domingo, 29 de junho de 2014

Novo Futuro ENTREVISTA à STPtv de Luís Vicente .

FALA- NOS DOS PROBLEMAS ATUAIS DA DESFLORESTAÇÃO, JUVENTUDE E TRAÇA UM OLHAR PARA UM FUTURO MELHOR COM O NOVO ELENCO GOVERNATIVO.

Orgânica do Governo sugere 16 ministérios e 11 secretarias de estado

Bissau : O Governo do Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira terá 16 pastas ministeriais e 11 secretarias de estado, de acordo com um documento vindo a publico

Embora sejá ainda possível algumas alterações da última hora, o novo Primeiro-ministro da Guiné-Bissau pretende apresentar a seguinte orgânica governativa, estando a sua preparação na fase final.

Ministérios:

  • Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional (1)
  • Ministério da Defesa Nacional (2)
  • Ministério da Administração Interna (3)
  • Ministério da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares (4)
  • Ministério da Função Publica e Reforma Administrativa (5)
  • Ministério da Mulher, Família e Coesão Social (6)
  • Ministério da Educação (7)
  • Ministério da Justiça (8)
  • Ministério da Saúde (9)
  • Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (10)
  • Ministério das Obras Publicas, Construções e Infra-estruturas (11)
  • Ministério dos Recursos Naturais (12)
  • Ministério da Energia e da Industria (13)
  • Ministério da Economia e das Finanças (14)
  • Ministério do Comercio e do Artesanato (15)
  • Ministério das Pescas (16)

Secretarias de Estado:

De acordo com a orgânica a ser apresentada por Domingos Simões Pereira, o novo governo guineense contará com 11 secretarias de estado.

  • Juventude, da Cultura e dos Desportos (1)
  • Ambiente e Turismo (2)
  • Transportes e das Comunicações (3)
  • Cooperação Internacional e das Comunidades (4)
  • Ordenamento e Administração do Território (5)
  • Combatentes da Liberdade da Pátria (6)
  • Ensino Superior e da Investigação Cientifica (7)
  • Gestão Hospitalar (8)
  • Tesouro e Assuntos Fiscais (9)
  • Orçamento e Assuntos Fiscais (10)
  • Plano e da Integração Regional (11)
Domingos Simões Pereira, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau

Domingos Simões Pereira, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau

E ainda de acordo com o mesmo documento, sob o Gabinete do Primeiro-Ministro estarão as secretarias de estado da Juventude, da Cultura e dos Desportos (1), do Ambiente e Turismo (2) e dos Transportes e das Comunicações (3).

O anúncio do Governo guineense é esperado nos próximos dias.

Novo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira quer gestores públicos idóneos

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, quer que os gestores públicos deem provas de idoneidade para desempenhar os cargos e dá-se como voluntário para ser o primeiro a fazê-lo, referiu em entrevista à agência Lusa.

Nomeado no passado dia 24 e com posse prevista para os próximos dias, o novo líder quer que cada membro do Governo entregue "uma relação de bens" no início de funções, para que se possa verificar se o património que possui no final do mandato é justificado.

Domingos Simões Pereira quer dar o exemplo, defendendo também um "escrutínio do passado" para assegurar que cada um tem "condições morais para fazer a gestão dos bens públicos".

"Já pedi à Assembleia Nacional Popular (ANP) que ative rapidamente a comissão de Ética, porque acho que todos nos devemos submeter à verificação que essa entidade entender pertinente fazer para clarificar os nossos atos", justificou.

A medida contrasta com a corrupção e impunidade diagnosticada por entidades guineenses e estrangeiras e verificável no dia-a-dia do país.

"É preciso conquistar o povo guineense para um desafio nacional e isso é um propósito perdido à partida se o povo não acreditar nas autoridades.

Nós precisamos do crédito do povo da Guiné-Bissau", sublinhou. Domingos Simões Pereira vai governar uma das nações mais pobres do mundo, com carências a todos os níveis e em que apesar de vários recursos naturais estarem a ser exportados, fontes estatais referem que os cofres do tesouro público estão vazios.

O ponto de partida para começar a governar "é fazer uma real avaliação da situação do país", para se fixarem "metas de curto prazo", num plano de emergência que o chefe do próximo Executivo quer ver pronto rapidamente.

