sexta-feira, 30 de março de 2012

Guiné-Bissau procura saída para impasse eleitoral

Autoridades guineenses procuram solução para impasse eleitoral

Autoridades guineenses procuram solução para impasse eleitoral

O presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, convocou militares, políticos, líderes religiosos e organizações da sociedade civil. Um encontro que teve como objectivo de encontrar uma solução para o impasse eleitoral.

Raimundo Pereira, presidente interino da Guiné-Bissau, convocou esta quinta-feira, para um encontro no Parlamento, as forças vivas da nação, chefias militares, partidos com assento parlamentar, candidatos à segunda volta das presidenciais, igrejas e sindicatos. Em cima da mesa esteve o impasse eleitoral, provocado pela recusa de participação na segunda volta do segundo candidato mais votado na primeira volta do escrutínio, Kumba Yalá.

A reunião durou mais de cinco horas e segundo Tcherno Cali Baldé, porta-voz da presidência, serviu para analisar a situação decorrente das eleições. Ficou ainda decidido a criação de uma comissão de facilitadores composta por religiosos e membros da sociedade civil.

O presidente interino da Guiné-Bissau, deve voltar a convocar nova reunião com os mesmos intervenientes na próxima segunda-feira.

Eleições: Cinco candidatos que querem anulação do processo recorrem ao STJ

Bissau, (Lusa) - Os cinco candidatos às eleições presidenciais da Guiné-Bissau que exigem a anulação do processo recorreram hoje ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), depois de a Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter indeferido as queixas.

A garantia foi dada hoje pelos representantes dos cinco candidatos, em conferência de imprensa, um dia depois de a CNE ter apresentado os resultados definitivos das eleições de dia 18 e marcado para dia 22 de abril a segunda volta, entre Carlos Gomes Júnior e Kumba Ialá.

Kumba Ialá, Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé juntaram-se para pedir a anulação das eleições (por "fraudes generalizadas"), que foram ganhas pelo candidato Carlos Gomes Júnior, e Kumba Ialá já disse que não vai disputar a segunda volta, por considerar todo o processo fraudulento.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Segunda volta das presidenciais na Guiné-Bissau marcada para 22 de abril

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau convocou hoje para o dia 22 de abril a segunda volta das eleições presidenciais, que será disputada pelos candidatos Carlos Gomes Júnior e Kumba Ialá.

O anúncio foi feito pelo presidente da CNE, Desejado Lima da Costa, na cerimónia de anúncio dos resultados oficiais da primeira volta, realizada a 18 de março.

Os resultados oficiais confirmaram os resultados provisórios, com Carlos Gomes Júnior a vencer o escrutínio, obtendo 48,97 por cento dos votos, seguindo-se Kumba Ialá, com 23,36 por cento.

"Nos termos do artigo 113 da lei eleitoral, em nome da CNE, convoco a realização do segundo sufrágio das eleições presidenciais antecipadas, entre os dois candidatos mais votados - Carlos Gomes Júnior e Kumba Ialá - para o dia 22 de abril de 2012", disse Desejado Lima da Costa, numa comunicação sem direito a perguntas dos jornalistas.

Numa longa exposição, o responsável agradeceu ao povo guineense a forma ordeira e pacífica e o civismo demonstrado a 18 de março, e o apoio das forças de segurança e da comunidade internacional.

Desejado Lima da Costa referiu-se também às reclamações apresentadas por cinco candidatos e explicou que segundo a lei as eleições não podem ser anuladas, como pedem esses candidatos, e que apenas tal pode acontecer em mesas de voto onde as irregularidades sejam tais que ponham em causa os resultados.

Segundo o responsável, os candidatos Serifo Nhamadjo, Kumba Ialá, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé apresentaram 13 reclamações, como adulteração de cadernos eleitorais, omissão de resposta a reclamações apresentadas, um eleitor que votou por alguém já morto, 12 eleitores impedidos de votar ou um cidadão apanhado com 208 cartões de eleitor virgens e 56 cartões de eleitor carimbados.

Desejado Lima da Costa disse que os votos afetos pelas irregularidades referidas pelos reclamantes são no total 246 votos e não influíram consideravelmente nos resultados obtidos em nenhuma das mesas de voto, justificando a repetição da votação.

Kumba Ialá, segundo candidato mais votado, já disse que não se irá apresentar à segunda volta, por considerar que a primeira foi uma fraude.

Desejado Lima da Costa não se referiu a este facto, limitando-se a marcar as eleições para o próximo dia 22 de abril.

Lusa

ONU pede eleições "pacíficas, livres e transparentes"

por Lusa Ontem

ONU pede eleições "pacíficas, livres e transparentes"

Fotografia © Denis Balibouse / Reuters

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, instou hoje o Mali e a Guiné-Bissau a seguirem o exemplo do Senegal e a realizarem eleições "pacíficas, livres e transparentes".

"As mudanças anticonstitucionais de governo, acompanhadas de violência, podem ter um impacto devastador na situação dos direitos humanos", disse Navi Pillay, felicitando o Senegal pela forma como decorreram as eleições presidenciais de domingo naquele país.

A responsável das Nações Unidas considerou que a primeira volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, a 18 de março, decorreu de forma "tensa, mas felizmente sem violência".

"É essencial que a segunda volta seja igualmente livre, transparente e sem violência", sublinhou Navi Pillay, numa altura em cinco dos nove candidatos nas eleições presidenciais guineenses têm exigido a anulação das eleições.

O segundo candidato mais votado, Kumba Ialá, recusa-se a ir à segunda volta, alegando a existência de várias fraudes por todo o país.

"Apelo a todos os participantes, em particular aos candidatos e seus apoiantes, que se abstenham de fazer afirmações provocatórias e incendiárias. Apelo também às forças de segurança para que ajam em conformidade com a lei", acrescentou.

A responsável das Nações Unidas lembrou que "o Mali tem também uma boa prática em matéria de eleições democráticas ao longo das duas últimas décadas", fazendo votos para que o país "regresse a essa via logo que possível".

A 22 de março, uma junta militar afastou num golpe de estado o presidente Amadou Toumani Touré a escassas semanas das eleições presidenciais marcadas para 29 de abril. O golpe mereceu reprovação internacional unânime e a condenação quase total da classe política maliana.

Na terça-feira, a junta militar no Mali ter anunciado a adoção de uma nova Constituição, que estipula que nenhum membro da junta ou do futuro governo possa candidatar-se às eleições legislativas e presidências que o novo poder pretende organizar.

A junta não avançou qualquer data para as eleições, nem especificou a duração do período de transição.

O candidato da oposição, Macky Sall, venceu o presidente Abdoulaye Wade na segunda volta das eleições de domingo no Senegal.

Wade, de 85 anos, que se candidatava a um terceiro mandato apesar de a Constituição do país só permitir dois, agradeceu aos cidadãos por terem acorrido às urnas "livremente, com calma e serenamente".

Cabo Verde congratula-se com nomeação de bissau-guineense na CEA

Carlos Lopes preside Comissão Económica das ONU para África

“A minha satisfação é tanto maior dado ao facto de ser a primeira vez que um africano de língua portuguesa ocupará tão elevado cargo".

Praia – O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, felicitou o economista bissau-guineense Carlos Lopes pela sua recente nomeação para o cargo de secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA).


“A minha satisfação é tanto maior dado ao facto de ser a primeira vez que um africano de língua portuguesa ocupará tão elevado cargo e dirigirá um dos órgãos mais importantes para o nosso continente”, sublinha o chefe do Governo cabo-verdiano na sua mensagem.


José Maria Neves manifesta também a certeza de que “a experiência e as qualidades profissionais” de Carlos Lopes, “aliadas às suas qualidades pessoais, facilitarão o exercício dessas importantes funções”.


O primeiro-ministro cabo-verdiano expressou, ainda, o desejo de intensificar o diálogo e a cooperação com a Comissão Económica das Nações Unidas para África, designadamente no quadro do seu apoio à implementação de Agenda de Transformação Económica de Cabo Verde.


Um dos secretários -gerais adjuntos da ONU, Carlos Lopes é atualmente diretor do Instituto da ONU para Treino e Pesquisa e diretor da Universidade do Pessoal da organização.


Carlos Lopes, natural de Canchungo, na região de Cacheu (litoral norte da Guiné-Bissau), onde nasceu a 7 de março de 1960 (52 anos), já desempenhou anteriormente as funções de coordenador residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil.


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou que Carlos Lopes conta com mais de 24 anos de experiência no seio das Nações Unidas, recordando o seu percurso profissional, académico, economista e sociólogo, com "vasto conhecimento da realidade africana".


Doutorado em História pela Universidade de Paris e especialista em desenvolvimento e planeamento estratégico, Carlos Lopes iniciou a carreira nas Nações Unidas em 1988 como economista do desenvolvimento, sendo também autor ou organizador de mais de 20 livros.


Este quadro natural da Guiné-Bissau já lecionou também em várias universidades, como as de Lisboa (Portugal), de Zurique (Suíça), da cidade do México (México), de São Paulo e do Rio de Janeiro (Brasil).
A CEA é a agência de Nações Unidas especializada em África com o objetivo de dar suporte ao desenvolvimento económico e social dos seus 54 Estados-membros, fomentar a integração regional e promover a cooperação internacional.


Com sede em Addis Abeba (Etiópia), a CEA é a principal estrutura da ONU dedicada ao continente africano, com mais de 300 economistas entre os cerca de 800 funcionários que possuiu.

Missão do Reino Unido na Guiné-Bissau pede respeito pelas leis e não violência

 

A missão de observação do Reino Unido às eleições presidenciais de dia 18 pediu hoje aos candidatos que respeitem os processos jurídicos sobre queixas e apelou ao povo e aos líderes políticos para que se abstenham de violência.

A missão "apela ao povo da Guiné-Bissau e aos líderes políticos para que se abstenham do recurso à violência, que não justifiquem o recurso à violência, ou qualquer outra ação extrajudicial para resolver as disputas que possam resultar do processo eleitoral", de acordo com um comunicado hoje divulgado.

A missão concluiu que "a primeira volta do processo eleitoral foi conduzida de forma livre, justa e transparente".

O Reino Unido enviou às eleições do passado dia 18 uma missão de 11 elementos, que no dia da votação esteve em seis regiões do país, onde observou a abertura das mesas de voto, o processo de votação e o encerramento e contagem de votos.

"Ao longo do dia não foram observadas pela missão ou relatadas à missão quaisquer grandes discrepâncias ou irregularidades", acrescentou o comunicado, que referiu pequenos problemas materiais como falta de pontualidade na abertura das urnas e "falta generalizada de selos para as urnas de voto e materiais acessórios".

"Contudo é opinião desta missão que essas questões não afetaram a integridade ou justiça do processo de votação. A transparência do processo de contagem de votos foi especialmente assinalável e deve ser elogiada", afirmou o comunicado, assinado por Peter Thompson, chefe da missão.

Lusa

quarta-feira, 28 de março de 2012

Eleições: Partidos apoiantes de Gomes Júnior pedem realização da segunda volta das presidenciais

Bissau, (Lusa) - Líderes de partidos da Guiné-Bissau que apoiaram Carlos Gomes Júnior nas eleições presidenciais de 18 de março apelaram hoje a Kumba Ialá a aceitar concorrer na segunda volta do escrutínio para que o país possa ter um "Presidente eleito democraticamente".

