terça-feira, 31 de maio de 2011

EQUIPAMENTO DA ANTIGA UNIDADE DE COIMBRA

Material pediátrico vai
salvar vidas na Guiné-Bissau
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Toneladas de material foram acomodadas ontem num contentor e serão a “Ajuda Amiga” para milhares de crianças que morrem por ano, nos hospitais guineenses, por falta de cuidados de saúde mínimos

O trabalho é árduo. Afinal, são mais de centena e meia de camas, muitos mais colchões, bancos, cadeiras, marquesas, armários, vitrinas, secretárias, balanças, cabides, cadeiras de rodas, alguns brinquedos e também aparelhos médicos. Tudo isto para tirar de dentro do velho edifício, acomodar junto às antigas Urgências e, depois, transferir para dentro de um grande contentor. E tudo num só dia.
O trabalho é árduo, e os braços são poucos. Mesmo com a ajuda de alguns elementos dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, não é fácil a tarefa dos membros da Associação “Ajuda Amiga” que ontem deram um passo fundamental para um grande projecto, ao encherem o grande contentor com o material deixado no antigo Hospital Pediátrico de Coimbra e que, no próximo mês, irá apetrechar por completo a Pediatria de um Hospital Central em Bissau, na Guiné.
Estes objectos, a maioria de grande volume e difíceis de transportar e acomodar, já serviram milhares e milhares de crianças portuguesas, da região e até do país. Agora, serão a esperança para outras milhares e milhares de crianças na Guiné-Bissau que, neste momento, não têm camas, nem marquesas, e muito menos brinquedos para os receber nos hospitais, quando estão doentes, muitas acabando por morrer por falta de assistência.
Sétima maior taxa
de mortalidade infantil
«É indescritível a forma como é feito o trabalho pediátrico na Guiné. Não há o mínimo de condições. As crianças são deitadas no chão, ou em panos que os pais trazem de casa», conta ao Diário de Coimbra Natália Cristina, presidente da Associação “Viver sem fronteiras”, parceira da “Ajuda Amiga” neste projecto, e responsável pela chegada, ontem, ao antigo Pediátrico, do grande contentor que transportará todo o material de Coimbra até à Guiné.
Em Coimbra, a dois dias de partir para aquele país, onde, entre outras tarefas, irá negociar com o primeiro-ministro e o ministro guineenses a forma de utilização do conteúdo do contentor, esta que é uma das portuguesas com maior experiência na ajuda humanitária na Guiné-Bissau - sendo, aliás, membro da Embaixada Militar e Soberana da Ordem de Malta, naquele país – sabe bem o que a espera e sabe também a importância deste donativo para «milhares de crianças guineenses e suas famílias».
Segundo dados oficiais, em 2010 morreram 96,23 crianças em mil na Guiné-Bissau, sendo este o sétimo país com maior taxa de mortalidade infantil do Mundo. Muitas destas mortes ficaram a dever-se à precariedade nos cuidados de saúde pediátricos.
«Como mãe é chocante ver uma criança a morrer simplesmente porque o hospital não tem nada para lhe proporcionar», desabafa, entre suspiros, explicando que, muitas vezes, os médicos passam receitas às famílias para que comprem tudo o que é necessário para os mínimos cuidados primários: «e quando digo tudo, é mesmo tudo, desde a agulha, ao desinfectante, passando pela ligadura, compressa ou medicamento», garante.
Isto já para não falar na falta de pessoal médico. «É muito reduzido e com pediatras e pessoal de enfermagem com formação reduzida», explica Natália Cristina, garantindo que, no caso do Hospital Simão Mendes, para onde será canalizado o material vindo de Coimbra, há apenas um grupo de médicos holandeses, especialistas em cirurgia estética que, durante alguns períodos, se deslocam àquela unidade para os casos de queimaduras ou fendas lábio-palatinas. «De resto, o número é muito reduzido noutras áreas», confirma.
Gestão a cargo da
“Viver sem Fronteiras”
Infelizmente, a tradição existente naquele país de «desvio do material doado» faz com que o trabalho destas duas associações portuguesas e a boa-vontade do Centro Hospitalar de Coimbra não sejam uma garantia de melhores condições físicas para as crianças do Hospital Simão Mendes. Por isso, Natália Cristina irá exigir aos responsáveis políticos que seja a “Viver sem Fronteiras” a fazer a gestão da ala pediátrica daquele centro hospitalar. «Só assim, esta doação terá o devido valor», garante.
Natália Cristina parte amanhã, acompanhada de Carlos Lobo, contando ficar na Guiné-Bissau até 20 de Junho. O contentor partirá no dia 8 de Portugal, devendo chegar ao destino no final do mês, sendo apenas aberto «quando tivermos a garantia de um protocolo de cooperação» entre a associação que preside e o Governo guineense. A responsável está «esperançada» que assim será e que a pediatria, mal acomodada na maternidade do Hospital Simão Mendes, funcionará no edifício renovado que lhe está destinada, neste momento completamente vazio.
Foi praticamente assim, vazio, que ficou, no final do dia de ontem, o antigo Hospital Pediátrico de Coimbra. Neste caso, porque as crianças da região e do país têm agora um novo hospital, com todas as condições e muito material “novinho em folha” para as receber, de cada vez que estiverem doentes.
O equipamento do antigo hospital foi distribuído pelas várias unidades do Centro Hospitalar de Coimbra, tendo também sido doado a associações e organizações, como a “Ajuda Amiga”, cujos projectos foram avaliados e seleccionados. Ainda recentemente, por exemplo, as incubadoras do antigo Pediátrico foram doadas a hospitais de S. Tomé e Príncipe.

Guiné-Bissau: Vontade do Governo para combater tráfico de droga e crime organizado continua "inabalável"

Bissau, 30 mai (Lusa) -- O ministro da Justiça da Guiné-Bissau, Mamadu Djalo Pires, disse hoje que a vontade do governo guineense para combater o tráfico de droga e o crime organizado continua "inabalável".

"Quero reafirmar solenemente que a determinação do governo no combate ao crime de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crime organizado continua inabalável", afirmou o ministro da Justiça.

Mamadu Djalo Pires falava na cerimónia de tomada de posse do novo diretor da Polícia Judiciária guineense, João Biagué.

"O combate a este tipo de crimes que a Polícia Judiciária vinha fazendo, continuará com a mesma determinação, continuando tal combate a ocupar lugar na primeira linha de prioridades do governo", sublinhou o ministro da Justiça.

Mamadu Djalo Pires considerou também que com os apoios dos parceiros internacionais, nomeadamente de Portugal, União Europeia, Estados Unidos, Brasil, África do Sul, França e Itália, a PJ guineense tem "capacidade de resposta no combate ao crime no país".

"O próximo passo do processo de desenvolvimento da PJ será a sua descentralização, começando com a instalação de estruturas em Bubaque e Catió, no sul do país", acrescentou.

O ministro da Justiça pediu também ao novo diretor da PJ guineense para que assuma o combate ao crime no país "sem tréguas".

O novo diretor da PJ, João Biagué, afirmou aos jornalistas que apenas mudou a direção e não os objetivos da polícia.

"Sendo a mesma PJ significa que os objetivos são os mesmos e numa linha de continuidade, tal como ficou evidenciado no discurso do senhor ministro da Justiça vou pura e simplesmente mudar alguns métodos com vista aos mesmos objetivos que são de luta contra a criminalidade. Não há nada diferente", salientou João Biagué.

Sobre o combate ao tráfico de droga, João Biagué disse que vai fazer o mesmo que a PJ "tem vindo a fazer".

"Como sabem, a tendência do mundo é para ir evoluindo, melhorando as coisas. A intenção é continuar a melhorar a luta contra o tráfico de droga que tem sido o desafio da Polícia Judiciária", disse.

MSE.

Lusa/Fim

ONU optimista com reforma dos sectores de defesa, segurança e justiça

Bissau - As Nações Unidas estão optimistas em relação à reforma dos sectores de defesa, segurança e justiça na Guiné-Bissau, devido à estabilidade registada em 2010, que tem encorajado os doadores internacionais, noticia a LUSA.

"Estamos optimistas, há uma estabilidade política e um governo duradouro que penso não tinha precedentes nos últimos tempos e é um factor encorajador para os doadores", afirmou Antero Lopes, em declarações à agência Lusa.

Antero Lopes é chefe do departamento da reforma do sector da defesa e segurança do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

Segundo Antero Lopes, "há um consenso tanto ao nível dos órgãos de soberania, como dos clientes de todas aquelas reformas", nomeadamente a população.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Obama: Seis dias, quatro nações

Obama - Six Days Four Nations

Presidente dos EUA, Barack Obama começou a seis dias, a turnê de quatro países (Irlanda, Inglaterra, França e Polónia), 22 de maio de 2011. Sua visita de 24 horas para a Irlanda incluídos cair por Moneygall rural, onde a sua grande-grande-grande-avô Fulmouth Kearney viveu antes de emigrar para os Estados Unidos em 1850. A segunda parada de Obama itinerário Sr.?Londres, para uma visita à Rainha, onde foi homenageado com um jantar oficial no Palácio de Buckingham e deu um endereço para as duas casas do Parlamento. vem parar Obama: reunião do Grupo dos 8 potências mundiais em Deauville, França. Os líderes discutiram a forma como o Ocidente poderia ajudar Egito, Tunísia e outros países árabes em transição política. Na última paragem: Obama visitou a Polónia. No ano passado ele foi forçado a cancelar (para assistir ao funeral do presidente da Polônia), quando a nuvem de cinzas a partir de um espaço aéreo restrito islandesa vulcão e viagens.Ironicamente, uma erupção vulcânica novas alterações forçadas de seu itinerário novamente este ano. - Paula Nelson (Nota do Editor: Não vamos postar em 30 de maio de 2011, o Memorial Day 1. Vê-lo novamente em Junho.)

Ver reportagem no link em aixo

http://www.boston.com/bigpicture/2011/05/obama_six_days_four_nations.html

Texto traduzido pelo tradutor Google

Guiné-Bissau: Criar uma empresa vai demorar uma semana

Bissau – O governo da Guiné-Bissau inaugura, em Bissau, o Centro de Formalização de Empresas (CFE).

O CFE foi criado para promover o investimento e diminuir o tempo de espera para a criação de uma empresa. A criação do centro foi anunciada em Junho de 2010 pela ministra da Economia, ao mesmo tempo que anunciou a adopção imediata de um conjunto de medidas que simplificam os procedimentos e passaram a permitir criar uma empresa em 23 dias.
A partir de hoje, o tempo para a criação de uma empresa na Guiné-Bissau será de cerca de uma semana. De acordo com um comunicado do Ministério da Economia guineense, o CFE é um «serviço público destinado a fornecer aos operadores económicos a possibilidade de efectuar num único lugar todas as formalidades necessárias à constituição e legalização das suas empresas, com a celeridade e segurança jurídica requeridas e com menos custos».

(c) PNN Portuguese News Network

Guiné-Bissau confrontada com ruptura de stock de medicamentos

Bissau - O sistema de saúde da Guiné-Bissau está sem stock de medicamentos essenciais há mais de seis meses.

A informação foi avançada à PNN na semana passada pelo responsável do Centro de Saúde de Varela, no sector de São-Domingos, Herínio de Jesus Gomes Catar, no âmbito de uma visita de trabalho que o Comité Internacional da Cruz Vermelha e Cruz Vermelha da Guiné-Bissau realizaram nesta zona.

A preocupaçao é enorme, tendo em conta o aproximar da época das chuvas, o período em que é registada uma maior taxa de paludismo na Guiné-Bissau. De acordo com o responsável, entre os medicamentos que se encontram em falta no país, estão as quininas, paracetamol e cuartem, o que tem dificultado o tratamento dos pacientes, em particular, no Centro de Saúde de Varela.


