Chegaram hoje à Guiné-Bissau os boletins de voto para a segunda volta das eleições presidenciais no país, marcadas para dia 18 de maio.
Tal como para a votação de 13 de abril (eleições legislativas e primeira ronda presidencial), os boletins foram impressos na África do Sul, num processo coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O material juntamente com alguns consumíveis foi hoje transportado por via aérea e chegou ao Aeroporto Internacional de Bissau pelas 18:00 (19:00 em Lisboa).
No local, Rui de Barros, primeiro-ministro do Governo de transição, que assistiu à chegada do carregamento, fez um apelo para o eleitorado "votar em massa" e participar "na escolha do próximo Presidente".
Estiverem ainda no aeroporto representantes do PNUD e de outras organizações, bem como o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Augusto Mendes, que garantiu que o material está em segurança até ao dia da votação.
Os boletins de votos foram transportados para o armazém da CNE, na zona antiga de Bissau, sob escolta das forças de segurança, que vão continuar a guardar o local.
Augusto Mendes fez também um apelo à participação do eleitorado para que os níveis de abstenção, que foram os mais baixos de sempre na primeira volta, continuem a baixar.
"Vamos continuar com a sensibilização" no âmbito da campanha de educação cívica e a "lutar para que a abstenção seja reduzida ao mínimo", concluiu.
José Mário Vaz, ex-ministro do Governo deposto pelos militares, e Nuno Nabian, estreante na política, são os candidatos na segunda volta das presidenciais na Guiné-Bissau.
A votação está marcada para 18 de maio, depois de o candidato do PAIGC, também conhecido como Jomav, ter arrecadado 40,89% dos votos, contra 24,79% de Nabian.
De acordo com os números finais da votação de 13 de abril, as taxas de abstenção foram as mais baixas de sempre, com 11,43% nas eleições legislativas e 10,71% na votação para a Presidência.
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