sábado, 17 de março de 2012

Representante da ONU na Guiné-Bissau pede calma e transparência

Joseph Mutaboba, Secretário-Geral da ONU em Bissau

Bissau - O representante do ecretário-geral da ONU em Bissau, Joseph Mutaboba, pediu  (sexta-feira) aos guineenses, especialmente forças de segurança e defesa, partidos e candidatos para que garantam uma ida às urnas "pacífica, ordeira e transparente", noticia a LUSA. 

A Guiné-Bissau escolhe no domingo um novo Presidente entre nove candidatos e hoje, no último dia de campanha eleitoral, Joseph Mutaboba, em conferência de imprensa, congratulou-se também pela "condução relativamente pacífica" da campanha. 

O responsável explicou que "relativamente pacífica" e não "pacífica" apenas porque não esteve em todos os lugares, mas que pelo que sabe a campanha decorreu com tranquilidade. 

Joseph Mutaboba lembrou que anteriores eleições decorreram com tranquilidade e civismo, pelo que espera que o mesmo se passe no domingo e que "o processo seja conduzido de forma pacífica e ordeira". 

O representante da ONU reuniu-se hoje em Bissau com os chefes das missões internacionais de observação. As Nações Unidas não têm observadores mas "facilitam o trabalho" das missões.  

Pelas contas de Mutaboba, estão na Guiné-Bissau 44 observadores da União Africana, 80 da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), quatro da Nigéria, 24 da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), 10 do Reino Unido, 12 da UEMOA (União Económica e Monetária do Oeste Africano), e grupos muito reduzidos dos Estados Unidos, União Europeia e África do Sul. 

Até agora, a comunidade internacional apoiou a Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau com 7,6 milhões de dólares (5,7 milhões de euros), parte para financiar as eleições de domingo e a outra para as eleições legislativas de final do ano. 

Quinta-feira, os parceiros da Guiné-Bissau felicitaram os guineenses pela "conduta calma e pacífica" do processo eleitoral e pediram "calma e contenção às autoridades nacionais, nomeadamente, as forças de defesa e segurança, aos partidos políticos, aos candidatos presidenciais e aos seus apoiantes".

"De igual modo pediram a todos os actores para que mantenham um clima pacífico após o escrutínio " e às autoridades nacionais para que assumam as suas responsabilidades, garantindo "uma transição pacífica". 

Hoje também a embaixada dos Estados Unidos (em Dakar) apelou às autoridades guineenses para que respeitem "os padrões internacionalmente reconhecidos" a fim de que as eleições sejam baseadas na vontade do povo, e às forças de segurança para "assumirem uma posição moderada, antes, durante e depois do processo eleitoral".

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