Bissau, 02 jun (Lusa) -- O Partido da Renovação Social (PRS), liderado pelo ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá, disse estar indignado com a Procuradoria-Geral da República, pela decisão de arquivar o processo de alegada tentativa de golpe de Estado em 2009.
A indignação do PRS, principal partido da oposição na Guiné-Bissau, foi manifestada no Parlamento pelo deputado e membro da comissão política, Imbunhe Incada, que prometeu uma tomada de posição do partido sobre assunto nos próximos dias.
"É uma vergonha que pessoas sejam assassinadas e agora vem dizer-se que o processo é arquivado", defendeu Imbunhe Incada, ao referir a decisão do Ministério Público que decidiu pelo arquivamento parcial dos autos às investigações da alegada tentativa de golpe de Estado de junho de 2009, que culminou com os assassínios dos deputados Hélder Proença e Baciro Dabó.
"Determina-se o arquivamento parcial dos autos por reiterar-se não se ter colhido indícios suficientes da verificação de crime de alteração do Estado de Direito", refere o despacho a que a agência Lusa teve acesso.
O deputado do partido de Kumba Ialá disse que "o PRS não pode ficar calado e indiferente" e sublinhou que, na próxima semana o mais tardar, haverá uma reação que poderá ser em conferência de imprensa ou através de uma marcha pacífica.
Imbunhe Incada lembrou que o Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, prometeu ao país que, mesmo que custasse a sua própria vida, os processos de assassínios de figuras políticas guineenses seriam totalmente esclarecidos.
"O Presidente tem que dizer algo ao país sobre este arquivamento do processo", defendeu Incada para quem a justiça ainda não foi feita no que se refere aquilo que ficou conhecido como o caso 5 de junho de 2009, quando os Serviços de Informação do Estado da Guiné-Bissau informaram que tinha sido impedido um golpe de Estado.
MB.
Lusa/Fim
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