Bissau - O Primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, disse hoje (quinta-feira) que esteve em Bruxelas a negociar com a União Europeia(UE) a continuidade da sua segunda missão para reforma do sector de defesa e segurança do país.
"A situação que se colocava era se a União Europeia ia retirar esse apoio. E a União Europeia anunciou que ia reflectir sobre a continuidade de uma segunda missão", afirmou em conferência de imprensa.
Carlos Gomes Júnior regressou hoje ao início da madrugada à Guiné-Bissau, depois uma visita oficial à China e a Bruxelas, onde manteve um encontro com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
“É isso que nós estamos a negociar. A nossa deslocação a Bruxelas permitiu patentear toda a nossa disponibilidade, porque a Guiné-Bissau é um Estado frágil, é um Estado carente e nós não podemos sozinhos dizer que vamos caminhar", salientou.
"Penso que há uma porta aberta, é preciso que a Guiné-Bissau se comprometam em respeitar os princípios negociados", disse.
A missão da União Europeia para a Reforma do Sector de Defesa e Segurança terminou hoje o seu mandato na Guiné-Bissau, que não foi renovado devido aos acontecimentos de 01 de Abril.
A União Europeia decidiu acabar com missão, porque houve "desrespeito pelo Estado de Direito" no país com a intervenção militar de Abril, e a consequente nomeação do general António Indjai para chefe das Forças Armadas.
O Primeiro - ministro guineense aproveitou também a conferência de imprensa para afirmar que não há posições divergentes entre a Presidência e o Governo do país sobre a vinda de uma eventual missão de estabilização.
"Há a recomendação da CEDEAO da vinda de uma missão de estabilização, que é diferente de uma força de interposição e é isso que é preciso que as pessoas entendam", afirmou Carlos Gomes Júnior.
Segundo o Primeiro - ministro guineense, a vinda da missão de estabilização no "quadro do sector da reforma de defesa e segurança é salutar".
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