Bissau - Empresários da Guiné-Bissau e de Cabo Verde estão reunidos hoje (quarta-feira) na capital guineense para definirem
estratégias que visam o estabelecimento de parcerias para o envio de produtos agrícolas da Guiné-Bissau para o mercado cabo-verdiano.
Segundo, Manuel Monteiro, presidente da Câmara do Comércio de Barlavento, os empresários cabo-verdianos querem passar a comprar produtos como a manga, o limão, o ananás, a laranja "que se estão a estragar na Guiné-Bissau" para levar para Cabo Verde, país que adquire aqueles produtos na América Latina.
"Compramos a banana da Itália, mas que na realidade vem da América Latina, quando podíamos estar a comprar esse e outros produtos, que se estão a estragar, aqui na Guiné-Bissau", defendeu Manuel Monteiro.
Aquele responsável, que integra a missão de empresários cabo-verdianos que está de visita à Guiné-Bissau, afirmou que o negócio só não avançou devido a "alguns constrangimentos" que, nos últimos tempos, diz, estarem a ser ultrapassados.
Manuel Monteiro apontou problemas como a dupla tributação, as barreiras alfandegárias, mas sobretudo, a falta de um barco que possa ligar os dois países, como factores que têm dificultado o surgimento de negócios entre empresários guineenses e cabo-verdianos.
Contudo, sublinhou, a nível informal, já há trocas comerciais entre os dois países, nomeadamente o envio de "muitos produtos alimentares" da Guiné-Bissau para Cabo Verde.
Por seu lado, a ministra da Economia da Guiné-Bissau, Helena Embalo, convidou os empresários cabo-verdianos a investirem no país salientando o clima de estabilidade política e macro-económica vigente na Guiné-Bissau.
A governante apontou os sectores da energia, água, telecomunicações e portos, como aqueles em podem existir maiores oportunidades de negócio a explorar.
O presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau defendeu, por seu lado, que os empresários cabo-verdianos podem comprar produtos agrícolas guineenses e em troca "podem trazer o 'know how'" nos domínios da ensino, formação profissional ou ainda da construção civil.
Braima Camará referiu que os empresários cabo-verdianos podem também desenvolver parcerias na Guiné-Bissau nos domínios da agricultura, pescas, turismo, construções e transformação de produtos, como a castanha do caju.
A visita de empresários cabo-verdianos termina sexta-feira.
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