A notícia foi confirmada por várias fontes do Ministério da Saúde guineense. Contactada pela PNN, uma fonte da Direcção-Geral da Central de Compra de Medicamentos Essencias (CECOME), disse que tais informaçoes não correspodem à verdade, tendo sustentado mesmo que não há ruptura no stock de medicamentos na Guiné-Bissau.

Para sustentar a sua afirmação, a fonte exibiu à PNN recibos das últimas compras efectuadas pela direcção de Compra de Medicamentos regional em São-Domingos, datado de 11 de Maio. Nestas facturas não consta a compra de Cuartem. A fonte informou que o referido medicamento é fornecido através do Projecto do «Fundo Global», razão pela qual não consta nas facturas da sua instituição.


Relativamente aos medicamentos anti-retrovirais, a fonte do CECOME admitiu que pode ser para breve a ruptura destes medicamentos. «Enfrentamos alguns problemas de ordem burocrática entre os doadores, quando é assim registamos atrasos na chegada dos medicamentos», disse a fonte. Entre os doadores, o Brasil figura em primeiro lugar, em parceria com o «Fundo Global».
De referir que esta não é a primeira vez que se assiste na Guiné-Bissau a um problema de escassez de medicamentos.

Em 2010, o país esteve por um longo período sem vacinas anti-tétano, contudo, a situação veio a ser ultrapassada com a intervenção dos doadores.

Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

Comunicação Social ajuda reforço das relações com Guiné Bissau

Director do Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), Albino Carlos

Luanda - A comunicação social pode e deve continuar a contribuir para o reforço da relação de amizade e cooperação entre Angola e a Guiné Bissau, uma vez que quanto mais informação se tem de uns sobre os outros, melhor os povos conhecem-se, considerou sábado, em Bissau, Albino Carlos, director do Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor).

O director do Cefojor, que falava no encerramento de uma acção formativa promovida pelo Ministério da Comunicação Social (MCS) de Angola a 90 jornalistas guineenses, acrescentou que se o fluxo de informação é maior, melhor os povos compreendem-se e respeitam-se.
“Com acções de formação do género, os jornalistas angolanos e guineenses podem melhor ajudar os nossos países a olhar o futuro com confiança” afirmou o responsável, que agradeceu, em nome da ministra da Comunicação Social de Angola, Carolina Cerqueira, a calorosa hospitalidade do povo da Guiné Bissau.

Albino Carlos, que também foi um dos monitores da formação, reafirmou, na ocasião, a vontade do Executivo angolano em continuar a implementar a cooperação solidária com esse país irmão no domínio da comunicação social, com realce para a formação e superação profissional e apoio técnico e tecnológico.
“Nunca nos sentimos tão orgulhosos em nossas vidas, mais ainda quando desafiados a contribuir para a resolução dos problemas que afectam a classe jornalística guineense, por forma a corresponder aos desafios da reconciliação e da estabilidade política, assim como das exigências do desenvolvimento socioeconómico e cultural” - disse.

O director do Cefojor expressou o reconhecimento dos formadores angolanos pela dedicação dos profissionais da Guiné Bissau ao longo da acção formativa, por ter facilitado, sobremaneira, o seu trabalho. “Saibam que aprendemos muito com a vossa humildade” – declarou.
“Muito obrigado pela confiança depositada na capacidade de fazermos dessa acção formativa e informativa, que agora termina, um espaço de reflexão e de debate das questões inerentes à  nossa comunicação, assim como um espaço de intercâmbio de informação e de experiências” - agradeceu.

Para Albino Carlos, “só há democracia de qualidade com informação de qualidade e só há informação de qualidade com jornalistas ética e deontologicamente imbuídos da sua responsabilidade social, assim como bem preparados do ponto de vista tecnicoprofissional”.

O interlocutor, que contou com o auxílio de outros profissionais angolanos na monitorização, referiu em Bissau que, em Angola, a comunicação social acompanha a dinâmica de desenvolvimento e que está em curso no país a discussão do pacote legislativo do sector, por forma a colocá-lo à altura das expectativas da sociedade.
No entender deste jornalista angolano, os seguidores da profissão que se destacam pela nobreza da sua missão estão satisfeitos pelo facto de os governantes de ambos os países acharem a formação de quadros, nos dias de hoje, uma questão de foro político-estratégico, pela multiplicidade de funções dos meios de comunicação.

“Os meios de comunicação social desempenham um papel fundamental na educação cívica dos cidadãos e na sua mobilização com vista a participação na vida pública e no processo de desenvolvimento” – enfatizou Abílio Carlos, que foi coadjuvado por Joaquim Paulo, Carlos Calongo, Vital Dias, José Alves e Mariana Ribeiro.

A cerimónia de encerramento da referida acção de formação para jornalistas guineenses contou com as presenças do secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné Bissau, Olivio Pereira, e dos embaixadores de Angola e do Brasil naquele país, respectivamente Brito Sozinho e Jorge Kadry.

Reconcialiação nacional passa pela justiça - vice-presidente da Assembleia Nacional

Lisboa, 29 mai (Lusa) -- O vice-presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissar, Manuel Serifo Nhamadjo, afirmou hoje que a reconciliação nacional do país passa por "fazer justiça" que é "a grande questão" sobre a qual se decidirá em setembro.

O parlamentar que falava em Lisboa à margem da Conferência da Diáspora da Europa a decorrer em Lisboa na Faculdade de Direito, referia-se à Conferência de Reconciliação Nacional da Guiné-Bissau que terá lugar em setembro, em Bissau.

Questionado pela Lusa se seria possível haver reconciliação sem justiça, o parlamentar, que é o organizador da conferência de reconciliação da diáspora respondeu: "Não é possível haver reconciliação sem justiça, tudo tem de assentar na justiça".

"Para se perdoar há que fazer o julgamento para que a pessoa possa confessar a culpa dos erros cometidos e o lesado possa perdoar", acrescentou.

"Tudo deve passar pela justiça, mas como? É essa a grande questão. Como fazer essa justiça e a partir de quando?", referiu o parlamentar.

Serifo Nhamadjo afirmou que há vários modelos que podem inspirar a Guiné-Bissau, nomeadamente o sul-africano, o do Ruanda, Mali ou Benim que "vão ser equacionados com vista a alcançar um modelo próprio para a Guiné-Bissau".

No tocante à conferência da diáspora europeia a decorrer em Lisboa, Serifo Nhamadjo afirmou ter "percebido haver uma verdadeira vontade de reconciliação".

"As reflexões produzidas tendem a concentrar-se na boa governação, nos valores da família e da democracia", disse.

"A reforma das forças armadas e da administração pública, adequando o aparelho à realidade do país", foi também uma das preocupações expressas pela diáspora guineense na Europa, segundo o responsável.

Os guineenses a viverem na Europa que hoje se reuniram em Lisboa, querem também "uma mudança da imagem e a afirmação da Guiné-Bissau na cena internacional", disse.

A reunião de Lisboa segue-se a outras reuniões de conciliação quer sectoriais na Guiné-Bissau como as de segurança, quer a da diáspora africana que aconteceu em Dacar.

Segundo Manuel Serifo Nhamadjo calcula-se que vivam fora da Guiné-Bissau "entre 50 e 70 mil guineenses". Na Conferência de reconciliação que acontecerá em setembro deverão participar 30 representantes de cada uma das diásporas.

NL.

Lusa/Fim

domingo, 29 de maio de 2011

Criado Guichet Único para atrair investimento e reconverter setor informal

Bissau, (Lusa) -- A ministra da Economia da Guiné-Bissau, Helena Embaló, disse hoje que a criação do Centro de Formalização de Empresas (CFE) do país pretende atrair investimento, mas também reconverter as atividades económicas informais no setor estruturado da economia.

"A criação do Centro de Formalização de Empresas que hoje inauguramos faz parte da nova geração de políticas destinadas a atrair os investimentos, visando simplificar as formalidades na constituição de empresas", afirmou Helena Embaló.

Segundo a ministra, o CFE vai também permitir melhorar a posição da Guiné-Bissau no "Doing Business", no qual o país se encontra na 181ª posição.

"É hora de inverter esta situação tão penalizadora para o país em termos de atração de investimentos", disse a governante.

O CFE, ou Guichet Único, vai, segundo a ministra da Economia, "remover obstáculos ao desenvolvimento das atividades económicas, facilitando assim o comércio, o investimento, a competitividade e a consequente criação de riqueza".

"Um outro resultado que o Governo pretende alcançar, com a criação do Guichet Único é a reconversão das atividades económicas informais no setor estruturado da economia", sublinhou.

Segundo a ministra da Economia, o peso do setor informal na economia do país é de cerca de 80 por cento.

"Com efeito, a riqueza produzida por esse sector não é registada nas contas oficiais e nem é tributada, o que explica a nossa fraca carga fiscal", sublinhou Helena Embaló.

Segundo dados do último relatório do Doing Business, de 2010, do Banco Mundial, na Guiné-Bissau eram precisos 213 dias para se criar uma empresa, o que fazia com que o país fosse considerado um lugar menos bom para se fazer negócios.

O CFE é um "serviço público destinado a fornecer aos operadores económicos a possibilidade de efetuarem, num único lugar, todas as formalidades necessárias à constituição e legalização das suas empresas, com a celeridade e segurança jurídica requeridas e com menos custos", refere um comunicado.

Em termos de estrutura, o centro terá disponíveis os serviços de Cartório Notarial, Registo Comercial, Registo Civil e Criminal, Registo de Contribuintes, Licenciamento de Atividades Económicas, Migração e Fronteiras para investidores estrangeiros, de Enquadramento urbanístico e Inspeção sanitária.

MSE.

Lusa/Fim

CEMGFA pede ao Governo meios para recrutamento de mancebos

Bissau, 27 mai (Lusa) -- O Chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general António Indjai, pediu ao Governo a disponibilização de meios para o recrutamento de mancebos para o exército, no âmbito da reforma do setor de Defesa e Segurança.

António Indjai falava quinta-feira no encerramento de um seminário organizado pelo Movimento Nacional da Sociedade Civil (plataforma que agrupa mais de cem organizações da sociedade civil guineense) e patrocinado pela ONU.

"Apelo ao nosso Governo no sentido de disponibilizar meios para que possamos iniciar o mais rápido possível o processo de seleção e recrutamento de novos mancebos para as nossas Forças Armadas", disse o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses.

Para António Indjai, a reforma "de que se fala só terá alguma visibilidade" com o recrutamento de novos elementos para o exército, constituído, na sua maioria, por homens que servem as Forças Armadas há mais de 30 anos.

O chefe das forças armadas voltou a frisar que "muitos desses homens já estão cansados" e por via disso têm de ser substituídos por jovens.

O próprio António Indjai já disse várias vezes que se sente cansado e se houver "uma reforma condigna" estaria na disposição de ir para casa.

O ministro da Defesa guineense, Aristides Ocante da Silva, disse recentemente que 1.300 homens, entre militares e polícias, vão passar à reforma no âmbito do processo de reestruturação do setor de Defesa e Segurança.

Dados do último recenseamento apontam que as Forças Armadas da Guiné-Bissau são atualmente constituídas por cerca de 3.500 homens.

MB.

Lusa/Fim

Refugiados Urbanos pedem cumprimento das normas internacionais

Bissau – Os refugiados voltaram esta quarta-feira a protestar contra o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e o Governo da Guiné-Bissau.

O protesto visa alertar para a falta de cumprimento das normas internacionais que protegem os refugiados no país de acolhimento. O protesto de dia 26 de Maio levou mais de três centenas de refugiados urbanos às ruas de Bissau, numa marcha pacífica, para exigirem os seus direitos.


