As eleições para a escolha do novo Presidente da Guiné-Bissau, nas quais concorrem nove candidatos, assim como acusação formal do antigo chefe de milícia da República Democrática do Congo (RDC), Thomas Lubanga, por crimes de
guerra, dominaram, entre outros assuntos, a semana que hoje termina
Sexta-feira, a Guiné-Bissau encerrou o seu período de campanha eleitoral para o pleito presidencial antecipado, cujas eleições ocorrem domingo (18 de Março), após duas semanas serenas e marcadas por grande participação dos guineenses.
Partem como favoritos o primeiro-ministro cessante Carlos Gomes Júnior, do PAIGC ( no poder) e o antigo Presidente Kumba Ialá, do PRS.
"Notou-se que os candidatos Carlos Gomes Júnior, Koumba Ialá, Serifo Nhamadjo e Henrique Rosa dominaram o quadro noticioso, enquanto que a cobertura dos outros foi menos regular, quer pela falta de meios, quer pela falta de informação disponibilizada pelas directorias sobre a agenda desses candidatos", acrescenta o parecer deste Gabinete de imprensa.
Mas, as nove candidaturas cingiram-se mais em apelos à paz e à estabilidade e a Marcou igualmente actualidade durante a semana em análise, acusação formal do do antigo chefe de milícia da República Democrática do Congo (RDC), Thomas Lubanga, de 51 anos, por crimes de guerra, ao ter utilizado meninos soldados, na primeira decisão pronunciada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) desde sua criação.
Os juízes vão pronunciar-se mais adiante sobre a pena de prisão a ser aplicada ao fundador da União dos Patriotas Congoleses (UPC) ex-comandante das Forças Patrióticas pela Libertação do Congo (FPLD), o braço militar da UPC.
mereceu também destaque na semana em análise, a dissolução de um dos maiores partidos políticos da Zâmbia, o Movimento para a Democracia Multipartidária (MMD), de Rupiah Banda, derrotado nas eleições em 2011 após 20 anos de poder por não ter pago as suas despesas de registo.
Em consequência disso, poderá perder os seus lugares no parlamento, anunciou o chefe de comércio. Os partidos devem cobrir todos os anos as despesas de registo, mais o MMD não os pagou desde 1993 e deixou uma dívida de mais de 390 milhões
de kwachas (56.800 euros), explicou Clement Andeleki, que se ocupa também dos partidos.
Outro facto que mereceu destaque foram os combates no Mali, que forçaram a deslocação de mais de 195 mil pessoas, desde meados de Janeiro entre os rebeldes touareg aos militares malianos, estimou o gabinete das Nações Unidas para a coordenação dos Assuntos humanitários, noticiou à AFP.
"O número das pessoas deslocadas pelo conflito no Mali continua a aumentar e aproxima-se as 195 mil, das quais cerca de 1000 fora do país, no essencial refugiados malianos, mas também alguns milhares de nigerianos que vivem no Mali", afirmou a Ocha para a África do Oeste e do centro no seu boletim de informações publicado em Dakar.
A captura hoje (sábado) de madrugada de Abdallah al-Senusi, antigo pilar do regime líbio de Muammar Kadhafi, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi um dos manchetes do noticiário africano e mundial.
Detido no aeroporto da capital mauritaniana Nouakchott, Senusi foi detido pelos serviços de segurança da Mauritânia ao desembarcar de um voo comercial procedente de Casablanca (Marrocos). De acordo com uma fonte do governo, ele viajava com um passaporte falsificado do Mali.
Na negativa ensombrou o noticiário africano, o anúncio de pelo menos 23 homens foram mortos, "agredidos com piladores e paus", pelas suas mulheres que eram vítimas de violência doméstica, na província de Tete, centro de Moçambique.
Segundo Páscoa Ferrão, directora provincial da Mulher e Acção Social de Tete, as mulheres atacaram os maridos, alguns enquanto dormiam, como vingança pela violência física a que eram submetidas.
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