Bissau - O Governo Ilegítimo de Transição, através do Ministério de Saúde e Assuntos Sociais, decidiu manter-se em silêncio acerca dos casos de cólera que, nos últimos dias, têm assolado o país.
O facto foi confidenciado por alguns técnicos da saúde pública guineense ligados ao Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), a maior unidade hospitalar do país.
«Todos nós sabemos que existem casos de cólera no país mas não foram declarados publicamente para o conhecimento geral», disse a fonte.
Uma das enfermeiras descreveu-nos que, neste momento, as pessoas doentes com casos de cólera são atendidas na unidade da Quarta Enfermaria do HNSM, contudo não confirmou que se tenham registado casos de óbitos entre as pessoas atingidas com a doença.
Em recentes declarações , Umaro Ba, director-geral de Prevenção e Promoção da Saúde, disse que está em vigor um plano de contingência elaborado, desde 2008, e desmentiu a existência da doença.
«Enviámos amostras retiradas dos doentes para o laboratório, sendo a única entidade que pode confirmar clinicamente a existência de casos de cólera», disse ele.
Nesta entrevista, o responsável informou que a situação de livre circulação de pessoas e bens ao nível da sub-região está na origem do aparecimento da doença.
Por outro lado, Umaro Ba afirmou que não se pode falar em surtos de cólera, uma vez que a enfermidade não se encontra na sua fase elevada.
A Guiné-Bissau é frequentemente assolada por esta epidemia, quase em todas as épocas de chuva, provocando mortes imediatas às pessoas, com destaque para as crianças.
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