Não é a primeira vez e, pela triste experiência, não será a última: apurados os resultados das presidenciais na Guiné-Bissau, o candidato derrotado veio a público dizer que não os aceita.
Isto, depois de ter dito, na campanha, “aceitar os resultados”.
Dizer uma coisa na campanha e depois fazer outra não é exclusivo destas eleições, mas no caso guineense o que começa a ser insuportável é a insistência em soluções à margem do voto, após se negar o valor deste perante uma nação inteira.
Que Nuno Nabiam não tenha ficado satisfeito com os resultados que dão a vitória ao candidato do PAIG (por 61,9% contra 38,1%) percebe-se. Mas que se recuse a aceitá-los, quando os observadores da CEDEAO ou da CPLP nada viram que pudesse pôr em causa os resultados, é colocar de novo o país no patamar da incerteza e à beira da ingovernabilidade. Ou seja: à beira de novo golpe (o derrotado é o favorito dos militares). E disso está o mundo farto.
Editorial do Jornal Publico (Portugal)
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