Bissau - Uma delegação do Comité Inter-parlamentar da UEMOA, União Económica e Monetária Oeste Africana, debateu hoje (quinta-feira) no Parlamento da Guiné-Bissau soluções para a crise no país e promete deixar propostas no final da visita.
Dama Dramani, presidente do Comité Inter-parlamentar da UEMOA, reuniu-se cerca de duas horas com o presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular, Ibraima Sory Djaló, para ver como pode contribuir "para encontrar uma solução para sair da crise".
A Assembleia Nacional Popular, o parlamento guineense, está paralisada por falta de consenso entre os dois principais partidos. O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que estava no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril e principal partido no parlamento, exige a eleição de um novo vice-presidente para a mesa do hemiciclo, situação que o PRS (Partido da Renovação Social), que lidera a oposição, rejeita.
Lembrando que a Assembleia é a "instituição chave numa República", Dama Dramani disse que a delegação que chefiou discutiu com os parlamentares guineenses formas de contribuição do Comité Inter-parlamentar para "sair da crise".
"No final da visita faremos um comunicado com as nossas propostas", prometeu Dama Dramani, acrescentando que os parlamentares guineenses "têm consciência da sua responsabilidade e de que têm um papel na saída da crise", e "estão prontos para isso".
Ibraima Sory Djaló disse também aos jornalistas que os partidos "estão quase a chegar a uma conclusão". "Vamos convocar os deputados, estamos à procura de entendimentos para que a Assembleia possa encontrar a melhor solução para o país", disse.
A delegação tem encontros ainda com os dirigentes de transição, Governo e Presidência, e com partidos políticos. A visita termina na sexta-feira.
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