«A nossa marcha tem como objectivo pedir as autoridades de Bissau e ao Acnur o cumprimento dos direitos internacional que nos assistem, o que passa pelo repatriamento voluntário e integração na sociedade guineense», disse em exclusivo à PNN, o presidente dos Refugiados Urbanos, John Mathes.


Um dos objectivos pretendidos com este protesto é a denúncia da detenção do presidente do Comité dos Refugiados Urbanos, na semana passada, pelas forças da ordem, a pedido do representante do Acnur na Guiné-Bissau.


Recorde-se que na semana passada os refugiados de diferentes nacionalidades que se encontram na Guiné-Bissau, iniciaram em Bissau, uma greve de fome por um período indeterminado.


Os protestos das pessoas que escolheram a Guiné-Bissau como país de refúgio, após os acontecimentos de diferentes naturezas nos seus países de origem, tem como objectivo, exigir os seus direitos junto à representação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.


John Mathes é da opinião que o Governo da Guiné-Bissau não está a cumprir as regras internacionais sobre os direitos que assistem os refugiados. «Estamos cansados e fartos de promessas de todos os anos para que os nossos problemas sejam solucionados, mas tudo continua na mesma», disse um dos refugiados em greve de fome.

A maior parte dos refugiados que se encontra no país é proveniente de países vizinhos tais como o Senegal, Guine-Conacri, Serra Leoa e Libéria. Estima-se que estejam a viver no território guineense pouco mais 40 mil pessoas, entre deslocados e refugiados de diferentes nacionalidades. O grupo tem sido assistido pelo Governo da Guiné-Bissau através do Ministério do Interior, mais especificamente, do Secretário-executivo para os Refugiados e Deslocados Internos.

Sumba Nansil

Guiné-Bissau sem minas terrestres dentro de um ano

Uma organização dedicada à remoção de minas terrestres na Guiné Bissau indicou que o país ficará livre de minas no ano de 2012.

O grupo HUMAID indicou estar prestes a concluir as operações na Guine Bissau, uma nação de um milhão e seiscentas mil pessoas, localizada entre o Senegal e a Guiné Conakry.

O antigo embaixador dos Estados Unidos na Guiné Bissau, John Blacken, que dirige aquela organização, ma infestou a esperança de remover as minas anti pessoais e anti tanque, espalhadas pelo norte e o sul do território a meio do próximo ano.

Cerca de mil e quinhentas pessoas foram mortas pelas minas, deixadas ao longo de três conflitos, incluindo a guerra de Libertação na década de setenta, a guerra civil dos finais dos anos noventa e a rebelião de Casamance de 2006.

A prioridade da HUMAID foi a cidade capital de Bissau, que se transformou em zona de guerra durante o conflito civil de 1998 e de 1999.

Milhares de civis tiveram de fugir da violência e ao regressarem à cidade, desconheciam a colocação de minas nos arredores de Bissau, a linha da frente do conflito.

Blacken sublinhou que se sentiu motivado a ajudar o país, onde tem vivido desde de se ter reformado do serviço diplomático nos finais dos anos oitenta.

“Não tínhamos dinheiro, mas oito de nós, começamos a recolher munições que não tinham explodido, e que se encontravam no centro da cidade”.

Blacken obteve o dinheiro que necessitava para adquirir mais equipamento e obter o pessoal, e tem tido suficiente apoio financeiro de doadores internacionais.

Bissau foi declarada livre de minas em 2006.

A maioria da equipa de Blacken são antigos soldados que foram re treinados na desminagem. Trata-se de um processo perigoso e lento que envolve em estabelecer um perímetro baseado na detecção de minas e de entrevistas com os locais.

O pessoal divide a área e trabalha em blocos de um metro de lado, espetando varetas no solo para tentar encontrar os explosivos.

A HUMAID já destruiu, desde o ano dois mil, 126 mil 709 minas, sem nunca ter um acidente. A HUMAID está a operar nos campos de mina da guerra de libertação com Portugal.

Blacken destaca que quando a sua equipa começou a trabalhar na área os locais disseram que evitavam acidentes não atravessando os terrenos adjacentes às suas casas.

Mil e duzentas pessoas foram vitimadas pelas minas, um número sem conta de vacas, que estavam a pastar.

Blacken destaca que no caso de o explosivo estar em condições, a mina pode ficar activa durante décadas, tornando-se mais frágil com a passagem do tempo.

“Temos muita satisfação no que fazemos. Satisfação cada vez que retiramos uma mina, pois retiramos uma ameaça à vida de alguém”.

Não são muitas as ONG´s que podem dizer que ficaram sem trabalho após terem cumprido o seu mandato, e Blacken afirma-se orgulhoso do que a sua equipa obteve.

Directores dos Serviços de Migração e Fronteira da CPLP reunidos em Bissau


Bissau - Os directores-gerais dos Serviços de Migração e Fronteiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), vão reunir-se durante o mês de Junho, na capital da Guiné-Bissau.

O encontro realiza-se na sequência da última reunião semelhante que teve lugar recentemente em Cabo Verde, e estará em discussão a questão da livre circulação de pessoas e bens ao nível da CPLP, controlo de segurança documental na comunidade, emissão e atribuição de documentos de viagem assim como o controlo do fluxo migratório na comunidade dos países falante de português.


A informação foi avançada esta segunda-feira em exclusivo à PNN por José Bacar Camará, director-geral do Serviço de Migração e Fronteira da Guiné-Bissau. «De facto, esta reunião estava marcada para ter lugar neste mês de Maio, o que não aconteceu devido a várias situações de ordem logística e financeira, mas que no entanto acabam de ser ultrapassadas com a intervenção do Governo, através de fundos disponibilizados para este efeito», disse José Bacar.


Sobre a situação de falta de passaportes que se vem registando de algum tempo a esta parte quer no país quer como no estrangeiro, o director-geral de Migração e Fronteira garantiu ainda que a sua instituição está em condições de emitir passaportes aos guineenses com a chegada de um lote de 23 mil passaportes, também disponíveis nas representações diplomáticas da Guiné-Bissau no estrangeiro.


Sumba Nansi

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Guiné-Bissau e Japão: Solidariedade em livros e palavras

Projeto do Unicef, em parceria com o governo japonês, distribui livros escolares para 300 mil crianças na Guiné-Bissau.


Miraide Bassam e Floriano Cherno nunca tiveram livros. Na região de Quinara, na Guiné-Bissau, onde vivem, é comum as crianças terem pouco ou nenhum contato com qualquer tipo de material didático.


Por meio de um projeto do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, em parceria com o governo do Japão, 300 mil crianças ganharam livros escolares na Guiné Bissau este ano.


Miraide, de 11 anos, contou à Rádio ONU o que achou da novidade.
\"Gostei muito. Sinto-me muito feliz de ter recebido os livros\", disse.


Chegada do Material


O inspetor regional de Educação, Júlio Iala, lembrou a chegada dos livros na região.

\"Você podia ver mesmo a satisfação das crianças. O dia que o caminhão trouxe os materiais, as crianças e o próprio diretor que estavam na escola abandonaram e ajudaram a descarregar o carro\", contou.


O inspetor contou que a entrega do material didático teve grande impacto na qualidade das aulas.


\"Você pode imaginar como os nossos professores são artistas. Sem nenhum livro de leitura ou de concretização das aulas, davam as suas aulas, alguns até tiravam do seu bolso e fotocopiavam livros para poder ter dois ou três livros na sala de aula. É um alívio para a educação, porque não se pode fazer ensino de qualidade sem material didático\", afirmou.


Dificuldades


Com sorte, algumas famílias mais abastadas também fotocopiam livros. Mas a maioria só consegue pagar pela cópia de um ou dois exemplares, de modo que as crianças dificilmente chegam a ter o material completo.


Entrega dos livros na Guiné-Bissau


Mesmo o custo de fotocópias é um grande fardo para as famílias. O Presidente da Associação dos Pais e Encarregados da escola de Miraide e Floriano, Luis da Silva, falou sobre a dificuldade de pagar pelo material didático.


\"Para nós, essa recepção foi um milagre. Tiraram de nós um fardo muito pesado. A recepção de livros é um alívio em termos econômicos. O dinheiro que gastaríamos, por exemplo, na compra de um livro dá para fazer outras coisas em casa com a família\", explicou.


Além da entrega de mais de 1 milhão de livros, o projeto também inclui aulas de alfabetização de adultos.


Participação dos Pais


A chefe do Programa de Educação do Unicef na Guiné Bissau, Tomoko Shibuya, falou sobre os benefícios do curso.


\"Já apoiamos cerca de 3 mil adultos, a maioria são mulheres. Depois de sair desse curso, começaram a escrever carta, a ler, fazer cálculos para os negócios. Elas podem também fazer calendários de vacinação e de consultas pré-natal\", contou.


A mãe de Miraide, Luisa Vaz Fernandes, de 45 anos, disse que o programa a ajudou a participar do estudo dos filhos.


\"Ficamos muito motivados, porque as crianças agora já conseguem ler um pouco com a ajuda dos pais, comemorou.\"
Os impactos positivos do projeto também foram reconhecidos por um dos alunos, Floriano, de 13 anos. Ele elogiou o Japão, mas admitiu não saber onde fica o país.


Agradecimento


Crianças comemoram a chegada do material
\"Não, eu não conhecia. Nós temos muita dificuldade de chegar lá,\"revelou.


Perguntei a Floriano o que achava de um país tão longe enviar doações para a sua terra. Ele pensou e agradeceu o gesto japonês.
\"Muito obrigado por ter nos oferecido os livros,\"disse.


O agradecimento de Floriano foi repetido pelos pais dos alunos e professores. Alguns, lembravam, preocupados, da tragédia que atingiu os japoneses após o terremoto e tsunami de março.


Solidariedade


Este foi o caso do professor e diretor da escola de Miraide e Floriano, Francisco Antônio, que mandou um recado de solidariedade.
\"Nós queremos endereçar as nossas mensagens ao governo japonês pelo último acontecido. Os nossos sentimentos, não é? É tudo,\"falou.
Moradores de Quinara manifestaram a sua solidariedade com o Japão, país doador de livros que devem ajudar crianças como Floriano a conhecer mais países longínquos.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Negociações com Governo falham

Bissau - O presidente do Sindicato Nacional de Professores da Guiné-Bissau (SINAPROF), Luís Nancassa, disse hoje (quarta-feira) que a greve de 30 dias dos professores, iniciada terça-feira, vai prosseguir por não se ter chegado a acordo com o Governo. 
O SINAPROF reuniu-se terça-feira ao final da tarde com elementos do Executivo.

Segundo Luís Nancassa, o "Governo não quer negociar" porque insistiu na participação no encontro do Sindicato Democrático dos Professores da Guiné-Bissau (SINDEPROF).

O SINDEPROF já disse publicamente estar contra a greve, porque o Executivo está a cumprir o prometido no acordo assinado em novembro.

"O Governo não quer negociar. Nós não estamos de acordo que o outro sindicato participe", disse Luís Nancassa, cujo sindicato representa a maior parte dos professores guineenses.

O SINAPROF iniciou terça-feira uma greve de 30 dias para reivindicar a aplicação do estatuto da carreira docente, pagamento de salários em atraso e efectivação de professores contratados. 
No final do ano passado, os dois principais sindicatos dos professos da Guiné-Bissau, SINAPROF e Sindicato Democrático dos Professores (SINDPROF) chegaram a um entendimento com o Governo depois de uma paralisação de 15 dias. 
Em Novembro, os dois sindicatos prometeram retomar as aulas e alargar o período letivo mais um mês para compensar os alunos pelos dias de aulas perdidos.

