A greve ilimitada do sector público na África do Sul, a visita oficial do presidente Jacob Zuma à China e a deslocação ao Brasil do presidente guinneense, Malam Sanhá, são entre outros acontecimentos os que marcaram o panorama sócio-político do continente africano durante a semana finda.
Entretanto, a África do Sul foi manchete na imprensa nacional e internacional por ter sido marcada por dois acontecimentos:
Primeiro, a greve ilimitada da função pública que desde 23 de Agosto continua "arrastar" milhares de trabalhadores a exigir um aumento salarial de 8,6% em oposição à proposta do governo de 7%.
Segundo, o Presidente sul africano, Jacob Zuma, efectuou uma visita oficial à China de três dias, numa altura em que se intensificavam os problemas a nível interno, com mais de um milhão de trabalhadores do sector público em greve.
A sua missão comercial a China, Jacob Zuma, acompanhado por 350 homens de negócios, foi dominada pelos projectos de reforço da cooperação entre o gigante asiático e a primeira economia de África. Nesta visita foi assinado uma dúzia de acordos entre empresas chinesas e sul-africanas nos sectores dos caminhos de ferro, da energia, da energia nuclear, da construção e obras públicas, das minas, dos seguros e das telecomunicações.
Durante a semana em análise, a situação de estabilização politica da Guiné-Bissau voltou a ser manchete na imprensa internacional.
O Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, esteve na capital brasileira (Brasília) onde se reuniu com o seu homólogo, Lula da Silva.
Durante o encontro a questão de estabilização da Guiné-Bissau esteve no centro das atenções.
Na Somália, Mogadíscio foi sacudido, terça-feira, com um ataque-suicida contra um hotel sob controlo do Governo, que vitimou pelo menos 90 pessoas, entre as quais quatro parlamentares, nomeadamente Mohamed Hassan Nur, Geddi Abdi Gadid, Bolha Hassan Mo'allim e Idiris Muse Elmi.
A comunidade internacional já reagiu condenando energicamente o acto terrorrista reivindicado por islamistas separatistas.
A semana finda foi ainda marcada com o empossamento do presidente eleito no Burundi.
Entretanto, o jovem estadista eleito em Junho último, para um segundo mandato, Pierre Nkurunziza, jurou, quinta-feira, em Bujumbura, dignificar à nação, cumprir e fazer cumprir a Constituição do país.
Pierre Nkurunziza assumiu esse compromisso no acto do seu empossamento ao cargo da mais alta magistratura do Burundi, realizado no Palácio dos Congressos, na presença de centenas de convidados estrangeiros e nacionais.
Nos Camarões, a cólera causa 271 mortos dos 3.605 recenseados. Durante a semana finda, o balanço desta epidemia continuava a aumentar, deixando as autoridades sanitárias preocupadas, principalmente no Extremo Norte do país, a dois mil quilómetros da capital Yaoundé.
Segundo o presidente da Célula de Crise, Fru Angwafor III, casos suspeitos de cólera teriam vindo dos países vizinhos para beneficiar do tratamento gratuito oferecido nas unidades sanitárias camaronesas.
Foi igualmente manchete na imprensa, a nomeação de um conselheiro para pirataria pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com efeito, um antigo ministro francês, Jack Lang, vai se tornar no conselheiro especial das Nações Unidas para a pirataria. O mesmo terá o papel de examinar a forma e onde julgar os piratas capturados.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, afirmou que Washington estava contente com a nomeação.
Em Maio, a Rússia se queixou de imperfeições na lei internacional, depois de ter sido obrigada a libertar os piratas somalis que as suas forças capturaram no Golfo de Aden, durante uma operação para libertar um petrolífero russo.
Na Guiné-Equatorial, os autores do ataque contra palácio, em Fevereiro de 2009, foram condenados à morte, por um Tribunal de Malabo.
O veredicto lido pela televisão estatal, dois outros suspeitos foram condenados a 20 anos de prisão efectiva por cumplicidade nesse processo.
Finalmente no Quénia foi promulgada, durante a semana em análise uma nova Constituição, que muda a maneira como o poder é distribuído e gerido no país.
O governo queniano planeou o que prometeu ser a maior festa da última geração, com uma grande parada e transmissões em directo nas televisões e rádios estatais.
A maior parte dos quenianos acredita que este é um documento fundamental para a democracia do que a antiga Constituição.
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