Bissau, 20 jun (Lusa) -- O secretário executivo do comité nacional dos refugiados da Guiné-Bissau, Alsau Sambu, disse hoje no país que os refugiados não são vistos "como um fardo, mas como pessoas com um fardo".
"Nós não vemos os refugiados como um fardo, mas como pessoas com um fardo", afirmou à agência Lusa Alsau Samba no final de uma cerimónia para assinalar o Dia Internacional dos Refugiados.
As comemorações do Dia Internacional dos Refugiados decorreram em São Domingos, norte da Guiné-Bissau, onde estão localizados a maior parte dos refugiados no país, que rondam os oito mil.
A inauguração de duas escolas, um centro de saúde e algumas infraestruturas naquela região marcaram as comemorações da data.
Aqeulas infraestruturas foram financiadas pela Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).
Num balanço geral, Alsau Sambu explicou à Lusa que a maior parte dos refugiados existentes no país são senegaleses e encontram-se a residir na região de São Domingos.
"Os refugiados do norte estão integrados e têm os mesmos problemas que os cidadãos nacionais", explicou, sublinhando que o governo está a identificar os problemas mais graves para os tentar resolver.
No caso de Bissau, a "situação é mais complicada", sublinhou o responsável.
"A integração na vida urbana é mais cara e, devido à situação económica do país, as classes mais vulneráveis são as mais prejudicadas", adiantou.
Para Alsau Sambu, o refugiado urbano de Bissau é proveniente da Costa do Marfim e da Libéria e tem um outro obstáculo que dificulta a sua integração que é a língua.
"Estamos também a tentar inverter a situação", disse.
MSE.
Lusa/Fim
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