terça-feira, 21 de junho de 2011

CNE inicia formação de jornalistas para preparar próximas eleições legislativas e autárquicas

Bissau, 20 jun (Lusa) -- A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau iniciou hoje uma formação para cerca de 30 jornalistas guineenses com o objetivo de preparar as próximas eleições legislativas e autárquicas a realizar em 2012.
O seminário, a decorrer nas instalações da CNE até quarta-feira, enquadra-se no âmbito do projeto de apoio aos ciclos eleitorais nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e Timor-Leste, financiado pela União Europeia no montante global de 6,1 milhões de euros para três anos.
António Sedja Man, secretário executivo da CNE, afirmou, na abertura do seminário, que os profissionais de comunicação social da Guiné-Bissau devem aproveitar o encontro para refletirem sobre o seu papel nos processos eleitorais na perspetiva das eleições autárquicas e legislativas de 2012.
O responsável da CNE reconheceu que "muitas das vezes as relações entre a comunicação social e a administração eleitoral são tensas", apesar dos esforços que cada uma das partes desenvolve.
O secretário executivo da CNE sublinhou, no entanto, ser importante a participação da comunicação social na educação e sensibilização dos eleitores, o que, disse, "contribui para a elevação da democracia" na Guiné-Bissau.
O seminário visa debruçar-se sobre as relações entre os media e as estruturas que geram os processos eleitorais.
Ricardo Godinho Gomes, especialista em processos eleitorais e um dos seminaristas, afirmou à Agência Lusa que a ação de formação tem como fundamento "analisar os aspetos complexos que ocorrem entre os jornalistas e a máquina eleitoral que muitas das vezes acabam em conflitos".
Para o responsável da CNE, "aquelas situações acabam por mexer com o profissionalismo dos jornalistas e com a própria transparência dos processos eleitorais", pelo que, notou, o seminário tem como objetivo analisar esses aspetos de forma prévia.
No âmbito do projeto PRO PALOP já foram realizados na Guiné-Bissau uma auditoria aos resultados das últimas eleições presidenciais, o recenseamento eleitoral e agora está-se a realizar este seminário, explicou Godinho Gomes.




MB.
Lusa/Fim

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