Nas ruas reclama-se o pagamento de salários em atraso na função pública - seis meses, segundo sindicatos e outros organismos -, algum abastecimento de água e luz e avolumam-se as queixas pelo aumento do custo de vida.

"Não tenho cheques na mão, tenho promessas de abertura de diálogo e muitos parceiros disponíveis para trabalharem connosco porque acreditam no programa que apresentámos", referiu o primeiro-ministro.

A "reforma do setor de defesa e de segurança" na Guiné-Bissau é o "problema fundamental" do país, afirmou o secretário executivo da Comissão Económica da ONU para África, o guineense Carlos Lopes, à Lusa.

Em entrevista à Agência Lusa em Malabo, capital da Guiné Equatorial, onde terminou sexta-feira uma cimeira da União Europeia, Carlos Lopes mostrou-se "orgulhoso com a forma como se realizaram as eleições" no seu país natal, Guiné-Bissau, mas defendeu a necessidade urgente de introduzir alterações no modelo de funcionamento do sistema de defesa e segurança do país.

"Nós não podemos perder esta oportunidade, mas estou um bocado preocupado com as tensões que reaparecem porque não resolvemos o problema fundamental, que é a reforma do setor de defesa e de segurança", afirmou Carlos Lopes.

O país tem sido palco de vários golpes de Estado, o último em 2012, e a normalização constitucional só se verificou em maio, com a eleição de um novo Presidente da República, José Mário Vaz, e um novo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira. E foi em Malabo, que a Guiné-Bissau regressou às organizações internacionais, de onde havia sido suspensa.

"Acho que é fundamental haver uma reforma profunda do setor de defesa e de segurança porque está provado que é o principal problema do país", sublinhou Carlos Lopes, considerando que, sem isso, as eleições não são suficientes.

Até porque "nós somos relativamente bons a fazer eleições e todas as eleições da Guiné-Bissau sempre se realizaram sem problemas", disse o economista guineense, que também abordou a adesão da Guiné Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na cimeira de julho, em Timor-Leste.

O processo tem sido abertamente criticado por várias organizações da sociedade civil, que contestam a entrada de um país que tem no espanhol o seu principal idioma e um regime considerado um dos mais ditatoriais do mundo.

Para Carlos Lopes, "as instituições tais como a CPLP e outras devem-se reger por definições de Estado e não de governo".

Por isso, o que deve estar em causa é avaliar se o país reúne condições para aderir e não o seu regime de governo.

"Se normalmente os Estados têm determinadas características que permitem a sua adesão, esse é que deve ser o critério e não o governo ou o regime", disse.

Médicos Portugueses na Guiné-Bissau

Ao abrigo de um protocolo entre o IMVF e o Centro Hospitalar do Alto Ave, profissionais de saúde desta unidade portuguesa estiveram em missão na Guiné-Bissau para a prestação de cuidados de saúde materno-infantis.

Com a duração de dois anos, este protocolo surge no âmbito do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil (PIMI) - Componente de Reforço da Disponibilidade e Qualidade dos Cuidados de Saúde Materno-Infantis cofinanciado pela União Europeia.

Fonte Porto Canal

PR José Mário Vaz, considera que "a cimeira da União Africana atingiu plenamente os seus objectivos".

Terminou ontem a 23a edição da Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Malabo, na Guiné Equatorial.

O PR José Mário Vaz, considera que "a cimeira da União Africana atingiu plenamente os seus objectivos". como regresso de Bissau ao seio da instituição, depois de ter estado excluída por causa do golpe militar de Abril de 2012.

 

Ouvir declaração do PR José Mário Vaz (00:48)
 

Oldemiro Baloi na 23a Cimeira da União AfricanaPor sua vez, Oldemiro Baloi, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, falou sobre o balanço do país na presidência da CPLP e as perspectivas para Timor-Leste que assume a liderança da organização no próximo mês,

Convidado Oldemiro Baloi
(03:19)
 
 
 
Fonte RFI

sábado, 28 de junho de 2014

OMS avisa 11 países africanos de que podem ser afectados pelo Ébola

Entrada do Hospital Sino-guineense de Kipe, no município de Ratoma, onde foi tratado o primeiro caso de Ébola na Guiné-Conacri CELLOU BINANI/AFP


Os países da África Ocidental vizinhos da Guiné-Conacri devem preparar-se para a possível chegada do Ébola, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS), que convocou uma reunião internacional de urgência com 11 países para 2 e 3 de Julho. A Guiné Bissau é um dos países que está nesta nova linha de risco da doença, com uma taxa de mortalidade que pode ir até 90%.

