sábado, 29 de setembro de 2012

Programa da RTP sobre a Guiné-Bissau (Portugueses Pelo Mundo )

Portugueses Pelo Mundo de 28 Set 2012 - RTP Play - RTP

Intervenção de presidente deposto da Guiné-Bissau na ONU suspensa após queixa da CEDEAO

Intervenção de presidente deposto da Guiné-Bissau na ONU suspensa após queixa da CEDEAO


Nações Unidas, Nova Iorque, (Lusa) - O presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, foi hoje impedido de falar no debate anual da Assembleia-Geral da ONU na sequência de uma queixa interposta pela comunidade regional (CEDEAO), disse à agência Lusa o embaixador guineense.

Segundo João Soares da Gama, que acompanha a delegação do governo deposto de Carlos Gomes Júnior, o recurso está a ser apreciado pelo comité de credenciais da Assembleia-Geral, que deverá fazer uma recomendação ao presidente o plenário, o sérvio Vuk Jeremic, sobre se Pereira pode ou não intervir no debate anual.

Jeremic terá depois de submeter a decisão a votação pela Assembleia-Geral, adiantou o diplomata.

A decisão deverá ser conhecida hoje ou no sábado, pelo que "ainda é possível" que o presidente interino deposto possa vir a falar na Organização das Nações Unidas.

"Houve uma interposição de recurso da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] e fizeram suspender a intervenção da Guiné-Bissau", afirmou Soares da Gama, que se encontra no plenário da ONU, acompanhado de Pereira e Gomes Júnior.

As abordagens da CEDEAO incluíram uma carta a Jeremic para que a Guiné-Bissau fosse representada pelo presidente de transição saído do golpe de Estado militar de abril, Serifo Nhamadjo, que se encontra em Nova Iorque desde terça-feira.

"A pretensão é de tentar no máximo impedir que o presidente Raimundo Pereira faça a sua intervenção", adiantou o diplomata guineense.

Contactados pela Lusa, Carlos Gomes Júnior e Raimundo Pereira não quiseram prestar declarações.

A CEDEAO fez circular um documento numa reunião com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendendo que uma intervenção das autoridades depostas da Guiné-Bissau na Assembleia-Geral da ONU ia "aumentar as tensões" no país.

Além do representante da CEDEAO, alguns países-membros da comunidade enviaram delegados para o encontro, o que motivou um protesto do ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Oldemiro Baloi, que representou a CPLP.

O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, e o presidente interino deposto, Raimundo Pereira, afirmaram que vão ser recebidos no sábado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Contactado pela Lusa, o gabinete de Ban Ki-moon não confirmou a informação avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do governo deposto, Djaló Pires.

O presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, chegou na terça-feira a Nova Iorque e teve uma delegação na cidade durante toda a semana a tentar obter credenciais para o debate da 67.ª Assembleia-Geral da ONU.

Junto do comité de credenciais da Assembleia-Geral, a delegação tentou também que fosse Nhamadjo a intervir no debate anual, o que corresponderia a uma legitimação 'de facto' das autoridades resultantes do golpe de Estado, mas os pedidos apresentados não surtiram efeito, apesar do apoio dos Estados Unidos e do bloco da CEDEAO.

PDF.

Lusa.

Representante da Guiné-Bissau impedido de falar na Assembleia Geral da ONU

Nenhum representante da Guiné-Bissau falou na Assembleia Geral das Nações Unidas. O presidente de transição e o presidente deposto estavam em Nova Iorque para discursar em nome do país. No entanto, quando chegou o momento, isso acabou por não acontecer.

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http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=591109&tm=7&layout=122&visual=61

Dois Bissau-guineenses continuam desaparecidos em Cabo Verde

Praia - As operações de busca para encontrar os dois cidadãos da Guiné-Bissau arrastados quarta-feira pelas cheias, na ilha cabo-verdiana da Boa Vista, ainda não permitiram  encontrar os seus corpos.  

As buscas foram confiadas a equipas das Forças Armadas, da Proteção Civil e da Guarda Costeira enviadas a partir da capital cabo-verdiana, Praia, mas as operações estão ser dificultadas pela grande quantidade de lama no mar, resultantes de novas chuvas que
caíram na madrugada e na tarde de quinta-feira.

Uma fonte ligada às operações de resgate explicou que as buscas têm vindo a ser realizadas apenas na superfície, porque "a água está muito suja e não dá para ver o fundo do mar".

A queda de uma ponte que liga o norte ao sul da ilha, em resultado das enxurradas, fez com que várias localidades, incluindo as zonas onde estão situadas as principais unidades hoteleiras, continuassem isoladas e à espera da criação de um acesso alternativo.

Enquanto isso, a travessia marítima dos funcionários dos hotéis situados no norte da ilha tem sido feita em embarcações de recreio.

No terreno encontram-se, desde quinta-feira, engenheiros do Instituto de Estradas e do Ministério das Infraestruturas e da Proteção Civil que deram uma volta à ilha para apurar os estragos provocados e achar soluções para o acesso entre a cidade de Sal Rei e outras povoações.

O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, devia deslocar-se esta sexta-feira à Boa Vista para avaliar a situação, de modo a que o Governo e as autoridades locais possam tomar as medidas que se impõem para o rápido restabelecimento da normalidade numa ilha cuja principal atividade é a indústria turística.

Pagamento dos salários de Outubro está comprometido

Bissau - O pagamento dos salários aos funcionários públicos referente ao mês de Outubro pode estar comprometido.

O sindicato do Ministério das Finanças guineense cumpriu, quinta-feira 27 de Setembro, o último de três dias de greves em curso nesta instituição, desde o dia 25 de Setembro.


Em causa está o não pagamento dos subsídios de cinco meses aos funcionários do Ministério das Finanças, pelo Governo de Transição.
Entre as instituições mais afectadas, cujas consequências são imediatas com a referida paralisação, consta a Direcção-geral das Alfândegas com os seus respectivos postos aduaneiros em todas as regiões do país, bem como a Direcção-geral de Contribuição e Impostos da Guiné-Bissau.


As duas direcções são as maiores fontes em termos de arrecadação de receitas para o tesouro público, uma vez as mesmas, provenientes das pescas, são agora insignificantes. Devido ao golpe de Estado, a União Europeia está a retirar os seus barcos das águas territoriais da Guiné-Bissau.


Desde que o Governo Ilegítimo de Transição foi implantado no país, o Executivo apenas pagou um mês, dos seis que estava em dívida, aos funcionários das finanças.


A presente paralisação deveria ter tido lugar há semanas mas, no entanto, foi protelada, a pedido do Ministro das Finanças, que disse que as reivindicações em causa iriam ser atendidas em tempo.

FRENAGOLPE dirige carta aberta à CEDEAO

Bissau - A Frente Nacional Anti-golpe (FRENAGOLPE) vai enviar uma carta aberta aos Chefes de Estado e de Governo dos países membros da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em protesto pela forma como o caso pós-golpe de Estado está a ser gerido pela organização sub-regional.

«Não estamos de acordo com a geometria variável da CEDEAO nos casos do Mali e da Guiné-Bissau porque, se neste país a mesma organização não negoceia com golpistas, porque é que o faz?», disse.


A ideia foi anunciada esta sexta-feira, 28 de Setembro, em conferência de imprensa dada pelo Secretário Executivo da organização, Iancuba Djola Indjai.


De acordo com este responsável, a referida carta vai ser ainda enviada à CPLP, à União Africana, à União Europeia, às Nações Unidas e à Francofonia.


Ao nível do país, o documento será entregue ao representante da CEDEAO na Guiné-Bissau.


Com mais de 96 mil assinantes em todo território nacional, os subscritores da missiva estão igualmente a recolher assinaturas ao nível da diáspora, nomeadamente em França e em Portugal.


«A ordem constitucional tem que imperar no país, a vontade do povo deve ser aceite por todos», disse Iancuba Indjai.


Por outro lado, a organização congratulou-se com a intervenção a ser feita pelo Presidente da República Interino Raimundo Pereira, na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar a 28 de Setembro.


Impedido pelo Comando Militar de efectuar protestos na via pública, a FRENAGOLPE optou pela comunicação em conferência de imprensa e a sua acção de luta contra o golpe de Estado na Guiné-Bissau.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Sucessivas mudanças políticas entravam luta contra branqueamento de capitais

20070521133050_42259812_money203Bissau - As sucessivas mudanças políticas na Guiné-Bissau são um dos principais entraves à luta contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, defendeu quinta-feira, em Bissau, uma responsável do sector. 

Teresa António da Veiga, presidente da Célula Nacional de Tratamento de Informação Financeira (CENTIF), lamentou também que não haja mais empenho do governo na luta contra branqueamento de capitais e terrorismo. 

"A verdade que seja dita, o empenho do Governo não é tanto quanto devíamos sentir. Mas isso deve-se ao facto das muitas situações que o país tem vindo a viver", disse a responsável à Lusa, a propósito de uma reunião de dois dias que começou quinta-feira, em Bissau, sobre branqueamento de capitais e terrorismo e que junta magistrados e forças de defesa e segurança. 

"Começa-se a sensibilizar os responsáveis pela implementação dessa política e chega o momento de execução e aparece uma situação perturbante. Com mudanças sucessivas de Governo é difícil que se possa implementar, efectivamente e com eficácia, aquilo que está na lei contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo", lamentou Teresa António da Veiga. 

A Guiné-Bissau adoptou as leis da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA) de luta contra o branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.
Teresa António da Veiga defende o "cumprimento escrupuloso" dessas leis, em conjugação com as leis nacionais, "e sobretudo rigor no cumprimento do Código Penal relativamente a investigações e acusações de processos". 

Só assim, avisou, se podem produzir provas. "Vendo a nossa realidade, de ostentação de riqueza ao nível do país, com o poder económico que temos, podemos a olho dizer que existe branqueamento de capitais. Mas factos e provas só com o engajamento efectivo do poder judicial e da judiciária", disse. 

A presidente da CENTIF disse desconhecer se na história do país já existiu ou não algum caso de julgamento de branqueamento de capitais ou financiamento do terrorismo. 