Numa conferência de imprensa conjunta, cerca de uma dezena de líderes partidários manifestaram a sua estranheza pela posição do líder do PRS (Partido da Renovação Social), Kumba Ialá, pelo facto de este anunciar que não irá participar na segunda das presidenciais alegando fraude eleitoral.

"É normal em democracia contestar os resultados eleitorais, mas o que não pode acontecer é que alguém faça com que não haja uma segunda volta. Por respeito aos imperativos constitucionais os dois (candidatos) mais votados têm que estar na segunda volta para que a democracia possa fluir", afirmou Iancuba Indjai, líder do Partido da Solidariedade e Trabalho (PST).

CNE julga improcedentes reclamações de fraude

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau considerou improcedentes as reclamações de fraude apresentadas por cinco candidatos nas eleições presidenciais do passado dia 18.

A decisão saiu de uma reunião plenária da entidade, realizada na tarde de terça-feira e conhecida à noite através de um comunicado.

Cinco dos nove candidatos nas eleições presidenciais têm exigido a anulação das eleições e o segundo candidato mais votado, Kumba Ialá, recusa-se a ir à segunda volta das presidenciais, alegando a existência de inúmeras fraudes por todo o país.

No comunicado da CNE afirma-se que a legislação do país não admite a anulação das eleições e que as irregularidades invocadas, além de "não influírem consideravelmente nos resultados obtidos em nenhuma das mesas" de voto, também "não afetam o resultado nacional".

Por estes motivos, a CNE "declara de improcedente as reclamações conjuntas" apresentadas pelos cinco candidatos.

Kumba Ialá, Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé juntaram-se para pedir a anulação das eleições, que foram ganhas pelo candidato Carlos Gomes Júnior, de acordo com os resultados provisórios.

A CNE deverá divulgar hoje os resultados definitivos das eleições presidenciais, antecipadas devido à morte do presidente eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá.

terça-feira, 27 de março de 2012

Conselho de Segurança da ONU discute situação pós-eleitora

Bissau – Os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas reúnem esta quarta-feira, 28 de Março, em Nova Iorque, para analisarem a situação após a primeira volta das Eleições Presidenciais antecipadas de 18 de Março, na Guiné-Bissau.

A notícia foi avançada pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOBIS), numa nota de imprensa.


De acordo com o comunicado, o Representante Especial do Secretário-geral e chefe do UNIOBIS, Joseph Mutaboba, vai informar os 15 membros desta organização a partir da capital guineense, através de teleconferência, acerca da situação na Guiné-Bissau.


«A primeira volta das Eleições Presidenciais de 18 de Março é um dos pontos abordados, bem como a questão das reformas nos sectores de Defesa e Segurança, o combate ao tráfico de droga e a questão de impunidade», lê-se no documento.


Recorda-se que, depois do anúncio dos resultados da primeira volta das Eleições Presidenciais antecipadas, cinco candidatos, nomeadamente Koumba Yala, do PRS, Henrique Rosa, independente, Serifo Nhamadjo, também independente, Afonso Te e Serifo Balde, recusaram os dados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a 21 de Março, alegando fraudes.


Os cindo candidatos encontraram-se com o decano de embaixadores na Guiné-Bissau, o senegalês Adulay Dien, esta segunda-feira, 26 de Março, onde procederam à entrega de reclamações junto da CNE.


À saída do encontro, Koumba Yala, que falou em nome dos seus colegas, disse ter informado o diplomata senegalês sobre as suas posições e o evoluir da situação política na Guiné-Bissau.
A mesma ocasião serviu para Adulay Dien informar os visitantes de que a Guiné-Bissau tem as suas instituições competentes para resolver qualquer conflito neste sentido.


Esta terça-feira, 27 de Março, o grupo dos cincos candidatos derrotados na primeira volta agendou um encontro com o representante da União Africana na Guiné-Bissau.


De acordo com os dados anunciados pela CNE, o candidato do
Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, e o candidato suportado pelo Partido da Renovação Social (PRS), Koumba Yala, irão disputar a segunda voltas das Presidenciais antecipadas.


Os dados divulgados a 21 de Março indicam que o candidato do PAIGC obteve 48,970% dos votos, num total de 154.797, contra os 23,360%, correspondentes a 73.842 votos do candidato do PRS, Koumba Yala.

O candidato independente Manuel Serifo Nhamadjo ficou em terceiro lugar, com um total de 49.767 votos, correspondentes a 15,744%.
O empresário Henrique Pereira Rosa obteve 17.070 votos, correspondentes a 5,4%.


Baciro Dja adquiriu 3,258%, o que corresponde a 10.298 votos. Afonso Te, suportado pelo PRID, obteve 1,393%, num total de 4.396 votos arrecadados.


O candidato da Coligação Aliança Democrática Vicente Fernandes conquistou os votos de 3.300 guineenses, o que equivale a 1,044%.
O candidato independente Luís Nancassa arrecadou 1.174 votos, correspondentes a 371%, e o candidato do partido jovem, Serifo Balde foi votado por um número expressivo de 1.463 cidadãos, que se traduz em 0,463%.


Assim, os candidatos do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, e o do PRS, Koumba Yala, vão deputar a segunda volta das Eleições Presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau.


Em consequência das reclamações e recusas por parte dos cinco candidatos, o prazo limite para anúncio dos resultados finais, que deveria acontecer num prazo máximo de 8 a 10 dias, termina a 27 de Março.

Grupo Santi quer construir hotel na Guiné-Bissau mas queixa-se de burocracia

Um grupo espanhol quer construir um hotel de quatro estrelas no centro de Bissau, no valor de 25 milhões de euros, mas queixa-se do excesso de burocracia e admite desistir do projeto.


Santiago Hanna, presidente do grupo Santi, reuniu-se hoje com a ministra da Economia da Guiné-Bissau, Helena Embaló, que se mostrou muito interessada, mas, segundo o responsável, ao contrário da ministra "há quem não queira o desenvolvimento do país".


"Queremos investir muito, temos confiança, mas a burocracia é muito, muito lenta. Temos maquinaria no porto há três meses e temos problemas com a alfândega", disse o empresário depois da reunião com a ministra.


O hotel, de 180 quartos, de categoria e normas europeias, seria o próximo investimento, mas Santiago Hanna já não tem a certeza.


"Queríamos começar mas parámos porque há um problema entre a Câmara e a Assembleia Nacional. Não nos dizem nada e já gastámos 600 mil euros", disse.

Lusa

Candidatos contestatários na Guiné-Bissau recebidos pelo decano dos embaixadores

 

Parte dos 5 candidatos que contestam os resultados da primeira volta das eleições presidenciais com, ao centro, Serifo Nhamadjo

Parte dos 5 candidatos que contestam os resultados da primeira volta das eleições presidenciais com, ao centro, Serifo Nhamadjo

O embaixador senegalês, decano do corpo diplomático acreditado na Guiné-Bissau, recebeu hoje em audiência os cinco candidatos contestatários dos resultados da primeira volta das eleições presidenciais. Mamadu Niang apelou a que eventuais recursos sejam submetidos aos órgãos competentes.

Os cinco candidatos (Kumba Yalá, Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té, Serifo Baldé) que contestam os resultados da primeira volta das eleições presidenciais de 18 de Março apelaram hoje à calma e serenidade do povo guineense no braço de ferro que se instaurou após o referido escrutínio.

O primeiro dentre eles, o antigo chefe de Estado Kumba Yalá, deveria disputar a segunda volta com o mais votado dos candidatos da primeira, o primeiro-ministro cessante, Carlos Gomes Júnior.

Mas o grupo dos 5 contestatários continua a denunciar fraudes, deram entrada na CNE, Comissão nacional de eleições, com uma reclamação e Kumba Yalá recusa apresentar-se ao segundo turno do escrutínio.

Os candidatos em causa avistaram-se, mesmo, com o embaixador do Senegal em Bissau, Mamadu Niang, a quem apresentaram os seus argumentos.

Este (aqui dobrado por Adriano Salgueiro) apelou a que recursos eventuais fossem submetidos aos órgãos competetentes.

Mamadu Niang, embaixador do Senegal em Bissau

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Serifo Nhamadjo, o terceiro candidato mais votado, falou à imprensa na saída do encontro e prometeu prosseguir com a contestação do resultado da primeira volta.

Serifo Nhamadjo, 3° candidato mais votado

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Portugueses retidos em Mali esperam abertura do espaço aéreo para regressar a casa

Os treze portugueses que ficaram retidos no Mali, na sequência do golpe de Estado, esperam que a abertura do espaço aéreo prevista para esta terça-feira lhes permita o regresso a casa nos próximos dias.

 

Os portugueses estavam de regresso a casa depois de uma missão humanitária à Guiné-Bissau quando foram apanhados pelo golpe de Estado no Mali.

Em declarações à TSF, Carlos Ferreira, um dos elementos do grupo, disse que tem indicações do consulado alemão para aguardar, no albergue onde se encontram, pelas novidades que possam surgir com a abertura do espaço aéreo.

«Amanhã poderá haver a abertura do espaço aéreo, mas ainda não temos informação se, efetivamente, poderemos sair ou não, porque tudo dependerá das companhias aéreas que irão voar para cá ou não», revelou.

Carlos Ferreira disse ainda que a calma regressou, entretanto, a Bamako, capital do Mali.

Candidatos contestatários pedem calma

Os cinco candidatos às eleições presidências da Guiné-Bissau de dia 18, que querem a anulação do escrutínio, apelaram hoje «à calma e serenidade» do povo guineense perante os «discursos retrógrados e incendiários» do «regime de Carlos Gomes Júnior».

Nas eleições de dia 18 Carlos Gomes Júnior, líder do maior partido (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC) e até agora primeiro-ministro, saiu vencedor, com Kumba Ialá, do segundo maior partido (Partido da Renovação Social, PRS) a ficar em segundo lugar.

Kumba Ialá recusou-se a ir a uma segunda volta nas eleições. Com mais quatro candidatos (Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé) exigiu a anulação do escrutínio e denunciou uma fraude generalizada nas eleições. Na última sexta-feira, os cinco apresentaram as alegadas provas junto da CNE - Comissão Nacional de Eleições.

Hoje, em conferência de imprensa, representantes dos cinco candidatos acusaram a directoria de campanha de Carlos Gomes Júnior de sistematicamente «fazer recurso à lógica do medo, através das rádios e da televisão, nacionais e estrangeiras, para criar um clima de terror junto das populações, a fim de desviar as atenções das suas responsabilidades na máquina fraudulenta que implantaram no processo de votação».

O governo de Carlos Gomes Júnior tem responsabilidades nesse processo, disse Victor Pereira, do PRS, explicando que foi um organismo do Ministério da Administração Territorial que organizou o processo.

E «de forma premeditada e fraudulenta orientou os administradores sectoriais e respectivos secretários na emissão de dois modelos diferentes de novos cartões de eleitor e adulterou os cadernos eleitorais, como também procedeu à actualização dos cartões fora do prazo estipulado, inclusive no próprio dia da votação», afirmou.

O responsável negou também que tenham sido os partidos os responsáveis pela marcação das eleições para dia 18, uma prerrogativa apenas do Presidente interino, e acusou Carlos Gomes Júnior de «confundir e privilegiar relações pessoais com Angola e Portugal».