Moçambique e Cabo Verde entre os que mais investem nas crianças, Guiné-Bissau e Angola entre os "menos comprometidos"

Dakar, (LusA) -- Moçambique e Cabo Verde estão entre os Estados africanos mais empenhados em investir no bem-estar infantil, mas Guiné-Bissau e Angola estão entre os "menos comprometidos", concluiu um estudo independente hoje divulgado.

O relatório, intitulado "A orçamentação para as crianças em África: a retórica, a realidade e os instrumentos", foi realizado pelo African Child Policy Forum (ACPF), um centro independente de investigação.

A ACPF estudou "o comportamento de 52 governos africanos entre 2006 e 2008" e estabeleceu um método de classificação "tendo em conta as suas despesas nos setores chave que afetam o bem-estar infantil: saúde, educação, proteção social e desenvolvimento pré-infantil", bem como as suas despesas militares.

De acordo com o relatório, publicado por ocasião do Dia de África e marcando a criação da Organização da União Africana, a 25 de maio de 1963, os governos do continente "faltam aos seus compromissos orçamentais em investir" em prol das crianças.

Por exemplo, os Estados africanos comprometeram-se a consignar 15 por cento das suas despesas públicas à saúde mas, em 2008, esta proporção oscilava entre os quatro e os seis por cento dos orçamentos nacionais.

"Os governos da Tanzânia, de Moçambique e do Níger são os mais comprometidos no plano de utilização do montante máximo de recursos disponíveis para o bem-estar das crianças", reconhece o estudo, destacando também pela positiva o Gabão, o Senegal, a Tunísia, as Seychelles, a Argélia, Cabo Verde e a África do Sul.

No entanto, "a Tanzânia surge no topo por várias razões, incluindo [o facto de] gastar uma parte importante dos seus recursos na saúde" e a diminuição das despesas militares, já fracas, explica o relatório.

Por outro lado, os países considerados como os "menos comprometidos" com a causa infantil são a Guiné-Bissau, a Eritreia, o Burundi, a República Democrática do Congo, os Camarões, a Serra Leoa, Angola, República Centro Africana e o Sudão.

ND.

Lusa/fim

FMI aprova crédito de 2,7ME

Nova Iorque, (Lusa) -- O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje a aprovação de um crédito de 3,85 milhões de dólares (2,7 milhões de euros) à Guiné-Bissau, considerando que o programa de ajuda ao país lusófono está a ser cumprido satisfatoriamente.

O novo crédito eleva para 20,27 milhões de dólares (14,4 milhões de euros) o total concedido ao abrigo do programa ECF, aprovado em maio de 2010, que prevê a concessão de até 33,3 milhões de dólares, adianta o FMI em comunicado.

"Sob condições desafiantes, prosseguiu uma implementação satisfatória de políticas no programa apoiado pelo Fundo. As autoridades cumpriram todos os critérios de desempenho até final de 2010 e todas as reformas estruturais", refere o comunicado, divulgado após aprovação da ajuda pela administração do FMI.

Para o Fundo, a economia tem vindo a estabilizar e a confiança a aumentar graças a "políticas macroeconómicas sólidas, instituições fortalecidas e alívio de dívida".

Apesar das perspetivas de crescimento económico a médio prazo serem auspiciosas, o país enfrenta "enormes desafios de desenvolvimento", adianta.

"É essencial que o governo mantenha o ímpeto de reformas e continue a construir sobre o desempenho satisfatório ao abrigo do programa", refere o comunicado.

O programa ECF tem uma duração de três anos, até maio de 2013.

O país beneficiou recentemente de um perdão de dívida na ordem de 1,2 mil milhões de dólares, decidido pelo FMI e Banco Mundial.

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Lusa/Fim

Ministro da Defesa anuncia aposentação de cerca de 1.300 polícias e militares

Bissau,  (Lusa) -- O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Ocante da Silva, anunciou hoje que cerca de 1.300 militares e polícias vão ser aposentados e a criação da Caixa de Previdência Militar.

"Calculamos, segundo um estudo, que efetivamente dispomos de uma massa suficiente de quadros militares que estão em condições legais de irem para aposentação", afirmou Ocante da Silva aos jornalistas.

Questionado sobre quantas pessoas estarão em condições de ser aposentadas, o ministro da Defesa guineense explicou que são "um pouco mais de 1.300".

Ocante da Silva explicou que o número de pessoas a aposentar foi calculado com base no recenseamento realizado em 2008 às forças de segurança e defesa do país.

"E segundo a nossa lei, em função da idade e em função das patentes deve-se ir para aposentação", disse.

O ministro da Defesa explicou também que as saídas para "aposentação vão decorrer ao longo de cinco anos" e que já deviam ter começado em 2009.

"Mas como temos um atraso de quase dois anos tivemos de rever aquela lista e na base da análise do Estado-Maior General das Forças Armadas e do comando da polícia teremos a lista definitiva dos beneficiários", salientou.

Em relação à Caixa de Previdência Militar, Ocante da Silva disse que é uma Caixa de Previdência Social mas especificamente orientada para os militares e as forças policiais e de segurança.

Segundo o ministro, as quotizações do empregador (Estado) e dos elementos das forças armadas e de segurança vão ser depositadas naquela caixa para "assegurar a perenidade do pagamento do fundo de pensões".

Nos primeiros cinco anos, o fundo de pensões será assegurado pela comunidade internacional.

O ministro da Defesa falava num seminário de sensibilização sobre a reforma dos setores de defesa e segurança, organizado pelo movimento da sociedade civil em parceria com o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD).

MSE.

Lusa/Fim

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Portugal vai perdoar dívida guineense no valor de 108 milhões de dólares

Bissau, 24 mai (Lusa) -- As autoridades portuguesas vão perdoar a dívida de 108 milhões de dólares (77 milhões de euros) que a Guiné-Bissau deve ao país, disse hoje o ministro das Finanças guineense, José Mário Vaz.

"Tivemos um encontro com o secretário de Estado do Orçamento português em que falamos sobre este assunto. Portugal já disse claramente que vai alinhar-se com a decisão dos credores do Clube de Paris", afirmou Mário Vaz

Segundo o ministro guineense, aquela posição "significa que a dívida de 108 milhões de dólares com Portugal será perdoada".

Professores iniciam 30 dias de greve

Bissau, 24 mai (Lusa) -- O Sindicato Nacional dos Professores da Guiné-Bissau (SINAPROF) iniciou hoje uma greve de 30 dias para reivindicar a aplicação do estatuto da carreira docente, pagamento de salários em atraso e efetivação de professores contratados.

"O que estamos a reivindicar é a implementação da carreira docente, que julgamos ser do nosso direito, porque é a lei que vai permitir a promoção dos professores de acordo com os anos de serviço e também do próprio empenho no processo de ensino e aprendizagem", disse à agência Lusa o presidente do SINAPROF, Luís Nancassa.

Segundo Luís Nancassa, há professores com "quatro meses de salários em atraso".

PJ tem nova denominação e novo director

Bissau – A directora-geral da Polícia Judiciária guineense, Lucinda Gomes Barbosa Ahukarié, foi afastada este fim-de-semana ,das suas funções, na sequência da nomeação do magistrado, João Biague para o mesmo lugar.

Para além de novo director, a Polícia Judiciária tem uma nova denominação, Direcção Nacional de Policia Judiciaria, que se enquadra na reforma no sector da Defesa e Segurança na Guiné-Bissau. A nomeação foi anunciada num comunicado do Conselho de Ministros de 13 de Maio, onde, igualmente, foi anunciado o fim da comissão de serviço de Lucinda Gomes Barbosa Ahukarié.

João Biague ainda não tomou posse do cargo mas irá dar continuidade aos trabalhos iniciados por Lucinda Gomes Barbosa, desde a luta contra os traficantes de droga, ao implementar o funcionamento de estruturas da PJ guineense em todo território nacional, e que até aqui funcionava só em Bissau, sob a coordenação de sub-inspectores designados.

A tarefa não é fácil tendo em conta que esta é a primeira vez que João Biague vai exercer um alto cargo no aparelho do Estado guineense. João Biague licenciou-se pela Faculdade de Direito de Bissau, nos finais dos anos 90.

Sumba Nansil

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bastonários das Ordens dos Advogados da CPLP reunidos em Bissau

Bissau, 23 mai (Lusa) -- Os bastonários das Ordens dos Advogados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) iniciaram hoje em Bissau, Guiné-Bissau, a assembleia ordinária anual daquela estrutura.

Segundo o bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Armando Mango, todas as "ordens de advogados estão representadas pelos seus bastonários" na reunião anual da União dos Advogados da Língua Portuguesa, cuja presidência rotativa pertence ao Brasil.

"Nesta assembleia vamos analisar a cooperação entre as ordens, a justiça nos tribunais dos diferentes países da lusofonia", disse Armando Mango.

Segundo o bastonário da ordem dos advogados guineense, a reunião servirá também para "trocar experiências e perspetivar a cooperação para o futuro, fundamentalmente na área da formação de advogados".

Presente no encontro está o bastonário da Ordem dos Advogados de Portugal, António Marinho Pinto.

Narcotráfico: Futuro diretor da PJ guineense saudou proposta para tribunal regional para África Ocidental

Lisboa, (Lusa) -- A proposta de criação de um tribunal regional especializado em crimes associados ao narcotráfico foi hoje saudada em declarações à Lusa pelo futuro diretor da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, que deverá tomar posse no cargo até ao final do mês.

João Biague, que falava à Lusa à margem do Simpósio Transatlântico para o Desmantelamento de Redes Ilícitas Organizadas, classificou a proposta, apresentada pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, de Portugal, João Gomes Cravinho, como "muito boa".

"Penso que é uma proposta muito boa, porque nós quer queiramos quer não, estamos perante um fenómeno da globalização e a criação de um tribunal desta natureza - que não seja puramente nacional -, é para mim consequência desta globalização, coincidentemente com a criminalidade organizada e transnacional, que agora está em voga", disse.

O simpósio, que decorre até quinta-feira em Lisboa, é uma iniciativa conjunta dos Estados Unidos e da União Europeia, co-patrocinada pelo Departamento de Estado norte-americano e pela União Europeia, e visa fomentar um diálogo inter-regional entre responsáveis pela segurança e a justiça das várias regiões e reforçar a cooperação internacional no combate ao crime e às redes ilícitas nos dois lados do Atlântico.

João Gomes Cravinho, que interveio na abertura dos trabalhos, justificou a criação daquele tribunal para prevenir as pressões dos narcotraficantes sobre os sistemas judiciais nacionais da África Ocidental.

A este respeito, João Biague justificou-se com o facto de ainda não ter sido empossado para confirmar a existência ou não de pressões.

"Falar na retirada de pressão sobre as autoridades nacionais significa dizer noutro sentido que há pressões. Que eu não senti. Estou recentemente nomeado. Não quero falar na pressão, na sua existência ou na sua falta", frisou.

"É verdade que a PJ tem vindo a fazer um trabalho de reconhecer, mas é verdade que não há nenhuma novidade: é o trabalho da Judiciária. Como é a entidade judiciária que entra em contacto à partida com o crime, para depois chegar ao Ministério Público e aos tribunais, é bem compreensível que se note que é a entidade que tem travado fortes lutas com a criminalidade. Mas para isso é que existe a PJ", acentuou aquele responsável.

O futuro diretor da Judiciária guineense é magistrado do Ministério Público, formado na Faculdade de Direito de Bissau, e acredita que o sucesso na luta contra a criminalidade organizada traduz o sucesso de todo o sistema judicial.

"Há todo um sistema judiciário que funciona. A dificuldade de meios é genérica e o que se sente na PJ, é o mesmo que se sente na Procuradoria e na Magistratura judicial. Mas todos juntos é um sistema que funciona. Se correr bem é todo o sistema, se correr mal é todo o sistema", concluiu.