A 16 de Novembro do ano passado, num fórum sobre Justiça Criminal, o procurador Hermenegildo Pereira afirmou que a lei de branqueamento de capitais existe desde 2004 e que até então nunca se tinha feito uma única investigação. O magistrado disse na altura haver "falta de vontade política" para investigar casos. 

A CENTIF depende do Ministério das Finanças mas junta também responsáveis dos ministérios da Justiça e do Interior. O encontro que quinta-feira começou vai debater a cooperação jurídica e judiciária, a criminalidade organizada e o tráfico de droga.

Trânsito de droga "claramente" a aumentar na Guiné-Bissau

202O trânsito de drogas está "claramente a aumentar" na Guiné-Bissau, desde o golpe de Estado de abril pelos militares, afirmou hoje o diretor da agência da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), Yuri Fedotov.

"Infelizmente, é claro que o transbordo de drogas através da Guiné-Bissau está a aumentar. É um desafio adicional", disse Fedotov, questionado sobre a tendência do narcotráfico no país desde o golpe de Estado.

O golpe teve, entre os seus principais atores, militares ligados pelo Departamento de Estado norte-americano ao crime organizado.

Em conferência de imprensa, Fedotov afirmou que a UNODC mantém um "muito baixo perfil" na Guiné-Bissau, nomeadamente apoiando a unidade contra a criminalidade internacional recentemente criada.

"Não temos quaisquer contactos com membros da Junta Militar. Mas estamos a manter os modestos ativos que edificámos, em coordenação estreita com todos os programas e fundos da ONU presentes", adiantou.

A presença da ONU no terreno, referiu, tem vindo a ser discutida com os diferentes atores em várias reuniões nos últimos dias, à margem do debate anual da Assembleia Geral.

No último relatório sobre as atividades da ONU na Guiné-Bissau, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirma que o narcotráfico está a aumentar desde o golpe de Estado de abril, e a situação humanitária degradou-se, exigindo resposta mais firme e concertada da comunidade internacional.

Desde o golpe de Estado de 12 de abril, "há registo de aumento das atividades de tráfico de droga" no país, escreve o secretário-geral da ONU.

Ban Ki-moon diz no relatório que a situação de fragilidade política na Guiné-Bissau reduziu "significativamente" a capacidade de policiamento, criando "uma oportunidade de intensificar o crime internacional organizado e o tráfico de droga".

O secretário-geral da ONU apela à comunidade internacional para se envolver mais no combate ao fenómeno "através de apoio financeiro, infraestrutural, logístico e operacional", mantendo-se "empenhada em lidar com esta ameaça não só na Guiné-Bissau, mas também nos países de origem, trânsito e destino de drogas".

O mesmo alerta foi feito recentemente ao Conselho de Segurança pelo representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit, que disse que as redes de narcotráfico estão mais ativas e influentes nos últimos meses.

Na mesma reunião do Conselho de Segyrança, Yuri Fedotov afirmou que a situação na Guiné-Bissau "continua a ser uma séria preocupação" e que "há medos em relação às ligações entre elementos das forças militares e o narcotráfico".

Inflexibilidade da CEDEAO torna acordo com CPLP difícil -- secretário executivo

Nações Unidas, Nova Iorque, 27 set (Lusa) - O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa afirmou hoje que a posição da comunidade da África Ocidental (CEDEAO) de que o golpe de Estado na Guiné-Bissau é "irreversível" dificulta um acordo entre as duas organizações.

Murade Murargy falava à Lusa em Nova Iorque após uma reunião da Comissão de Consolidação da Paz para a Guiné-Bissau, organismo ao nível da ONU presidido pelo Brasil, que "não foi conclusiva", mas é mais um passo para uma "plataforma de entendimento e diálogo entre CPLP e CEDEAO".

"A CEDEAO mantém as suas posições de que situação de facto [na Guiné-Bissau] é irreversível. Torna-se difícil encontrar um caminho rapidamente. Vamos ter de verificar a situação no terreno", disse.

Guiné-Bissau representada na Assembleia Geral pelo Presidente deposto - CPLP

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) afirmou que serão as autoridades depostas na Guiné-Bissau a dirigir-se à Assembleia Geral da ONU, impondo-se à tentativa do governo "de facto" de discursar e legitimar-se internacionalmente.

Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, disse à agência Lusa que será Raimundo Pereira, Presidente deposto no golpe de estado militar de 12 de abril, a falar na tarde de sexta-feira na Assembleia Geral, em vez do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, também ele derrubado pelo golpe, como estava inicialmente previsto.

Contactada pela Lusa, a delegação do presidente de transição, Serifo Nhamadjo, que tinha apresentado recursos ao comité de credenciais da ONU, não respondeu em tempo útil.

Nota de Imprensa

 

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REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

 

NOTA DE IMPRENSA

 

NOVA IORQUE, 27 de Setembro de 2012

O Presidente Interino da República da Guiné-Bissau, Dr. Raimundo Pereira e o Primeiro-Ministro, Sr. Carlos Gomes Júnior foram recebidos, à margem da 67ª Assembleia Geral da ONU, pela recentemente eleita Presidente da Comissão da União Africana, Senhora Dlamine Zumma, com a qual abordaram o assunto relativo a situação da crise política na Guiné-Bissau.

Entretanto, o Presidente da República, Dr. Raimundo Pereira e o Primeiro-Ministro Sr. Carlos Gomes Júnior solicitaram, à recentemente eleita Presidente da Comissão da União Africana, um superior envolvimento da Organização continental na actual crise guineense, sobretudo para coordenar a concertação entre a CPLP, a CEDEAO e a União Europeia na busca de uma solução credível e duradoura para a crise na Guiné-Bissau.

 

Por outro lado, o Presidente Interino e Primeiro-Ministro tiveram hoje, 27/09/12, uma reunião interactiva com os membros da Configuração da Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, onde os dois dirigentes guineenses aproveitaram para esclarecer as razões de divergências entre a CPLP e a CEDEAO, aproveitando para denunciar a falta de liberdades que existe actualmente na Guiné-Bissau, onde se vive um ambiente de medo impróprio para um processo credível de eleições.

De igual modo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Djalo Pires, tomou parte nas reuniões ministeriais da CPLP e do do Grupo G7 – Nova visão de negocios para países frágeis.

 

Nova Iorque, 27 de Setembro de 2012.

As Autoridades Legítimas da Guiné-Bissau

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Presidente Ilegítimo de transição encontra-se em Nova Iorque sem certeza de falar na ONU

Nações Unidas - O presidente Ilegítimo de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, chegou quarta-feira a Nova Iorque para participar no debate anual da Assembleia-geral da ONU, mas sem certeza de poder intervir no plenário de líderes mundiais.    

Segundo fonte da representação diplomática do governo de transição em Nova Iorque, o comité de credenciais da ONU deverá anunciar ao longo do dia de hoje qual das delegações, a de Nhamadjo ou a do Primeiro-ministro deposto Carlos Gomes Júnior, será o representante legítimo da Guiné-Bissau, a intervir na Assembleia Geral na tarde de quinta-feira.   

Caso a decisão seja desfavorável, será apresentado recurso ao presidente da Assembleia Geral, adiantou a mesma fonte.  

O governo ilegítimo de transição, saído do golpe de Estado de 12 de Abril, conta com o apoio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e dos Estados Unidos.   

Uma intervenção na Assembleia-geral corresponderia na prática a um reconhecimento internacional do executivo saído do golpe.  

Fonte diplomática disse à Lusa que o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) enviou uma carta ao secretário-geral da ONU defendendo a legitimidade do Primeiro-ministro deposto.  

Gomes Júnior chegou na segunda-feira a Nova Iorque, juntamente com o presidente interino Raimundo Pereira, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Djaló Pires.  

Em reunião de concertação dos chefes de diplomacia da CPLP, na segunda-feira em Nova Iorque, foi decidido que os países se mobilizem para impedir que o governo saído do golpe de Estado profira a intervenção.  

Responsáveis da CPLP e da CEDEAO reuniram-se na terça-feira em Nova Iorque, numa primeira tentativa para lançar um plano de acção conjunto para a Guiné-Bissau.  

Segue-se uma reunião com das lideranças da CPLP e CEDEAO, a ter lugar nos próximos dias, para identificar "pontos de estrangulamento e pontos de convergência com vista a que se encontre uma solução rápida para Guiné-Bissau", disse à Lusa o secretário executivo da CPLP, Murade Murargy.   

"Para a CPLP, é fundamental que haja uma força internacional, não só da CEDEAO, que tem de haver eleições livres e supervisionadas internacionalmente e que haja um compromisso do roteiro sobre reforma das Forças Armadas e Segurança", disse Murargy.  

Sobre a retomada das eleições interrompidas pelo golpe de Estado de Abril, uma exigência que a CPLP tem apresentado, recusando-se a reconhecer o governo saído do golpe, Murargy afirmou que "é um caso a repensar".  

O plano de acção será submetido ao longo desta semana aos ministros dos países membros da CPLP e CEDEAO.   

A situação na Guiné-Bissau será abordada também numa reunião da Comissão de Consolidação para a Paz, a ter lugar na quinta-feira.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TONY DUDU músico Guineense em destaque

 

 

TONY DUDU & THE JAZZ Gumbe

GÊNERO: Palop - fusão entre ritmos africanos da África Ocidental, de mistura com grooves latinos, ritmos africanos e jazz sul

Para ver e ouvir

http://novasdaguinebissau.wix.com/musicas#!HOME|mainPage

Senegal defende (o indefensavél) governo Ilegítimo de transição da Guiné-Bissau na Assembleia Geral da ONU

Nova Iorque - O presidente do Senegal, Macky Sall, defendeu hoje (quarta-feira) na Assembleia Geral da Organização Nações Unidas (ONU)  os esforços do governo Ilegítimo de transição da Guiné-Bissau para realização de eleições e a retirada dos militares da arena
política.   

Macky Sall falava no primeiro dia do debate anual da Assembleia Geral da ONU, e no dia em que responsáveis da CPLP e da comunidade da África Ocidental (CEDEAO) se reuniram em Nova Iorque, numa primeira tentativa para lançar um plano de acção conjunto para a Guiné-Bissau, que viveu um golpe de Estado em Abril, de que saiu o governo de transição. 