«Como tem sido hábito do primeiro-ministro/candidato Carlos Gomes Júnior e do seu governo, o recurso à violência é uma constante, aliás provada nos assassínios de 2009 nas pessoas de Tagmé Na Way, Nino Vieira, Hélder Proença e Baciro Dabó, na execução do major Iaia Dabó, e mais recentemente na morte bárbara e violenta do major Samba Djaló, personagem chave para esclarecimento dos assassínios políticos de 2009», disse.

Lusa

domingo, 25 de março de 2012

Campanha de vacinação contra a poliomielite na Guiné-Bissau

Campanha de vacinação contra a poliomielite

Campanha de vacinação contra a poliomielite

Decorre na Guiné-Bissau uma campanha de vacinação contra a poliomielite. Trata-se da primeira volta de uma campanha a decorrer até à próxima segunda-feira, 26 de Março, e que pretende abranger cerca de 280 mil crianças.

Os casos de poliomielite têm vindo a diminuir no mundo e na Guiné-Bissau, essencialmente graças às campanhas de vacinação. A afirmação é de Umaro Bá, director geral de Prevenção e Promoção da Saúde na Guiné-Bissau.

Aliás a Guiné-Bissau poderá mesmo ver-se livre da poliomielite dentro de alguns anos se as mães continuarem a aderir às campanhas de vacinação. De sublinhar que, nos últimos cinco anos, o país não registou casos de poliomielite, apesar da existência de alguns casos de paralisia infantil, mas devido a outras causas.

Esta campanha de vacinação contra a poliomielite está dividida em duas fases: a primeira começou a 23 de Março e estende-se até à próxima segunda-feira e a segunda fase a realizar-se de 23 a 26 de Abril.

Umaro Bá, director geral de Prevenção e Promoção da Saúde na Guiné-Bissau

24/03/2012

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União Europeia discute caso Zamora Induta com Presidente interino

A representação da União Europeia (UE) em Bissau está a discutir com as autoridades guineenses a situação de Zamora Induta, que se refugiou nas instalações da missão na capital da Guiné-Bissau, mas diz que «é muito cedo» para falar numa solução.

«Estamos ainda a discutir com as autoridades nacionais como resolver o assunto, puramente humanitário, mas ainda é muito cedo para falar», disse o representante da UE em Bissau, Joaquín González-Ducay, quando questionado se Zamora Induta iria para um país europeu.

«Estamos em contacto com as autoridades nacionais e estamos convencidos de que vamos encontrar uma solução para um assunto que é estritamente humanitário», disse.

Lusa

Portugal espera apoio do Conselho de Segurança a reformas na Guiné-Bissau

O Conselho de Segurança deverá reforçar na próxima semana o apoio às reformas das instituições na Guiné-Bissau, em particular no aparelho de segurança do país, disse à agência Lusa o embaixador de Portugal na ONU.

"A estabilidade das instituições é extremamente importante para que a Guiné-Bissau possa prosseguir com as reformas que estão previstas, nomeadamente no setor defesa e segurança, e espero das reuniões [da próxima semana] a confirmação disso", disse o embaixador, Moraes Cabral.

Na próxima quarta feira terá lugar um briefing aberto e consultas informais sobre o Escritório Integrado de Consolidação de Paz das Nações Unidas na Guiné Bissau, numa altura em que o país se prepara para a segunda volta das eleições presidenciais.

A reunião contará com a presença do Representante Especial do Secretário-Geral para a Guiné Bissau, Joseph Mutaboba.

"Espero que saia, como sempre, o continuado apoio da comunidade internacional a reformas que Guiné tem de levar avante", afirma Moraes Cabral.

O diplomata congratula-se ainda com "a forma ordeira, transparente, credível como decorreu o ato eleitoral" no país.

Sobre o episódio de violência no dia das eleições, o assassinato de um ex-chefe dos serviços secretos, o diplomata afirma que o assunto não chegou ainda ao Conselho, que em relação à Guiné-Bissau se tem concentrado na preparação do ato eleitoral.

Apesar de protestos de alguns dos candidatos, as eleições guineenses foram aplaudidas pela comunidade internacional, incluindo observadores e Nações Unidas.

Já o assassínio do coronel Samba Djaló foi condenado na terça feira pelo secretário geral da organização Ban Ki-moon, que apelou às autoridades guineenses para "tomarem as medidas necessárias para levar os responsáveis perante a Justiça".

sábado, 24 de março de 2012

Segurança pós-eleitoral preocupa organizações internacionais

Bissau – A segurança pós eleitoral representa, de momento, a maior preocupação, não só dos guineenses, como também das organizações internacionais sedeadas em Bissau.

A NDGB soube que delegações da CEDEAO e das Nações Unidas, este último na pessoa do representante do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, estiveram, nas primeiras horas desta sexta-feira, 23 de Março, no Estado-maior General das Forcas Armadas.


O encontro foi antecedido da reunião que o Chefe do Estado-maior das Forças Armadas, António Indjai, manteve com chefias do ramo das Forcas Armadas, na perspectiva de assegurar o clima político tenso que marca o país na decorrência das Eleições Presidenciais antecipadas do passado Domingo, 18 de Março.


Estas reuniões acontecem numa altura em que informações apontam para que alguns círculos militares estejam a intrometer-se discretamente nos assuntos políticos, em particular no actual panorama eleitoral, com propósitos obscuros.


Sabe-se que o Chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas tem participado em reuniões com altas patentes militares, convidando-as a abdicarem de interferir na presente matéria eleitoral, como forma de garantir a paz e a estabilidade no país.

Eleições: Contestatários entregaram alegadas provas de fraude na CNE

Bissau, (Lusa) - Os cinco candidatos que contestam as eleições presidenciais antecipadas da Guiné-Bissau entregaram hoje na Comissão Nacional de Eleições (CNE) as provas de alegadas fraudes ocorridas na votação de domingo passado.

Fonte da CNE disse à agência Lusa que "as alegadas provas deram entrada de facto, mas só começarão a ser apreciadas a partir de segunda-feira".

Ainda de acordo com a mesma fonte, hoje teve lugar uma reunião plenária da CNE mas o assunto das alegadas fraudes, levantado pelos cinco candidatos que contestam os resultados da primeira volta, não foi focado.

EUA avaliam positivamente as eleições na Guiné-Bissau

Bissau – Os EUA consideraram abertas, livres e justas as Eleições Presidenciais antecipadas, realizadas a 18 de Março, na Guiné-Bissau.

«Os observadores internacionais, incluindo os nossos observadores, constataram, de uma forma geral, que o acto eleitoral que teve lugar na Guiné-Bissau, a 18 de Março, foi aberto, livre e justo», lê-se numa declaração dos EUA à imprensa.


No mesmo documento, os EUA felicitaram o povo da Guiné-Bissau pelo papel desempenhado na criação de um clima pacífico, nestas eleições.


Em relação aos resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), os EUA confirmam que, caso estes sejam definitivos, sendo que nenhum dos nove candidatos obteve mais de 50% dos votos, vai realizar-se a segunda volta.


Esta segunda fase será disputada entre o candidato do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, que obteve 49% dos votos, e Kouma Yalà, do PRS, que conquistou 23%.


Em relação às reclamações dos candidatos derrotados na primeira ronda, os EUA disseram anotar com preocupação as alegações de fraudes anunciadas, exortando a CNE e as autoridades judiciais do pais, no sentido de examinarem cuidadosamente de forma justa, transparente e célere as referidas queixas por parte dos candidatos da oposição.


Por ultimo, os EUA apelaram aos guineenses para manterem a calma, abstendo-se de declarações inflamatórias ou de violência, mostrando assim o respeito pelos sistemas eleitorais e judiciais estabelecidos na Guiné-Bissau.

Constituição não prevê substituição candidatos à segunda volta - Jurista

Bissau - O jurista guineense Juliano Fernandes disse  que a Constituição do país não prevê que o lugar do segundo candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais seja ocupado pelo terceiro, em caso de desistência.


Fernandes, antigo Procurador-Geral da Guiné-Bissau e actual professor de Direito na Faculdade de Direito de Bissau, comentou para a agência Lusa a posição de Kumba Ialá, que se recusa a apresentar-se à segunda volta das presidenciais de domingo passado, alegando fraude na primeira volta do escrutínio.

Kumba Ialá, segundo candidato mais votado, tinha de disputar uma segunda volta das eleições contra Carlos Gomes Júnior, o candidato mais votado na primeira volta. 

"No que toca à Constituição, a disposição que consta no número dois do artigo 64º, diz que à segunda volta das eleições presidenciais só poderão apresentar-se os dois candidatos mais votados na primeira volta. Isso é o que está estabelecido na Constituição, simplesmente e é aqui que a Constituição se esgota nessa matéria", disse Juliano Fernandes. 

Para o especialista guineense, existe uma outra interpretação que se pode fazer a partir da lei eleitoral do país mas, na sua opinião, o que deve prevalecer é o que diz a Constituição. 

"Na minha opinião, a Constituição parece indicar com alguma propriedade que à segunda volta não serão admitidos outros para lá dos dois candidatos mais votados na primeira", precisou Juliano Fernandes. 

"No caso de um dos dois candidatos habilitados a apresentar-se à segunda volta desistir, então ficará habilitado apenas um, aquele que não desistiu", sublinhou o professor de Direito.  

Neste caso, o candidato terá de se sujeitar à votação para confirmar ou não a eleição, salientou.  

"Sendo essa a interpretação, no caso de desistência do outro candidato, o outro (o mais votado) concorre sozinho, ainda que se possa questionar a legitimidade democrática por se ter concorrido sozinho", destacou Fernandes.

O jurista admitiu existir "uma certa divergência" entre a lei eleitoral e a Constituição, mas lembrou que a Constituição se sobrepõe às leis ordinárias.

"O numero três do artigo 112º da lei eleitoral diz que no caso de desistência de um dos candidatos admitidos à segunda volta serão chamados os outros candidatos, que se haviam apresentado na primeira volta e que se classificaram do segundo para baixo, de acordo com o critério decrescente dos resultados que obtiveram na votação da primeira volta", explicou. 

o jurista disse que a divergência de interpretação terá uma solução quando o caso chegar ao Supremo Tribunal de Justiça, nas suas competências de Tribunal Constitucional. 

"O imbróglio jurídico terá que ter uma solução ditada pelo Supremo Tribunal de Justiça nas competências de Tribunal Constitucional", defendeu.

PAIGC sem medo e pronto para segunda volta - porta-voz

 

Bissau, (Lusa) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder na Guiné-Bissau e apoiante de Carlos Gomes Júnior nas presidenciais de domingo passado, garantiu hoje estar pronto para ir a votos com qualquer candidato.

Óscar Barbosa, porta-voz do partido, garantiu também, em conferência de imprensa, que o PAIGC não tem medo de ameaças veladas e que é "um partido responsável", cujos atos se pautam pela "transparência e legalidade".

Após as eleições presidenciais de domingo, que deram a vitória a Carlos Gomes Júnior e o segundo lugar a Kumba Ialá, apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), cinco candidatos juntaram-se para exigir a nulidade das eleições, alegando fraudes generalizadas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Fundo Monetário Internacional (FMI) classifica Guiné-Bissau com boas perspectiva de crescimento

O Fundo Monetário Internacional (FMI) classifica como ‘boas’ as perspectiva de crescimento económico da Guiné-Bissau.