Desde que foi dado o alarme internacional, a OMS registou 635 infecções e 399 mortes, a maioria na Guiné-Conacri, embora haja também casos na Serra Leoa e na Libéria. Este grande aumento do número de vítimas deve-se ao recuo das medidas de prevenção, salientou a OMS.

“Há uma necessidade urgente de intensificar os esforços de resposta à doença, promover a partilha de informação sobre casos suspeitos e mobilizar todos os sectores da comunidade”, afirmou Luís Sambo, director regional para África da OMS.

Para a reunião da próxima semana em Acra, no Gana, foram convidados a Guiné, a Libéria, a Serra Leoa, a Costa do Marfim, a República Democrática do Congo, a Gâmbia, a Guiné Bissau, o Mali, o Senegal e o Uganda.

Os Médicos Sem Fronteiras, que têm 150 especialistas no terreno, a trabalhar nas zonas onde há infecções desta febre hemorrágica, alertaram a 23 de Junho que o surto estava “descontrolado” e ameaça propagar-se a outras regiões, recorda a AFP. Acusaram governos, e grupos da sociedade civil e religiosos, de estarem a recusar-se a reconhecer a gravidade e a escala desta epidemia.

Em Cocacri, um elemento da Cruz Vermelha local distribui a populares guineenses informação sobre a melhor forma de se protegerem do surto de ébola que grassa no país

Em Cocacri, um elemento da Cruz Vermelha local distribui a populares guineenses informação sobre a melhor forma de se protegerem do surto de ébola que grassa no país / CELLOU BINANI/AFP/Getty Images


Essa opinião é partilhada por outros profissionais de saúde. “Por culpa dos nossos dirigentes, a doença propagou-se ao interior do país”, disse à AFP o médico Alphadio, do hospital Donka, em Conacri, que não quer dar o apelido. “Mentiram tanto que os nossos parceiros e as populações acabaram por baixar os braços. O resultado é este, a epidemia grassa por todo o lado.”

Kankou Marah, outro médico do mesmo hospital, disse algo semelhante: “Todos sabemos que o Governo quer preservar os seus interesses e evita dizer a verdade à população, por receio de afastar os investidores.” Em Conacri, constata a AFP, já não há campanha de informação sobre o Ébola, um vírus que se julga transmitido pelos morcegos, e que causa uma febre hemorrágica para a qual não há tratamento e que se transmite entre as pessoas através dos fluidos corporais. Nas estações de autocarro, nos portos e no aeroporto, os controlos sanitários foram reduzidos ao mínimo.

Mas não está a ser considerada a possibilidade de impor restrições a viagens ou ao comércio, afirmou o director para África da OMS. “Isto ainda não é uma crise que nos tenha escapado ao controlo”, sublinhou Sambo, citado pela Reuters. Mas é preciso tomar medidas drásticas para impedir que a doença continue a alastrar.

“Queremos que países vizinhos da Guiné-Conacri se preparem para o caso de receberem pessoas infectadas – Costa do Marfim, Mali, Senegal, Guiné Bissau”, explicou o médico Pierre Formenty, numa conferência da OMS em Genebra.

"Este é o surto de Ébola mais grave de sempre, em número de infecções, de mortos e de distribuição geográfica do vírus. Já não é só num país específico, é uma crise sub-regional, que exige uma acção firme dos governos”, sublinhou Luis Sambo. “A OMS está muito preocupada não só com a transmissão da epidemia aos países vizinhos [da Guiné-Conacri], como com o potencial de propagação internacional do vírus Ébola”, declaro.

Domingos Simões PereiraGoverno da Guiné-Bissau promove "marcha de reconciliação nacional"

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, vai promover no sábado uma marcha desportiva que pretende juntar na capital todos os guineenses "rumo à reconciliação nacional", disse à Lusa Carlos Costa, da organização do evento.

A marcha de Bissau irá começar na rotunda do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira e terminará na praça dos Heróis Nacionais com um espetáculo musical, acrescentou aquele membro do Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

"A iniciativa da marcha rumo à reconciliação nacional é do primeiro-ministro, que quer juntar os guineenses de todas as sensibilidades", referiu Carlos Costa, salientando que Domingos Simões Pereira pretende com a iniciativa "promover a unidade" no país.