EL.

Lusa/Fim

50 crianças talibés recolhidas das ruas de Bissau e integradas em famílias de acolhimento

Bissau, (Lusa) -- A situação das crianças talibés em Bissau, Guiné-Bissau, está a ser controlada e já foram recolhidas das ruas da capital cerca de 50, disse hoje à agência Lusa Helena Said, responsável pelo projeto de integração daqueles meninos.

"A situação das crianças talibé em Bissau já está a ser controlada, na sequência de um árduo trabalho realizado junto dos mestres corânicos, dos chefes religiosos, dentro do projeto de integração e reinserção daquelas crianças apoiado pela UNICEF", disse a coordenadora do projeto de integração e reinserção das crianças talibés de Bissau.

Segundo Helena Said, já foram recolhidas "50 crianças, que foram integradas dentro de uma família de acolhimento para evitar a mendicidade nas ruas".

"As crianças até aos 10 anos só podem mendigar na rua até às 14:00. As crianças estão a aprender o ensino corânico, mas também a frequentar a escola pública, onde aprendem a língua portuguesa e as outras disciplinas", explicou a também presidente da comunidade nacional da juventude islâmica.

Helena Said falava à Lusa à margem da Conferência Nacional sobre a Problemática das Crianças Talibés na Guiné-Bissau.

O ensino dos estudos corânicos tem sido utilizado por falsos mestres para seduzir centenas de pais a enviar as suas crianças para o Senegal, Guiné-Bissau e Guiné-Conacri, com o objetivo de aprenderem a ler o Corão.

Estes mestres obrigam, contudo, as crianças a mendigar nas ruas dinheiro e comida para seu próprio proveito.

Enquanto as crianças da Guiné-Bissau vão maioritariamente para o Senegal, as crianças senegalesas e da Guiné-Conacri são enviadas para a Guiné-Bissau.

MSE.

Lusa/Fim

País tem uma das políticas de refugiados mais avançadas do mundo - ACNUR

Bissau, (Lusa) -- O representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na Guiné-Bissau, Nsona Vela do Nascimento, considera que o país tem uma das políticas mais avançadas do mundo em termos de acolhimento de refugiados.

"Em termos de proteção de refugiados é uma das mais avançadas", disse à agência Lusa o angolano Nsona Vela do Nascimento.

Segundo o responsável do ACNUR em Bissau, a lei é das mais avançadas do mundo, porque protege tanto refugiados, como deslocados internos.

domingo, 22 de maio de 2011

Gravações do filme de José Lopes "Clara di Sabura" agitam ruas de Bissau

Bissau - O realizador guineense José Lopes e a sua equipa de filmagens têm agitado nos últimos tempos as ruas da capital da Guiné-Bissau, com a gravação do filme "Clara di Sabura" ou Clara das Festas, noticia  a Lusa.

"Filma a minha filha, ela é a Clara di Sabura", pede uma mulher entusiasmada com as gravações de mais uma das cenas do filme em Bissau.

O pedido daquela mulher junta-se ao de tantos outros guineenses que querem participar na produção da empresa Gapro.
Clara di Sabura é a história de uma menina criada pela avó com todo o carinho e protecção, mas que não acatou os seus conselhos, preferindo andar pelas ruas "numa vida boa", explicou à agência Lusa Salvador Gomes, da produtora guineense Gapro.

"Não se preocupou com o futuro e quando se apercebeu que o tempo passou arrependeu-se", acrescentou.

O objectivo do filme é passar uma mensagem à juventude da Guiné-Bissau, disse Salvador Gomes.

"Queremos atingir a juventude. Queremos fazer as pessoas pensarem no futuro. Na altura de poder estudar, estuda, para se preparar para amanhã. Se não se preparar para amanhã enfrenta dificuldades que poderia não ter de enfrentar caso estivesse preparado", sublinhou.

O filme pretende igualmente mostrar uma nova imagem de Bissau, através de cenas gravadas em bancos, hotéis, empresas privadas, escolas e universidades.

Clara das Festas foi inspirado num dos poemas do jornalista Mussá Baldé, frequentemente lidos nas rádios guineenses.

A Gapro é uma produtora audiovisual criada há cerca de cinco anos, que já tem provas dadas no mercado na produção de conteúdos para televisão e rádio.

sábado, 21 de maio de 2011

Pedido de contacto urgente

O  E-mail recebido  para pedido de contacto

From: juliodembo@hotmail.com
To: novasdaguinebissau@gmail.com
Subject: Urgente,Urgente
Date: Wed, 18 May 2011 09:55:13 +0000
Boa tarde chamo-me julio dembo manuel, filho de martins julio e de domingas zovo dembo, so angolano, fui estudante na república de cuba, fui colega devarios guinensse em especial a Dermula Benilde, ela termino o curso de economia na especialidade em finança em 1996.
Tiamos comunicação, desde altura dos confronto perdi a comunicação, pesso quem ler esta mensagem por favor trata de localizar por fovar por amor de deus o meu telefone é 931727482, por favor precisso saber se ela esta bem e sua familia.
obrigado pela atenção
julio

PR Malam Bacai Sanhá assiste na Costa do Marfim à posse de Alassane Ouattara

Bissau, 20 mai (Lusa) -- O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, viaja hoje para a Costa do Marfim para participar na cerimónia de tomada de posse de Alassane Ouattara, vencedor das presidenciais de novembro.

Segundo fonte da Presidência guineense, Malam Bacai Sanhá deverá regressar ao país na próxima terça-feira.

A tomada de posse de Alassane Ouattara deverá por fim à crise política na Costa do Marfim iniciada em novembro, quando o antigo Presidente Laurent Gbagbo se recusou a reconhecer a vitória eleitoral do seu opositor.

Segundo as autoridades da Costa do Marfim, a onda de violência criada no país com a crise política provocou cerca de três mil mortos e um milhão de deslocados.

A cerimónia de tomada de posse de Ouattara decorre sábado na capital política do país, Yamoussoukro.

MSE

Lusa/Fim

Governo angolano promove formação a jornalistas guineenses

Bissau – Os jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social públicos e privados iniciam esta sexta-feira, em Bissau, uma acção de formação, dirigida aos jornalistas nacionais, no quadro das relações de cooperação entre Angola com a Guiné-Bissau.

A acção formativa de 15 dias, visa capacitar e potenciar a classe jornalística guineense, consolidando as suas competências com vista a promover uma consciência profissional mais actuante assim como prepará-los no sentido de desempenharem o seu papel.


Avaliar o nível de preparação dos jornalistas locais em termos de cumprimento das normas que se prendem com o profissionalismo e o respeito pela ética e deontologia jornalísticas, constam igualmente dos objectivos da iniciativa.


Pretende-se ainda a promoção do intercâmbio de experiências e de informação entre jornalistas angolanos e guineenses, em torno de um melhor desempenho profissional no âmbito da cooperação existente entre Angola e a Guiné-Bissau.


A realização da acção formativa visa ainda preparar os profissionais em termos de locução, apresentação de noticiários e programas de rádio e televisão, assim como o domínio de questões técnicas básicas do jornalismo.


A formação vai incidir sobre questões básicas do exercício do jornalismo, possibilitando que os profissionais identifiquem as suas carências técnico-profissionais, capacitando-se e consolidando os seus conhecimentos.


Numa segunda fase, os jornalistas da Guiné-Bissau vão beneficiar de formação no CEFOJOR, em Luanda, e deverão ter aulas práticas na Agência de Notícias (ANGOP), Rádio Nacional (RNA), Televisão Pública (TPA), e no Jornal de Angola.


No documento rubricado, Angola propõ-se, numa primeira fase, prestar assistência técnica aos órgãos públicos e, numa segunda fase, apoiar tecnicamente o Governo guineense para assistir aos privados.


PNN

Assinado primeiro Acordo Geral de Cooperação entre Timor-Leste e Guiné-Bissau

Díli, (Lusa) -- Timor-Leste e Guiné-Bissau assinaram hoje em Díli o primeiro Acordo Geral de Cooperação entre os dois países, abrangendo sete áreas ao nível económico, cultural, social, científico e tecnológico.

O Acordo Geral de Cooperação foi assinado durante uma cerimónia que decorreu no Palácio do Governo, em Díli, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, e da Guiné Bissau, Adelino Mano Queta.

Temos caminhando ao lado da Guiné-Bissau. É um país que, embora tenha os seus problemas, é um país irmão, que nos apoiou em momentos difíceis, nomeadamente durante a resistência", disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense.

Para Zacarias da Costa "é um dever moral para Timor-Leste ajudar a Guiné-Bissau no que for preciso", tendo adiantado que disse ao seu homólogo que "o Governo da Guiné-Bissau pode contar com Timor-Leste para enfrentar os desafios que tem pela frente".

Segundo Adelino Mano Queta, o Acordo Geral de Cooperação hoje assinado entre os dois países "vai implementar e facilitar as relações entre a Guiné-Bissau e Timor-Leste".

"As relações politicas e económicas são relações antigas que sempre houve entre a Guiné-Bissau e Timor, mas estamos na fase de desenvolvimento, de discutir o que é possível fazer, bilateralmente, em benefício dos dois países" sublinhou.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante conduzirá Assembleia da UALP em Guiné Bissau na próxima segunda

Brasília,  O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, conduzirá na próxima segunda-feira (23), na condição de presidente da União dos Advogados de Língua Portuguesa (UALP), a XVII Assembleia Geral da entidade. Na pauta da reunião estão temas como o II Congresso dos Advogados de Língua Portuguesa, que será realizado em março de 2012, em Angola, a constituição da "Comissão dos Assuntos Jurídicos da CPLP/UALP" e o seguro profissional para Associações profissionais ligadas à UALP. A reunião será realizada na República da Guiné-Bissau. Durante a assembléia será realizada, também, a cerimônia de inauguração da sede da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau. Também participará da programação o vice-presidente da OAB Nacional, Alberto de Paula Machado.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cícero chamado à Selecção de Futebol da Guiné-Bissau

Cícero, avançado do Rio Ave Futebol Clube, foi chamado à Selecção de Futebol da Guiné-Bissau de forma a integrar a comitiva que vai disputar o jogo frente à Selecção do Uganda, partida a contar para a Eliminatória do Campeonato Africano de Futebol (CAN 2012) e que se realiza no próximo dia 04 de Junho, em Kampala (Uganda). A concentracção está agendada para o dia 28 de Maio, no Jamor.

A presente convocatória confirma a renovação da confiança dos responsáveis da Federação de Futebol da Guiné-Bissau no trabalho do avançado e vem dar continuidade a anteriores chamadas do jogador do Rio Ave Futebol Clube. Cicero vai assim estar ao serviço da Selecção da Guiné-Bissau entre os dias 28 de Maio e 05 de Junho.

Yannick Djaló poderá representar selecção da Guiné-Bissau

O secretário Estado do Desporto da Guiné-Bissau , Fernando Saldanha , revelou que Yannick Djaló ( Sporting ) pode vir a representar a seleção guineense na fase de qualificação para a Taça das Nações Africanas de 2012.

O secretário Estado do Desporto da Guiné-Bissau, Fernando Saldanha, revelou hoje que o futebolista Yannick Djaló pode vir a representar a seleção guineense na fase de qualificação para a Taça das Nações Africanas de 2012.

"Os contactos com Yannick estão muito adiantados. Temos 70% de confiança em como ele irá representar a nossa seleção", afirmou o secretário de Estado do Desporto guineense, em conferência de imprensa, hoje, em Bissau.

O governante falava após anunciar a lista de 40 jogadores guineense, alguns indicados pelo técnico português Norton de Matos e outros pelas autoridades desportivas, contactados para uma reunião, na quinta feira, em Lisboa.

