Bissau - O presidente da República da Guiné-Bissau decretou Quinta-feira, sob proposta do governo, a nomeação do contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto como chefe do Estado Maior da Armada.
"O Presidente da República decreta, nos termos dos artigo 70.º da Constituição da República (...) o contra almirante José Américo Bubo Na Tchuto chefe do Estado Maior da Armada", refere o decreto presidencial enviado.
O contra-almirante Bubo Na Tchuto ocupou a chefia da Armada da Guiné-Bissau até Agosto de 2008, quando foi acusado de tentativa de golpe de Estado, pelo então chefe de Estado Maior General das Forças Armadas general Tagmé Na Waié, para tentar destituir e prender o antigo presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
Na sequência destas acusações, Na Tchuto foi suspenso de funções e fugiu para a Gâmbia, onde esteve exilado cerca de dois anos.
Em finais de Dezembro de 2009, o contra-almirante regressou à Guiné-Bissau e refugiou-se nas instalações da ONU em Bissau, que abandonou a 01 de Abril.
No mesmo dia, militares liderados por Bubo Na Tchuto e pelo actual chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, António Indjai, detiveram o primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior, e o ex-chefe das Forças Armadas almirante Zamora Induta.
O primeiro ministro foi libertado no mesmo dia, mas Zamora Induta continua detido, tendo sido transferido para o quartel de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau.
Por várias vezes, Bubo Na Tchuto admitiu regressar à chefia da Armada guineense, alegando não ter sido exonerado do cargo de chefe do Estado Maior daquele ramo das Forças Armadas do país.
Em Junho, o Tribunal Militar guineense arquivou as acusações de alegada tentativa de golpe de Estado contra Bubo Na Tchuto.
Bubo Na Tchuto é apontado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos como o principal narcotraficante na Guiné-Bissau, acusação que o próprio refuta.
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