros.


Segundo o advogado de defesa guineense Carlos Pinto Pereira, o Tribunal Internacional do Direito do Mar negou dar provimento às queixas do Panamá e reconheceu que a lei da pesca «está em total conformidade» com a Convenção do Direito do Mar.


A decisão foi conhecida a 14 de abril, tendo o tribunal condenado, contudo, a Guiné-Bissau ao pagamento de uma indemnização de 130 mil euros ao Panamá pela utilização do combustível que se encontrava no navio.

Retoma de ligações aéreas Lisboa - Bissau em avaliação

Portugal vai contactar as novas autoridades da Guiné-Bissau a fim de verificar se estão reunidas as condições de segurança para retomar os voos entre Lisboa e Bissau, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros no parlamento.

«Iremos iniciar os contactos com as novas autoridades guineenses logo que estas sejam empossadas. Teremos de verificar se estão asseguradas as condições de segurança no aeroporto de Bissau, para que episódios como o de 10 de dezembro não voltem a ocorrer», afirmou o ministro Rui Machete, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades.

 

Os voos da TAP entre as capitais dos dois países foram interrompidos depois do embarque forçado de passageiros ilegais, em Bissau.

«As autoridades de facto nunca nos deram tais garantias», referiu o governante, que acrescentou que uma vez asseguradas as condições de segurança, «caberá depois às companhias a decisão de operar a rota».

Neste caso, a TAP «terá depois de analisar e ponderar as necessárias questões operacionais».

A Guiné-Bissau terminou domingo passado um ciclo eleitoral em que foram indicados um novo Governo e um novo Presidente da República, depois de dois anos de um executivo de transição, na sequência de um golpe de Estado militar.

O ministro reiterou que as eleições foram «um sucesso, perante as difíceis circunstâncias em que se realizaram».

«A vitória do partido derrubado pelo golpe de Estado de 2012 demonstra o claro repúdio da população relativamente ao golpe, aos seus objetivos e aos seus autores. E a exígua votação alcançada pelos representantes das autoridades de transição confirma o que Portugal, a União Europeia e a CLPL [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] sempre afirmaram sobre a sua falta de representatividade e legitimidade».

Para Rui Machete, as eleições marcam «um definitivo virar de página na instabilidade crónica» dos últimos anos em Bissau.

O chefe da diplomacia portuguesa defendeu que Portugal e a União Europeia «confirmarão o seu papel tradicional de principais parceiros da Guiné-Bissau, apoiando técnica e financeiramente a implementação das reformas», que deverão visar a segurança, o reforço do Estado de Direito e combate à impunidade e a reforma da administração.

Lusa

Entrevista de Domingos Simões Pereira à RDP

Link para Ouvir a entrevista

http://rsspod.rtp.pt/podcasts/ata/1405/3038600_158718-1405270955.mp3

terça-feira, 27 de maio de 2014

Crianças Coreia do Norte tocando guitarra

Não sendo este vídeo de um tema sobre a Guiné-Bissau, mas por ser espetacular, não podia deixar de o mostrar e compartilha-lo com todos!!  

Presidente eleito da Guiné-Bissau promete rever exploração de recursos naturais "doa a quem doer"

José Mário Vaz falava em crioulo numa reunião promovida na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que juntou individualidades, movimentos e outras forças partidárias que o apoiara na candidatura à presidência.

O presidente eleito da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, prometeu esta segunda-feira rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país.

"Vamos trazer para a secretária todos os contratos com o que constitui a economia do país: areia pesada, petróleo, pescas, fosfato, doa a quem doer", referiu ao enumerar alguns dos recursos negociados no país e que pretende reanalisar depois da posse, prevista para junho.

Xanana Gusmão: Intervenção concertada da CPLP na Guiné-Bissau «seria o ideal»

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, defendeu hoje que uma "intervenção concertada de todos os membros da CPLP na Guiné-Bissau "seria o ideal".

Na conferência de imprensa que se seguiu à XV reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje se realizou no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, Xanana Gusmão frisou que só uma intervenção concertada "responderia às necessidades de reforma do setor de segurança" guineense.

O chefe de Governo timorense assinalou que Timor-Leste está em posição de ajudar, já que tem "uma certa experiência", por ter vivido um "conflito prolongado" a seguir ao qual foi necessário "desmobilizar as forças armadas".

Porém, reconheceu, a Guiné-Bissau tem "a particularidade" de manter "ex-guerrilheiros nas forças armadas de hoje”.