As autoridades desportivas guineenses e Norton de Matos convocaram um conjunto de jogadores do país que atuam essencialmente na Europa para uma reunião numa unidade hoteleira em Lisboa, com vista a saber a disponibilidade de cada um para representar a Guiné-Bissau.

Vários jogadores "portugueses"

Entre os convocados destacam-se os nomes de Yannick Djaló (Sporting), Amido Balde (Sporting/ júnior), Danilo Pereira (Benfica/júnior), Pele (Belenenses), Edér (Académica), Cícero (Oliveirense), Edinilson (Dínamo de Tblisi, Geórgia), Moreira (Partizan/Sérvia ), Bruno Fernandes (Urinea Urziceni/Roménia), Kevin Gomis (Naval 1.º de Maio), Amarildo Vieira (Naval 1. de Maio/júnior), Rachide Forbs (Ribeirão), Wilson Dirceu (Sporting de Pombal), entre outros.

A Guiné-Bissau está inserida no grupo 10 da fase de qualificação para a CAN2012, cuja fase final se disputa no Gabão e na Guiné-Equatorial, conjuntamente com as selecções de Angola, Quénia e Uganda.

O primeiro jogo da Guiné-Bissau terá lugar, em Bissau, no dia 4 de setembro diante do Quénia.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Diretora demissionária da PJ diz que estava só no combate ao narcotráfico

Lisboa, (Lusa) -- A solidão na luta contra o narcotráfico foi determinante para Lucinda Barbosa se demitir da direção da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, país referenciado pelos Estados Unidos como narcoestado emergente, disse à Lusa aquela magistrada do Ministério Público guineense.

"A falta de apoios tem a ver com a minha demissão. Por não haver condições objetivas para poder continuar a fazer o trabalho. E não havendo condições objetivas, então analisando a situação e tendo em consideração alguns fatores, não propriamente ameaças, entende-se que realmente a diretora da Polícia Judiciária estava só", disse em declarações à agência Lusa.

Exonerada do cargo, a seu pedido, no passado dia 13, Lucinda Barbosa vai ser substituída no final do mês pelo também magistrado João Biague.

Angolana FreiMar quer construir 100 habitações na Guiné-Bissau

A angolana FreiMar Limitada vai iniciar a construção de 100 habitações na Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa a representante da empresa em Bissau, Maria de Fátima Gomes.

Segundo a responsável, a FreiMar decidiu investir na área da construção civil em Bissau depois de ter constatado uma "carência ao nível da habitação", na sequência de duas visitas realizadas no início do ano ao país.

"No âmbito da estratégia da FreiMar optamos pela expansão para a Guiné-Bissau e como constatamos carência ao nível da habitação decidimos construir 100 casas a médio prazo", explicou.

Para já, a FreiMar vai arrancar com a construção de sete casas de baixo custo totalmente financiadas por recursos da empresa, prevendo depois a construção de mais sete destinadas a segmentos mais elevados da sociedade.

Maria de Fátima Gomes disse também que, numa fase posterior, a empresa está interessada em "outros sectores como a agricultura, indústria, pescas e serviços financeiros".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

EUA admitem abrir delegação permanente na Guiné-Bissau

William R. Brownfield, que falava aos jornalistas à margem do "Simpósio Transatlântico para o Desmantelamento de Redes Ilícitas Organizadas", que decorre em Lisboa, salientou que a "prioridade actual" de Washington é concretizar a colocação de um diplomata norte-americano na embaixada de Portugal na capital da Guiné-Bissau.

A colocação de "um oficial do Departamento de Justiça para trabalhar de forma permanente na embaixada de Portugal em Bissau" foi acordado entre os dois países, no âmbito da 29ª reunião da comissão bilateral permanente Portugal-EUA, que decorreu na semana passada em Washington, lembrou Brownfield.

O responsável norte-americano destacou que a colocação desse oficial insere-se nos esforços de luta contra o crime organizado transnacional e "dependerá em muito da colaboração de Portugal".

"Quanto ao objectivo de longo prazo de estabelecer uma representação diplomática permanente na Guiné-Bissau, isso será eventualmente decidido pelo Presidente Obama, com recomendações da secretária de Estado (Hillary Clinton) e do secretário de Estado Adjunto para os Assuntos Africanos, Johnny Carson", explicou.

O responsável do Departamento de Estado afirmou, contudo, que a sua deslocação na quarta-feira à África Ocidental poderá "eventualmente iniciar esse processo de decisão".

Brownfield encabeça uma delegação de alto nível - da qual fazem parte o procurador-geral adjunto norte-americano, Lanny Breuer, e a administradora da Drug Enforcement Administration (DEA - Agência Anti-Drogas dos EUA), Michele M. Leonhart - que nos próximos dias irá reunir-se com responsáveis políticos no Gana e na Libéria.

O objectivo dessas reuniões, adiantou Brownfield, é "abrir um diálogo e começar a discutir como podemos melhor coordenar e organizar os nossos esforços na África Ocidental".

Nessa ocasião, será apresentada e discutida a Iniciativa para a Segurança dos Cidadãos da África Ocidental (WACSI), que recorre a uma abordagem multifacetada para alicerçar o apoio dos EUA à luta contra o crime transnacional, sobretudo ao narcotráfico, precisou.

"Não é o nosso objectivo ofuscar, ajustar ou de alguma maneira modificar de qualquer forma o excelente trabalho que está a ser implementado nesse âmbito por vários governos e organizações regionais e multilaterais. Mas sim ver o que pode ser melhorado com mais recursos no futuro", explicou Brownfield.

Madre Clara: Vida religiosa «só» precisa de olhos, coração e vontade

«A minha opção de vida é ser peregrina», assinala Nealtina, das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição

Linda-a-Pastora, Lisboa, 17 mai 2011 (Ecclesia) – A irmã Nealtina acredita que para optar definitivamente pela consagração religiosa “só é preciso ter coração para colar ao sofrimento das pessoas, olhos para ver e vontade para agir”.

A religiosa nascida na Guiné-Bissau faz parte das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (Confhic), cuja cofundadora, Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899), também conhecida por Mãe Clara, vai ser beatificada este sábado, em Lisboa.

“A minha opção de vida é ser peregrina, andar e ir aonde for preciso”, revelou a irmã, entrevistada na segunda-feira peloprograma da ECCLESIA na Antena 1, que esta semana dedica as suas emissões à congregação.

Nealtina, de 35 anos, partiu para Portugal em 1996 com o objetivo de realizar a formação inicial na Confhic, depois de ter conhecido o trabalho desenvolvido na Guiné-Bissau, território onde a congregação chegou em 1893.

“Ser religiosa não era o meu primeiro sonho”, reconhece Nealtina, mas os seus planos mudaram depois de uma convivência próxima com a congregação instituída em Lisboa a 3 de maio de 1871, e que atualmente se encontra em 14 países.

A disponibilidade das irmãs sensibilizou Nealtina: O que mais me impressionou foi o facto de serem missionárias, de estarem a trabalhar conosco e não serem da nossa terra e da nossa raça”, assinala a religiosa, que também foi atraída pela fraternidade: “Não tinham nenhum laço de sangue” e ainda assim “viviam para um ideal comum”.

A missão da Confhic na Guiné compreende a educação (da infância, juventude e adultos), o combate à fome, os cuidados de enfermagem e a colaboração no trabalho pastoral das paróquias.

“Chamou-me a atenção a dedicação ao outro, a vontade de minimizar os sofrimentos, fazendo o bem onde ele estivesse por fazer”, acentua a religiosa, há 12 anos ligada à congregação que tem por lema ‘Lucere et Fovere’ (‘Iluminar e Aquecer’).

Das ações da Confhic que Nealtina testemunhou, uma das que mais a tocou foi a promoção do sexo feminino: “Entre muitas pobrezas, a que mais me inquietava era a das mulheres não poderem decidir as suas próprias vidas, sujeitando-se a fazer o que as outros queriam para elas, correndo muitas vezes o risco de passarem uma vida infeliz”.

As mulheres constituem o setor mais pobre da população, explica Nealtina, e a congregação oferece-lhes noções de higiene, ajuda-as a realizar tarefas domésticas e a preparar refeições, além de perscrutar as suas inquietações: “As irmãs vão ter com elas só para as escutar, pois têm muitas coisas para dizer e ninguém que as ouça”.

A vertente espiritual foi também decisiva: “Como africana e como mulher, queria pertencer a alguém que me dissesse alguma coisa desde dentro”, acentua a religiosa que em 2007 se uniu decisivamente à congregação ao professar os votos perpétuos.

Nealtina é hoje professora de Educação Moral e Religiosa Católica no Colégio de Nossa Senhora da Bonança, em Vila Nova de Gaia, depois de um percurso vocacional marcado pela liberdade de escolha.

“Se alguém fizer a opção pela vida religiosa sem liberdade, não aguenta, não será feliz nem poderá fazer feliz a vida de ninguém. E quando a vida não é para tornar feliz a vida dos outros, então não vale a pena”, salienta.

LS/RM

Refugiados em greve de fome junto à sede do ACNUR

Bissau - Os refugiados de diferentes nacionalidades que se encontram na Guiné-Bissau, iniciaram esta segunda-feira, em Bissau, uma greve de fome por um período indeterminado.

Os protestos das pessoas que escolheram a Guiné-Bissau como país de refúgio após os acontecimentos de diferentes naturezas nos seus países de origem, tem como objectivo, exigir os seus direitos junto à representação de Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).


Sobre esta greve, John Mathes, Presidente dos Refugiados Urbanos, é da opinião que o Governo da Guiné-Bissau não está a cumprir as regras internacionais sobre os direitos que assistem os refugiados. «Estamos cansados e fartos de promessas de todos os anos para que os nossos problemas sejam solucionados, mas tudo continua na mesma», disse um dos refugiados em greve de fome.
A maior parte dos refugiados que se encontra no país é proveniente dos países vizinhos tais como o Senegal, Guiné-Conacri, Serra-Leoa e Libéria. Estima-se que estejam a viver no território guineense pouco mais 40 mil pessoas, entre deslocados e refugiados de diferentes nacionalidades.


O grupo tem sido assistido pelo Governo da Guiné-Bissau através do Ministério do Interior, mais especificamente, do Secretariado-executivo para os Refugiados e Deslocados Internos.


Ogrupo terá sido dispersado ao fim da tarde de segunda-feira, pela Polícia de Intervenção Rápida, a pedido de HCR na Guiné-Bissau.

PJ tem nova denominação e novo director

images 1 Bissau – A directora-geral da Polícia Judiciária guineense, Lucinda Gomes Barbosa Ahukarié, foi afastada este fim-de-semana ,das suas funções, na sequência da nomeação do magistrado, João Biague para o mesmo lugar.

Para além de novo director, a Polícia Judiciária tem uma nova denominação, Direcção Nacional de Policia Judiciaria, que se enquadra na reforma no sector da Defesa e Segurança na Guiné-Bissau. A nomeação foi anunciada num comunicado do Conselho de Ministros de 13 de Maio, onde, igualmente, foi anunciado o fim da comissão de serviço de Lucinda Gomes Barbosa Ahukarié.


João Biague ainda não tomou posse do cargo mas irá dar continuidade aos trabalhos iniciados por Lucinda Gomes Barbosa, desde a luta contra os traficantes de droga, ao implementar o funcionamento de estruturas da PJ guineense em todo território nacional, e que até aqui funcionava só em Bissau, sob a coordenação de sub-inspectores designados.


A tarefa não é fácil tendo em conta que esta é a primeira vez que João Biague vai exercer um alto cargo no aparelho do Estado guineense. João Biague licenciou-se pela Faculdade de Direito de Bissau, nos finais dos anos 90.