O brasileiro Paulo Drumond, que liderou a quarta missão do FMI à GuinéBissau, a qual permaneceu no país durante uma semana, apresentou, na passada segunda-feira, em conferência de imprensa, na capital guineense, os resultados da sua análise da economia guineense, considerando que as perspectivas do crescimento económico "são boas" devido à descida da inflação e que uma "boa e apertada política fiscal" também deverá contribuir para o crescimento económico, já que as metas apontadas nessa vertente em 2011 são válidas para o ano em curso. O responsável do FMI indicou, no entanto, ser indispensável que o governo da Guiné-Bissau acelere as reformas fiscais em curso e controle as despesas orçamentadas, o que preocupa o ministro das Finanças do país, Mário Vaz.

Eleições: Carlos Gomes Júnior lamenta não ter ganho à primeira volta por apenas três mil votos

Bissau, (Lusa) - Carlos Gomes Júnior, que recolheu a maioria dos votos nas eleições presidenciais de domingo passado na Guiné-Bissau, lamentou hoje ter de ir a uma segunda volta por apenas "três mil votos" e culpou a abstenção.

Numa conferência de imprensa no dia em que foram conhecidos os resultados provisórios das eleições, que indicam uma segunda volta entre Carlos Gomes Júnior e Kumba Ialá, o candidato lamentou a "taxa de abstenção preocupante" (45 por cento) e pediu aos guineenses que votem massivamente na segunda volta.

Kumba Ialá pediu na terça-feira a nulidade das eleições de domingo, alegando a existência de fraudes. Hoje não disse se irá ou não à segunda volta e Carlos Gomes Júnior, quando os jornalistas lhe pediram um comentário, disse: "Se ele rejeitar, sou o Presidente a partir de amanhã [quinta-feira]".

Eleições: Cinco candidatos retiram representantes na CNE

Bissau, (Lusa) – Cinco dos nove candidatos às eleições presidenciais de domingo passado na Guiné-Bissau retiraram hoje os mandatários que tinham junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A decisão foi tomada em conjunto pelos candidatos Kumba Ialá, que ficou em segundo lugar no escrutínio com a possibilidade de concorrer a uma segunda volta, Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Balde e surge “em virtude das fraudes constatadas durante a votação”, de acordo com um documento assinado pelos cinco políticos.

A tomada de posição surge na sequência da conferência de imprensa que deram na terça-feira, na qual exigiram a nulidade da votação e a realização de um recenseamento eleitoral credível.

Ex-chefe das Forças Armadas Zamora Induta refugiado na delegação da UE

Zamora Induta, ex-chefe de Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, pediu hoje refúgio na delegação da União Europeia em Bissau, onde se encontra desde a tarde, disse à Lusa fonte oficial.

Piero Valabrega, adido para os assuntos políticos e relações com a imprensa da delegação, disse não ter muita informação porque se trata de «uma situação recente». «Ele [Zamora Induta] chegou à tarde e está nos nossos edifícios, na delegação», disse.

Piero Valabrega disse desconhecer os motivos do pedido e acrescentou que a União Europeia está em contacto permanente com as autoridades da Guiné-Bissau, «para garantir a segurança de Zamora Induta».

Lusa

ONU saúda caráter pacífico das eleições presidenciais na Guiné-Bissau

O secretário-geral da ONU condenou o assassinato a 19 de março do ex-chefe de serviço de informação militar.

Nova York - O secretário-geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, felicitou o povo da Guiné-Bissau por ter participado num processo eleitoral pacífico e ordenado no seu país por ocasião do escrutínio presidencial de domingo último, indica um comunicado divulgado terça-feira à noite em Nova Iorque.


Ban convidou os candidatos e os seus partidários a respeitarem a lei e absterem-se de qualquer ato de violência que possa criar obstáculos ao desenrolar pacífico do processo eleitoral na Guiné-Bissau.
O secretário-geral da ONU condenou igualmente o assassinato a 19 de março do ex-chefe de serviço de informação militar, o coronel Samba Djalo, convidando ao mesmo tempo as autoridades nacionais a processarem os seus autores.


"O secretário-geral reafirma a disposição das Nações Unidas, em colaboração com a comunidade internacionais, de apoiar a consolidação da paz e do desenvolvimento na Guiné-Bissau", sublinha o comunicado.

Kumba Yalá boicota segunda volta das presidenciais

22 de Março, 2012

O segundo candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais guineenses afirmou que não se apresentará à segunda volta, não reconhecendo a vitória do ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior (PAIGC).

«Não há segunda nem terceira volta, porque não reconhecemos o resultado», afirmou na quinta-feira o ex-Presidente da República e dirigente do Partido da Renovação Social.


Este facto, tal como repetidas acusações de fraude eleitoral e a alegada inconstitucionalidade da candidatura de Cadogo (que pediu a demissão do cargo de PM ao Presidente interino Raimundo Pereira) levaram as candidaturas de Kumba, Nhamadjo, Rosa, Té e Baldé a considerarem em conjunto que o escrutínio foi irregular. Kumba promete entregar «montanhas de provas» aos tribunais na sexta-feira.


Outro entendimento têm os observadores internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, a União Africana e Portugal, que apelam ao respeito pelos resultados das eleições de domingo.


A Guiné-Bissau foi a votos após a morte do chefe de Estado Malam Bacai Sanhá, em Janeiro, em França, onde estava hospitalizado devido a doença prolongada.


A segunda volta das presidenciais deverá acontecer a 22 de Abril

Eleições Presidenciais : Carlos Gomes Júnior e Koumba Yala disputam segunda volta

Bissau – O candidato do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, e o candidato suportado pelo Partido da Renovação Social (PRS), Koumba Yala, vão disputar a segunda volta das Eleições Presidenciais antecipadas.

A primeira volta da votação teve lugar a 18 de Março. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 21 de Março, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o candidato do PAIGC obteve 48,970% dos votos, num total de 154,797 mil eleitores.


O candidato do PRS, Koumba Yala, obteve 23,36%, correspondentes a 73,842 mil votos.


O candidato independente Manuel Serifo Nhamadjo ficou em terceiro lugar, com um total de 49,767 mil votos, o que corresponde a 15,74% das preferências eleitorais.


O empresário Henrique Pereira Rosa obteve um total de 17,070 mil votos, tendo conquistado 5,40%.


Quanto a Baciro Dja, o candidato adquiriu 3,25%, o que corresponde a 10,298 mil votos expressos. Afonso Te, suportado pelo PRID, obteve 1,39%, num total de 4,396 mil votos arrecadados.
O candidato da Coligação Aliança Democrática auferiu 3,300 mil votos, o que equivale a 1,04% dos eleitores.


O Professor Luís Nancassa, candidato independente, recebeu 1,174 mil votos, correspondentes a 3,71%, e o candidato do Partido Jovem, Serifo Balde, foi votado por 1,463 eleitores, tendo adquirido 0,46%.


De acordo com os resultados, os candidatos do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, e o do PRS, Koumba Yala, vão deputar a segunda volta das Eleições Presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau.
De acordo com o cronograma deste processo, a data da segunda volta deverá ocorrer entre 15 e 22 de Abril.


Reagindo aos resultados, o candidato do PAIGC agendou, para esta quarta-feira, 21 de Março uma conferência de imprensa na sede da sua formação política.


O mandatário do candidato Koumba Yala, Florentino Mendes, disse que o candidato do seu partido se reserva no direito de se pronunciar sobre estes resultados apenas depois de uma concertação política com a direcção superior do PRS.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Eleições = UEMOA afirma que escrutínio obedeceu as normas democráticas

Bissau - A União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) considerou que as eleições presidenciais antecipadas de domingo na Guiné-Bissau obedeceram às normas democráticas e pediu serenidade até à publicação dos resultados finais.


Em conferência de imprensa, Victor Dangnon, chefe dos observadores eleitorais do Comité Interparlamentar da UEMOA (CIP/UEMOA) afirmou que a avaliação decorre das constatações feitas por 15 elementos da organização que estiveram em cinco regiões da Guiné-Bissau.

 

"Em todas as assembleias de voto nas regiões de Bissau, Cacheu, Bafatá, Oio e Gabú, a votação decorreu globalmente bem, dentro da disciplina, mesmo tendo em conta, nalguns casos, a falta dos cartões de alguns eleitores", assinalou Victor Dangnon.

"Apelamos aos diferentes actores intervenientes nestas eleições a manterem uma conduta exemplar e de serenidade até à publicação dos resultados finais", disse ainda o responsável da UEMOA, organização que agrupa oito países que têm em comum o franco CFA como moeda.


A apreciação que a UEMOA faz às eleições de domingo na Guiné-Bissau é a mesma já feita pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e União Africana (UA).


A Guiné-Bissau escolheu no domingo o seu novo Presidente na sequência da morte, por doença, em Janeiro passado, do chefe de Estado eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá.


A Comissão Nacional de Eleições (CNE) promete divulgar os resultados provisórios no sábado ou no domingo.

CPLP considera escrutínio observado na Guiné-Bissau livre e democrático

Lusa

A missão da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) considerou as eleições presidenciais da Guiné-Bissau de domingo "livres e democráticas", pelo menos no universo "que lhe foi dado observar".


"No universo das regiões, setores, círculos eleitorais e número de eleitores que lhe foi dado observar, as eleições presidenciais antecipadas de 2012 terão respeitado na sua generalidade os princípios, regras e procedimentos internacionais que as permitem considerar como livres e democráticas", disse Armindo Maurício, chefe da missão.


A missão da CPLP foi constituída por 23 observadores, de todo os Estados-membros, que monitorizaram as eleições de domingo nas regiões de Bafatá, Biombo, Bissau/Biombo, Cacheu, Gabu, Oio e Quinara/Tombali.


Em conferência de imprensa na presença dos embaixadores lusófonos acreditados em Bissau, Armindo Maurício explicou que a missão se encontrou, antes do dia das eleições, com representantes da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Nações Unidas, partidos políticos e candidatos, e ainda com outras missões de observação e com representantes da sociedade civil e das forças de segurança.


A missão "reconheceu o empenho das autoridades guineenses no sentido do aperfeiçoamento dos mecanismos legais ligados ao processo eleitoral, mesmo tendo em conta os constrangimentos de tempo derivados do caráter antecipado das eleições, bem como da decisão política alargada de as realizar no prazo constitucional", disse Armindo Maurício.


"Não obstante ter constatado a existência de alguns constrangimentos", a missão considera que os mesmos "tenderão a ser resolvidos com a afirmação do Estado de Direito e a consolidação das instituições democráticas do país, não devendo pôr em causa, de maneira relevante, a transparência destas eleições ou a legitimidade do seu resultado final", acrescentou.


No dia das eleições, disse ainda o responsável, as equipas visitaram 155 assembleias de voto e não registaram impedimentos no seu trabalho, constatando "a boa organização" do ato eleitoral.
"Nas assembleias de voto, não se registaram quaisquer manifestações de intimidação ou coação sobre os eleitores", disse Armindo Maurício, que concluiu que o escrutínio se enquadrou "nas boas práticas internacionais e princípios democráticos".


A missão da CPLP assinalou ainda "um índice de abstenção que se prevê significativo", e saudou o povo guineense "pela forma cívica como exerceu o seu direito de voto".