De acordo com Carlos Costa, o primeiro-ministro quer ver na marcha dirigentes e militantes de todos os partidos, membros das igrejas, sindicalistas, desportistas, forças armadas e membros da comunidade internacional.

Pessoalmente Domingos, Simões Pereira tem feito convites a várias individualidades nacionais e internacionais, indicou Carlos Costa, adiantando que o primeiro-ministro convidou o chefe das Forças Armadas, general António Indjai, a tomar parte no evento.

A organização espera juntar 14 mil pessoas na marcha que se espera que venha ser "um novo arranque" para a Guiné-Bissau, disse Costa.

"Depois da campanha eleitoral, que de certa forma dividiu a família guineense, o primeiro-ministro vê nesta marcha uma oportunidade de mostrarmos unidade", declarou Carlos Costa.

Domingos Simões Pereira é um conhecido desportista e praticante de futebol.

É o atual presidente do clube das velhas glórias do futebol na Guiné-Bissau.

UNIOGBIS doa equipamento anti-distúrbio à POP entrega decorre a 1 de Julho

Bissau – A unidade Anti-distúrbios da Policia de Ordem Pública (POP) vai receber na terça-feira, 1 de Julho, pelas 10 horas, na sede do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) uma doação de 50 conjuntos de equipamento anti-distúrbios.

Entre os referidos materiais estão escudos, capacetes e cassetetes, que serão atribuídos à POP no âmbito da última fase da formação sobre segurança eleitoral, implementada pelo sector do Estado de Direito e Segurança de Instituições (ROLSI), através do Fundo para a Consolidação da Paz (PBF), no valor de 240 mil dólares.

A formação básica de dois dias para o uso destes equipamentos terá lugar nas primeiras duas semanas de Julho, no centro de formação do CENFA, para 60 funcionários da unidade, incluindo oito mulheres nos batalhões das Unidades de Intervenção Rápida da POP.

Todos os efectivos se encontram estacionados em Bissau, desenvolvendo o serviço de acordo com a legislação nacional para o controlo de multidões/ segurança, para eventos de alto nível ou em resposta a situações de choque.

Esta doação e formação completam o projecto para «Fortalecimento da segurança no período eleitoral no país, cobrindo todas as regiões», implementado pela Unidade de Polícia das Nações Unidas (UNPOL) com financiamento do PBF, que incluiu várias fases de formação para cerca de 1.300 polícias e militares, no que diz respeito às leis constitucionais e direitos dos cidadãos da Guiné-Bissau a terem eleições livres, justas e transparentes, de acordo com o mandato da missão das Nações Unidas e a visão do Representante Especial do Secretário-Geral da ONU, José Ramos-Horta, para o retorno à ordem constitucional – resoluções 2048 (2012) e 2103 (2013) do Conselho de Segurança.

Previamente, como parte deste projecto, o UNIOGBIS doou 100 bicicletas e 25 motorizadas, entregues às autoridades nacionais responsáveis pela aplicação da lei, para melhorarem a sua capacidade de atender às necessidades das comunidades, com meios de transportes adicionais. Foram ainda atribuídos dois mil livros de bolso detalhando o Código de Conduta para polícias e militares durante os processos eleitorais, impressos e distribuídos aos efectivos em todo o país.

A parceria entre as instituições judiciais, as autoridades nacionais, o UNIOGBIS e o Fundo de Construção da Paz tem sido bem-sucedida e a missão espera poder continuar a cooperar para o desenvolvimento da segurança sustentável e o bem-estar em toda a Guiné-Bissau.

Língua portuguesa celebra 800 anos

A Língua Portuguesa fês, ontem, 800 anos. O Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, foi palco de várias iniciativas para assinalar a data.

Foram lançados 800 balões e largados mais 244, que simbolizam os 244 milhões de pessoas que falam a língua de Camões.

Também foi apresentado um manifesto, que conta com as assinaturas de governantes de Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné-Bissau, tal como de políticos portugueses, músicos, escritores, professores e jornalistas dos países onde se fala português.

De acordo com o Instituto Camões, a língua portuguesa é falada por 244 milhões de pessoas, é a sexta mais falada do mundo, a quinta mais usada na Internet e a terceira mais utilizada nas redes sociais Facebook e Twitter.