Como outros Estados membros da CEDEAO, o Senegal aprecia "os esforços feitos pelo governo de transição para a reconciliação nacional, restabelecimento das instituições do país, organização de eleições credíveis e retirada definitiva dos militares da arena
política", afirmou. 

"Já perturbada por anos de instabilidade institucional e económica, a Guiné-Bissau enfrenta também a questão do tráfico de droga por estrangeiros fora da lei. O país merece o apoio e atenção da comunidade internacional", adiantou.   

Para quarta-feira está prevista a chegada aos Estados Unidos do presidente interino guineense, Serifo Nhamadjo, disse à Lusa fonte do novo Executivo, em Nova Iorque.  

Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU manifestou preocupação com o "contínuo impasse político" na Guiné-Bissau, fazendo eco de preocupações expressas pelo secretário geral Ban Ki-moon, e sublinhou a importância da realização de eleições
que levem a uma transição no país.  

Os membros do Conselho de Segurança sublinharam ainda a necessidade de ultrapassar as divergências entre parceiros, num processo que tem sido marcado divisões entre atores nacionais e parceiros internacionais sobre a legitimidade do actual governo de
transição.

No seu relatório sobre a situação guineese, Ban Ki-moon refere-se aos desentendimentos públicos entre a comunidade regional (CEDEAO), que vem trabalhando com o governo de transição, e a CPLP, que se recusa a reconhecê-lo, que está a contribuir para a
"estagnação da crise política".  

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Os convites do Departamento de Estado dos EU ao Presidente Ilegítimo Serifo Nhamadjo foram cacelados!!!!!!!!

Presidente Ilegítimo Serifo Nhamadjo afirmou que seria convidado do governo americano numa recepção que deveria reunir-se igualmente com o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon - o que poderia  significar a aceitação dos golpistas

MAS:

Afinal, os convites inicialmente formulados pelo Departamento de Estado da administração Obama, ao 'governo Ilegítimo de transição', para um jantar de gala...foram ontem oficialmente cancelados

Na ONU, Cplp e Cedeao devem apresentar declaração sobre Guiné-Bissau

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Novo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa disse que documento deve ser produzido durante reunião entre ministros que assistem aos debates da Assembleia Geral da ONU, nesta semana, em Nova Iorque.

Murade Murargy

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, disse que a crise na Guiné-Bissau será o tema de um encontro entre representantes do bloco, e os membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao.

O objetivo é produzir uma declaração comum sobre a situação na Guiné-Bissau, surgida com o golpe de 12 de Abril, e que tirou o governo eleito do poder.

Reunião

A informação foi dada à Rádio ONU logo após uma reunião de ministros da Cplp, nesta segunda-feira, em Nova Iorque, pelo novo chefe do bloco, Morade Morargy.

"O que foi decidido aqui é que o secretário-executivo da Cplp e o presidente da Cedeao vão se encontrar, ainda esta semana, para elaborar um documento para ser apresentado aos ministros das duas partes com vista a encontrar uma saída desta situação. Portanto, vamos trabalhar para que ainda esta semana para ser aprovado durante a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas."

Morargy assumiu o posto em Julho após o fim do mandato do engenheiro guineense, Domingos Simões Pereira. O representante participa dos debates da Assembleia Geral acompanhando também os discursos dos chefes de Estado de governo da Cplp.

A Guiné-Bissau deve discursar nesta quinta-feira.

Mamadou Djaló Pires = O ministro dos Negócios Estrangeiros deposto da Guiné-Bissau conversou com a Rádio ONU

Mamadou Djaló Pires

O ministro dos Negócios Estrangeiros deposto da Guiné-Bissau conversou com a  Rádio ONU, em Nova Iorque, após um encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp,  ocorrido à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

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Washington apoia eleições na guiné-Bissau no início de 2013

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, congratulou  a Guiné-Bissau pelo aniversário de independência, salientando a importância de eleições livres e justas no início de 2013 para que o país regresse à democracia.


Numa mensagem enviada em nome do Presidente Barack Obama e do povo norte-americano, Clinton deseja aos guineenses "um ano de paz, reconciliação e prosperidade".


"Partilhamos o desejo do povo da Guiné-Bissau de reformas que levem à democracia, boa governação e desenvolvimento económico, incluindo eleições livres e justas no início do próximo ano", refere a mensagem de Hillary Clinton.


Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU manifestou preocupação com o "contínuo impasse político" na Guiné-Bissau, fazendo eco de preocupações expressas pelo secretário-geral Ban Ki-moon, e sublinhou a importância da realização de eleições que levem a uma transição no país, onde em abril os militares tomaram o poder.


Os membros do Conselho de Segurança sublinharam ainda a necessidade de ultrapassar as divergências entre parceiros, num processo que tem sido marcado divisões entre atores nacionais e parceiros internacionais, sobretudo CEDEAO e CPLP, sobre a legitimidade do atual Governo de transição.


No seu relatório sobre a situação guineense, Ban Ki-moon refere-se aos desentendimentos públicos entre a comunidade regional (CEDEAO), que vem trabalhando com o Governo de transição, e a CPLP, que se recusa a reconhecê-lo, que está a contribuir para a "estagnação da crise política".

Parada militar de 24 de Setembro com fraca presença da população

Bissau - A cerimónia de parada militar que teve lugar este ano em Bissau, no quadro de comemorações de mais um dia da independência nacional, ficou marcada pela fraca presença da população da capital.

No acto em que participaram o Chefe do Estado-maior general das Forças Armadas da Costa do Marfim, o vice-Chefe do Estado-maior de Burkina Faso e o Chefe do Estado-maior da Força Aérea do Senegal, decorreu sob forte presença nas ruas de Bissau das Forças Armadas da CEDEAO, presentes do país, esta segunda-feira, 24 de Setembro.


Inicialmente previsto, o desfile das Forças Armadas da Nigéria, Burkina Faso e Senegal, que se encontram no país no âmbito da ECOMIB, força da CEDEAO, não aconteceu sendo os motivos desta alteração desconhecidos.


Presente no ato esteve o Chefe do Estado-Maior geral das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, onde devia igualmente ser feita a promoção de patentes entre os militares e os paramilitares o que, pelo menos publicamente, não aconteceu.


A Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro, o Procurador-geral da República, Abdu Mane, e o Presidente em Exercício da Assembleia Nacional Popular, Ibarima Sory Djalo, fizeram-se representar na festa.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Calorosas saudações para todos os que estejam a comemorar a independência da Guiné-Bissau. apesar de não haver que comemorar!!

DGuinee

Hoje completamos 14,040 dias da nossa independência

ONU admite incompreensões entre organizações regionais

Candidato vencedor da primeira volta das presidenciais Carlos Gomes Júnior durante um acto político de massas realizado em Bissau

O representante do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, Joseph Mutaboba, admitiu na sexta-feira que entre as organizações regionais CEDEAO e CPLP existem apenas “incompreensões” sobre a Guiné-Bissau e que ambas estão disponíveis para dialogar.


A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) têm posições divergentes sobre a Guiné-Bissau, na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril passado. A primeira apoia o governo de transição formado depois do golpe, enquanto a CPLP não reconhece o referido governo.


A crise na Guiné-Bissau levou Joseph Mutaboba e Ovídio Pequeno, representante da União Africana (UA) em Bissau, a contactos em vários países de África e também em Lisboa.


Na sexta-feira, em conferência de imprensa dada em Bissau, Mutaboba resumiu que “o que resulta claramente de todas estas consultas é que não existem grandes divergências entre a CEDEAO e a CPLP, mas acima de tudo incompreensões”.


Nas consultas, se por um lado ambos “reiteraram as suas posições”, eles “manifestaram sobretudo disponibilidade para o diálogo”, declarou, acrescentando que a ONU e a UA vão prosseguir os esforços de diálogo e que encontros entre parceiros importantes da Guiné-Bissau vão acontecer nos próximos dias.


Um deles decorre à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, organizado pela ONU e pela UA e que junta CEDEAO, CPLP e União Europeia.


“Os resultados deste encontro vão servir de base à reunião do grupo de contacto internacional sobre a Guiné-Bissau, previsto para Addis Abeba”, referiu Mutaboba. Mas, acrescentou, mais do que o diálogo entre parceiros da Guiné-Bissau, é fundamental o diálogo entre os guineenses. Porque são eles os responsáveis por todas as crises históricas e são eles que têm de determinar “se esta é a última”. “O diálogo é difícil, mas não impossível. Todos dizem que estão prontos para dialogar”, esclareceu, considerando o momento actual uma ocasião única para os guineenses se olharem nos olhos, dizer a verdade, dizer que é preciso parar de uma vez por todas, mudar de página, reconciliarem-se, para que depois a comunidade internacional os ajude “sobre uma base sólida e sincera”.

Diálogo interno


Ovídio Pequeno manifestou a mesma opinião. E acrescentou que esta preocupação em relação ao diálogo interno surge do reconhecimento de que de facto na Guiné-Bissau há muitos problemas internos, particularmente a nível dos partidos políticos.
“Os partidos têm dialogado, é o início de um processo ainda frágil, mas que pode dar frutos. Mas temos de ter paciência e reconhecer que há dificuldades, que os partidos têm problemas internos e que enquanto não os resolverem qualquer iniciativa de diálogo vai ter obstáculos”, apontou Ovídio Pequeno.


O representante do presidente da Comissão da UA lembrou o problema da Assembleia Nacional, paralisada desde o golpe de Estado, uma questão “urgente” mas sobre a qual “o diálogo já foi iniciado”.


Mas há também a questão, recordou, de haver um governo inclusivo, ou a harmonização de uma posição a nível internacional. “É preciso ir, paulatinamente, resolvendo os problemas, com visão e respeito pela Carta de Transição. Se as partes na altura concluírem que isso não pode ser feito já, é outra etapa do percurso”, disse, quando questionado sobre se as eleições podem acontecer em Abril de 2013, como previsto.

Assembleia da ONU


Joseph Mutaboba não se referiu às eleições, mas explicou que quem representa a Guiné-Bissau na Assembleia-Geral das Nações Unidas é “uma questão dos Estados-membros”.