Na conferência de imprensa, Armindo Maurício não comentou o assassínio, no domingo à noite, do ex-chefe das informações militares da Guiné-Bissau Samba Djaló, mas já tinha dito à imprensa que não relacionava a morte com o processo eleitoral.

ELEIÇÕES Cinco candidatos exigem nulidade das presidenciais de domingo

Cinco dos principais candidatos às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, realizadas no domingo, exigiram hoje a "nulidade" da votação e um novo recenseamento eleitoral "credível".

O candidato Kumba Ialá leu hoje em Bissau a declaração, também em nome de Henrique Rosa, Serifo Nhamadjo, Serifo Baldé e Afonso Té, que resultou de uma reunião decorrida entre estes políticos num hotel da capital guineense.

"Existem graves irregularidades e fortes indícios de corrupção generalizada que desacreditam a consulta de dia 18", refere a declaração lida por Kumba Ialá.

@ Agência Lusa

Cabo Verde = Guineense detido na posse de mais de dois quilos de cocaina

Cidade de Praia - Um indivíduo de 39 anos de idade, natural da Guiné-Bissau, foi detido, no fim-de-semana, no Aeroporto Internacional da Praia, na posse de dois quilos e 23,7 gramas de cocaina, apurou a PANA na capital cabo-verdiana de fonte policial.

A detenção foi levada a cabo pela Célula Aeroportuária (CAAT) formada por elementos da Polícia Judiciária, da Polícia de Migração e Fronteiras, da Guarda Fiscal e da Alfândega,  durante a inspecção do voo da companhia área cabo-verdiana, TACV, proveniente de Fortaleza (Brasil).

A droga estava dissimulada no interior de capas de quatro enciclopédias que o indivíduo, residente em Bissau, trazia na sua mala.

O detido foi apresentado ao Tribunal da Comarca da Praia, para primeiro interrogatório judicial e aplicação da medida de coacção, tendo o juiz decretado que ele fique a aguardar os trâmites do processo em prisão preventiva, na Cadeia de São Martinho, nos arredores da capital cabo-verdiana, Praia.

terça-feira, 20 de março de 2012

Eleições presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau decorreram de forma tranquila mas Henrique Rosa denuncia fraudes

Após uma jornada eleitoral tranquila, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné--Bissau desvalorizou ontem as acusações de fraude do candidato presidencial Henrique Rosa e considerou as anomalias verificadas "pequenos incidentes".

"Nalguns casos não coincidiam o número de inscritos com os de eleitores registados", referiu o porta-voz da comissão. Mas Henrique Rosa afirma que houve "fraudes por todo o país" e prometeu para breve mais detalhes.

Recorde-se que Rosa, Kumba Ialá e o ex-chefe de governo Carlos Gomes Júnior são favoritos à sucessão de Malam Bacai Sanhá, falecido em Janeiro.

Grandes de Itália cobiçam Agostinho Cá

Agostinho Cá (foto ASF)

Agostinho Cá pode ser a próxima pérola a deixar a Academia. Juventus, Inter e Milan já observaram o internacional português de sub-19, natural da Guiné-Bissau, e o empresário admite uma possível tranferência no final da presente temporada.


«Existem muitos clubes interessados. Houve contactos com a Juventus, Inter e Milan, que já vieram observá-lo, e pode haver desenvolvimentos na próxima semana. O Valência também fez uma sondagem mas o jogador prefere mudar-se para Itália», disse Paulo Rodrigues, representante de Agostinho Cá, em declarações ao Calciomercato, onde explicou a situação contratual do jogador.


«Tem contrato com o Sporting até 2013 e ainda não chegou a acordo para a renovação. Acho que pode sair no final desta temporada. Preço? A cláusula de rescisão é de 20 milhões de euros mas, como falta um ano de contrato, penso que o negócio pode fazer-se por 1,5 ou 2 milhões de euros.»


O empresário falou ainda sobre as características do jogador: «Em pequeno, chamavam-lhe o Deschamps. Há também quem o compare ao Patrick Viera mas, na verdade, é muito mais dinâmico e ataca bem. Lembra-me mais o Muntari.»

CPLP elogia processo eleitoral na Guiné-Bissau

Bissau – O Chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portugueses (MOE CPLP) disse que o processo de votação para as Eleições Presidenciais antecipadas de 18 de Março, decorreu de forma ordeira.

Falando este Domingo, 18 de Março após o fecho das urnas, Arlindo Maurício congratulou o modo como os guineenses afluíram às urnas nestas eleições, em todo território nacional.


Tal como aconteceu com a MOE CPLP, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da CEDEAO, o nigeriano Salou Djibou, agendou igualmente para esta segunda-feira, 19 de Março, um encontro com a imprensa para falar da forma como decorreu o processo eleitoral na Guiné-Bissau.


A Comissão Nacional de Eleições já veio confirmar que este processo decorreu com a maior normalidade possível.


Num encontro com os jornalistas, duas horas após o encerramento das urnas, pelas 19 horas locais, Orlando Veiga, porta-voz da CNE, disse à imprensa que o acto teve nota positiva, afirmando que alguns casos registados são de maior relevância mas não podem influenciar, de forma alguma, os resultados eleitorais.


Durante o período de espera do anúncio dos resultados provisórios destas eleições, o Presidente da CNE, Desejado Lima da Costa, manteve esta segunda-feira, 19 de Março, um encontro com o Chefe do Estado Major-General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai.


A saída do encontro, Desejado Lima da Costa disse à imprensa que recebeu garantias de segurança por parte de António Indjai, até ao final do processo eleitoral em curso no país.


«Esta foi uma ocasião onde abordámos com Chefe do Estado Major-General das Forças Armadas as questões de segurança neste processo eleitoral e recebemos garantias para todas as fases deste processo», declarou o Presidente da CNE.


O ex-chefe do Serviço de Inteligência Militar guineense, Samba Djalo, foi, este Domingo, 18 de Março, baleado em frente à sua residência em Bissau, no Bairro de Cupelum de Cima.


Até às primeiras horas desta segunda-feira nenhuma informação oficial foi tornada públicas sobre a morte de Samba Djalo.


O ex-chefe do Serviço de Inteligência Militar terá sido contactado via telefone por um grupo de pessoas, para comparecer perto da sua residência, onde acabou por ser atingido a tiro.

CNE anuncia resultados provisórios entre 24 e 25 de

Bissau – A Comissão Nacional de Eleições (CNE), vai proceder ao anúncio dos resultados provisórios das Eleições Presidenciais antecipadas entre os dias 24 e 25 de Março.

A notícia foi avançada à PNN pelo Presidente da CNE, Desejado Lima da Costa, durante uma conferência de imprensa.


«Está em processo a situação de apuramento de resultados finais, pois é evidente que o sistema não nos permite, com a rapidez desejada, avançar nesta perspectiva. Entre os dias 24 e 25 de Março, estaremos em condições de poder anunciar os resultados provisórios destas eleições», declarou Desejado Lima da Costa.
Em relação à abstenção neste processo, o responsável máximo da CNE admitiu a possibilidade de uma elevada taxa, justificando a falta de recenseamento eleitoral para este acto, que teve lugar a 18 de Março na Guiné-Bissau.


Neste encontro com os jornalistas, Desejado Lima da Costa falou ainda sobre o caso do assassinato do Coronel Samba Djalo, este Domingo, defendendo tratar-se de uma situação isolada que não está relacionada com o processo de votação do mesmo fim-de-semana.


«Tratou-se de um caso isolado, que está a seguir os seus trâmites legais, cuja investigação está em curso através das autoridades competentes», relatou o responsável da CNE.


Neste sentido, Desejado Lima da Costa revelou ter sido assegurado, depois de encontros que manteve com o Presidente da República Interino, Raimundo Pereira, e o Chefe do Estado Major-General das Forças Armadas, António Indjai, não existir nenhum motivo que coloque em causa a paz e a estabilidade do processo eleitoral.

Guiné-Bissau: Militares dizem que morte ex-chefe da 'secreta' não afeta andamento do processo eleitoral

Bissau, 19 mar (Lusa) - Um porta-voz das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou hoje que o assassínio do coronel Samba Djaló, ex-chefe da 'secreta' militar, não vai afetar o normal andamento do processo eleitoral.

Segundo o major Dabana Walna, porta-voz do comando conjunto das forças de defesa e segurança, criado para garantir a segurança nas eleições presidenciais realizadas no domingo na Guiné-Bissau, a morte do coronel Samba Djaló "deve ser lamentada, mas não poderá afetar o andamento do processo eleitoral".

"Uma coisa não tem nada ver com outra. O que aconteceu ontem (domingo) foi um incidente grave que temos que lamentar, pois trata-se de uma vida humana que se perdeu, mas esse facto em si não tem nada a ver com a segurança do processo eleitoral que, correu de forma correta como se testemunhou ontem", disse Dabana Walna, chefe do gabinete do general António Indjai, chefe das Forças Armadas guineenses.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ex-chefe das informações militares da Guiné-Bissau assassinado a tiro

Samba Djaló, ex-chefe das informações militares da Guiné-Bissau quando Zamora Induta foi chefe das Forças Armadas guineenses, foi assassinado a tiro em Bissau na noite de domingo, disseram à Lusa fontes diplomáticas.

Outras fontes contactadas pela Lusa confirmaram a morte de Samba Djaló e disseram que o corpo já foi retirado da sua residência, enquanto vizinhos disseram à Lusa ter ouvido tiros cerca das 23:00 (mesma hora em Lisboa), na zona da casa de Samba Djaló.

Samba Djaló foi preso em 01 de Abril de 2010 juntamente com o então chefe das forças armadas, Zamora Induta, numa intervenção militar que conduziu António Indjai à chefia militar, e fora acusado pelo irmão de Baciro Dabó do assassinato deste ex-candidato presidencial em 2009.

Iáiá Dabó foi por sua vez morto numa troca de tiros durante a última sublevação militar na Guiné-Bissau, em finais de 2011, uma operação falhada que foi atribuída ao ex-chefe da armada guineense, Bubo Na Tchuto.

A Guiné-Bissau realizou no domingo eleições presidenciais antecipadas, que decorreram com normalidade.

Henrique Rosa fala de "fraudes por todo o país"

Henrique Rosa, candidato independente nas eleições presidenciais  na Guiné -Bissau, diz que teve informações de "fraudes por todo o país".

O candidato, que falava aos jornalistas depois de ter votado, acompanhado da mulher, na escola "19 de setembro", não adiantou a que tipo de fraudes se referia alegando estar à espera "da consolidação das informações" que tem.

Ainda que se tenha afirmado tranquilo, disse que a aceitação dos resultados irá depender "do comportamento da Comissão Nacional de Eleições (CNE) no processo". "Porque temos indício de fraudes que na altura própria iremos denunciar", disse.

Henrique Rosa, que no resto do dia estará com "amigos e família", disse-se confiante de que chegará a uma segunda volta nas eleições, garantindo que "não haverá vencedores na primeira volta".

"Se não houver segunda volta, será sinal de fraude massiva", frisou.

Os guineenses estão hoje a escolher o próximo Presidente da República entre nove candidatos, depois de o Presidente eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá, ter morrido de doença em janeiro passado.