Recordando que as forças armadas guineenses tiveram "um papel relevante" no "desrespeito pela ordem constitucional", Xanana aplaudiu, por outro lado, "a coragem dos atuais líderes" militares e policiais, que, acredita, "estão agora imbuidos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos".

Por seu lado, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, renovou "o compromisso" em apoiar a Guiné na "profissionalização" e "modernização" das forças armadas, no sentido de as habilitar "para combater as ameaças globais", como o narcotráfico.

Sem descartar a importância, também, da reforma do setor de segurança e defesa, incluindo a desmobilização dos atuais militares, garantiu que "o Brasil está muito empenhado em ajudar", reconhecendo que tal reforma exige "financiamento, porque tem um custo".

Já uma eventual ação conjunta da CPLP tem de "levar muito em conta o que pensam os países da região e as organizações regionais", sublinhou.

"A situação na Guiné-Bissau nos preocupa a todos, e muito, há muito tempo aliás", assegurou.

Por seu lado, o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, foi mais cauteloso nas declarações sobre a situação na Guiné-Bissau, sublinhando que a reunião de hoje foi "uma reflexão sobre os resultados eleitorais e o caminho a seguir" e "ainda não foi o fórum para tratar de medidas em concreto", que será realizado "em momento oportuno".

Aguiar-Branco disse apenas que a organização lusófona "renovou o compromisso" de "contribuir para a consolidação do sistema democrático” na Guiné-Bissau.

Recordando que, no quadro da CPLP, "não existe uma acão de intervenção conjunta na área da defesa", Aguiar-Branco assegurou "empenho, colaboração e cooperação em ações que se possam vir a desenvolver para consolidar o processo" em curso na Guiné-Bissau.

Considerando que as eleições foram "um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade", o ministro transmitiu ainda "o desejo" de que a Guiné-Bissau "regresse o mais depressa possível" à área de intervenção de defesa na CPLP.

Moçambique transferiu hoje a presidência do setor da Defesa da CPLP para Portugal e São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa daqui a um ano, adiantou.

Lusa

Nuno Nabian desmente primeiro-ministro de Cabo Verde

O ex-candidato Nuno NabianNuno Nabian, candidato derrotado nas recentes presidenciais da Guiné Bissau, desmente alegadas pretensões em matéria de funções ministeriais na  futura administração do país.    

Após ter contestado a vitória de José Mário Vaz nas últimas eleições presidenciais, Nuno Nabian desmentiu  ter exigido a pasta de vice-primeiro-ministro e a supervisão da reforma das forças armadas Bissau-guineenses, bem como o ministério dos recursos naturais.

As revelações sobre as alegadas exigências do ex-candidato independente apoiado pelo PRS (Partido da Renovação Social),  foram feitas no passado dia 23 de Maio pelo  primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.

O PRS descartou toda e qualquer ligação com as  exigências do candidato infeliz à magistratura suprema da Guiné Bissau, que confirmou ter aceitado os resultados do escrutínio presidencial em nome da paz e da estabilidade no país da África Ocidental, de 1,6 milhões de habitantes cuja história desde a sua  independência oficial em 1974, foi marcada por uma sucessão de golpes de Estado e por uma instabilidade política crónica.

A eleição presidencial vencida em 18 de Maio pelo candidato do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) José  Mário Vaz  com  61,9% dos sufrágios,  tem como objectivo restabelecer a normalidade política na conturbada ex-colónia portuguesa.

Nuno Nabian, que tinha negociado a aceitação dos resultados com o chefe da missão dos observadores da União Africana, o ex-presidente moçambicano, Joaquim Chissano e com os responsáveis da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) declarou nomeadamente, nesta segunda-feira, que não competia ao primeiro-ministro cabo-verdiano resolver os problemas internos da Guiné Bissau.

Ouvir

Declarações de Nuno Nabian
(01:31)
 

domingo, 25 de maio de 2014

José Maria Neves Primeiro Ministro de Cabo Verde, revela exigências de Nuno Nabiam

O candidato derrotado nas eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau exigiu, como condição para aceitar os resultados, ser vice-primeiro-ministro e a tutela da reforma das forças de defesa e segurança, bem como dos recursos naturais.

A revelação foi feita pelo Primeiro Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves , que, numa aula magna sobre "Democracia e Governação" em África, recorreu ao exemplo de Nuno Nabiam para sublinhar que, no continente, e em democracia, as minorias não podem impor condições às maiorias.

