Bissau, 27 mai (Lusa) -- O Chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general António Indjai, pediu ao Governo a disponibilização de meios para o recrutamento de mancebos para o exército, no âmbito da reforma do setor de Defesa e Segurança.
António Indjai falava quinta-feira no encerramento de um seminário organizado pelo Movimento Nacional da Sociedade Civil (plataforma que agrupa mais de cem organizações da sociedade civil guineense) e patrocinado pela ONU.
"Apelo ao nosso Governo no sentido de disponibilizar meios para que possamos iniciar o mais rápido possível o processo de seleção e recrutamento de novos mancebos para as nossas Forças Armadas", disse o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses.
Para António Indjai, a reforma "de que se fala só terá alguma visibilidade" com o recrutamento de novos elementos para o exército, constituído, na sua maioria, por homens que servem as Forças Armadas há mais de 30 anos.
O chefe das forças armadas voltou a frisar que "muitos desses homens já estão cansados" e por via disso têm de ser substituídos por jovens.
O próprio António Indjai já disse várias vezes que se sente cansado e se houver "uma reforma condigna" estaria na disposição de ir para casa.
O ministro da Defesa guineense, Aristides Ocante da Silva, disse recentemente que 1.300 homens, entre militares e polícias, vão passar à reforma no âmbito do processo de reestruturação do setor de Defesa e Segurança.
Dados do último recenseamento apontam que as Forças Armadas da Guiné-Bissau são atualmente constituídas por cerca de 3.500 homens.
MB.
Lusa/Fim
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