Serifo Nhamadjo e o governo de transição vão estar em Nova Iorque, à semelhança de Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior, o Presidente e o primeiro-ministro ilegalmente depostos. Joseph Mutaboba explicou que quando há mudanças num país, como aconteceu na Guiné-Bissau, o “dossier” é enviado ao Comité de Protocolo e de Acreditação, composto por Estados-membros eleitos anualmente, sendo esse comité que decide quem participa, razão pela qual não se sabe quem ou se alguém discursará na assembleia.
Mas uma certeza deixou perante os jornalistas: “Gostávamos de afirmar aqui e agora que nem as Nações Unidas nem a União Africana deixaram ou deixarão de apoiar plenamente este país, para que ele alcance a paz que o povo deseja”, declarou.


O mesmo já tinha sido expresso numa mensagem à Guiné-Bissau do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por ocasião do Dia Internacional da Paz, que sexta-feira se celebrou.


“Reitero que as Nações Unidas vão prosseguir o seu apoio, mas quero antes de mais sublinhar que qualquer apoio recebido não dará os frutos necessários enquanto não houver a participação de todos os guineenses nos esforços pela paz”, lê-se na mensagem.

Bissau: Bispo pede medicamentos contra SIDA e tuberculose

Pobreza da Guiné agravou-se após golpe de estado de abril

Bissau, 24 set 2012 (Ecclesia) – O bispo de Bissau, D. José Câmnate, pediu o envio de medicamentos contra a SIDA e tuberculose, tendo também solicitado um técnico para avaliar a situação sanitária no país, revela o blogue da diocese guineense.

“O golpe de Estado, na Guiné-Bissau, do dia 12 de abril do corrente ano, teve, entre as várias consequências, o agravamento da pobreza do País e sua gente”, sublinha a nota, acrescentando que o “isolamento internacional” do país tem provocado “a falta de medicamentos de Tuberculose e HIV/SIDA”.

A situação é classificada de “gravíssima” pelo Ministério da Saúde da Guiné, dioceses de Bissau e Bafatá e outras instituições de saúde da Igreja Católica.

“Para evitarmos o pior, precisamos de alguém que nos ajude a elaborar um plano de emergência”,refere D. José Câmnate, acrescentando que “quem pagará as consequências desta nova crise serão, como sempre, os grupos vulneráveis (doentes, crianças, mulheres e idosos)”.

RJM

domingo, 23 de setembro de 2012

Estudantes guineenses partiram sábado da Rússia para Bissau

Moscovo - Os 22 estudantes finalistas guineenses que se viram obrigados a ocupar a embaixada do seu país na capital russa para
exigirem do Governo de Bissau o bilhete de regresso deixaram  sábado a capital russa.   

"Nem quero acreditar. Acabámos de resolver todos os problemas burocráticos na sexta-feira ao fim da tarde e viemos para o aeroporto de madrugada, para prevenir qualquer imprevisto", declarou à Lusa Carfa Mané, porta-voz dos finalistas.   

"Eu e os meus colegas estamos muito emocionados, pois receávamos que este problema se prolongasse por mais tempo", acrescentou.  

Os finalistas guineenses ocuparam o apartamento da Embaixada da Guiné-Bissau em Moscovo no dia 17 de Agosto e só o abandonaram na madrugada de hoje rumo ao Aeroporto Sheremietevo.  

"Queremos agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram neste momento difícil para nós, os russos e portugueses que nos deram alimentos, dinheiro, para nos aguentarmos durante mais de um mês na embaixada", disse Carfa Mané. 

"E esperemos que estas aventuras deixem de acontecer. Este ano, conseguimos receber o bilhete de regresso mais depressa do que no ano anterior. Esperemos que os outros estudantes tenham mais sorte do que nós", concluiu.  

O Governo da Guiné-Bissau continua a enviar anualmente dezenas de jovens para estudarem em várias cidades russas, onde acabam abandonados à sua sorte. 

A bolsa de estudo paga mensalmente pelas autoridades russas, cerca de 25 euros, torna muito difícil a vida dos estudantes, que não recebem praticamente apoio nenhum da parte de Bissau.

sábado, 22 de setembro de 2012

Cabo Verde pode facilitar diálogo na Guiné-Bissau

 

Praia - O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, disse que Cabo Verde está disponível para "facilitar o diálogo" entre os vários atores internacionais que tentam resolver o impasse na Guiné-Bissau, resultante do golpe de Estado de 12 de abri                                 José Maria Neves

Falando à imprensa após uma reunião, terça-feira (18), em Lisboa, com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, o chefe do Governo cabo-verdiano reiterou que Cabo Verde "não reconhece o governo de transição da Guiné-Bissau", mas "vai continuar a desempenhar naturalmente o seu papel, enquanto membro, simultaneamente, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)".

José Maria Neves, citado pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), sublinhou que o papel de Cabo Verde é o de "contribuir para que haja diálogo e encontro de posições entre a União Africana, a CEDEAO, a CPLP e as Nações Unidas, para encontrar uma saída para o impasse que se vive neste momento na Guiné-Bissau, com prejuízo para os cidadãos guineenses".

Durante a sua escala em Lisboa a caminho da Singapura, onde inicia quarta-feira uma visita oficial, o primeiro-ministro cabo-verdiano manteve igualmente encontros com as autoridades e as instituições portuguesas que cooperam com Cabo Verde.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Presidente da Costa do Marfim vai pedir reconhecimento internacional do governo Ilegítimo de transição

Abidjan - O presidente interino da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, discutiu em Abidjan com o presidente ivoiriense (Costa do Marfim) e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), Alassane Ouattara, o apoio da organização regional para o êxito da transição no seu país.

Durante um briefing conjunto diante da imprensa, no termo de uma audiência à porta fechada, terça-feira (18), na capital ivoiriense, o presidente Ouattara indicou que, na próxima Assembleia Geral da ONU, vai defender o reconhecimento do Governo interino bissau-guineense.

"A mensagem que gostaria de lançar a todos os países membros da ONU é pedir que o governo do presidente interino seja aceite e reconhecido por todos", disse Ouattara.

"É um Governo saído de discussões no seio de uma maioria da classe política. As discussões estão em curso para que toda a classe política se associe a este Governo e apoie o presidente Nhamadjo para que as coisas possam avançar", acrescentou.

Agradecendo à Cedeao pelo seu apoio ao êxito da transição no seu país, o presidente Nhamadjo sublinhou estar a trabalhar com esta organização e todos os parceiros internacionais numa grande agenda de transição para eleições pacíficas, transparentes e para que o seu país encontre o caminho do desenvolvimento.

ONU

O presidente interino da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, anunciou que irá a Nova York, para a assembleia geral das Nações Unidas, onde pretende fazer ouvir os seus pontos de vista. Manuel Serifo Nhamadjo disse ter sido convidado por Johhnie Carson, secretário de Estado adjunto norte-americano para os assuntos africanos.

Em Nova York já se encontra o presidente interino deposto da Guiné Bissau, Raimundo Pereira. Também o primeiro-ministro derrubado pelo golpe de Estado de 12 de abirl, Carlos Gomes Júnior, anunciou que irá esta semana à sede da União Africana, em Addis Abeba, viajando sem seguida para Nova York.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Blogue Novas da Guiné esta a preparar um novo site, só de música

O Blogue Novas da Guiné esta a preparar um novo site, só dedicado a música Africana e da Guiné principalmente, se queres participar, ou divulgar alguma música, e detenhas os direitos autorais das mesmas, envia as gravações para o nosso E-mail para serem colocadas no site

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Logo novo 08 2010

Ajudem-nos a divulgar a nossa cultura!!!!!!!!

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Carlos Gomes Júnior recandidata-se a presidente do PAIGC

Bissau, 19 set (Lusa) - O presidente do maior partido da Guiné-Bissau, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, recandidata-se ao cargo no congresso marcado para janeiro de 2013, disse hoje à Lusa fonte oficial.

Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau até 12 de abril, quando foi afastado por um golpe de Estado, está atualmente em Portugal, de onde enviou uma carta ao PAIGC a anunciar a candidatura, indicou a mesma fonte.

"Apresento-me como candidato" ao 8.º congresso do PAIGC, agendado para janeiro em Cacheu, disse Carlos Gomes Júnior na carta, onde se diz também disponível para fazer um debate público com os outros candidatos à liderança do partido.


Apresento-me como candidato" ao 8.º congresso do PAIGC

 

Peter Thompson , representante da Grupo Suprapartidário Parlamentar do Reino Unido para Guiné-Bissau intervém em crise olímpica

Thompson intervém em crise olímpica

Peter Thompson, representante da Grupo Suprapartidário Parlamentar do Reino Unido para Guiné-Bissau, está procurando reuniões urgentes com autoridades olímpicas em Bissau para discutir a crise dos atletas encalhados em Londres. Ele está atualmente em Bissau.


Thompson está liderando os esforços para encontrar uma solução para a Reconciliação Nacional eo impacto da crise política. Antes do golpe de estado em abril, ele era chefe de observação das eleições presidenciais. Ele condenou repetidamente a interrupção do processo eleitoral pela força.


Thompson acolheu os atletas durante os Jogos de Londres 2012. Em uma reunião no parlamento britânico, ele discutiu a influência do esporte no processo de Reconciliação Nacional. Ele comentou que Um futuro compartilhado é a medalha de ouro de todos os povos guineenses”.

Presidente Ilegítimo ainda não tem visto para ir às Nações Unidas

Fontes diplomáticas disseram à VOA que não foi ainda emitido um visto de entrada nos Estados Unidos para o presidente de transição da Guiné-Bissau.

O presidente da república de transição da Guiné-Bissau, planeia deslocar-se a Nova Iorque no próximo dia 26, mas para tal é necessária a emissão de um visto de entrada por parte dos Estados Unidos, o que constituiria na prática o reconhecimento das actuais autoridades guineenses.


Contudo, fontes diplomáticas disseram à VOA que não foi ainda emitido um visto de entrada nos Estados Unidos para o presidente de transição da Guiné-Bissau


À sua partida para a Costa do Marfim, Nhamadjo afirmou esperar desta reunião da ONU, que a Guiné-Bissau otenha a solidariedade internacional.

Cplp analisa futuro da Guiné-Bissau e anuncia uma das medidas é suspensão

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Embaixador de Moçambique na ONU, que assume presidência do grupo de oito países, diz que suspensão pode ser uma das medidas.

