sexta-feira, 9 de março de 2012

Analista vaticina vitória de Carlos Gomes Júnior nas presidenciais da Guiné-Bissau

Primeior-ministro Carlos Gomes Júnior, candidato às presidenciais da Guiné-Bissau

Luanda - O analista de política internacional Belarmino Van-Dúnem considerou  em Luanda, Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro cessante, como  favorito às eleições presidenciais antecipadas de 18 de Março de 2012 na Guiné-Bissau. 

O especialista que comentava à Angop o actual momento político da Guiné-Bissau na véspera desse pleito eleitoral, sustentou o seu vaticínio ao considerar que Carlos Gomes Júnior está no sistema e depois do falecido presidente Malan Bacai Sanhá, a nível do PAIGC, é a pessoa de maior influência com a capacidade de liderança.         

Disse que a nível político na Guiné-Bissau não se pode descurar actualmente a presença e a influência de Carlos Gomes Júnior, embora se possa aventar o tipo de relações que o mesmo tem e possa ter com as Forças Armadas e órgãos de Segurança.

O também docente universitário é de opinião de que sendo um político flexível e com conselhos necessários, poderá desenvolver uma relação de paz, de reconciliação, de coordenação e de continuidade das acções que têm sido levadas a cabo pela comunidade internacional.

Lembrou que o Primeiro-ministro na Guiné-Bissau é o chefe do Governo, ou seja o executor, tem a decisão de governação, apesar de o presidente da República ser o comandante-em-chefe das Forças Armadas.

"Quem propõe a nomeação do chefe do estado-maior é o primeiro-ministro depois de receber a anuência ou não do presidente da República, o que quer dizer com isso que, Carlos Gomes Júnior está dentro do processo e pode garantir a sua continuidade", explicou.

Afirmou que as eleições presidenciais de 18 de Março constituem um pressuposto indispensável para que a Guiné-Bissau possa encontrar à normalidade constitucional, em função da vacatura no cargo de presidente da República, em consequência da morte, a 9 de janeiro deste ano em Paris, do presidente Malan Bacai Sanhá.

Considera ainda que essas eleições poderão ditar ou não a continuidade dos esforços que a comunidade internacional tem feito para que a Guiné-Bissau tenha um rumo de paz e de reconciliação, através da reedificação da reforma e da organização das Forças Armadas e de Segurança.

Para o docente universitário, essa premissa permitirá ao país Oeste africano não só ter o controlo do seu território, mas também se transformar em parceiros naquilo que é o desenvolvimento da cooperação a nível internacional.

"Se o pleito eleitoral decorrer com normalidade, se as eleições forem consideradas justas e livres, sem forem aceites pelos concorrentes, a sociedade civil e a população guineense em geral, então teremos uma Guiné-Bissau que irá continuar na senda da cooperação", perspectivou.

As primeiras eleições multipartidárias para a presidência e o parlamento na Guiné-Bissau tiveram lugar em 1994.

Em 1998, o presidente João Bernardo “Nino” Vieira foi derrubado por um golpe de Estado liderado pelo brigadeiro Ansumane Mané e, entre 1998 e 1999, o país mergulhou numa guerra civil com todas as consequências que daí advieram.

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