Gana saúda regresso da Guiné-Bissau à organização e pede apoio

A ministra ganesa dos Negócios Estrangeiros, Hanna Tetteh, saudou hoje, em declarações à Lusa em Malabo, Guiné Equatorial, o regresso da Guiné-Bissau à União Africana, depois da normalização democrática do país.

Gana saúda regresso da Guiné-Bissau à organização e pede apoio

"O regresso da Guiné-Bissau é um importante acontecimento, uma demonstração de que regressaram ao caminho democrático e um sinal justo que a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e da União Africana (UA) confiam no novo governo eleito", afirmou Hanna Tetteh.

A cimeira da UA que começa hoje em Malabo assinala também o regresso da Guiné-Bissau a vários organismos da comunidade internacional, depois de a sua participação ter sido suspensa há dois anos, após um golpe de Estado.

No encontro participa José Mário Vaz, o recém-eleito Presidente da Guiné-Bissau, um sinal para todos os países africanos de que é "importante que se avance na consolidação da democracia", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros do Gana, que hoje esteve reunida em Malabo com o secretário de Estado português da Cooperação, Luís Campos Ferreira.

A Guiné-Bissau "precisa de todo o apoio" e, "agora que regressaram à comunidade internacional" a UA deve ajudar o país a fiscalizar as suas águas, acrescentou a ministra ganesa, que se mostrou preocupada com a pirataria no Golfo da Guiné e a instabilidade em várias zonas costeiras da região.

"Agora que também descobrimos petróleo 'off-shore' também estamos em risco" de ataques, admitiu a ministra, que defende um maior envolvimento dos países do Golfo na patrulha conjunta da região.

"Queremos trabalhar com todos, e estamos a juntar os países da CEDEAO e da CEMAC (Comunidade Económica e Monetária da África Central)", afirmou Hanna Tetteh.

"É necessário abordar o assunto de um modo mais global" mas a causa também é relacionada com os "problemas económicos dos estados" da região e a "instabilidade de alguns", afirmou.

"Há muitas áfricas, temos 55 estados. E não podemos pintar África com as mesmas cores para todos" até porque há países que estão a ficar cada vez mais estados viáveis", que podem constituir "exemplos que outros países africanos podem seguir", acrescentou Hanna Tetteh.

A 23.ª cimeira de chefes de Estado e de governo da União Africana (UA), que se inicia hoje em Malabo, tem como tema central "Agricultura e Segurança Alimentar".

Durante os trabalhos, que terminam sexta-feira, a cimeira deve adotar uma Declaração sobre Crescimento da Agricultura e Objetivos até 2025.

Os chefes de Estado e de Governo da UA deverão ainda analisar propostas de alterações em órgãos como o Parlamento Panafricano e o Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos e discutir o projeto de estatutos do Fundo Monetário Africano.

A cimeira assinala também o regresso do Egito à UA, após a suspensão da organização devido à instabilidade interna.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Presidente nomeia Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, nomeou Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro, de acordo com um decreto presidencial divulgado ao princípio da noite.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) abriu caminho para o lugar de chefe do executivo depois de a força política que dirige ter vencido com maioria absoluta as eleições legislativas de 13 de abril.

O decreto presidencial 34/2014, que designa o novo primeiro-ministro, refere que a nomeação foi feita depois de cumpridas "as formalidades constitucionais", nomeadamente, "a análise dos resultados eleitorais, bem como a audição dos partidos políticos com representação na Assembleia Nacional Popular".

A designação foi feita antes de José Mário Vaz partir para a cimeira de chefes de Estado da União Africana (UA).

O Presidente guineense deverá regressar a Bissau na segunda-feira, dia após o qual deverá ser agendada a posse do primeiro-ministro e do Governo.

Os novos órgãos de soberania eleitos em abril e maio sucedem às autoridades de transição, que tinham sido nomeadas depois do golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012.

Lusa

SNPC alerta para período de chuvas com inundações e doenças hídricas e possibilidade de naufrágios

Bissau – O alerta foi dado pelo Serviço Nacional de Proteção Civil da Guiné-Bissau (SNPC).

A presente época das chuvas será caracterizada por ventos fortes, inundações, doenças hídricas e epidemias, com fortes possibilidades de naufrágios se as medidas necessárias não forem tomadas.

