Os 22 finalistas guineenses receberam os bilhetes de avião para poderem regressar ao seu país no próximo sábado, mas as barreiras burocráticas russas poderão impedir a saída dos estudantes.
"Recebemos a cópia dos bilhetes e o nosso embaixador comunicou-nos que a data da partida será 22 de setembro, ou seja, no próximo sábado", declarou à Lusa Carfa Mané, porta-voz dos estudantes da Guiné-Bissau.
"Mas, agora, encontramo-nos nos serviços de imigração da Rússia para conseguir a autorização de saída do país, visto que já nos encontramos numa situação ilegal", acrescentou.
O visto de permanência na Rússia dos estudantes guineenses terminou há cerca de duas semanas e, segundo as leis russas, eles só poderão abandonar o país depois de regularizar novamente a sua situação.
"Foram-nos colocadas duas formas de resolver o problema. Ou pagamos uma multa por permanência ilegal no país, ou somos deportados. Ora ambas são inaceitáveis para nós", explicou Carfa Mané.
Segundo o finalista guineense, os estudantes nem têm dinheiro para pagar a multa, nem querem ser deportados, porque, no último caso, ficarão proibidos de entrar na Rússia nos próximos cinco anos e "alguns de precisarão voltar antes por razões familiares ou académicas".
Segundo a lei russa, se o visto de permanência na Rússia caducar, o portador do passaporte terá de desembolsar cerca de 150 euros para sair do país.
"Onde é que vamos buscar esse dinheiro? Pedimos à nossa embaixada que enviasse um funcionário para resolver o problema, pois não queremos perder esta oportunidade de regressar a casa", frisou o finalista.
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