terça-feira, 21 de junho de 2011

Refugiados perdem estatuto

Bissau – O Governo guineense avisou os mais de oito mil refugiados de diferentes nacionalidades que se encontram na Guiné-Bissau, que os que estão no país há mais de vinte anos, perderam o estatuto de refugiados.

A advertência do Executivo guineense foi tornada pública esta segunda-feira, pelo Secretário de Estado da Segurança Nacional e Ordem Pública, Octávio Alves, no Centro de Refugiados de Djolmet, no norte da Guiné-Bissau, no âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Refugiados. «Há refugiados que se encontram na Guiné-Bissau há mais de 20 anos e estes não podem continuar a gozar do estatuto de refugiados», informou o governante.


A data serviu para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, em colaboração com o Comité Nacional dos Refugiados e Deslocados, e outras instituições internacionais, inaugurar duas escolas primárias nos arredores de São-Domingos e um centro de saúde em Djolmet, onde se encontra a maior concentração de refugiados na Guiné-Bissau.


Paralelamente às actividades comemorativas de 20 de Junho, a Comissão dos Refugiados Urbanos, ameaçou mais uma vez entrar em greve de fome brevemente, caso os seus direitos não sejam respeitados.


Em conferência de imprensa, o Presidente da Comissão dos Refugiados Urbanos, disse que o HCR, não está a cumprir as normas e as leis internacionais que confirmam os direitos dos refugiados, razão pela qual, segundo John Mathes, várias diligências foram feitas junto das autoridades nacionais mas sem sucesso. O Executivo prometeu contudo, ajudar os refugiados.


John Mathes disse ainda que os refugiados estão viver na Guiné-Bissau com dificuldades, sem esperanças, sem protecção e sem uma solução durável para as suas vidas. Como forma de protesto, um grupo composto por estes refugiados, recusou participar nas actividades comemorativas do 20 de Junho, Dia Internacional dos Refugiados.


Refira-se que a Guiné-Bissau alberga refugiados do Senegal, devido ao conflito de Casamança, Libéria, Costa do Marfim, Serra Leoa, Congo, Togo, Nigéria, Bangladesh, Burundi e Ruanda.

Sumba Nansil

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