Embaixadora do Brasil junto da ONU fala de criação de plataforma comum e de "condições mínimas" no país da África Ocidental, para responder às necessidades políticas internas.
Maria Luiza Ribeiro Viotti
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Brasil defende que haja uma plataforma comum para que a Guiné-Bissau volte a receber assistência internacional. Um governo de transição assumiu a administração do país, após uma junta militar ter levado a cabo um golpe de Estado a 12 de Abril.
Em entrevista à Rádio ONU, a embaixadora do Brasil junto das Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, que também preside a estratégia da Comissão de Consolidação da Paz da organização para a Guiné-Bissau, falou sobre a necessidade de mudanças.
Parceiros
"Estamos procurando reunir os países que são os principais parceiros da Guiné-Bissau para estabelecer uma plataforma comum que permita a retomada da assistência mas é preciso que haja mudanças no país. Em primeiro lugar, foi instalado um regime de transição que não é reconhecido internacionalmente e que não tem condições mínimas de responder às necessidades políticas internas. Então, é preciso que haja mudanças e, também, uma plataforma comum entre os parceiros do país para apoiar mudanças que vão na direção correta", frisou.
Segundo analistas, a atual liderança da Guiné-Bissau divide opiniões da comunidade internacional. Se por um lado a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa defende a reinstalação do governo deposto, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, apoia as autoridades de transição.
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