Segundo revelou Alsau Sambu, Coordenador de Programas do SNPC, os dados constam das informações do Instituto Nacional de Meteorologia da Guiné-Bissau, cujo tempo de vigência tem a duração entre seis a sete meses.

Em termos comparativos com o ano passado, o responsável informou que, em apenas um mês, os dados de 2014 são superiores aos dados de 2013.

Como primeiros sinais destas previsões, Alsau Sambu descreveu que nos últimos três dias duas cidades a leste da Guiné-Bissau, Gabu e Bafatá, foram atingidas por fortes ventos, provocando um estrago estimado em perto de 400 casas destruídas.

O responsável informou que cerca de 800 famílias ficaram afectadas e entre seis a oito mil pessoas foram também diretamente atingidas, tendo anunciado que um plano de prevenção e resposta estima-se num custo entre os 25 a 30 Francos Cfa. por pessoa.

Em termos de execução deste plano, o Coordenador de Programas do SNPC disse que até à presente data não houve resposta positiva, tendo chamado a atenção as pessoas no sentido de se prevenirem das calamidades através de cuidados com as árvores mais próximas das suas residências.

A situação de inundação foi extensiva às cidades de Bissau, Cachéu, no norte, e Tombali, no sul, com algumas zonas de risco nos bairros de Bissaque, Jerico e Santa Luzia, também vulneráveis a inundações no decorrer da presente época de chuvas.

O SNPC é uma das instituições públicas da Guiné-Bissau com maiores dificuldades, no que respeita a recursos técnicos, operacionais e financeiros.

Corpo de defunta desaparece da morgue do principal hospital da Guiné-Bissau

Um corpo de uma mulher desapareceu na última madrugada da morgue do principal hospital da Guiné-Bissau e o caso está sob investigação da Polícia Judiciária (PJ) guineense, disse à Lusa fonte familiar.

A morte deu-se na última semana e o corpo devia ser sepultado hoje à tarde, mas terá sido levado por uma pessoa que se apresentou no hospital Simão Mendes como familiar da defunta, explicou um dos filhos.

Os parentes foram surpreendidos esta manhã quando se deslocaram ao Simão Mendes e o responsável pela morgue os informou que "alguém" que se disse ser familiar da falecida levou o corpo durante a madrugada.

O ministro da Saúde do Governo de transição, Agostinho Cá, foi informado da situação pela família da defunta, que pede a sua intervenção.

A PJ, que já está a investigar o caso e tem o responsável pela morgue sob custódia, considera o caso inédito.

"Já tratámos de muitos casos complicados neste país, mas como este nunca tínhamos tido nada semelhante", declarou um agente à agência Lusa.

Ramos Horta recebe a mais alta condecoração na Guiné Bissau

O Prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, foi agraciado no último dia como Representante do Secretário-geral da ONU, com a mais alta condecoração da República da Guiné-Bissau: a Ordem Nacional Colinas do Boé -Medalha Amílcar Cabral, segundo o comunicado no portal de Ramos-Horta.

A Ordem Colinas do Boé distingue cidadãos por relevantes serviços prestados à Nação.

Como referiu o Primeiro-ministro Rui Duarte Barros, que presidiu à cerimónia no Palácio do Governo, “Ramos-Horta procurou numa fase difícil e de incertezas” ajudar a Guiné-Bissau a encontrar o caminho da estabilidade, aliado ao seu peso internacional, de Nobel da Paz de 1996 e de ex-Presidente da República Democrática de Timor-Leste.

“Ramos-Horta foi capaz de se igualar ao mais comum dos cidadãos, e foi a sítios onde mais ninguém esteve”, declarou o Chefe do Governo cessante.

Rui Duarte de Barros destacou a “grande capacidade de mediação e diálogo, trouxe uma nova abordagem, para um outro tipo de envolvimento de todos os actores” da vida guineense.

José Ramos-Horta na sua intervenção disse que Amílcar Cabral, o pai fundador da independência da Guiné-Bissau foi uma inspiração para as lutas de outros povos pela sua autodeterminação, incluindo Timor-Leste.

Recordou que em Dezembro de 1975, pouco depois da invasão militar Indonésia, a Guiné-Bissau foi o primeiro País a dar suporte à causa do povo timorense, através da sua representação diplomática junto das Nações Unidas.

Gil Fernandes e Arnaldo Spencer de Araújo, foram representantes que ajudaram, juntamente com diplomatas de outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, a manter a questão de Timor-Leste na agenda das Nações Unidas.