Segundo o Chefe do Executivo, foram essas as exigências que Nuno Nabiam, candidato independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e que perdeu a segunda das presidenciais volta para José Mário Vaz, suportado pelo Partido Africano das Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fez para aceitar os resultados.

No final, e questionado pelos jornalistas sobre o que acabara de dizer aos estudantes, José Maria Neves escusou-se a avançar mais pormenores, sobretudo sobre se as condições impostas por Nuno Nabiam foram aceites.

"Não vou fazer nenhum comentário em relação a esta matéria. Acho que, enquanto primeiro-ministro, não devo fazer comentários sobre essa questão", respondeu o chefe do executivo, que, momentos antes, dera conta aos estudantes do curso de jornalismo da Universidade de Cabo Verde do que se passara na Guiné-Bissau.

Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exige que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções.

As eleições legislativas guineenses de 13 de Abril foram ganhas pelo PAIGC, cujo líder, Domingos Simões Pereira, irá formar Governo em breve.

Nas presidenciais do mesmo dia, os dois candidatos mais votados passaram à segunda volta, disputada domingo, em que José Mário Vaz obteve 61,9% dos votos, contra 38,1% de Nuno Nabiam, segundo os resultados provisórios divulgados terça-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau

Novo artigo de Luís Vicente "O poder local como fator de estabilização política e alavanca da nação"

 

sábado, 24 de maio de 2014

Corte indiscriminado de Madeira (Embaixador Chinês em Bissau Wang Hua tenta justificar o injustificável)

O embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua, pretende "aclarar" o alegado envolvimento de chineses na comercialização de madeira guineense, ao mesmo tempo que condena o abate "indiscriminado" das florestas do país.

"Dizer que esse comércio de madeira está ligado só com a China, acho que é um engano", referiu à agência Lusa, a propósito dos relatos de residentes em aldeias guineenses e das queixas de instituições ambientais.

O diplomata pretende encetar contactos "rapidamente" com a comunidade chinesa na Guiné-Bissau e com as autoridades do novo governo (que deve tomar posse em junho) para "aclarar o assunto". "Se algum cidadão chinês faz essa destruição, tem que ser alvo de uma crítica, uma censura, porque isso vai contra a vontade da natureza guineense e contra o nosso povo", sublinhou.

A China assume "a mesma posição de protesto" que surge por todo o território contra esse corte "indiscriminado", que para Wang Hua não é "legal" nem "justo", porque implica "a destruição da mata". O embaixador chinês em Bissau diz ter informações do Governo de transição de que há chineses envolvidos "no comércio" e não no abate.

"Se a coisa é assim, é outro problema e vamos ver se esse negócio é legal ou ilegal", referiu. "Se é legal, sem comentários, se é ilegal, protestamos, criticamos também porque a nossa posição está bem clara: as nossas empresas e cidadãos têm que respeitar as leis e regulamentos em qualquer país africano", concluiu.

Nelson Dias, delegado da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) na Guiné-Bissau, alertou em março, num entrevista à agência Lusa, para o aumento do "número de motosserras nas florestas e do número de contentores" oriundos do interior "que fazem fila no porto de Bissau ou passam pela fronteira".

A madeira Pau de Sangue é a mais procurada e cada contentor "pode levar 95 a 100 troncos. A população ganha mil francos por árvore cortada, quem corta ganha quatro a cinco milhões por contentor e o exportador lucra um balúrdio", resumiu Nelson Dias, para ilustrar o desequilíbrio do negócio.

Ou seja, "o Estado passa licenças em que não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos". A participação de cidadãos chineses com o apoio de militares durante as operações é relatada pela população das zonas afetadas, conforme os depoimentos registados pelas organizações ambientais e da sociedade civil.

No último relatório trimestral sobre o país, as Nações Unidas pediram ajuda à comunidade internacional para estancar a destruição das florestas e das reservas naturais na Guiné-Bissau por terem atingido "níveis sem precedentes" nos últimos "dois anos". O relatório, discutido no Conselho de Segurança da ONU, defende que a gestão transparente dos recursos naturais tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas.

Parlamento vai ser o primeiro órgão eleito da Guiné-Bissau a tomar posse

A Assembleia Nacional Popular (ANP) vai ser o primeiro órgão eleito da Guiné-Bissau a tomar posse no regresso à ordem constitucional, afirmou à agência Lusa fonte da área jurídica.

Dois anos depois do último golpe de Estado militar, o povo votou e devolveu as rédeas à força política que tinha sido deposta: o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou a presidência e a maioria absoluta no parlamento.

