Bissau - A Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (Acobes) da Guiné-Bissau denúncia a subida de preço de todos os produtos de primeira necessidade e acusa o Governo de ser o responsável pela situação.
Segundo Bambo Sanhá, presidente da Acobes, a subida dos preços começou a ser notada entre finais de Maio e princípios de Junho, "mas nos últimos dias se acentuou de tal forma que, em certos casos, há produtos inflacionados em mais de 100 porcento".
"Por exemplo, o alho de cozinha passou, num mês, de dois mil francos CFA/quilo para quatro mil quinhentos francos (de três para 7 euros). O arroz passou de 12 mil para 14 mil francos CFA (de 18 para 21 euros)", afirmou Bambo Sanhá.
Um saco de açúcar de 50 quilogramas passou de 15 mil para 27 mil francos CFA (de 23 para 41 euros), revelou ainda aquele responsável.
O presidente da Acobes aponta ainda os casos dos produtos de origem local, nomeadamente a carne e o peixe, que viram os seus preços aumentados em mais de 75 porcento.
Questionado pela Lusa sobre os motivos deste aumento dos preços, Bambo Sanhá afirmou que os comerciantes alegam que o executivo guineense agravou as taxas alfandegárias e aumentou os impostos sobre a venda dos produtos importados.
A Acobes endereçou recentemente uma carta denominada Manifesto do Consumidor, na qual apela ao Governo para a redução das taxas alfandegárias, sob pena de se não se fizer isso "empobrecer ainda mais os guineenses" e "aumentar a instabilidade social".
Até agora, não há nenhuma resposta do executivo ao apelo da Acobes, adiantou o presidente da organização.
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