António Gumende

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, pode decidir a suspensão da Guiné-Bissau, indicou o embaixador de Moçambique junto das Nações Unidas, António Gumende.

Em entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque, o diplomata disse que a medida pode ser considerada na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril.

Suspensão

As declarações foram pronunciadas no âmbito da presidência moçambicana  da Cplp, assumida em Julho. Moçambique também preside  a Comunidade dos Países da África Austral, Sadc.

"Está-se a trabalhar no sentido de se estabelecer as medidas sancionatórias mas prevejo que medidas como suspensão poderão  ser acomodadas, como acontece noutras organizações. A Sadc é um exemplo disso, acabamos de assumir a presidência do bloco mas,  no caso de Madagáscar, continua a ser um membro suspenso pelo fato de o governo ter assumido o poder pela via inconstitucional. Na defesa desse princípio, a Sadc tem sido rigorosa na aplicação desta sanção e a Cplp poderá também emular este procedimento."

Conselho de Segurança

A situação da Guiné-Bissau foi discutida esta terça-feira no Conselho de Segurança.

De acordo com Gumende, a Cimeira de Maputo emendou os estatutos para sancionar governos que assumam o poder pela via não-constitucional.

Posições

O início da 67ª. Assembleia Geral da ONU, a partir desta terça-feira, é tido por Gumende como  momento de consertação de posições com as várias partes com interesses na Guiné-Bissau.

A Cplp defende que o diálogo vai continuar "no sentido de satisfazer os desígnios sa Guiné-Bissau e na busca de uma plataforma para trazer todas as partes"  para debater formas de ajudar o país a  ultrapassar a crise.

Presidente Ilegítimo Serifo Nhamadjo vai às Nações Unidas

Presidente Ilegítimo Serifo Nhamadjo afirma que será convidado do governo americano? numa recepção e deverá reunir-se igualmente com o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon - o que pode significar a aceitação dos golpistas


O presidente interino da Guiné-Bissau anunciou que será ele a representar o país na Assembleia-Geral das Nações Unidas, a ter lugar no final deste mês em Nova Iorque.


O anúncio de Manuel Serifo Nhamadjo foi tornado público sexta-feira, em Bissau, pela Presidência da República, que assume ter sido convidado para uma recepção, pelo governo americano.


O Departamento de Estado americano não respondeu a um pedido da Voz da América para clarificar se, a confirmar-se, a emissão de vistos aos dirigentes resultantes de um golpe de estado e o convite para a recepção, representam uma aceitação da legitimidade dos golpistas.


De acordo com a Agencia Lusa que cita uma nota da presidência guineense divulgada em Bissau, o Presidente da República de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, "representará o país ao mais alto nível" na 67.ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.


O evento está marcado para este mês e segundo ainda a nota é "uma ocasião a todos os títulos soberana, para Manuel Serifo Nhamadjo informar o mundo sobre a evolução da transição na Guiné-Bissau, fundamentalmente no que diz respeito aos aspetos político-económico, social e segurança interna", adianta a agencia portuguesa de notícias.


Serifo Nhamadjo, diz a nota do seu gabinete "é um dos convidados de honra do governo dos Estados Unidos para participar numa receção que será oferecida nesta circunstância a mais de 100 personalidades".


O convite  das autoridades americanas ao presidente interino da Guiné-Bissau foi endereçado pelo secretário de Estado-adjunto do governo norte-americano para os assuntos africanos, Johnnie Carson, tendo Serifo Nhamadjo já confirmado a presença.


No grupo de convidados, segundo a Presidência, estão nomes como a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.


Serifo Nhamadjo parte para os Estados Unidos no próximo dia 26 e permanece em Nova Iorque até 01 de Outubro, avançou ainda Lusa.

Governo Ilegítimo de Transição em silêncio sobre possível surto de cólera

Bissau - O Governo Ilegítimo de Transição, através do Ministério de Saúde e Assuntos Sociais, decidiu manter-se em silêncio acerca dos casos de cólera que, nos últimos dias, têm assolado o país.

O facto foi confidenciado por alguns técnicos da saúde pública guineense ligados ao Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), a maior unidade hospitalar do país.


«Todos nós sabemos que existem casos de cólera no país mas não foram declarados publicamente para o conhecimento geral», disse a fonte.

Uma das enfermeiras descreveu-nos que, neste momento, as pessoas doentes com casos de cólera são atendidas na unidade da Quarta Enfermaria do HNSM, contudo não confirmou que se tenham registado casos de óbitos entre as pessoas atingidas com a doença.
Em recentes declarações , Umaro Ba, director-geral de Prevenção e Promoção da Saúde, disse que está em vigor um plano de contingência elaborado, desde 2008, e desmentiu a existência da doença.


«Enviámos amostras retiradas dos doentes para o laboratório, sendo a única entidade que pode confirmar clinicamente a existência de casos de cólera», disse ele.


Nesta entrevista, o responsável informou que a situação de livre circulação de pessoas e bens ao nível da sub-região está na origem do aparecimento da doença.


Por outro lado, Umaro Ba afirmou que não se pode falar em surtos de cólera, uma vez que a enfermidade não se encontra na sua fase elevada.


A Guiné-Bissau é frequentemente assolada por esta epidemia, quase em todas as épocas de chuva, provocando mortes imediatas às pessoas, com destaque para as crianças.

UEMOA apoia agricultura e pescas com 600 mil euros

Bissau, 18 set (Lusa) - A União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) vai apoiar a Guiné-Bissau com 393 milhões de francos CFA (600 mil euros) nos domínios da agricultura e pescas, de acordo com três protocolos hoje assinados em Bissau.

Os documentos foram assinados no âmbito de uma visita de um dia à Guiné-Bissau do presidente da comissão da UEMOA, Cheikhe Hadjibou Soumare, que os rubricou com o ministro das Finanças do governo de transição, Abubacar Demba Dahaba.

Os documentos assinados incidem sobre o apoio a campanhas nacionais de vacinação contra a doença do carbúnculo (que afeta especialmente os animais herbívoros mas que pode atingir também o ser humano) e contra a doença de Newcastle (que afeta as aves), e no reforço da colheita de dados estatísticos sobre pesca artesanal e continental.

Domingos Simões Pereira admite candidatar-se a presidente do PAIGC

Secretário - executivo da CPLP

Lisboa - O guineense Domingos Simões Pereira, secretário-executivo cessante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), admitiu segunda -feira, em Lisboa, candidatar-se à liderança do PAIGC, mas sem apontar datas.

"Sou militante de um grande partido na Guiné-Bissau, termino as minhas funções [de secretário-executivo da CPLP] e coloco-me à disposição do meu povo e do partido para aquilo que eles entenderem ser o melhor espaço para o meu contributo", disse Simões Pereira ao ser questionado pelos jornalistas sobre se poderá candidatar-se a presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Domingos Simões Pereira falava à margem de uma homenagem que lhe foi prestada, na sede da CPLP, pela Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa.


Quanto ao seu futuro político, considerando que em Janeiro de 2013 vai realizar-se um congresso do PAIGC, Simões Pereira reconheceu que há "colegas,  amigos,  gente do partido e de fora do partido que comungam do sentimento" de que pode vir a assumir "algo de importante" no seu país. 


"Tenho defendido que fazer política tem que ser um bocado mais do que disputar o poder. Temos que ter um projecto de sociedade. E eu estou a desafiar os colegas que acreditam em mim e os jovens que dizem que eu represento esse futuro e essa esperança a trabalharmos num projecto de sociedade, que nos garanta que quando chegar o momento teremos soluções. E se formos capazes de o fazer, então sim, eu rei assumir esse desafio", disse.

O Presidente da República de transição da Guiné-Bissau anunciou que representará o país na 67.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que se realiza este mês, em Nova Iorque.
Serifo Nhamadjo anunciou também que é um dos convidados de honra da Administração norte-americana para participar numa recepção que será oferecida nesta circunstância a mais de 100 personalidades.

Questionado sobre se isso representa um reconhecimento tácito pela ONU e pela comunidade internacional das autoridades de transição da Guiné-Bissau, que assumiram o poder na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril, Simões Pereira disse que essa avaliação cabe às Nações Unidas.

"O que acontecer terá a sua explicação e as pessoas certas saberão dá-la", observou.

Apesar de ser "contra golpes de Estado", Simões Pereira frisou que "todos os guineenses devem ser parte da solução, que tem de ser a mais inclusiva possível". 


Simões Pereira disse que vai acompanhar o novo secretário executivo da CPLP, o moçambicano Murade Murargy, a Nova Iorque, "na perspectiva de o introduzir em determinados meandros" da participação da CPLP durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Quanto à homenagem que lhe foi prestada pelos estudantes guineenses, Simões Pereira admitiu que foi "muito sentida e muito sincera".

Durante a cerimónia usaram da palavra vários estudantes guineenses, que realçaram que Simões Pereira exerceu as funções de secretário-executivo da CPLP com "competência, dignidade e generosidade", ajudando-os com os seus "ensinamentos".

Simões Pereira, nascido em 1963 e engenheiro civil e industrial, desempenhou o cargo de secretário-executivo da CPLP entre Julho de 2008 e Julho de 2012.

A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.   

Finalistas guineenses recebem bilhetes de avião, mas burocracia russa dificulta regresso

Os 22 finalistas guineenses receberam os bilhetes de avião para poderem regressar ao seu país no próximo sábado, mas as barreiras burocráticas russas poderão impedir a saída dos estudantes.

"Recebemos a cópia dos bilhetes e o nosso embaixador comunicou-nos que a data da partida será 22 de setembro, ou seja, no próximo sábado", declarou à Lusa Carfa Mané, porta-voz dos estudantes da Guiné-Bissau.

"Mas, agora, encontramo-nos nos serviços de imigração da Rússia para conseguir a autorização de saída do país, visto que já nos encontramos numa situação ilegal", acrescentou.

O visto de permanência na Rússia dos estudantes guineenses terminou há cerca de duas semanas e, segundo as leis russas, eles só poderão abandonar o país depois de regularizar novamente a sua situação.

"Foram-nos colocadas duas formas de resolver o problema. Ou pagamos uma multa por permanência ilegal no país, ou somos deportados. Ora ambas são inaceitáveis para nós", explicou Carfa Mané.

