Luanda - A comunicação social pode e deve continuar a contribuir para o reforço da relação de amizade e cooperação entre Angola e a Guiné Bissau, uma vez que quanto mais informação se tem de uns sobre os outros, melhor os povos conhecem-se, considerou sábado, em Bissau, Albino Carlos, director do Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor).
O director do Cefojor, que falava no encerramento de uma acção formativa promovida pelo Ministério da Comunicação Social (MCS) de Angola a 90 jornalistas guineenses, acrescentou que se o fluxo de informação é maior, melhor os povos compreendem-se e respeitam-se.
“Com acções de formação do género, os jornalistas angolanos e guineenses podem melhor ajudar os nossos países a olhar o futuro com confiança” afirmou o responsável, que agradeceu, em nome da ministra da Comunicação Social de Angola, Carolina Cerqueira, a calorosa hospitalidade do povo da Guiné Bissau.
Albino Carlos, que também foi um dos monitores da formação, reafirmou, na ocasião, a vontade do Executivo angolano em continuar a implementar a cooperação solidária com esse país irmão no domínio da comunicação social, com realce para a formação e superação profissional e apoio técnico e tecnológico.
“Nunca nos sentimos tão orgulhosos em nossas vidas, mais ainda quando desafiados a contribuir para a resolução dos problemas que afectam a classe jornalística guineense, por forma a corresponder aos desafios da reconciliação e da estabilidade política, assim como das exigências do desenvolvimento socioeconómico e cultural” - disse.
O director do Cefojor expressou o reconhecimento dos formadores angolanos pela dedicação dos profissionais da Guiné Bissau ao longo da acção formativa, por ter facilitado, sobremaneira, o seu trabalho. “Saibam que aprendemos muito com a vossa humildade” – declarou.
“Muito obrigado pela confiança depositada na capacidade de fazermos dessa acção formativa e informativa, que agora termina, um espaço de reflexão e de debate das questões inerentes à nossa comunicação, assim como um espaço de intercâmbio de informação e de experiências” - agradeceu.
Para Albino Carlos, “só há democracia de qualidade com informação de qualidade e só há informação de qualidade com jornalistas ética e deontologicamente imbuídos da sua responsabilidade social, assim como bem preparados do ponto de vista tecnicoprofissional”.
O interlocutor, que contou com o auxílio de outros profissionais angolanos na monitorização, referiu em Bissau que, em Angola, a comunicação social acompanha a dinâmica de desenvolvimento e que está em curso no país a discussão do pacote legislativo do sector, por forma a colocá-lo à altura das expectativas da sociedade.
No entender deste jornalista angolano, os seguidores da profissão que se destacam pela nobreza da sua missão estão satisfeitos pelo facto de os governantes de ambos os países acharem a formação de quadros, nos dias de hoje, uma questão de foro político-estratégico, pela multiplicidade de funções dos meios de comunicação.
“Os meios de comunicação social desempenham um papel fundamental na educação cívica dos cidadãos e na sua mobilização com vista a participação na vida pública e no processo de desenvolvimento” – enfatizou Abílio Carlos, que foi coadjuvado por Joaquim Paulo, Carlos Calongo, Vital Dias, José Alves e Mariana Ribeiro.
A cerimónia de encerramento da referida acção de formação para jornalistas guineenses contou com as presenças do secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné Bissau, Olivio Pereira, e dos embaixadores de Angola e do Brasil naquele país, respectivamente Brito Sozinho e Jorge Kadry.
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