Praia - As operações de busca para encontrar os dois cidadãos da Guiné-Bissau arrastados quarta-feira pelas cheias, na ilha cabo-verdiana da Boa Vista, ainda não permitiram encontrar os seus corpos.
As buscas foram confiadas a equipas das Forças Armadas, da Proteção Civil e da Guarda Costeira enviadas a partir da capital cabo-verdiana, Praia, mas as operações estão ser dificultadas pela grande quantidade de lama no mar, resultantes de novas chuvas que
caíram na madrugada e na tarde de quinta-feira.
Uma fonte ligada às operações de resgate explicou que as buscas têm vindo a ser realizadas apenas na superfície, porque "a água está muito suja e não dá para ver o fundo do mar".
A queda de uma ponte que liga o norte ao sul da ilha, em resultado das enxurradas, fez com que várias localidades, incluindo as zonas onde estão situadas as principais unidades hoteleiras, continuassem isoladas e à espera da criação de um acesso alternativo.
Enquanto isso, a travessia marítima dos funcionários dos hotéis situados no norte da ilha tem sido feita em embarcações de recreio.
No terreno encontram-se, desde quinta-feira, engenheiros do Instituto de Estradas e do Ministério das Infraestruturas e da Proteção Civil que deram uma volta à ilha para apurar os estragos provocados e achar soluções para o acesso entre a cidade de Sal Rei e outras povoações.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, devia deslocar-se esta sexta-feira à Boa Vista para avaliar a situação, de modo a que o Governo e as autoridades locais possam tomar as medidas que se impõem para o rápido restabelecimento da normalidade numa ilha cuja principal atividade é a indústria turística.
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