domingo, 19 de junho de 2011

Obras em Bissau mudam imagem da cidade

            

A capital da Guiné-Bissau está a sofrer há já vários meses uma revolução estética, iniciada com a recuperação e reabilitação das principais avenidas e ruas da cidade, que começa agora a produzir os seus efeitos.

"É uma revolução porque entendemos, achamos por bem, que temos de mudar o aspeto da cidade de Bissau e é isso que estamos a tentar fazer", afirmou à agência Lusa o ministro das Obras Públicas, José António Almeida.

Depois de meses de pó, guineenses e estrangeiros que residem ou visitam Bissau já podem vislumbrar os melhoramentos da principal avenida da cidade, a dos Combatentes da Liberdade da Pátria, que está praticamente pronta.

Para os cerca de nove quilómetros de estrada que ligam o centro da cidade ao aeroporto estarem concluídos falta só colocar os passeios, a iluminação, os semáforos e as passagens aéreas pedonais.

"Esperamos inaugurar no dia 24 de Setembro", disse José António Almeida.

A reconstrução daquela avenida faz parte de um ambicioso programa de governo para a recuperação de infraestruturas na Guiné-Bissau, consideradas essenciais para o desenvolvimento económico daquele que é considerado um dos países mais pobres do mundo.

Além da avenida, o governo, com o apoio de parceiros internacionais, tem vindo a reabilitar as principais acessibilidades aos centros urbanos do interior do país, bem como a criar acessos às zonas rurais para permitir também a evacuação de produtos.

"Neste momento conseguimos com o apoio da UEMOA (União Económica e Monetária do Oeste Africano) fazer estudos para 500 quilómetros de estradas para ligação com os países vizinhos, conseguimos concluir com o BOAD (Banco do Oeste-Africano de Desenvolvimento) 260 quilómetros de pistas rurais do sul e conseguimos também fazer o estudo de cerca de 60 quilómetros de vias urbanas de Bissau", explicou o ministro das Obras Públicas.

Até 2012, o governo guineense espera ainda iniciar as obras de reconstrução do Palácio da República, construir habitação social e o Palácio da Justiça.

"Em termos de infraestruturas, ainda este ano vamos iniciar a reabilitação do Palácio da República com o governo chinês e perspectiva-se também, não para este ano, mas para o próximo ano, a construção de 1000 casas sociais, 500 em Bissau e 500 no interior do país, e também, ainda no quadro da cooperação com a China, construir o Palácio da Justiça", adiantou José António Almeida.

Com a legislação já pronta, o governo da Guiné-Bissau criou agora a Unidade das Parcerias Público Privadas.

O objectivo daquela Unidade é "tentar promover os grande projectos junto dos privados para que o desenvolvimento seja mais rápido", disse o ministro.

Nos próximos meses, porém, os habitantes de Bissau vão precisar de ter mais alguma paciência, porque, segundo o ministro, "não é possível fazer tudo de uma só vez".

"É preciso ir com passos seguros e vamos conseguir com este governo", concluiu.

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