Bissau - A Frente Nacional Anti-golpe (FRENAGOLPE) vai enviar uma carta aberta aos Chefes de Estado e de Governo dos países membros da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em protesto pela forma como o caso pós-golpe de Estado está a ser gerido pela organização sub-regional.
«Não estamos de acordo com a geometria variável da CEDEAO nos casos do Mali e da Guiné-Bissau porque, se neste país a mesma organização não negoceia com golpistas, porque é que o faz?», disse.
A ideia foi anunciada esta sexta-feira, 28 de Setembro, em conferência de imprensa dada pelo Secretário Executivo da organização, Iancuba Djola Indjai.
De acordo com este responsável, a referida carta vai ser ainda enviada à CPLP, à União Africana, à União Europeia, às Nações Unidas e à Francofonia.
Ao nível do país, o documento será entregue ao representante da CEDEAO na Guiné-Bissau.
Com mais de 96 mil assinantes em todo território nacional, os subscritores da missiva estão igualmente a recolher assinaturas ao nível da diáspora, nomeadamente em França e em Portugal.
«A ordem constitucional tem que imperar no país, a vontade do povo deve ser aceite por todos», disse Iancuba Indjai.
Por outro lado, a organização congratulou-se com a intervenção a ser feita pelo Presidente da República Interino Raimundo Pereira, na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar a 28 de Setembro.
Impedido pelo Comando Militar de efectuar protestos na via pública, a FRENAGOLPE optou pela comunicação em conferência de imprensa e a sua acção de luta contra o golpe de Estado na Guiné-Bissau.
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