Nuno Nabian, candidato derrotado nas recentes presidenciais da Guiné Bissau, desmente alegadas pretensões em matéria de funções ministeriais na futura administração do país.
Após ter contestado a vitória de José Mário Vaz nas últimas eleições presidenciais, Nuno Nabian desmentiu ter exigido a pasta de vice-primeiro-ministro e a supervisão da reforma das forças armadas Bissau-guineenses, bem como o ministério dos recursos naturais.
As revelações sobre as alegadas exigências do ex-candidato independente apoiado pelo PRS (Partido da Renovação Social), foram feitas no passado dia 23 de Maio pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
O PRS descartou toda e qualquer ligação com as exigências do candidato infeliz à magistratura suprema da Guiné Bissau, que confirmou ter aceitado os resultados do escrutínio presidencial em nome da paz e da estabilidade no país da África Ocidental, de 1,6 milhões de habitantes cuja história desde a sua independência oficial em 1974, foi marcada por uma sucessão de golpes de Estado e por uma instabilidade política crónica.
A eleição presidencial vencida em 18 de Maio pelo candidato do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) José Mário Vaz com 61,9% dos sufrágios, tem como objectivo restabelecer a normalidade política na conturbada ex-colónia portuguesa.
Nuno Nabian, que tinha negociado a aceitação dos resultados com o chefe da missão dos observadores da União Africana, o ex-presidente moçambicano, Joaquim Chissano e com os responsáveis da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) declarou nomeadamente, nesta segunda-feira, que não competia ao primeiro-ministro cabo-verdiano resolver os problemas internos da Guiné Bissau.
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