Sindicato Nacional dos Professores da Guiné-Bissau volta às greves

Bissau,  (Lusa) -- O Sindicato Nacional de Professores da Guiné-Bissau (SINAPROF) iniciou hoje uma greve de três dias por incumprimento por parte do governo do acordo assinado no final do ano.

No acordo, o governo, segundo um comunicado daquele sindicato, comprometeu-se a aplicar a carreira docente, efetivar todos os professores e a pagar os salários em atraso aos docentes.

"Nenhum dos pontos previstos no acordo assinado foi respeitado e cumprido integralmente pelo governo", refere o sindicato no documento.

No comunicado à imprensa, o SINAPROF adverte que, se as "reivindicações não forem solucionadas, prosseguirá com sucessivas paralisações", mas ao mesmo tempo manifesta abertura para a continuação do diálogo com as autoridades.

No final do ano passado, os dois principais sindicatos dos professos da Guiné-Bissau, SINAPROF e Sindicato Democrático dos Professores (SINDPROF), chegaram a um entendimento com o governo depois de uma paralisação de 15 dias.

Em dezembro, os dois sindicatos prometeram retomar as aulas e alargar o período letivo mais um mês para compensar os alunos pelos dias de aulas perdidos.

Contactado pela agência Lusa, o SINDPROF demarcou-se da atual greve dos professores, sublinhando que o "governo já cumpriu 70 por cento das reivindicações".

"Foram efetivados 203 professores. O que está pendente neste momento é o problema dos salários dos professores contratados e novos ingressos (...) e já temos garantia de pagamentos", afirmou à Lusa Cármen Ocante, porta-voz do SINDPROF.

MSE.

Lusa/Fim

domingo, 15 de maio de 2011

Ajuda portuguesa seguiu para a Guiné-Bissau

Já está na estrada a expedição de ajuda humanitária Coração na Guiné. Joel Fonseca e José Miranda partiram pelo segundo ano consecutivo para uma viagem de sete mil e quinhentos quilómetros de mota.

sábado, 14 de maio de 2011

Diretora da PJ exonerada

Bissau,  (Lusa) - A diretora geral da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, Lucinda Barbosa, foi sexta-feira exonerada do cargo e substituída por João Biague, soube a Lusa de fonte do governo.

Em comunicado de imprensa saído de uma reunião extraordinária do conselho de ministros, o executivo guineense faz saber que o primeiro-ministro deu a sua anuência para a substituição de Lucinda Barbosa por João Biague no cargo de diretor da PJ.

O comunicado do governo não avançou as razões da mexida na direção da PJ, uma das mais importantes estruturas no país do combate ao crime organizado nomeadamente o tráfico da droga.

A imprensa guineense trouxe nos últimos dias relatos que indicam que Lucinda Barbosa teria posto, pela segunda vez, o seu lugar à disposição do governo, por, alegadamente, estar a ser alvo de sistemáticas ameaças à sua integridade física e ainda estar com dificuldades para trabalhar por ações deliberadas de "forças de bloqueio".

O novo diretor da PJ é magistrado do Ministério Público, formado na Faculdade de Direito de Bissau.

MB.

Lusa Fim

Ministros do Emprego e Formação profissional da UEMOA consideram agricultura solução para o desemprego

Bissau, (Lusa) -- Os ministros do Emprego e Formação Profissional da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) reunidos na Guiné-Bissau consideram que é pela agricultura que passa a solução para o problema do desemprego que afeta a juventude na região.

Esta ideia foi realçada pelo ministro guineense da Função Pública, Trabalho e Modernização do Estado, Fernando Gomes, no seu discurso de encerramento da conferência que decorreu em Bissau quarta e quinta-feira.

Na perspetiva dos dirigentes da UEMOA, organização que agrupa oito Estados, a falta do emprego constitui hoje um "problema de segurança nacional" destes países, onde grande parte da população, os jovens, está no desemprego.

Para que haja uma estratégia consertada, os ministros do Emprego e Formação Profissional acordaram que será necessário criar um observatório do emprego e formação profissional a nível de cada país e também ao nível da própria UEMOA.

Também consideram ser urgente a revisão dos currículos escolares de forma a melhorar o sistema de ensino técnico e profissional em cada país, para que este possa responder às necessidades do emprego dos jovens.

A nova visão do sistema do ensino passa também por sensibilizar as famílias sobre as vantagens do ensino técnico-profissional dos jovens. Os governantes consideraram ainda que deve haver uma maior concertação entre o Estado, o setor privado e os empregadores na resolução da falta do emprego.

Os ministros do Emprego e Formação Profissional da UEMOA pretendem ainda que seja criado, a partir de agora, um banco de dados sobre a situação do emprego, através do qual cada Estado poderá recolher informações que serão canalizadas pelos observatórios de outros Estados.

MB.

Lusa/Fim

Diplomata norte-americano vai ser colocado na embaixada portuguesa em Bissau

Washington, 12 mai (Lusa) -- A colocação de um diplomata norte-americano na embaixada de Portugal na capital da Guiné-Bissau é uma das principais conclusões da 29ª reunião da comissão bilateral permanente Portugal-EUA, segundo um comunicado final hoje divulgado.

O documento enviado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pela embaixada dos EUA em Lisboa, relativo a uma reunião que decorreu em Washington a 05 de Maio, refere que os dois países concordaram na necessidade de "ampliar e reforçar a cooperação bilateral em diversas áreas".

O texto precisa que as delegações abordaram "um vasto conjunto de assuntos africanos" e privilegiaram diversas áreas de atuação, do "apoio ao reforço das instituições democráticas" em África à "urgência da luta contra o crime organizado transnacional", e do "empenho nas questões de segurança marítima" ao desenvolvimento "da capacidade dos parceiros em matéria de forças militares e de segurança".

Neste âmbito, frisa o comunicado, "as delegações expressaram a sua satisfação com a assinatura de um memorando de entendimento relativo à colocação de um diplomata norte-americano na embaixada de Portugal e Bissau e concordaram em explorar outras formas de cooperação em África".

O reforço da colaboração "nas áreas de luta contra o crime organizado transnacional, tráfico de drogas, terrorismo e o seu financiamento, bem como da segurança da cadeia global de abastecimento" é outros dos aspetos sublinhados na declaração final.

Na área do comércio e investimento é por sua vez destacada a intenção de "continuar a procurar oportunidades de promover o comércio e o investimento em África através de iniciativas como o Acess Africa Forum", enquanto na esfera da Defesa as duas delegações se congratulam "pelas conversações a nível de estado-maior" que vão decorrer em Washington em outubro de 2011.

O comunicado precisa ainda que, e na perspetiva de reforçar os "interesses comuns de segurança" no continente africano, as duas delegações concordaram na intenção de "incrementar o diálogo entre as autoridades portuguesas e o comando norte-americano para África" com o objetivo de "identificar possíveis áreas de cooperação bilaterais, trilaterais e multilaterais de benefício mútuo".

PCR.

Lusa/Fim

Ministério Público e Promotoria da Justiça Militar estiveram reunidos

Bissau - O Procurador-geral da República, Amine Saad, esteve reunido esta quarta-feira, com o Presidente do Tribunal Militar Superior no sentido da criação do corpo de Polícia Judiciária Militar.

O encontro entre Amine Saad com Eduardo Costa Sanhá tinha como objectivo analisar os mecanismo de trabalho com os efectivos da promotoria da justiça militar assim como a criação de um corpo de Polícia Judiciária Militar, que deverá funcionar junto da Promotoria Militar.


À saída do encontro, Amine Saad disse à imprensa que já se fazia sentir a necessidade de convergências de trabalho conjunto entre o Ministério Público e o Tribunal Militar Superior. «Saio daqui satisfeito, mas também triste pelas condiçoes de trabalhos um pouco degradantes em que funciona o Tribunal Miltar Superior», disse Amine Saad.


Em relação à criação dos efectivos da Polícia Judiciária Militar, Amine Saad confirmou que está em curso trabalho neste sentido, tendo adiantado que o Estado-Maior General das Forças Armadas está a levar a cabo uma acção de formação dos agentes da judiciária militar com o objectivo de implementar na prática este efectivo. «A justiça é feita com as pessoas formadas, onde os prazos são exigidos, num processo que envolve meios para que a justiça seja feita», advertiu Amine Saad.


Eduardo Costa Sanhá, presidente do Tribunal Militar Superior manifestou a sua satisfação com o encontro que manteve com o responsável máximo do Ministério Público guineense. Costa Sanhá informou ainda, que doravante, as duas partes vão manter-se em concertação permanente para o bem das duas instâncias jundicias do país.


«Estamos a tentar criar condiçoes básicas para que possamos estar à altura para resolver os problemas que afectam quer o Ministério Público quer o Ministério Público Militar», disse Costa Sanhá.
Refira-se que esta é uma das raras vezes em que duas personalidades destas instituições se encontraram para abordar questões que afectam as justiça civil e a justiça militar.


Sumba Nansil

'Não somos um narco-estado apesar das nossas fragilidades" - primeiro-ministro

0,c66526b6-7442-43c8-9db1-5a6f8f6e6a64 Bissau,  (Lusa) -- O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, negou hoje que o seu país seja um narco-estado embora admita "muitas fragilidades".

Em declarações à agência Lusa e RTP-África, à margem da abertura de uma reunião dos ministros do emprego e formação profissional da UEMOA, Carlos Gomes Júnior reagiu às acusações feitas por responsáveis do G8 reunidos em Paris segundo os quais a Guiné-Bissau seria um dos quatro países africanos por onde passa a droga em direção à Europa.

A posição foi sustentada por um especialista na luta contra a droga presente na reunião, segundo o qual a Guiné-Bissau é hoje considerada um verdadeiro "narco-estado".

"Clube de Paris" perdoa dívida da Guiné-Bissau Autoridades querem usar fundos em programas de desenvolvimento

O "Clube de Paris" de nações credoras perdoou à Guine Bissau 283 milhões de dólares da sua dívida externa, foi anunciado em Bissau.
A dívida total para com os países daquele grupo era de 385 milhões de dólares.
Num comunicado o governo disse que a decisão vai ter um impacto em todos os sectores da vida do país pois o governo terá aogra fundos à sua diposição para serem usados em investimentos.
O govenro quer usar os fundos no sector agro industrial com particular destaque para a produção do arroz e outros produtos agrícolas.
O governo pensa que o acordo agora alcançado com o "Clube de Paris" - que descreveu de "uma vitória política e diplomática" - abre as portas para negociações sobre a divida guineense com outros paises que não são parte daquele agrupamento.

Manifestantes exigem controlo dos preços = Preços são agora principal tópico de controvérsia na Guine Bissau

Na Guiné-Bissau realizou-se hoje uma manifestação contra o aumento dos preços dos produtos básicos.


A manifestação foi organizada pela associação dos consumidores de bens e serviços e decorreu na principal avenida da capital guineense e culiminou emf rente á sede do governo.


Os promotores entregaram ao executivo uma lista de reivindicações em que se inclui o estabelecimento de um regime de fixação de tecto máximo para os géneros e artigos de primeira necessidade.
Os manifestantes pediram tambem "a sistematização do controlo do mercado interno".


A questão do aumento dos preços dos produtos de primeira necessidade está a tornar-se numa das principais controvérsias na Guiné Bissau.


O governo culpa a situação no mercado internacional algo que parece ser validado por situações semelhantes em muitas outras partes de África e do mundo.


Mas os consumidores guineenses rejeitam esse argumento culpando os comerciantes pelos aumentos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Emirados Árabes interessados nos recursos naturais guineenses

Um grupo de investidores dos Emirados Árabes Unidos está interessado nos sectores das pescas, prospecção mineira e infra-estruturas portuárias na Guiné-Bissau, revelou hoje fonte do Ministério da Economia guineense.