Clima normal e sem reclamações na Guiné-Bissau

O chefe da missão de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa às eleições presidenciais da Guiné-Bissau disse que o escrutínio está a decorrer "num clima normal", sem "reclamações de relevo".

foto JOE PENNEY/REUTERS

Clima normal e sem reclamações na Guiné-Bissau

Em declarações aos jornalistas, Armindo Maurício admitiu que teve informações de candidaturas sobre alegadas fraudes, mas que as mesmas não foram "precisas e concretas", pelo que aguarda mais informação.

"Há algumas questões relacionadas com os cartões (de eleitor), há de facto nalgumas zonas, mas não podemos constatar quantas, mas parece que não são muitas porque as pessoas que colocam o problema não dizem quantas são", disse o chefe da missão de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Sobre o assunto, o cabo-verdiano Armindo Maurício precisou que o problema se prende eventualmente na "não existência de alguns cartões de eleitores, que poderão não ter sido distribuídos, apesar de a CNE (Comissão Nacional de Eleições) afirmar que foram todos distribuídos".

"A questão do registo dos cadernos está normal, até agora não vimos qualquer reclamação sobre registo das pessoas nos cadernos", disse.

Armindo Maurício disse que a missão da CPLP falou com organizações não-governamentais, chefias militares e outras missões de observadores. Todos os observadores constataram "que o clima é tranquilo, está pacífico, os cidadãos estão descontraídos".

"Desde a manhã estamos em Bissau, já percorremos várias mesas de voto, assistimos à abertura de algumas mesas e constatamos um bom nível de organização a nível da CNE em termos de as mesas estarem todas preparadas à hora, com os membros a postos, com todo o material, e também já com gente em fila para poder votar", disse.

O responsável disse que a missão da CPLP falou com representantes das "candidaturas com maior peso" nas mesas e constatou "que tudo está a decorrer num clima normal" e que "não há reclamações de relevo nem protestos".

O candidato Henrique Rosa disse, após votar, que havia fraudes, mas não explicou que tipo, nem onde.

A Guiné-Bissau realiza eleicões presidenciais antecipadas  após a morte do presidente eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá, em janeiro.

Perto de 600 mil guineenses são chamados a escolher o novo presidente entre nove candidatos.

CNE destaca normalidade, mas admite «alguns incidentes»

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau revela que os relatórios das diferentes regiões do país indicam que as eleições decorreram com «normalidade» e sem «incidentes de maior».

O balanço foi feito ao início da noite de hoje em Bissau pelo porta-voz da CNE, Orlando Viegas, que disse que o encerramento das urnas de voto das eleições presidenciais decorreu «de forma pacífica e ordeira» e que já se deu início à recolha dessas urnas.

O responsável disse que até à data a CNE registou «alguns incidentes relacionados com a duplicação de números de cartão de eleitor, com maior relevância na região de Oio».

«Contudo, os relatórios até agora enviados indicam claramente que os incidentes se situam na ordem de 01 por cento», disse Orlando Viegas, negando que essas «pequenas irregularidades» possam por em causa todo o processo.

Outras irregularidades ainda, disse, «foram identificadas e ultrapassadas pelo bom funcionamento do sistema».

Questionado pelos jornalistas, Orlando Viegas também disse que a CNE não dispõe ainda de dados concretos sobre a abstenção e que também não recebeu, até agora, qualquer reclamação formal sobre incidentes ocorridos ao longo do dia de escrutínio.

Citando a lei, Orlando Viegas disse que também que a CNE deve apresentar dados provisórios sobre a votação num período entre 7 e 10 dias.

Os guineenses foram hoje às urnas para escolher o próximo Presidente da República, na sequência da morte de Malam Bacai Sanhá, o Presidente eleito em 2009. Concorreram nove candidatos.

Todas as fronteiras encerradas no domingo

Bissau- As fronteiras terrestres, marítimas e aéreas da Guiné-Bissau foram encerradas nas 24 horas de domingo, dia de eleições presidenciais, e a circulação automóvel também está condicionada em todo o país. 

Domingo apenas poderam circular "nos locais mais sensíveis" as viaturas "que estiverem autorizadas e tenham o respetivo dístico de autorização", disse hoje o ministro do Interior, Fernando Gomes, em conferência de imprensa. 

O ministro lembrou que foi criado um comando conjunto que engloba forças de segurança e militares e que o mesmo está em pleno funcionamento, "para garantir a normalidade das condições de segurança e tranquilidade pública em todo o país", e capacitado para a resolução de qualquer tentativa de "alteração dessas condições".   

Fernando Gomes considerou as eleições de domingo uma "excelente oportunidade para a Guiné-Bissau fazer mais uma demonstração cabal da sua cultura democrática", e pediu aos guineenses para que votem com todo o civismo e tranquilidade, "aguardando a sua vez com paciência".  

"As forças de segurança e da defesa estão atentas e não irão tolerar quaisquer comportamentos incorretos que possam prejudicar o exercício livre do direito de voto de qualquer cidadão, ou que pretendam de alguma forma afetar negativamente o processo eleitoral", disse Fernando Gomes.  

Questionado sobre a existência de viaturas sem matrícula a circular nas estradas do país, o ministro explicou que foram viaturas que chegaram recentemente, adquiridas pelos candidatos, e que excecionalmente foram deixadas circular, porque não houve tempo para regularizar a situação.   

Na Guiné-Bissau também estão helicópteros angolanos, que segundo o ministro se destinam a apoiar o processo eleitoral, nomeadamente para zonas mais distantes e para as ilhas do arquipélago dos Bijagós.

Associação da Batalha oferece ambulância a bombeiros de Bissau

Bissau - Uma associação da Batalha, Portugal, ofereceu hoje aos bombeiros de Bissau, Guiné-Bissau, uma ambulância e material como extintores, colchões e roupa, numa cerimónia realizada na capital do país, cita a agência Lusa. 

A Associação Santa Maria da Vitória, uma organização não-governamental (ONG), prometeu que em breve vai chegar mais material, como capacetes e fardamento, e até ao fim do no chegará a Bissau uma nova ambulância, disse Amadeus Correia, da associação.  

"Esta é a terceira ambulância que entregamos à Guiné-Bissau e a segunda aos  bombeiros", disse o responsável da ONG, lembrando que a cooperação com a Guiné-Bissau começou há quase uma década com a construção de uma escola em Quinhamel, arredores de Bissau.  

A explicação para que uma ONG da Batalha faça estas doações deu-a o ministro do Interior, Fernando Gomes, que segundo ele, muitos dos que fazem parte dela passaram pela Guiné-Bissau e até hoje ainda mantém uma grande paixão pelo povo e pelo país.  

Moreira Chena, fundador da ONG, explicou à Lusa que até agora fizeram chegar à Guiné-Bissau, quase sete mil livros, 500 caixotes de roupa, medicamentos e material didático, além das três ambulâncias.  

"A nossa principal filosofia é a divulgação da língua portuguesa, por isso vamos construir uma segunda sala em Quinhamel ainda este ano", disse, corroborando a explicação do ministro ao afirmar que tudo começou quando um dos fundadores da ONG voltou à Guiné-Bissau, onde tinha cumprido o serviço militar, e sentiu  necessidade de ajudar o povo.

Eleições na Guiné-Bissau e condenação de Lubanga pelo TPI dominam noticiário africano

As eleições para a escolha do novo Presidente da Guiné-Bissau, nas quais concorrem nove candidatos, assim como acusação formal do antigo chefe de milícia da República Democrática do Congo (RDC), Thomas Lubanga, por crimes de
guerra, dominaram, entre outros assuntos, a semana que hoje termina

Sexta-feira, a Guiné-Bissau encerrou o seu período de campanha eleitoral para o pleito presidencial antecipado, cujas eleições ocorrem domingo (18 de Março), após duas semanas serenas e marcadas por grande participação dos guineenses.

Partem como favoritos o primeiro-ministro cessante Carlos Gomes Júnior, do PAIGC ( no poder) e o antigo Presidente Kumba Ialá, do PRS.

"Notou-se que os candidatos Carlos Gomes Júnior, Koumba Ialá, Serifo Nhamadjo e Henrique Rosa dominaram o quadro noticioso, enquanto que a cobertura dos outros foi menos regular, quer pela falta de meios, quer pela falta de informação disponibilizada pelas directorias sobre a agenda desses candidatos", acrescenta o parecer deste Gabinete de imprensa.

Mas, as nove candidaturas cingiram-se mais em apelos à paz e à estabilidade e a Marcou igualmente actualidade durante a semana em análise, acusação formal do  do antigo chefe de milícia da República Democrática do Congo (RDC), Thomas Lubanga, de 51 anos, por crimes de guerra, ao ter utilizado meninos soldados, na primeira decisão pronunciada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) desde sua criação.   

Os juízes vão pronunciar-se mais adiante sobre a pena de prisão a ser aplicada ao fundador da União dos Patriotas Congoleses (UPC) ex-comandante das Forças Patrióticas pela Libertação do Congo (FPLD), o braço militar da UPC.

mereceu também destaque na semana em análise,  a dissolução de um dos maiores partidos políticos da Zâmbia, o Movimento para a Democracia Multipartidária (MMD), de Rupiah Banda, derrotado nas eleições em 2011 após 20 anos de poder  por não ter pago as suas despesas de registo.

Em consequência disso, poderá perder os seus lugares no parlamento, anunciou o chefe de comércio. Os partidos devem cobrir todos os anos as despesas de registo, mais o MMD não os pagou desde 1993 e deixou uma dívida de mais de 390 milhões
de kwachas (56.800 euros), explicou Clement Andeleki, que se ocupa também dos partidos.

Outro facto que mereceu destaque foram os combates no Mali, que forçaram a deslocação de mais de 195 mil pessoas, desde meados de Janeiro entre os rebeldes touareg aos militares malianos, estimou o gabinete das Nações Unidas para a coordenação dos Assuntos humanitários, noticiou à AFP.  

"O número das pessoas deslocadas pelo conflito no Mali continua a aumentar e aproxima-se as 195 mil, das quais cerca de 1000 fora do país, no essencial  refugiados malianos, mas também alguns milhares de nigerianos que vivem no Mali", afirmou a Ocha para a África do Oeste e do centro no seu boletim de informações publicado em Dakar.

A captura hoje (sábado) de madrugada de Abdallah al-Senusi, antigo pilar do regime líbio de Muammar Kadhafi, procurado pelo Tribunal Penal Internacional  (TPI), foi um dos manchetes do noticiário africano e mundial.

Detido no aeroporto da capital mauritaniana Nouakchott, Senusi foi detido pelos serviços de segurança da Mauritânia ao desembarcar de um voo comercial  procedente de Casablanca (Marrocos). De acordo com uma fonte do governo, ele viajava com um passaporte falsificado do Mali.

Na negativa ensombrou o noticiário africano, o anúncio de pelo menos 23 homens foram mortos, "agredidos com piladores e paus", pelas suas mulheres que eram  vítimas de violência doméstica, na província de Tete, centro de Moçambique.

Segundo Páscoa Ferrão, directora provincial da Mulher e Acção Social de Tete, as mulheres atacaram os maridos, alguns enquanto dormiam, como vingança pela  violência física a que eram submetidas.

sábado, 17 de março de 2012

Representante da ONU na Guiné-Bissau pede calma e transparência

Joseph Mutaboba, Secretário-Geral da ONU em Bissau

Bissau - O representante do ecretário-geral da ONU em Bissau, Joseph Mutaboba, pediu  (sexta-feira) aos guineenses, especialmente forças de segurança e defesa, partidos e candidatos para que garantam uma ida às urnas "pacífica, ordeira e transparente", noticia a LUSA. 