O Nobel da Paz atribuiu o sucesso da Guiné-Bissau, a “ todos os líderes e ao Povo guineense. Ramos-Horta disse que quando chegou à Guiné-Bissau, “tentou levar a ONU a todo o País, abrindo quatro escritórios regionais, porque é importante haver uma presença” local das organizações.

Esta semana junto das Nações Unidas, Ramos-Horta anunciou, que vai fazer tudo para que a Guiné-Bissau esteja na ordem do dia, designadamente, quando intervir como orador principal na sessão do 10ºaniversário da Peace Building Comission.

SAPO TL com Portal www.ramoshorta.com

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A Gâmbia ofereceu hoje 12 viaturas à presidência da Guiné-Bissau

Publicação1Em nome da solidariedade pan-africana, a Gâmbia ofereceu hoje 12 viaturas à presidência da Guiné-Bissau, informou o ministro dos Transportes gambiano, Bala Ba, que entregou os carros em Bissau.

Os jipes chegaram à Bissau no sábado para apoio logístico à cerimónia de investidura de José Mário Vaz como Presidente da República, realizada na segunda-feira, mas por decisão do Presidente da Gâmbia, Yaya Jameh, vão ficar à disposição da presidência.

Bala Ba apontou Yaya Jameh como um defensor do ideal de uma África unida e “com este gesto mostra a sua solidariedade para com a Guiné-Bissau”, referiu, pedindo ao povo guineense que se una às autoridades do país.

Depois de receber as viaturas, o recém investido Presidente guineense asseverou que os carros vão “colmatar algumas dificuldades” em termos da frota da presidência.

Dirigindo-se ao ministro gambiano dos transportes, José Mário Vaz lembra que, a Gâmbia e a Guiné-Bissau são países irmãos.

“Digam ao presidente Jameh que se sinta a Guiné-Bissau como o seu país também”, indicou. Todavia, o novo presidente garante fazer tudo que for possível para ajudar a Gâmbia.

As 12 viaturas foram recebidas na sua própria residência, no bairro Chão de Papel, em Bissau, capital da Guiné-Bissau já ainda não se mudou para o Palácio da Presidência.

PR José Mário Vaz (JOMAV) ouve partidos políticos com representação parlamentar

SONY DSCBissau – O Presidente da República José Mário Vaz (JOMAV) iniciou, na tarde desta terça-feira, 24 de Junho, a auscultação dos partidos políticos com representação parlamentar, com a finalidade de proceder à nomeação do Primeiro-ministro.

A primeira formação partidária recebida foi o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), chefiado pelo Presidente Domingos Simões Pereira, que à saída deste encontro disse tratar-se do cumprimento de formalidades constitucionais inerentes ao Chefe de Estado.

O líder do PAIGC disse também que vai aguardar que o decreto que nomeia o futuro Primeiro-ministro da Guiné-Bissau seja conhecido dentro em breve.

Para o Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira, com os estes gestos estão a ser dados os passos para a oficialização da nomeação do próximo Chefe do Governo. A delegação do PRS foi chefiada pelo seu Presidente, Alberto Nambeia.

No que respeita aos outros partidos com assento parlamentar, nomeadamente o Partido da Convergência Democrática (PCD) e a União para a Mudança (UM), ambos estiveram representados em encontros distintos com o novo Chefe de Estado guineense. Além de elogiarem o «bom início» dos trabalhos de JOMAV, manifestaram interesse na rápida publicação do decreto Presidencial que nomeia o novo Chefe do Governo.

Estas auscultações podem ainda continuar, com a sociedade civil guineense e outras formações políticas sem representação na Assembleia Nacional Popular.

EUA aguardam “com expetativa” trabalhar com as novas autoridades da Guiné-Bissau

A administração norte-americana “aguarda com expectativa” trabalhar com as novas autoridades da Guiné-Bissau, segundo um comunicado divulgado na segunda-feira a partir da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Dacar, Senegal.

“A administração norte-americana aguarda com expectativa trabalhar com José Mário Vaz e com o Governo da Guiné-Bissau, uma vez que retornou a ordem democrática”, refere-se no documento de felicitações pela posse do novo Presidente da República.

Os EUA pedem aos líderes guineenses, “tanto civis como militares”, que oiçam “a voz do povo” e promovam “a paz e a estabilidade”.