Segundo o finalista guineense, os estudantes nem têm dinheiro para pagar a multa, nem querem ser deportados, porque, no último caso, ficarão proibidos de entrar na Rússia nos próximos cinco anos e "alguns de precisarão voltar antes por razões familiares ou académicas".

Segundo a lei russa, se o visto de permanência na Rússia caducar, o portador do passaporte terá de desembolsar cerca de 150 euros para sair do país.

"Onde é que vamos buscar esse dinheiro? Pedimos à nossa embaixada que enviasse um funcionário para resolver o problema, pois não queremos perder esta oportunidade de regressar a casa", frisou o finalista.

Ban Ki-moon critica "falta de progressos" na Guiné-Bissau para repor constitucionalidade

Nova Iorque, (Lusa) - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está "preocupado" com a "falta de progressos na reposição total da ordem constitu...


Ban Ki-moon critica "falta de progressos" na Guiné-Bissau para repor constitucionalidade

Ban Ki-moon critica "falta de progressos" na Guiné-Bissau para repor constitucionalidade


Nova Iorque, (Lusa) - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está "preocupado" com a "falta de progressos na reposição total da ordem constitucional" na Guiné-Bissau, dificultada pelas divergências em relação ao governo saído do golpe de Estado de abril.

A posição consta do relatório do secretário-geral ao Conselho de Segurança, a que a Lusa teve acesso, sobre a situação no país na sequência do golpe de Estado, e estará em cima da mesa dos países-membros na terça-feira, num "briefing" do Subsecretário-geral para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, sobre a Guiné-Bissau.

A "falta de progressos", segundo Ban Ki-moon, "está a ser aprofundada pelas divisões entre atores nacionais e parceiros internacionais sobre a legitimidade do atual governo de transição".

"Entretanto, as necessidades humanitárias e socioeconómicas da população continuam a crescer", adianta.

Ban Ki-moon apela ainda ao governo de transição que "redobre esforços" para que seja retomado o funcionamento da Assembleia Nacional, que está a contribuir para a "paralisia" do país e, em particular, para atrasos do processo eleitoral.

"Estou preocupado com o surgimento de dúvidas sobre o compromisso do governo de transição realizar eleições dentro do prazo de transição alocado", sublinha.

O secretário-geral saúda a disponibilidade do maior partido do país, PAIGC, para negociar com as autoridades de transição, tendo em vista um processo eleitoral que seja "credível e transparente".

Aos militares, apela a que respeitem o Estado de Direito e as eleições democráticas.

O secretário geral pede ao governo de transição que trabalhe com todos os partidos políticos e sociedade civil guineense, tendo em vista um plano consensual que trace "claramente" um caminho para a "reposição total" da ordem constitucional.

Ban Ki-moon refere-se aos desentendimentos públicos entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que vem trabalhando com o governo de transição, e a CPLP, que se recusa a reconhecê-lo, que está a contribuir para a "estagnação da crise política".

"A harmonização de posições destas duas organizações, que são grandes parceiros da Guiné-Bissau, é de importância soberana", e a missão conjunta CEDEAO-ONU foi um "primeiro passo" para ajudar a ultrapassar as divergências, adianta.

O relatório trimestral tem como objetivo também monitorizar o cumprimento das sanções decretadas pelo Conselho de Segurança na resolução 2048, de 18 de maio, a indivíduos responsáveis pelo golpe militar que derrubou o governo de Carlos Gomes Júnior.

A este respeito, a única nota é que o chefe de Estado Maior das Forças Armadas, General António Indjai, que está impedido de sair da Guiné-Bissau, esteve na Costa do Marfim e Mali, viajando através do Senegal, para participar em reuniões de militares da CEDEAO em final de julho e meados de agosto.

O governo de transição argumentou que estas viagens integraram-se nos "esforços de paz na Guiné-Bissau e na sub-região", refere o relatório.

Lusa

Colóquio sobre segurança e estabilidade assinala dia da independência

Bissau  - A segurança e a estabilidade na Guiné-Bissau vão juntar no sábado políticos, académicos e militares em Bissau, num colóquio organizado para assinalar os 39 anos da independência do país. 

A Guiné-Bissau proclamou unilateralmente a independência de Portugal a 24 de Setembro de 1973, faz na próxima semana 39 anos.  

A data, feriado, será assinalada em Bissau com várias iniciativas, nomeadamente uma parada militar, e já no próximo sábado o colóquio junta elementos do governo de transição, o Presidente da República de Transição e académicos, de acordo com Bacar Camará, o promotor da iniciativa.


Além de Serifo Nhamadjo, Presidente de transição, deverão participar, entre outros, Daba Na Walna, professor e o militar que foi porta-voz do comando que fez golpe de Estado na Guiné-Bissau a 12 de abril passado, Fernando Vaz, ministro da Presidência e porta-voz do Governo de transição, e Hermínio Joaquim de Matos, professor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, de Lisboa.  

Os dirigentes dos principais partidos e a sociedade civil também estão convidados, disse Bacar Camará à Lusa, também ele licenciado pelo instituto lisboeta. "Não excluímos nenhuma formação política porque caso contrário não seria um colóquio nacional mas sim uma reunião partidária", salientou.


Vão debater-se as dinâmicas migratórias, o impacto da comunicação social no processo de consolidação da paz e democracia na Guiné-Bissau, e a segurança nos dias de hoje "mas sempre a pensar na paz e estabilidade, rumo ao desenvolvimento",  explicou.

"Precisamos de falar abertamente, não adiar soluções nem problemas e o colóquio faz parte disto, disse o responsável, explicando que a iniciativa já tinha estado agendada para Março passado, pelo que está em preparação "há quase um ano".


De acordo com o programa, o colóquio destina-se a "provocar um debate nacional" que leve a um "pacto nacional de estabilidade para o desenvolvimento", criar condições para executar reformas vitais para o funcionamento regular das instituições, e promover o sentimento de segurança e cultura de paz, permitindo o investimento estrangeiro.


Bacar Camará lembrou que o mês de Setembro "toca muito aos guineenses", porque é o mês da independência, mas também em que nasceu Amílcar Cabral, o fundador do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), partido que também foi criado em Setembro.


Para assinalar a data da independência, devia realizar-se também uma conferência sobre a diáspora guineense, mas que foi adiada para Outubro.

A conferência já tinha sido agendada para Janeiro passado, mas acabou por não se realizar devido à morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.


A morte do Presidente eleito levou a eleições presidenciais antecipadas, tendo Raimundo Pereira, presidente da Assembleia Nacional, assumido a Presidência, de acordo com a lei. O Primeiro-ministro eleito, Carlos Gomes Júnior, e o líder da oposição, Kumba Ialá, deviam disputar a segunda volta mas o golpe de Estado de 12 de Abril interrompeu o processo.

Um Governo de transição dirige o país, mas o mesmo não é reconhecido por grande parte da comunidade internacional.

«9 meses de salários em atraso» Sindicato reivindica direitos dos funcionários da Justiça

Bissau - O Presidente do Sindicato de Base do Ministério da Justiça afirmou que os direitos dos trabalhadores desta instituição do Estado foram gravemente lesados pelo Governo de Transição.

Em conferência de imprensa realizada na segunda-feira, 17 de Setembro, em Bissau, Isidro Teixeira sublinhou que alguns funcionários do Ministério da Justiça se encontram, há 9 meses, sem receber salários.


«Já existem perto de 9 meses de salários em atraso, de pessoal que recebe do chamado ´cofre´, por parte deste Governo», disse o sindicalista.


Perante esta situação, Isidro Teixeira disse que a organização vai levar a cabo acções legais, que passam por uma paralisação a ter lugar a partir do dia 18 de Setembro.


Entre outras revindicações, constam ainda, por parte dos sindicatos, a promoção, o reajuste e a subida de letras dos funcionários, o pagamento de subsídios aos arquivistas, aberturas de mais centros de produção de Bilhetes de Indexteridade nos bairros de Santa Luzia e Ajuda, assim como os meios de transporte para o pessoal.


Recorde-se que, num memorando sobre a situação laboral dos trabalhadores do Ministério da Justiça que o Sindicato de Base entregou ao Governo de Transição em Agosto, foram levantadas várias situações com que os funcionários se defrontaram, que passam pelo aumento do nível de pobreza, falta de segurança, constante conflito no local de trabalho e desrespeito pelo factor qualidade no seio dos funcionários.

Funcionários do Ministério da Justiça optam pela  greve

O Sindicato de Base do Ministério da Justiça decretou, a partir de terça-feira, 18 de Setembro, uma greve de três dias.

A referida paralisação visa, entre outros aspectos, reivindicar os direitos dos trabalhadores do Ministério da Justiça, que dizem estar a ser gravemente lesados pelo Governo de Transição.


Recorde-se que, em conferência de imprensa realizada a 17 de Setembro, em Bissau, Isidro Teixeira, Presidente do Sindicato de Base do Ministério da Justiça, afirmou que alguns funcionários da instituição se encontram há 9 meses sem receber salários.


«Existem perto de 9 meses de salários em atraso, de pessoal que recebe salários do chamado cofre, por parte deste Governo», disse o sindicalista.


A organização vai levar a cabo acções legais, que passam por esta paralisação, a partir de hoje e durante três dias.

domingo, 16 de setembro de 2012

Pena de morte volta à Gâmbia

Assinar Petição

38 presos na Gâmbia estão em risco de execução após a decisão do Presidente da Gâmbia de dar seguimento às sentenças de pena de morte.

A Amnistia Internacional recebeu relatos credíveis que nove pessoas foram executadas na noite de 23 de agosto na Gâmbia, e que mais pessoas se encontram sob ameaça de execução eminente nos próximos dias.

De acordo com fontes seguras, nove pessoas, incluindo uma mulher, foram retiradas das suas celas na prisão e executadas nessa noite. 

Este acontecimento representa o fim de um período de 27 anos sem execuções na Gâmbia, onde as sentenças de morte são conhecidas por serem usadas como ferramenta contra a oposição política.

Apele ao Presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, para que retire a sentença de execução dos condenados.

Leia aqui a carta em português

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ONG portuguesa FEC lança projecto escolar que inclui saúde, agricultura e cidadania

Bissau - A Fundação Fé e Cooperação (FEC), uma organização não-governamental portuguesa para o desenvolvimento, vai começar na Guiné-Bissau um projecto na área da educação que inclui também aulas de cidadania mas até de saúde ou agricultura, noticia a
hoje (quinta-feira) a LUSA.  