A Guiné-Bissau escolhe no domingo um novo Presidente entre nove candidatos e hoje, no último dia de campanha eleitoral, Joseph Mutaboba, em conferência de imprensa, congratulou-se também pela "condução relativamente pacífica" da campanha. 

O responsável explicou que "relativamente pacífica" e não "pacífica" apenas porque não esteve em todos os lugares, mas que pelo que sabe a campanha decorreu com tranquilidade. 

Joseph Mutaboba lembrou que anteriores eleições decorreram com tranquilidade e civismo, pelo que espera que o mesmo se passe no domingo e que "o processo seja conduzido de forma pacífica e ordeira". 

O representante da ONU reuniu-se hoje em Bissau com os chefes das missões internacionais de observação. As Nações Unidas não têm observadores mas "facilitam o trabalho" das missões.  

Pelas contas de Mutaboba, estão na Guiné-Bissau 44 observadores da União Africana, 80 da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), quatro da Nigéria, 24 da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), 10 do Reino Unido, 12 da UEMOA (União Económica e Monetária do Oeste Africano), e grupos muito reduzidos dos Estados Unidos, União Europeia e África do Sul. 

Até agora, a comunidade internacional apoiou a Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau com 7,6 milhões de dólares (5,7 milhões de euros), parte para financiar as eleições de domingo e a outra para as eleições legislativas de final do ano. 

Quinta-feira, os parceiros da Guiné-Bissau felicitaram os guineenses pela "conduta calma e pacífica" do processo eleitoral e pediram "calma e contenção às autoridades nacionais, nomeadamente, as forças de defesa e segurança, aos partidos políticos, aos candidatos presidenciais e aos seus apoiantes".

"De igual modo pediram a todos os actores para que mantenham um clima pacífico após o escrutínio " e às autoridades nacionais para que assumam as suas responsabilidades, garantindo "uma transição pacífica". 

Hoje também a embaixada dos Estados Unidos (em Dakar) apelou às autoridades guineenses para que respeitem "os padrões internacionalmente reconhecidos" a fim de que as eleições sejam baseadas na vontade do povo, e às forças de segurança para "assumirem uma posição moderada, antes, durante e depois do processo eleitoral".

Eleições antecipadas Guiné-Bissau: Perfil dos nove candidatos à Presidência

Bissau - A campanha eleitoral terminou  sexta-feira, 16 de Março. Os guineenses vão às urnas no próximo Domingo, 18 de Março, nestas segundas Eleições Presidenciais, para as quais se contam nove candidatos.

Um destes nove pretendentes vai ser escolhido para representar funções de Presidente da República da Guiné-Bissau.


Os seus perfis e percursos políticos são diferentes, bem como as suas ideologias. Para dar a conhecer quem são, a PNN, numa visão descritiva sobre os candidatos à Presidência, avança o trajecto destes homens que ambicionam conduzir o país.


O estreante Vicente Fernandes, que se apresenta em nome da coligação Aliança Democrática, é advogado, formado em Portugal, orador e liberal nas suas convicções. Esteve activo nas Legislativas de 2004, na então Plataforma Unida.


Kumba Yala, um dos políticos mais evidentes dado que já foi Presidente da Republica, afastado por um Golpe Militar em 2003, é formado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, tendo completado a licenciatura em Direito, mais tarde, em Bissau.


Foi fundador e líder do PRS, maior formação política na oposição. Muito crítico, enverga uma interpretação clara sobre aquilo que devem ser os valores da sociedade e tem um profundo conhecimento quanto à multiplicidade étnica na Guiné-Bissau.
Henrique Pereira Rosa é empresário e candidato pela segunda vez à Presidência da República, tendo sido já Presidente Interino. É um católico convicto e membro de várias instituições e organizações de caridade.


Foi Director Executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE) nas primeiras Eleições Presidenciais e Legislativas realizadas na
Guiné-Bissau, em 1994.


Presidente do Conselho da Aliança para a Refundação da Governação em África, em 2006, Henrique Pereira Rosa tem uma personalidade que se reveste pela ponderação e tolerância.


O candidato independente Serifo Nhamado, do PAIGC, cuja carreira política se afirmou neste partido no poder, ocupou várias funções cimeiras na Administração do Estado. Foi, até aqui, vice-presidente da Assembleia Nacional Popular.


Trata-se de uma personalidade de equilíbrio, disciplina e, assim, determina as suas actuações na convicção e defesa das suas causas e objectivos. É primeira vez que Serifo Nhamado concorre à Presidência da República.

Não é o caso de Serifo Balde, um político jovem que, pela segunda vez, se apresenta como candidato. Fundou e lidera o Partido Democrata Socialista para Salvação Guineense. Inspira os ideais na juventude e assenta a sua política na preservação da moral pública. Neste momento, a sua mensagem concorda na manutenção da paz.
É também o tema da paz que representa o «slogan» de Carlos Gomes Júnior, candidato do PAIGC, partido do qual é Presidente.


Empresário e sócio de instituições bancárias e do sector combustível, representa alguns interesses empresariais no país. Carlos Gomes Júnior foi eleito Primeiro-ministro por duas vezes: em 2004 e nas últimas Legislativas.


O candidato independente Luís Nancassa, docente e Presidente do Sindicato Nacional dos Professores, participa nesta corrida pela segunda vez.


Foi quem decretou a primeira greve no sector do Ensino no país, depois da liberalização política. Foi Luís Nancassa que criou esta organização sindical, em meados dos anos 90. O candidato sempre foi defensor das causas sociais.


Afonso Te, Coronel na reserva, tem o apoio do Partido Republicano para Independência e Desenvolvimento (PRID). Exerceu funções de vice-chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas, uma nomeação tida como uma das causas imediatas da guerra de 7 de Junho de 1998.


Afonso Té era dos mais destacados intelectuais nas Forcas Armadas guineenses. Está agora na política com uma surpreendente presença como candidato à Presidência da República e dirigente do partido que o apoia.


O líder do PRID apresenta uma visão de campo bem estruturada e aposta não só na paz e estabilidade, mas também na capitalização das riquezas naturais de que o país dispõe, sobretudo, no sector da Agricultura.


Outro estreante nestas eleições, independente e convicto, Baciro Baciro é licenciado em psicologia pela universidade de Havana, em Cuba. Trata-se do actual ministro da Defesa e foi director do comité de coordenação do Sector da Defesa e Segurança, ligado à reforma do mesmo.


Pode dizer-se que envereda pela promoção e aplicação do saber, daí que a sua candidatura assente na dinâmica da juventude. Tem um olhar determinado sobre as Forcas Armadas. Baciro Dja reverte a sua política no socialismo democrático.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Eleições = Henrique Rosa diz em Gabu que fez campanha da "Guiné esquecida"

Bandeira da Guiné - Bissau

Gabu - Henrique Rosa, candidato independente nas eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau, disse quarta-feira que dirigiu a campanha para a "Guiné esquecida, onde o povo está longe de tudo" noticiou agência Lusa. 

Num balanço da campanha eleitoral que termina dentro de dois dias, feito na segunda cidade do país, Gabu, disse que nas duas semanas procurou visitar "o povo abandonado a si próprio", sendo essa a "grande motivação" para continuar, "porque como Presidente consegue-se mudar muita coisa". 

Se for eleito quer "mudar as condições das pessoas" e considerou a adesão à campanha boa, porque não está "a carregar gente" e faz comícios com as pessoas locais. 

Em Gabu, conseguiu encher uma rua com muitas centenas de pessoas para o ouvirem dizer que é preciso ter esperança e que todos juntos podem "reconstruir, ou construir, a Guiné-Bissau". 

"Tantos anos depois da independência, se se pode falar de Bissau com alguns focos de desenvolvimento, o interior está abandonado. Andei pelas terras do fim do mundo", disse Henrique Rosa, que nesta campanha se fez quase sempre acompanhar pela mulher. 

"É preciso que todos os cidadãos sintam que pertencem a um conjunto, que é a nossa Nação, o nosso Estado, o nosso país, e é preciso que todos nós sejamos solidários para construir a nossa pátria", defendeu o candidato.

Hoje como sempre Henrique Rosa defendeu mais e melhor Educação, Saúde e Justiça, acrescentando: "A Guiné-Bissau será aquilo que nós quisermos que ela seja e não aquilo que os outros querem. Temos de assumir as nossas responsabilidades". 

Apelidado na rua como o "homem di paz", graças ao "slogan" de campanha e a música que o acompanha, Henrique Rosa afirmou à agência Lusa que usa a frase (homem de paz) desde a campanha presidencial de 2009. 

E embora haja outros candidatos que também se têm afirmado "homens de paz" nesta campanha, diz Henrique Rosa em declarações que continua a ser o candidato da paz e que julga ser "o genuíno". 

UA apela aos políticos da Guiné-Bissau a aceitarem os resultados

Mercado de Bandim, Bissau

A missão de observadores da União Africana já se encontra em território guineense. Na sua primeira declaração, Leonardo Simão apelou aos líderes políticos guineenses para que aceitem os resultados do sufrágio do próximo domingo.

O chefe da missão de observadores da União Africana (UA) nas eleições presidenciais guineenses, Leonardo Simão, deu esta tarde uma conferência de imprensa, onde pediu aos políticos da Guiné para aceitarem os resultados eleitorais.

A missão da UA é chefia pelo antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique e composta por 40 elementos. Liliana Henriques, a nossa enviada especial a Bissau, marcou presença nesta conferência de imprensa.

Leonardo Simão, chefe da missão de observadores da UA

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Na corrida à presidência guineense estão nove candidatos. Todos, nos discursos de campanha, falam em paz e em reconciliação. Por seu lado, a população fala em estabilidade e progresso.

O acto eleitoral está marcado para o próximo domingo, dia 18 de Março, e estará sob a vigilância de uma força conjunta de militares e polícias.

A jornalista Liliana Henriques foi ao Mercado de Bandim, em Bissau, ouvir os guineenses

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Eleições: Governo avisa que não irá tolerar violência ou desacatos durante escrutínio de domingo

Bissau, (Lusa) - O ministro do Interior da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, avisou hoje que o Governo não irá tolerar cenas de violência ou desacatos que possam perturbar as eleições presidenciais de domingo.

Fernando Gomes fez esta chamada de atenção quando falava aos jornalistas depois de ter recebido um membro da embaixada dos Estados Unidos da América, residente em Dacar, responsável por coordenar a cooperação com a Guiné-Bissau, que quis inteirar-se sobre o andamento do processo eleitoral.

Russel Hanks, que tem mantido encontros com diversas instituições estatais guineenses e da comunidade internacional, quis saber junto do ministro do Interior o que está ser feito para garantir a segurança a votação de domingo.

Deputado cabo-verdiano chefia missão eleitoral da CPLP na Guiné-Bissau

A Missão de Observação Eleitoral (MOE) da CPLP às presidenciais da Guiné-Bissau será composta por 20 observadores.

