Bissau – Os refugiados voltaram esta quarta-feira a protestar contra o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e o Governo da Guiné-Bissau.
O protesto visa alertar para a falta de cumprimento das normas internacionais que protegem os refugiados no país de acolhimento. O protesto de dia 26 de Maio levou mais de três centenas de refugiados urbanos às ruas de Bissau, numa marcha pacífica, para exigirem os seus direitos.
«A nossa marcha tem como objectivo pedir as autoridades de Bissau e ao Acnur o cumprimento dos direitos internacional que nos assistem, o que passa pelo repatriamento voluntário e integração na sociedade guineense», disse em exclusivo à PNN, o presidente dos Refugiados Urbanos, John Mathes.
Um dos objectivos pretendidos com este protesto é a denúncia da detenção do presidente do Comité dos Refugiados Urbanos, na semana passada, pelas forças da ordem, a pedido do representante do Acnur na Guiné-Bissau.
Recorde-se que na semana passada os refugiados de diferentes nacionalidades que se encontram na Guiné-Bissau, iniciaram em Bissau, uma greve de fome por um período indeterminado.
Os protestos das pessoas que escolheram a Guiné-Bissau como país de refúgio, após os acontecimentos de diferentes naturezas nos seus países de origem, tem como objectivo, exigir os seus direitos junto à representação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
John Mathes é da opinião que o Governo da Guiné-Bissau não está a cumprir as regras internacionais sobre os direitos que assistem os refugiados. «Estamos cansados e fartos de promessas de todos os anos para que os nossos problemas sejam solucionados, mas tudo continua na mesma», disse um dos refugiados em greve de fome.
A maior parte dos refugiados que se encontra no país é proveniente de países vizinhos tais como o Senegal, Guine-Conacri, Serra Leoa e Libéria. Estima-se que estejam a viver no território guineense pouco mais 40 mil pessoas, entre deslocados e refugiados de diferentes nacionalidades. O grupo tem sido assistido pelo Governo da Guiné-Bissau através do Ministério do Interior, mais especificamente, do Secretário-executivo para os Refugiados e Deslocados Internos.
Sumba Nansil
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