William R. Brownfield, que falava aos jornalistas à margem do "Simpósio Transatlântico para o Desmantelamento de Redes Ilícitas Organizadas", que decorre em Lisboa, salientou que a "prioridade actual" de Washington é concretizar a colocação de um diplomata norte-americano na embaixada de Portugal na capital da Guiné-Bissau.
A colocação de "um oficial do Departamento de Justiça para trabalhar de forma permanente na embaixada de Portugal em Bissau" foi acordado entre os dois países, no âmbito da 29ª reunião da comissão bilateral permanente Portugal-EUA, que decorreu na semana passada em Washington, lembrou Brownfield.
O responsável norte-americano destacou que a colocação desse oficial insere-se nos esforços de luta contra o crime organizado transnacional e "dependerá em muito da colaboração de Portugal".
"Quanto ao objectivo de longo prazo de estabelecer uma representação diplomática permanente na Guiné-Bissau, isso será eventualmente decidido pelo Presidente Obama, com recomendações da secretária de Estado (Hillary Clinton) e do secretário de Estado Adjunto para os Assuntos Africanos, Johnny Carson", explicou.
O responsável do Departamento de Estado afirmou, contudo, que a sua deslocação na quarta-feira à África Ocidental poderá "eventualmente iniciar esse processo de decisão".
Brownfield encabeça uma delegação de alto nível - da qual fazem parte o procurador-geral adjunto norte-americano, Lanny Breuer, e a administradora da Drug Enforcement Administration (DEA - Agência Anti-Drogas dos EUA), Michele M. Leonhart - que nos próximos dias irá reunir-se com responsáveis políticos no Gana e na Libéria.
O objectivo dessas reuniões, adiantou Brownfield, é "abrir um diálogo e começar a discutir como podemos melhor coordenar e organizar os nossos esforços na África Ocidental".
Nessa ocasião, será apresentada e discutida a Iniciativa para a Segurança dos Cidadãos da África Ocidental (WACSI), que recorre a uma abordagem multifacetada para alicerçar o apoio dos EUA à luta contra o crime transnacional, sobretudo ao narcotráfico, precisou.
"Não é o nosso objectivo ofuscar, ajustar ou de alguma maneira modificar de qualquer forma o excelente trabalho que está a ser implementado nesse âmbito por vários governos e organizações regionais e multilaterais. Mas sim ver o que pode ser melhorado com mais recursos no futuro", explicou Brownfield.
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