O deputado cabo-verdiano Armindo Cipriano Maurício vai chefiar a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições presidenciais que terão lugar domingo próximo na Guiné-Bissau.


A Missão de Observação Eleitoral (MOE) da CPLP às presidenciais da Guiné-Bissau será composta por 20 observadores provenientes de Angola, do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de Portugal, de São Tomé e Príncipe e de Timor-Leste e por três deputados em representação da Assembleia Parlamentar da CPLP.


Segundo uma nota informativa da comunidade lusófona, as missões de observação eleitoral da CPLP integram representantes do Secretariado Executivo e dos Estados-membros, à exceção do país onde se realizam as eleições, e incluem parlamentares, diplomatas, peritos em eleições, universitários e juristas, entre outros profissionais.


A missão tem como objetivo testemunhar o processo eleitoral, o escrutínio e o apuramento dos resultados, devendo depois emitir um parecer sobre a credibilidade do processo em função de critérios relativos “à transparência, ao caráter democrático da eleição, à aplicação da lei eleitoral e aos procedimentos exigíveis”.


Armindo Maurício, que é também o secretário-geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), foi indicado para chefiar a missão em substituição do antigo embaixador de Portugal em Bissau, António Russo Dias, por “incompatibilidade legal" deste último, devido ao facto de o diplomata português ter sido representante do seu país na Guiné-Bissau.


As eleições presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau foram marcadas na sequência da morte do Presidente eleito, Malam Bacai Sanhá, a 9 de janeiro passado vítima de doença.

Eleições:Guineenses em Cabo Verde esperam estabilidade e paz

Cidade da Praia, (Inforpress) – Paz e estabilidade para a Guiné-Bissau são dois dos principais desejos expressos pelos guineenses residentes em Cabo Verde para depois das eleições presidenciais antecipadas deste domingo, 18 de Março, com 10 candidatos na corrida.


Em declarações à Inforpress, vários guineenses em Cabo Verde de diferentes extractos sociais têm os mesmos desejos: “paz e estabilidade” com o candidato que venha a ocupar o cargo de chefe de Estado em substituição de Malam Bacai Sanhá eleito em 2009 e que faleceu em Janeiro deste ano em Paris, por doença.


Lionel Sambel, engenheiro industrial e mestre em Informática em Cabo Verde há 16 anos, espera que a campanha eleitoral que termina esta sexta-feira continue a decorrer com “normalidade” e que nas eleições aconteça o mesmo.


“Esperamos que qualquer candidato que venha a ganhar essas eleições possa manter-se na mesma linha de estabilidade do país”, disse lamentando que a diáspora não possa votar para dar a sua contribuição para a escolha do Presidente da República.


Segundo Lionel Sambel, esse desejo é justificado sobretudo agora quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que a Guiné-Bissau vai crescer 5,3 por cento em 2013.


“Espero que o candidato que ganhar possa garantir a estabilidade e a paz no país que é um factor importante na Guiné-Bissau, que tem como problemas crónicos a falta da justiça e da ordem, assim como o fraco desenvolvimento económico”, frisou Alfa Djaló, professor do ensino secundário.
Para aquele docente, depois das eleições, deve haver uma reforma no país no sector da justiça para garantir essa estabilidade.


Por sua vez, Alimatu Bangurá, cabeleireira e residente em Cabo Verde há um ano e meio, apesar de não poder votar, a sua aposta é que um dos candidatos mais jovens possa ter “sorte” e vencer as eleições.


“Gostaria de ir à minha terra para votar, mas não tenho cartão de residência e estou triste porque o meu sonho era ter documento para ir e voltar quando quiser. Espero que o próximo Presidente da República possa fazer algo em relação a esse problema”, afirmou.


Na opinião de Idrissa Djaló, que é ajudante de pedreiro e guarda-nocturno, a sua aspiração é poder voltar um dia à sua terra com a certeza de que a paz “tomou conta do país”.


São candidatos às eleições presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, apoiado pelo partido no poder, PAIGC, Kumba Ialá, do maior partido da oposição, PRS, Baciro Djá, actual ministro da Defesa e candidato independente, o presidente interino do Parlamento Serifo Nhamadjo, também independente, e Afonso Té, antigo vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.


O independente, Henrique Rosa, Luís Nancassa, presidente do Sindicato dos Professores, Serifo Baldé, fundador do Partido Democrático Socialista de Salvação Guineense (PDSSG), Ibraima Jaló, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), e Vicente Fernandes, líder da Aliança Democrática (AD), são outros candidatos ao sufrágio deste domingo.


Os 800 mil boletins de voto que foram impressos em Portugal destinados aos 600 mil eleitores já estão na Guiné-Bissau.

Inforpress/Fim

Presidenciais de domingo, novo teste para a estabilidade

Bissau – Pelo menos 579.000 eleitores da Guiné-Bissau são chamados domingo a votar para designar  o sucessor do presidente Malam Bacai Sanha falecido em Janeiro, um escrutínio teste para um país que continua instável apesar dos recentes progressos económicos.

Segundo a AFP, a campanha que termina sexta-feira desenrola-se sem incidentes maiores, com um desdobramento de meios surpreendentes num país pobre.

Nove candidatos concorrem para dirigir essa ex – colónia portuguesa de mais de 1,6 milhões de habitantes tornada
independente em 1974 após uma luta armada e que conheceu desde golpes de Estado abortados ou bem
sucedidos a tumultos e violências.

Os favoritos são o ex – Primeiro – ministro Carlos Gomes Júnior, 62 anos, candidato do Partido africano para a Independência  da Guiné –Bissau e de Cabo Verde (PAIGC, no poder )  e o ex - presidente Kumba Yala, 59 anos, do Partido da renovação social (PRS, oposição).

Vários partidos da oposição contestam a candidatura de Carlos Gomes, Primeiro – ministro até início de Fevereiro, que o censuraram de estar na corrida antes de se demitir do seu posto transgredindo a Constituição.

É também acusado de aproveitar os meios do Estado para se assegurar uma vitória na primeira volta. O opositor Braima Alfa Djalo, que foi o segundo candidato, retirou-se da corrida denunciando uma fraude em preparação.

Segundo a AFP, a escolha de Carlos Gomes não foi por  unanimidade no seio do seu partido. Dois dos seus camaradas do PAIGC apresentam-se independentes: Manuel Serifo NHamadjo, presidente interino da Assembleia nacional e Baciro Dja, ministro da defesa.

Kumba Yala havia sido eleito em Janeiro de 2000 para cinco anos mas o seu mandato, marcado pela instabilidade, foi interrompida por um golpe de Estado militar em 2003. Fracassou depois nas eleições de 2005 e em 2009.

Henrique Rosa, 66 anos, que foi presidente de transição de 2003 a 2005, apresenta-se independente e poderá obter uma boa pontuação. A sua presidência permitiu ao país reatar com os parceiros internacionais, contribuidores ao orçamento de Estado e entre os quais os salários dos funcionários.

De acordo com a AFP, quase todos os candidatos, estão engajados a fazer tudo ou melhor que Malam Bacai Sanha, eleito presidente em Julho de 2009, falecimento a meio do mandato a 9 de Janeiro em Paris. Em dois anos e meio ele prometeu ao Estado progredir economicamente.

“A Guiné-Bissau começou um novo ciclo económico marcado por uma anulação da sua dívida externa e pela adopção de uma estratégia de desenvolvimento económico”, constatava no fim de Dezembro o Fundo monetário internacional (FMI).

Sanha foi igualmente saudado como o artesão de uma relativa estabilidade política agitada entretanto por duas sobressaltos maiores: Uma guerra de chefes militares em Abril de 2010, um ataque de militares contra outros, apresentando como uma tentativa de golpe de Estado em Dezembro de 2011.

Actores políticos e parceiros do país, entre os quais a ONU, multiplicam os apelos à pacificação e ao prosseguimento sem incidentes do processo eleitoral que compreende também as legislativas no final de 2012.

As presidenciais serão supervisionadas por 80 observadores da Comunidade económica dos Estados da África do Oeste (Cedeao), dirigidos pelo ex - presidente nigeriano de Transição, Salou Djibo.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Entrevista-Carlos Gomes ao Jornal de Angola

 

http://novasdaguinebissau.blogspot.com/p/entrevistas.html

Secretário-executivo da CPLP pede a candidatos que preservem "ambiente favorável"

Lisboa, (Lusa) -- O secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, manifestou  a esperança de que os candidatos às eleições presidenciais de 18 de março na Guiné-Bissau saibam "respeitar os outros" e preservar "um ambiente favorável".

Em declarações à Lusa a propósito do processo eleitoral naquele país africano, Simões Pereira, que esteve na Guiné-Bissau em fevereiro, referiu que a perceção que tem é de que o processo eleitoral está a decorrer dentro da normalidade, "em pleno exercício da cidadania".

"Eu penso que sim (o processo eleitoral está a decorrer dentro da normalidade)", disse o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"As informações que eu colhi são mais de observação direta e que me fazem acreditar que o povo está mobilizado, os atores políticos já estão no terreno a tentar passar as suas mensagens, portanto, estamos em pleno exercício da cidadania, pela parte de todos", sublinhou Simões Pereira, que é guineense.

As eleições presidenciais na Guiné-Bissau estão marcadas para dia 18 de março, antecipadas devido à morte, em janeiro passado, de Malam Bacai Sanhá, Presidente eleito em 2009.

Nove candidatos estão a concorrer às presidenciais, entre eles Carlos Gomes Júnior, até agora primeiro-ministro e presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Kumba Ialá, ex-Presidente e que concorre com o apoio do Partido da Renovação Social (PRS).

Henrique Rosa, Baciro Djá, Luís Nancassa, Manuel Serifo Nhamadjo, Serifo Baldé, Vicente Fernandes e Afonso Té são os outros candidatos.

Ibraima Alfa Djaló desistiu da corrida ao escrutínio alegando falta de condições para um processo eleitoral justo, livre e transparente.

A polémica surgiu porque vários candidatos criticaram o facto de não ter havido recenseamento eleitoral no país.

"Estamos a falar de um ator político (Djaló) que tem uma leitura sobre a situação e cabe-nos respeitar a opinião de todos", afirmou o secretário-executivo.

"Também tive acesso à interpretação que foi feita pelo senhor Presidente da República interino (Raimundo Pereira) e que dá conta de que no processo de auscultação de todos os atores colocou-se essa questão do prazo para a realização das eleições, havendo uma insistência por parte de todos de que era fundamental cumprirem-se os prazos legalmente estabelecidos", argumentou.

Segundo Simões Pereira, "nessa altura todos tinham conhecimento de que seria impossível abrir um processo de atualização dos cadernos eleitorais".

"O que significa que só os detentores de cartão do eleitor à altura das últimas eleições é que teriam condições de participar no pleito eleitoral", referiu.

Questionado pela Lusa sobre o perigo de haver desestabilização no processo, Simões Pereira disse: "Não antecipo isso, não auguro isso e estou convicto de que todos os candidatos estarão à altura as exigências do momento".

"Nós não podemos esquecer que a Guiné-Bissau está a ter eleições presidenciais antecipadas devido ao desaparecimento físico do seu Presidente, por isso, acresce-se ao exercício da cidadania ativa, que já seria de se pedir, uma atenção para podermos honrar a memória de alguém que lutou por essa causa", finalizou.

CSR.

Lusa/Fim