Segundo a mesma fonte, o governo de Bissau, representado pela ministra da Economia, Plano e Integração Regional, Helena Embalo, assina hoje um memorando de cooperação com os investidores árabes representantes de duas holdings, a International Comercial Investment e a Plambeck Emirates Global, ambos dos Emirados Árabes Unidos.

O memorando, que prevê investimentos a curto e médio prazo nos sectores das pescas, prospecção mineira e infra-estruturas portuárias, é rubricado por Helena Embaló e por um conselheiro do emir dos Emirados Árabes Unidos.

A delegação do Emirado é composta por cinco pessoas.

A delegação é também portadora de mensagens pessoais do príncipe Khalifa Al Nahyan para o Presidente da República e para o primeiro-ministro guineenses.

Makas na MISSANG ‘devolvem’ adjunto a Luanda

O comandante adjunto da Missão de Segurança das Forças Angolanas na Guiné-Bissau (MISSANG), brigadeiro Manuel Flora, terá recambiado para o país na sequência de desacatos com um subordinado, coronel, na via pública daquele país africano, soube O PAÍS de uma fonte militar.

O oficial general, segundo uma fonte de O PAÍS nas Forças Angolanas, teria vindo a Luanda, esta semana, pela mão do chefe do EstadoMaior General Adjunto, general Jorge Barros “Guto”.

A altercação terá acontecido na via pública com um coronel da missão militar angolana na Guiné-Bissau.

Aquando da instalação formal desta missão das FAA na Guiné-Bissau, dois jornalistas, o autor destas linhas e o colega da Angop, tiveram uma conversa com dois sargentos da Polícia Militar angolana que reclamaram de um alegado mau tratamento que lhes estava a ser “brindado” pelos seus superiores hierárquicos, consubstanciado em ofensas morais, e, na altura, falou-se mais do comandante da missão.

Foi aventada, na altura, pelos militares, a possibilidade de alertar o general Cândido Pereira Van-Dúnem,

mas a ocasião nterá favorecido uma abordagem ao ministro da Defesa.

Segundo fontes deste jornal, haveria mesmo o desejo dos militares, sargentos e soldados, de procurarem manifestar o seu descontentamento por via dos órgãos de comunica ção social angolanos que lhes dêem abertura para tal. Entre as reclamações ouvidas na Guiné-Bissau constam ainda o facto de não ter sido comunicado aos militares o tempo a permanecer por lá, os salários e subsídios a que têm direito, o tempo de férias, bem como a falta de comunicação com as respectivas famílias.

“Sabemos que tudo está tratado, mas está a faltar comunicação” disse um dos militares.

Segundo o relato do militar angolano, a maior parte dos efectivos da missão tinham formação em operações de manutenção de paz, tendo alguns sido escolhidos para participar em várias acções formativas no âmbito da SADC.

Segundo uma fonte na Polícia Militar, os crimes de ofensas morais e físicas são puníveis, nos termos do regulamento de disciplina militar em vigor nas Forças Armadas Angolanas, com penas de prisão.

O brigadeiro Manuel Flora é um militar que pertenceu aos quadros da Direcção Principal de Quadros do Ministério da Defesa ao tempo das extintas FAPLA, onde iniciou a carreira com a patente de aspirante.

Por altura da constituição do exército nacional único chefiou a Direcção de Pessoal e Quadros do Exército do Estado-Maior General das FAA, mas , segundo as mesmas fontes, caiu nas malhas de um processo de corrupção na gestão do pessoal com ligação às finanças que o relegou para o esquecimento durante longos anos, tendo sido reabilitado com a sua nomeação para chefe adjunto da MISSANG.

Naquele então chefiava o EstadoMaior do Exército, o general Mateus Miguel Ângelo “Vietname”, actual vice-ministro da Assistência e Reinserção Social. A fonte não pôde precisar qual o procedimento a ser seguido em relação ao oficial general.

A MISSANG é um destacamento militar angolano de pouco mais de 200 homens que tem a tarefa de ajudar o exército guineense a reformar as Forças Armadas da Guiné-Bissau, assim como as de segurança, que foi instalada formalmente em Abril último.

O País espera poder publicar uma reacção oficial, sobre este assunto, na próxima semana, a partir de Bissau.

Dois mortos e vários feridos em confrontos, entre populações de duas aldeias, Embassiná e Djaal

Dois mortos e vários feridos graves é o resultado de um confronto entre populações de duas aldeias na Guiné-Bissau.

O confronto envolveu os habitantes das aldeias  Embassiná e Djaal e deve-se a disputas sobre o uso de terras agrícolas, particularmente de cajueiros, o principal produto agrícola do país.

Nos confrontos foram usadas catanas  e outras armas e as autoridades tão agora a tentar repôr a calma tendo unidades das forças de segurança sido enviadas para o local.
O chefe de estado maior das forças armadas guineeses, António Ndjai, deslocou-se também ao local.

O governo está agora a estudar a possibilidade de efectuar uma divisão adminsitrativa das terras em disputa para tentar resolver o problema.

domingo, 8 de maio de 2011

Instituto fecha porque funcionária recorreu ao irã (divindade da mitologia africana) para cobrar salários

O Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Aplicada (INITA) da Guiné-Bissau está fechado desde quarta-feira porque uma funcionária da limpeza recorreu ao irã (divindade da mitologia africana) para exigir dois anos e sete meses de salários em atraso.

Depois de vários pedidos para que lhe fosse pago o salário e sem possibilidades financeiras para recorrer aos tribunais, a funcionária contratada do INITA, decidiu recorrer ao irã para cobrar aquilo a que tem direito, conta a Lusa.

«Falei com vários ministros e vários diretores-gerais, mas ninguém quis resolver o meu problema. Como não posso, e sei que se for à justiça ainda levo mais tempo e se calhar ainda acabo presa, decidi pedir ajuda ao irã da minha aldeia», explicou Nene Cá aos jornalistas.

O resultado, para já, é que, desde quarta-feira que a sede do INITA, em Bissau, está fechada, porque Nene Cá instalou o irã à porta da instituição e os funcionários não se atrevem a entrar com medo que a divindade lhes possa causar algum mal na vida.

«Eu não me responsabilizo por aquilo que possa acontecer. Se me pagarem vou lá e tiro o irã, sem problema, caso contrário nem eu mesma posso tirá-lo de lá», sublinhou Nene Cá, que, na quinta-feira, foi levada à sede da Polícia Judiciária, que a tentou demover dos seus intentos.

«Levaram-me à sede da polícia, mas disse-lhes que não posso tirar o irã da porta porque prometi que só sairia de lá caso eu recebesse o meu dinheiro, porque vou ter que dar ao irã um porco e aguardente», esclareceu.

A funcionária faz as contas e diz que na totalidade tem a receber cerca de 700 mil francos CFA (cerca de 1067 euros), pelos dois anos e sete meses que trabalhou no INITA sem receber nada.

«Trabalhei como servente (empregada de limpeza), que é um trabalho perigoso. Limpei as casas de banho, as mesas, o chão durante mais de dois anos e agora não me querem pagar. Estou doente e preciso tratar-me, mas ninguém me paga», desabafa Nene Cá.

Contactada pela Lusa, uma fonte do Ministério da Função Pública disse que o caso de Nene Cá deve ser enquadrado como sendo o de uma funcionária menor, contratada, que deve ser paga pelo serviço contratado. O INITA é uma instituição afecta ao Ministério do Comércio, Indústria e Artesanato.

sábado, 7 de maio de 2011

Ministros do Emprego e Formação Profiscional da UEMOA reúnem-se em Bissau

Bissau – Realiza-se em Bissau, entre os dias 10 a 12 de Maio, a Conferência Internacional dos Ministros do Emprego e Formação Profissional da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).

O encontro foi anunciado em comunicado pelo gabinete de imprensa do Ministério da Função Pública guineense.

Sob o lema «Emprego e formação profissional, uma estratégia regional para o desenvolvimento e inclusão social», o encontro de Bissau vai juntar os ministros do Emprego e Formação Profissional dos países da UEMOA. Os responsáveis máximos vão discutir assuntos que dizem respeito ao emprego, assim como a forma de inclusão da vida social nos oito países membros da união.


A cerimónia de abertura deste encontro deverá ser presidida pelo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior e encerrada por Raimundo Pereira, Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.


Sumba Nansil

Angola perdoa dívida

Luanda - Angola vai perdoar metade da dívida da Guiné-Bissau em termos equivalentes ao que este país obtiver do Clube de Paris.

O perdão da dívida está enquadrado num acordo de reconciliação que está a ser negociado entre as duas partes. Segundo o Governo angolano, a dívida guineense atinge os 39 milhões de dólares e o referido acordo será estabelecido até final desde ano.


Entretanto, Governo da Guiné-Bissau solicitou a Angola financiamento para vários projectos, dos quais se destacam a drenagem e a sinalização do Porto de Bissau, a reabilitação da rádio e televisão e a reabilitação das ruas da capital.


De acordo com o Governo angolano, estes financiamentos destinam-se a «atenuar o risco de comprometer a imagem e credibilidade do Executivo em relação à capacidade de mudar o cenário económico e social do país».


No quadro do «Projecto de Apoio à Estabilidade e Crescimento» do Governo guineense, Angola vai abrir uma linha de crédito até 25 milhões de dólares para financiar a actividade económica privada guineense.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Portugal e Guiné-Bissau debatem reforço da cooperação no setor da Justiça

Lisboa, 05 mai (Lusa) -- Os ministros da Justiça de Portugal e da Guiné-Bissau, Alberto Martins e Mamadú Jaló Pires, respetivamente, reúnem-se hoje em Lisboa para debater o reforço da cooperação bilateral no setor, no âmbito da estada em Portugal de uma delegação guineense.

A visita da delegação, na qual se integra o Procurador-Geral da República Amine Saad, foi patrocinada pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC).

Antes de Portugal, a delegação guineense visitou a Holanda, uma deslocação também patrocinada pelo UNODC, igualmente no âmbito do Programa de Apoio e Reforço das Capacidades da Justiça na Guiné-Bissau, tendo em vista a implementação neste país de uma Autoridade Central para a Cooperação Internacional em Matéria Penal e Auxílio Judicial Mútuo.

No caso da reunião dos dois ministros, o objetivo é ainda aprofundar a cooperação bilateral no que diz respeito a Matéria Penal e Auxílio Judicial Mútuo, no âmbito das respetivas Procuradorias.

No que diz respeito à visita à Procuradoria-Geral da República, a delegação guineense pretende saber como funciona a instituição e assim servir de fonte de inspiração para a criação na Guiné-Bissau de uma Autoridade Central para a Cooperação Internacional em matéria penal.

O objetivo é assegurar, no futuro, maior celeridade processual sempre que estejam envolvidos outros países, audição de testemunhas e suspeitos fora do território nacional, extradição e, eventualmente, transferência de prisioneiros.

EL/MB.

Lusa/Fim

Governo da Guiné-Bissau considera "cruel e inaceitável" operação da NATO

Bissau, (Lusa) -- O governo da Guiné-Bissau considera "cruel e inaceitável" os bombardeamentos da NATO contra Líbia e afirma ainda que estas ações excedem largamente o mandato concedido pelas Nações Unidas.

A posição do governo de Bissau vem expressa em comunicado do conselho de ministros realizado extraordinariamente quarta-feira onde a situação na Líbia mereceu um amplo debate.

"O governo da Guiné-Bissau manifesta a sua solidariedade ao povo líbio e considera inaceitável e cruel os bombardeamentos da NATO naquele país, situação que excede largamente o mandato das Nações Unidas", lê-se no comunicado do executivo guineense.