A FEC está na Guiné-Bissau desde 2001, onde tem como principal missão promover ensino básico de qualidade, e colabora com escolas comunitárias, privadas e de auto-gestão. Desenvolveu até 2009 o projecto "Mais Escola" e depois o "Djunta Mon", que terminou no final de Agosto de 2012.  

A partir de agora, explicou hoje à Agência Lusa a coordenadora do programa na Guiné-Bissau, Sofia Alves, vai iniciar-se o projecto "Skola i di nô" (A escola é nossa), tendo chegado esta semana a Bissau um grupo de 10 técnicos portugueses que vão fazer parte da iniciativa.  

Até agora, a FEC, explicou a responsável, tem estado centrada na formação de professores (pedagogia e didáctica da matemática, do português e das ciências integradas) e tem no país um grupo de técnicos na área da administração escolar e educação.  

Mas agora com o fim do programa "Djunta Mon" a FEC quer ir mais longe. "Estamos a pensar num programa integrado" que contemple áreas como a água e saneamento, a saúde, a alimentação e a cidadania, explicou.  

"Quando tenho uma escola tenho um ponto de água, tenho latrinas, tenho de saber gerir a água, tenho de ter saúde, saneamento, tenho de saber onde coloco as latrinas. E se quero a sustentabilidade da escola, e tendo em atenção que as pessoas vivem essencialmente do sector primário, a agricultura, essa escola tem de desenvolver competências nessa área. Então faz sentido
desenvolver hortas escolares", exemplificou Sofia Alves.

Sindicatos dos professores marcam greve de dois meses

Os sindicatos do setor da educação da Guiné-Bissau entregaram ao Governo de transição um pré-aviso de greve de 60 dias, a começar na próxima segunda-feira e a terminar a 07 de dezembro, segundo fonte sindical.

Luís Nancassa, presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), disse hoje à Agência Lusa que o pré-aviso de greve foi entregue quarta-feira ao Governo e vem na sequência de um caderno reivindicativo depositado no dia 06 no Ministério da Educação e que não teve resposta.

O Governo de transição marcou o início das aulas para o próximo dia 17, altura em que se iniciam também as aulas no ensino privado, mas caso se mantenha a greve a abertura das escolas públicas do ensino básico e secundário só deverá ocorrer em dezembro, perto das férias de Natal.

Lusa

Polícia guineense morreu em Angola

Pelo menos um dos 350 agentes da polícia da Guiné Bissau que recebeu treino em Angola acabou por morrer, segundo as autoridades daquele País.


Os mesmos que regressam no final deste mês, deviam voltar à Bissau em Julho passado.


Entretanto, fontes em Luanda próximas do contingente policial da Guiné Bissau confirmaram o óbito afirmando que este tinha adoecido.


As fontes acrescentaram que ao contrário do que é habitual o agente não foi levado para o hospital militar apesar da sua situação se ter agravado.


O agente que morreu fazia parte do contingente de 350 agentes enviados para Angola para ali serem treinados.


O grupo de policias guineenses terminou há dois meses a sua formação em Angola mas desde então tem estado á espera que as autoridades guineenses lhes digam quando vão regressar.
Na Terça-feira um porta-voz do grupo tinha lançado um apelo publico para que se resolvesse a sua situação.


Hoje o Major Pedro Goi que chefia o destacamento da Guiné Bissau disse ter recebido garantias que os polícias guineenses vão em breve regressar ao seu país.


“Vamos regressar no fim do mês,” disse o Major acrescentando que a informação lhe tinha sido dada a partir de Bissau pela hierarquia policial guineense.

A mesma fonte informou ainda que os agentes guineenses recebem apoio das autoridades angolanas em termos de alimentação e acesso a cuidados médicos. Os agentes recebem também um subsídio mensal de 100 dólares das autoridades angolanas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Brasil diz que Guiné-Bissau precisa mudar para retomar assistência

Embaixadora do Brasil junto da ONU fala de criação de plataforma comum e de "condições mínimas" no país da África Ocidental, para responder às necessidades políticas internas.


Maria Luiza Ribeiro Viotti

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.


O Brasil defende que haja uma plataforma comum para que a Guiné-Bissau volte a receber assistência internacional. Um governo de transição assumiu a administração do país, após uma junta militar ter levado a cabo um golpe de Estado a 12 de Abril.

Em entrevista à Rádio ONU, a embaixadora do Brasil junto das Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, que também preside a estratégia da Comissão de Consolidação da Paz da organização para a Guiné-Bissau, falou sobre a necessidade de mudanças.

Parceiros

"Estamos procurando reunir os países que são os principais parceiros da Guiné-Bissau para estabelecer uma plataforma comum que permita a retomada da assistência mas é preciso que haja mudanças no país. Em primeiro lugar, foi instalado um regime de transição que não é reconhecido internacionalmente e que não tem condições mínimas de responder às necessidades políticas internas. Então, é preciso que haja mudanças e, também, uma plataforma comum entre os parceiros do país para apoiar mudanças que vão na direção correta", frisou.

Segundo analistas, a atual liderança da Guiné-Bissau divide opiniões da comunidade internacional. Se por um lado a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa defende a reinstalação do governo deposto, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, apoia as autoridades de transição.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Capital terá luz sem interrupções até fim do ano, promete empresa de distribuição

Bissau, 11 set (Lusa) - A direção da EAGB (Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau) prometeu hoje que até ao fim do ano haverá energia elétrica sem interrupções na capital do país, e eletricidade em breve nas vilas vizinhas de Safim e Quinhamel.

Serifo Baldé, presidente do Conselho de Administração da empresa, disse que está a ser preparada a entrada em funcionamento de um novo grupo de geradores, movidos a 'fuel', e que a EAGB está a analisar parcerias para concessionar a privados algumas áreas para efeitos de fornecimento de energia elétrica.

"Já estamos a receber lamentações das mulheres vendedeiras de gelo, que nos têm dito que os seus produtos já não têm procura, devido ao fornecimento regular da luz por parte da EAGB nos últimos tempos", explicou Serifo Baldé, numa entrevista à Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANGB).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cabo Verde participa em Dakar na conferência sub-regional sobre tráfico de drogas

Conferência ministerial sobre tráfico de drogas reúne na capital senegalesa ministros da Justiça de seis países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), nomeadamente da Guiné-Bissau, da Guiné Conakry, da Gâmbia, do Mali, de Cabo Verde e do Senegal.

                Dakar

Praia - O ministro da Justiça de Cabo Verde, José Carlos Semedo, está  presente na Conferência Sub-regional para Harmonização da Legislação sobre Luta Contra a Droga e Avaliação do Programa de Apoio à Iniciativa em curso até quarta-feira em Dakar, no Senegal.

Esta conferência ministerial sobre tráfico de drogas reúne na capital senegalesa ministros titulares da Justiça de seis países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), nomeadamente da Guiné-Bissau, da Guiné Conakry, da Gâmbia, do Mali, de Cabo Verde e do Senegal.

Ela é organizada pelo Comité Interministerial da Luta Contra Droga (CILD), organismo conjunto de combate ao narcotráfico coordenado pelo Senegal e criado na sequência duma outra conferência ministerial sub-regional sobre o tráfico ilícito de estupefaciente realizada em 2010,  também em Dakar.

De acordo com os promotores da conferência iniciada segunda-feira em Dakar, o encontro pretende analisar e pôr em prática as recomendações da conferência de 2010.

Entre essas recomendações destacam-se a tomada de medidas para reforçar os mecanismos do CILD, reduzir o tráfico ilícito, reforçar os meios operacionais da luta, do dispositivo operacional de gestão de estratégias de prevenção e o apelo à comunidade internacional para aderir ao comité.

A reunião tem também como propósito tentar harmonizar a legislação em matéria do tráfico de droga nos seis países participantes.

Para além dos ministros da Justiça, o encontro na capital senegalesa conta ainda com a participação de representantes do Centro de Estudos Estratégicos dos Estados Unidos da América, da União Europeia, da Interpol, das Nações Unidas, de jornalistas e de juristas.

Este encontro ocorre numa altura em que especialistas de todo o mundo estão a considerar a África Ocidental não apenas como uma região de trânsito, mas igualmente que se transformou em produtora de droga.

O Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC) calcula que cerca de 50 porcento da droga traficada nas África Ocidental e Central permanece nessas sub-regiões.

Discursando na abertura de um seminário de apresentação pública do Programa Nacional Integrado contra Droga e Crime (PNIDC) para 2012/16, realizado no passado mês de julho na cidade da Praia, a coordenadora do UNODC em Cabo Verde, Cristina Andrade, revelou que "a África Ocidental, antes uma rota, é hoje o destino final da droga".

Ela apontou que em 2011 foram traficadas uma quantia estima em 30 toneladas de cocaína, o que corresponde a um lucro na ordem de 900 milhões de dólares americanos, numa zona onde existem cerca de 2,3 milhões de toxicodependentes.

"A África Ocidental representa para as Nações Unidas e para a UNODC um dos grandes desafios e uma das suas principais prioridades, enquanto sub-região mais instável do mundo, onde se regista um aumento do tráfico e do consumo da droga, sinais de produção, de pirataria e de insegurança", sustentou.

Entrou em vigor em Portugal nova lei de Estrangeiros

SEF (foto ASF)

A partir de domingo dia 9 um estrangeiro que tenha sido condenado a pena de prisão não poderá renovar a sua autorização de residência.

Esta é uma das medidas da nova lei dos Estrangeiros que estará em prática.


Da mesma forma, a renovação das autorizações de residência temporária e permanente não serão feitas caso o estrangeiro tenha sido condenado a pena de prisão superior a um ano. O novo regime já tinha sido aprovado em Diário da República com votos do PSD e CDS. O PCP, Bloco de Esquerda, Os Verdes votaram contra e o PS absteve-se.


A nova lei implementa ainda cinco alterações, como a criminalização da contratação de imigração ilegal, a crianção de um novo tipo de autorização de residência que é demoninada de «Cartão Azul UE» e também o reforço do combate aos casamentos e uniões de facto de conveniência.


