José Mário Vaz, ministro das Finanças da Guiné-Bissau, admite um aumento dos preços dos produtos essenciais em 2011 se os apoios orçamentais prometidos pela União Europeia, França e Espanha não entrarem nos cofres do Tesouro Público.
"Até hoje a participação da França no apoio orçamental é zero, a União Europeia deu no ano passado ao país qualquer coisa como 21 milhões de euros, mas até ao momento zero", afirmou o ministro em conferência de imprensa. Segundo José Mário Vaz as "contas públicas estavam equilibradas contando com os apoios de França, Espanha e União Europeia".
"Esses recursos não entraram no Tesouro Público e as contas públicas começaram a desequilibrar-se de forma acentuada", explicou.
"A União Europeia é um parceiro incontornável. O país tem de encontrar uma solução para este problema, se não a encontrar a situação em 2011 vai ser muito complicada", disse, explicando que terá de tomar medidas impopulares que vão provocar o aumento dos preços do bens de primeira necessidade.
Segundo o ministro, o Governo terá de "reduzir os subsídios sobre os produtos de primeira necessidade para equilibrar as contas públicas".
"Há muitas outras medidas que vamos ter de tomar senão houver entendimento entre o país e a União Europeia", sublinhou.
Questionado sobre qual o problema da União Europeia com a Guiné-Bissau, o ministro das Finanças explicou que "tudo está relacionado com o 1 de Abril", que "está a condicionar todo o apoio ao país da União Europeia", afirmou, não acrescentando mais explicações. Mas acrescentou que "o entendimento entre o país e a União Europeia é urgente, é vital dado o papel da União Europeia na nossa vida colectiva".
Fonte: Lusa
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