Os 102 deputados eleitos reúnem-se e tomam posse "nos 30 dias subsequentes à publicação dos resultados finais das eleições no Boletim Oficial [da República da Guiné-Bissau]", refere o regimento do órgão.

Agência Lusa

Eleições: Resultados definitivos confirmam vitória de José Mário Vaz nas presidenciais

Bissau, - A Comissão Nacional de Eleições (CNE)  anunciou ontem que os resultados provisórios da segunda volta das eleições presidenciais, realizada no domingo, passam a definitivos, sem alterações, nem reclamações.

"A CNE declara eleito para o cargo de Presidente da República o candidato José Mário Vaz com um total de 364.394 votos válidos, a que corresponde uma percentagem de 61,9", referiu Augusto Mendes, presidente do organismo.

A proclamação dos resultados foi feita na sede da CNE, em Bissau.

 

“Dia de Libertação Africana” (DLA) Marcha Silenciosa alusiva à data, da Tchapa de Bissau á Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana), no dia 26/05/14 (2ª feira).

No quadro, do cumprimento cabal do nosso programa, e em Comemoração dos 56 anos do “Dia da Libertação Africana” (DLA), pretendemos realizar uma Marcha Silenciosa alusiva à data, da Tchapa de Bissau á Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana), no dia 26/05/14 (2ª feira).

A Concentração na Tchapa de Bissau, entre as 16H00, e as 17H00. A marcha terminara com um Comício na Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana), pelas 18h00 min.

Pelo que convidamos todos Africanos na Guine-Bissau e amigos da África, independente de idade, religião, cor partidário ou origem, com a mais elevada estima e honra à tomar parte neste acto que revela o espírito e a determinação dos Africanos na luta coordenada pela Unificação, Libertação e o Progresso do continente.

O Comício vai ter representantes do Governo Eleito de Guine-Bissau, e do Corpo Diplomático residente, Associações Juvenis / Mulheres, estudantes e os cidadãos sob o lema:

«O Pan-Africanismo; Nô Dibidi Ósa e Nô Faci Nô Futuro!»

Pedimos a todos que queiram participar para vestirem roupa branca, aconselhamos também que tragam uma garrafa de água. Vamos todos para Tchapa de Bissau pelos 16H00 no dia 26 de Maio (segunda-feira) de ano em curso.

Imani Na Umoja

Coordenador de Subcomissão Preparatória para Comunicações Sociais

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Mensagem do Dr. José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, a Sua Excelência o Senhor José Mário Vaz, Presidente eleito da República da Guiné-Bissau

"Excelência,

Por ocasião da eleição de Vossa Excelência para o alto cargo de Presidente da República da Guiné-Bissau, é com muito prazer que lhe envio – em nome da Comissão Europeia e em meu próprio nome – as mais calorosas felicitações e os sinceros votos de sucesso no exercício das funções que lhe são confiadas pelo povo guineense.

Estas eleições presidenciais representam um importante ponto de viragem para o futuro da Guiné Bissau. Por esse motivo, a União Europeia não poupou esforços no sentido de apoiar financeiramente a realização das eleições e ao enviar uma missão de observação durante as duas voltas do escrutínio.

Era fundamental que o processo eleitoral fosse livre, pacífico e justo. A Comissão Europeia congratula-se de que tal tenha sido o caso.

Faço por isso votos para que esta eleição constitua um primeiro passo em direção à estabilidade política e para que todos os guineenses se empenhem em contribuir de forma construtiva para esse processo.

A democracia começa nas eleições, mas não acaba no dia seguinte. Tem de ser conquistada todos os dias através da boa governança e da resposta às preocupações das pessoas.

Os desafios políticos e socioeconómicos que se apresentam ao país são consideráveis, mas não duvido que Vossa Excelência se empenhará em tomar, de forma inclusiva e em diálogo com todas as forças políticas, as importantes decisões que se impõem, tanto a nível económico e financeiro, como nos domínios cruciais da reforma do sector de defesa e segurança e da luta contra a impunidade.

O reforço das instituições democráticas, a consolidação do Estado de Direito e a reconciliação da sociedade guineense são essenciais para uma estabilidade duradoura e para o desenvolvimento do país.

Asseguro a Vossa Excelência, Senhor Presidente, que a Comissão Europeia continua firmemente empenhada em ajudar a Guiné-Bissau e mobilizará o mais depressa possível os seus meios, em colaboração com a União Africana, a CEDEAO, a CPLP e as Nações Unidas, bem como com outros parceiros internacionais para apoiar os esforços do povo guineense em reforçar, reconciliar e desenvolver o país.