São ainda introduzidas alterações ao «instituto do reagrupamento familiar» e é feita uma clarificação da figura do «imigrante empreendedor», que facilita os projetos de investimento em Portugal.

Estudantes pedem que autoridades russas suspendam cooperação no ensino com Bissau

Vista das torres da Catedral de São Basílio e do Kremlin em MoscovoBissau (Lusa, 10 de Setembro de 2012) – Os 22 finalistas guineenses, que ocupam o edifício da embaixada na capital russa desde 27 de agosto, anunciaram ter pedido à Rússia que suspenda a cooperação com Bissau na educação até que recebam bilhete de avião para regressar a casa.

«Entrámos em contacto com vários órgãos de informação russos para, através deles, pedir ao governo de Moscovo que suspenda a cooperação no campo do ensino com o nosso país até que sejamos retirados daqui», declarou à Lusa Carfa Mané, porta-voz dos estudantes guineenses.

Segundo o representante, «a Rússia tem de exigir do Governo de Bissau garantias de que os estudantes que terminem os seus cursos neste país tenham bilhetes para regressar ao país».

Unidades hoteleiras despedem funcionários devido a crise

Bissau,  (ANG) – As unidades hoteleiras da capital Bissau estão a dispensar funcionários devido a falta de meios financeiros para suportar seus salários e outras despesas inerentes, em decorrência da ausência de clientes, sobretudo neste período chuvoso.

A informação foi recolhida hoje durante uma ronda efectuada pelo repórter da Agência de Notícias da Guiné-ANG a alguns destes hotéis para constatar o seu funcionamento. Por exemplo, o hotel Malaika, segundo o seu Director, possui apenas 4 clientes neste momento, restando 38 quartos vagos.

“Com esta situação, a margem de lucro não consegue cobrir sequer 15 por cento das despesas com combustível, água e outras necessidades”, lamentou Mário Fernandes, que esclareceu que por mês são precisos 20 mil litros de gasóleo. Por este motivo, disse, já seleccionou uns vinte funcionários que deverão ser mandados embora, como forma de equilibrar as despesas à capacidade financeira do hotel.

Fernandes respondeu que o hotel continua, por enquanto, aberto, porque possui compromissos com os clientes, mas que nada justiça o funcionamento daquela unidade hoteleira”.

“No entanto, mesmo que tenhamos um só cliente, a direcção do hotel providenciará para que este tenha um atendimento à altura”, disse descartando o cliente da situação por que passa a administração do hotel. Mário Fernandes apontou o golpe de Estado de dia 12 de Abril como a causa da vacuidade que se verifica no Malaika neste momento, uma vez que, frisou, antes deste acontecimento tinha muitos clientes.

“Após o referido acontecimento, todos os clientes do Hotel foram-se embora e os que haviam marcado reservas cancelaram  nas”, disse acrescentando que de lá para cá a situação deteriorou-se até chegar ao actual “estado dramático”. Mário Fernandes informou que antes o Hotel Malaika recolhia um volume de 75 por cento de clientes e, em muitas ocasiões, chegava a encaminhar alguns deles a outras unidades que operam na capital.

“Mas, como se diz, precisamos tirar ilações e lembrar que os turistas não frequentam lugares instáveis”.

Fernandes estimou que os danos colaterais da situação actual do Malaika far-se-ão sentir em muitas franjas da sociedade, nomeadamente na das mulheres vendedeiras de peixe e de legumes.

“A crise nos hotéis está a afectar até a rapaziadas que limpa calçados nas ruas porque os turistas igualmente recorrem aos seus serviços, para além de artesões entre outros. “Quando um país tem um turismo de qualidade, todas as pessoas ganham algo”, ajuntou Mário Fernandes.

No seu entender a saída para a crise passa por aplicação de uma diplomacia agressiva por parte do Governo de Transição no sentido de persuadir os parceiros que actualmente estão de costas voltadas com o país para mudarem de atitude, pois ao fim ao cabo, o povo é que paga as “facturas”.

Por seu lado, César Luís Albino da Costa, Director do Hotel Coimbra, alinhou na mesma diapasão, tendo salientado que este empreendimento, a semelhança do Malaika, enfrenta “um mau período ” devido a falta de clientes .

“Todos nós sabemos da crise que abala o país desde o golpe de Estado de 12 de Abril e que fez com que o hotel perdesse quase a totalidade dos seus clientes”, lastimou César Luís Costa que recorda, com nostalgia, os tempos áureos em que espaço do hotel chegava a ser ocupado a 85 por cento.

Com a crise, explicou o Director, as despesas actuais do Coimbra são superiores as suas receitas, pois a ocupação dos quartos não ultrapassam agora os 15 por cento.

“Despesas com água e aquisição de combustível para o gerador que funciona ininterruptamente, além, claro, dos salários dos funcionários. Isso não dá”, desabafou.

“Neste momento decidimos mandar 50 por cento de funcionários para casa até quando a situação voltar a normalidade”, informou lamentando a situação, mas mostrando que não lhes restava outra alternativa. César Costa exortou sobre a necessidade de todos lutarem por uma paz duradoira na Guiné-Bissau e que o bom senso prevaleça sempre.

ANG/AC/JAM

Secretário-geral Adjunto da ONU diz que militares não devem ditar coisas públicas

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O secretário-geral Adjunto das Nações Unidas da Comissão Económica para África, o guineense Carlos Lopes, defendeu que, num Estado moderno e contemporâneo, não é permitido que militares sejam quem dita as regras públicas.

«Os militares têm um papel muito importante a desempenhar mas, no entanto, extravasam o que devem fazer na Guiné-Bissau», disse Carlos Lopes. Em entrevista ao Programa «Grande Entrevista África» da RTP-África, o diplomata guineense ao serviço das Nações Unidas sublinhou que o grande problema da Guiné-Bissau é que existe sobreposição de vários factos negativos.


«Temos o negativo da presença de forças militarizadas, seja elas quais forem, legítimas ou ilegítimas, que agarram coisas públicas, tráficos de drogas, máfias, perturbações e tensões exploradas por políticos a nível étnico e religioso», referiu. Neste sentido, o responsável informou que, ao nível destas tendências é que surgem situações explosivas, o que acontece em muitos países da África, incluindo a Guiné-Bissau.


Carlos Lopes disse ainda que, desde a independência, existem vários conflitos na classe castrense que nunca foram bem geridos, tendo sublinhado que as Forças Armadas da Guiné-Bissau não foram profissionalizadas e adaptadas à realidade do país. «Recentemente cada uma das soluções que foram propostas para resolver a crise na Guiné-Bissau, nunca se chega ao ponto fulcral de resolução do problema que era lidar com os militares e acabar, de uma vez por todas, com a capacidade dos militares manterem um país refém», referiu Carlos Lopes.


Interrogado sobre se Guiné-Bissau é um «Estado falhado», Carlos Lopes disse não gostar deste conceito, tendo definido a palavra desenvolvimento e como as sociedades humanas por natureza vivem com conflitos em todo tempo. Neste sentido o problema não está em eliminar o conflito, o que é para ele impossível, sustentando ser necessário entender os problemas para poder gerir esta situação de uma forma que seja transformativa para a sociedade.


«Temos que transformar a sociedade para que produzam o desenvolvimento», explicou.


A terminar, Carlos Lopes disse ser optimista por natureza, assim como para o futuro da Guiné-Bissau. Durante o mês de Setembro, o recém-nomeado Secretário-geral Adjunto das Nações Unidas da Comissão Económica para África, deverá ocupar-se das suas funções na sede da União África, na Etiópia.

PNN Portuguese News Network

sábado, 8 de setembro de 2012

Presidente moçambicano recebe delegação para analisar a crise na Guiné-Bissau

Maputo - O Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, recebeu, esta quinta-feira, 6 de Setembro, uma delegação conjunta da União Africana e das Nações Unidas, para analisar a crise na Guiné-Bissau.

Após o encontro com Chefe de Estado, o Director da Divisão África II do Departamento dos Assuntos Políticos da ONU, João Bernardo Honwana, falou aos jornalistas.


«Nós estamos num processo de consulta com países da CEDAO e países membros da CPLP. Tivemos consulta também na sede da União Africana para tentar colectivamente encontrar uma solução para a crise da Guiné-Bissau. Esta é uma delegação conjunta entre a União Africana e as Nações Unidas, e Moçambique foi uma das etapas destas consultas que temos estado a realizar. O Chefe de Estado moçambicano encorajou-nos a continuarmos nesta busca de soluções. Este é um trabalho que deve ser conduzido entre diferentes actores internacionais e nacionais. O Presidente de Moçambique deu-nos vários pontos de vista de diferentes aspectos da crise na Guiné-Bissau e encorajou-nos a continuar nesta missão».
Para João Bernardo Honwana, a situação actual neste momento, na
Guiné-Bissau, está praticamente paralisada.


«Existe um Governo de Transição cuja capacidade operacional é bastante reduzida. Existem diferentes aproximações à solução para a crise. O que nós estamos a tentar fazer é trazer as diferentes posições para uma posição comum da comunidade internacional, para que possamos, em conjunto, tornar os nossos esforços úteis aos guineenses».


Por outro lado, João Bernardo Honwana, disse que a solução do problema da Guiné-Bissau terá que vir dos próprios guineenses e a comunidade internacional tem um papel importante de apoio, de aconselhamento e de tentar utilizar experiências adquiridas noutros contextos para que se encontre uma solução durável e viável, que permita o país avançar.


De referir que a delegação vai passar por outros países da CPLP para continuar a fazer consultas sobre possíveis soluções para o conflito na Guiné-Bissau.

Portugal defende política "inclusiva" com CPLP e CEDEAO para acordo - Paulo Portas

Brasília, 07 set (Lusa) - O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, voltou a defender na quinta-feira, em Brasília, uma solução "inclusiva", com a participação da CPLP e CEDEAO, para a situação "absolutamente indesejável" na Guiné-Bissau.

"A posição de Portugal, partilhada com a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], visa criar uma política inclusiva com a CPLP e CEDEAO, que devem procurar um acordo para a situação absolutamente indesejável na Guiné-Bissau", afirmou Portas.

As declarações do ministro português foram feitas após um encontro com o chefe da diplomacia brasileira, António Patriota, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.