domingo, 5 de junho de 2011

Governo investiga alegadas irregularidades na televisão pública e muda diretor-geral

Bissau (Lusa) -- O Conselho de Ministros da Guiné-Bissau deliberou na sexta-feira instaurar um processo disciplinar contra o responsável por alegadas irregularidades na aquisição de equipamentos de estúdio para a Televisão da Guiné-Bissau, órgão público, financiadas pelo governo japonês.

A decisão do Conselho de Ministros guineense foi tomada na sequência de esclarecimentos prestados pela ministra da Comunicação Social, Adiato Nandingna, depois de denúncias feitas por vários órgãos de comunicação social guineenses.

"O Conselho de Ministros deliberou dever-se instaurar processo disciplinar contra o responsável por tais irregularidades, sem prejuízo de, apurando-se a existência de infração que à face da lei penal seja também punível, se comunicar o fato ao Ministério Público, para ai ser promovido o respetivo processo", refere um comunicado.

No âmbito do projeto "Dom Cultural", o governo japonês ofereceu à televisão pública guineense cerca de 45 milhões de francos cfa (cerca de 68 mil euros) para adquirir equipamento de estúdio.

Segundo o Sindicato de Base dos Trabalhadores da Televisão Nacional, os equipamentos foram adquiridos em segunda mão.

Sem nunca adiantar o nome do responsável pelas alegadas irregularidades, o comunicado do Conselho de Ministros informa também que deu por terminada a comissão de serviço do atual director-geral da televisão guineense, Eusébio Nunes.

O cargo foi atribuído a Luís Camará de Barros, antigo chefe de gabinete da ministra da Comunicação Social.

MSE.

Lusa/fim

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