Aceite Vossa Excelência, Senhor Presidente, os protestos da minha mais elevada consideração.

José Manuel Durão Barroso"

23 de Maio de 2014

PAIGC e PRS prometem entendimento parlamentar

Este foi o resultado do encontro entre dirigentes das duas formações políticas


Na Guiné Bissau, o PAIGC, vencedor das eleições legislativas do passado dia 13 de Abril, e o PRS, segundo partido mais votado, emitiram um comunicado conjunto, no qual afirmam que vão manter e reforçar relações de proximidade para encontrar consensos e a estabilidade governativa.


Este foi o resultado do encontro entre dirigentes das duas formações políticas, que estabeleceram um acordo de princípio com incidência parlamentar. Entre pontos que constam da conclusão desta reunião, referenciada no comunicado conjunto dos dois partidos, figuram, nomeadamente, futuros entendimentos políticos estruturantes, sobretudo, o de incidência parlamentar, a fim de garantir a estabilidade governativa e social.


O PAIGC e o PRS prometem ter atenção e valorizar a observância do princípio do perdão a favor da reconciliação e da concessão de amnistia pelos órgãos competentes do Estado, assim como assumir garantias de não perseguição, nem de ameaças, para tranquilizar a classe política e todos os actores sociais, como também trabalhar no sentido da criação de consensos a favor de um verdadeiro programa de Reconciliação Nacional, que envolva todos os actores políticos nacionais, a sociedade civil e castrense, capaz de produzir um clima de paz e estabilidade internas.


Além do conteúdo desta nota em referência, inspirada no acordo do princípio entre o PAIGC e o PRS, o analista político guineense, Rui Landim, apresenta outra face do significado político da posição dos dois partidos. Para Rui Landim, a atitude política dos dois partidos maioritários, representa um bom sinal para o país.


O acordo de princípio entre o PAIGC e o PRS, exorta os guineenses a abraçarem o espírito de fraternidade que o momento propõe, citamos “sem distinção da raça, grupo étnico, religião ou estatuto social, e no qual todos devem assumir como partes de um novo ciclo político da Guiné-Bissau mais aberto, mais inclusivo e mais positivo”.

Nuno Nabian candidato presidencial derrotado aceita resultados nas eleições.

Nuno Nabian, candidato derrotado nas eleições presidenciais da Guiné-Bissau, aceitou hoje os resultados da votação de domingo, mas manteve a tese de que lhe roubaram votos, não apresentando no entanto qualquer prova da sua acusação.

Numa declaração em crioulo na sua sede de campanha, em Bissau, Nabian disse que houve um alegado «roubo de votos»  porque os números anunciados na terça-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) não coincidem com os que foram recolhidos pela sua direção de campanha.

Ainda assim, em nome da «paz e estabilidade», disse já ter comunicado à CNE que os resultados divulgados devem ser proclamados.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Reportagem em Paris da votação para as eleições Presidenciais (EXCLUSIF ELECTION PRÉSIDENTIELLE GUINÉE BISSAU)

Declaração do porta-voz da UE sobre o processo da eleição presidencial na Guiné-Bissau

"Na sequência do anúncio dos resultados das eleições presidenciais feito pela Comissão Nacional das Eleições, nos apresentamos felicitações ao Sr. José Mário Vaz, que de acordo com os resultados preliminares, tem uma clara liderança.


Congratulamo-nos com o êxito da condução do processo eleitoral e felicitamos novamente o povo da Guiné-Bissau pelo seu firme compromisso para com a democracia e a paz.


A Missão de observação eleitoral da União Europeia, enviada para o país desde Março de 2014, e presente em todas as regiões, considerou que o apuramento foi transparente, bem organizado e conformeà legislação vigente.

A referida Missão permanecerá na Guiné-Bissau para acompanhar o contencioso e até à declaração dos resultados finais.

 
Também prestamos homenagem aos outros candidatos presidenciais pela sua contribuição para o processo democrático. Apelamos aos oponentes que respeitem o seu compromisso em manter a paz e em utilizar os procedimentos legais apropriados para a resolução de quaisquer reclamações.

 
A União Europeia está firmemente empenhada em colaborar com as novas autoridades eleitas, após a divulgação do resultado final, para restabelecer a estabilidade, o desenvolvimento económico e a prosperidade na Guiné-Bissau. Encorajamo-las a que prossigam as reformas necessárias de forma inclusiva e em diálogo com todos os grupos políticos."


21 de Maio de 2014