Bissau - O Candidato independente Paulo Gomes, o terceiro mais votado nas eleições Presidenciais de 13 de Abril, disse, este Domingo, 4 de Maio, que a Guiné-Bissau é um «país de especulações e de rumores».
Paulo Gomes defendeu que, se exportasse os rumores a Guiné-Bissau seria um país industrializado. O candidato fazia alusão aos rumores que circulam sobre ter dado indicação de voto ao candidato do PAIGC, José Mário Vaz, e, como contrapartida, teria uma pasta ministerial.
«Não pensei que a única forma de ajudar o meu país era ser membro do Governo. Então, não ganho absolutamente nada em negociar um lugar como membro de Governo. Fiquei decepcionado com os jovens que pensavam, no quadro destas especulações, que isto passava na minha mente» disse Paulo Gomes, tendo afirmado que, se quisesse pertencer ao Governo, há muito que isso tinha acontecido.
Falando em conferência de imprensa, Paulo Gomes anunciou a transformação do seu projecto político «Nô Muda Rumu» num movimento cívico de apoio ao desenvolvimento, assim como a entrega da sede ao clube «Ajuda Sport» onde funcionava a sua directoria nacional.
O candidato independente disse, na ocasião, que a ideia de transformação do seu projeto político em movimento surgiu na sequência das preocupações básicas das populações guineenses, recolhidas durante o processo de pré-campanha e de campanha em toda a zona por onde passou, que vai desde a formação, o acesso à água potável e o acesso ao crédito pelas mulheres, como forma de estas criarem rendimentos que possam ajudá-las no sustento familiar.
«Há obviamente áreas em que eu pensei que este movimento pode jogar um papel extremamente importante. Acreditei na matéria da tecnologia. Vi como os jovens durante dez meses utilizaram a Internet gratuitamente na minha sede. Aprenderam muito, sei que podíamos cobrar-lhes mas pensei que, quando as pessoas aprendem e conseguem saber o que acontece noutros países, não é só um bom investimento para eles mas também para o país», referiu.
Paulo Gomes é da opinião que se as mulheres tiverem acesso às instituições de crédito e mais independência, o crescimento da Guiné-Bissau será mais acelerado.
«Vamos encorajar, no quadro do movimento, como é que as mulheres vão ter acesso a credito e como é que podemos fazer parcerias com outras instituições nas áreas de micro-crédito porque acredito que, se dermos mais acesso às mulheres e mais independência, o crescimento deste país vai ser mais acelerado», concluiu.
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