terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ministério da Educação introduz medidas para reforçar ensino de português

escola Bissau- O Ministério da Educação da Guiné-Bissau está a aplicar um conjunto de medidas para o reforço do ensino da língua portuguesa e da matemática no sistema escolar público e privado no próximo ano lectivo, que começa em Outubro de 2010.

A informação foi avançada hoje à Agência Lusa pelo ministro da Educação guineense, Artur Silva, comentando as recentes decisões do Governo em alterar o currículo escolar na Guiné-Bissau, introduzindo, por exemplo, o décimo segundo ano de escolaridade obrigatória a partir do ano lectivo 2010-2011.

"Do diagnóstico feito, detectámos que o nível fraco do uso do português no país, também se deve ao fraco nível do ensino desse idioma, que é língua nacional, por isso decidimos melhorar", disse o ministro da Educação guineense.

Já a partir do novo ano lectivo, que começa em Outubro, será obrigatório o ensino da língua portuguesa em todas as fases, isto é, do primário ao 12.º ano e até ao último ano do universitário.

A partir de agora, em todas as escolas públicas e privadas da Guiné-Bissau o ensino do português será de 25 horas semanais no ensino secundário.

"O português é a língua nacional do país, mas tem-se notado muitas dificuldades na sua utilização no quadro do sistema educativo e a nível da população em geral, por isso, com ajuda da cooperação portuguesa no quadro do PASEG-2, vamos tentar mudar esse quadro", afirmou Artur Silva.

Além do português, os alunos guineenses serão também a partir de agora obrigados a estudar mais a matemática em todas as classes, do primário ao 12.º ano de escolaridade, frisou o ministro da Educação.

Artur Silva sublinhou que esta reforma curricular visa, sobretudo, acompanhar o sistema e o nível do ensino dos restantes países da sub-região africana onde a Guiné-Bissau está inserida.

Mas, referiu ainda o ministro da Educação guineense, a grande novidade do novo sistema curricular é a obrigatoriedade da realização dos exames nacionais na conclusão do 12º ano de escolaridade. 

"Até aqui o aluno estudava até 11.º ano e não fazia mais nada, ou seguia para o curso universitário ou então ficava por aí, mas a partir de agora o aluno será obrigado a fazer exame nacional para poder ter um certificado do 12.º ano", declarou Artur Silva.

"Esperamos subir o nível do ensino na Guiné-Bissau de uma forma considerável daqui para a frente", disse.

2 comentários:

  1. Noticias muito boas, mas seria bom ver isto em pratica. Sou um estudante Guineense nos EUA a fazer magistrado em ciencias politicas, e gostaria de entrar em contacto com o ministerio da educacao da Guine. sera que alguem pode ajudar com contactos ou sitio do ministerio?

    Muito obrigado, gostei deste blog. Continue com a promocao da educacao.

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  2. Foda-se o ministro de educação faltou lhe uma coisa...
    os que ja terminaram o ensino liceal a 100 anos atras nao podem mais conseguir bolsas de estudos, no ministerio de educaçao, ou conseguir visto na embaixada do Brasil,França,Portugal etc... fiquei sabendo que essa lei ta em vigor agora a nivel nacional tudo bem, mas o que é que o Miniterio da Educ. vai fazer com aqueles que ja terminaram o ensino leceal a muito tempo? se por um acaso algum deles conseguir uma bolsa de estudos para o extirior nao pode ir porque só porque nao tem o certificado do 12 ano?
    de novo.....
    Isso é a pior burrice que já vi na minha vida. Imagina uma pessoa que já terminou o ens. leceal a 10 anos e se casou e trabalha para sustentar os filhos ao conseguir uma bolsa de estudos para o exterior do pais não pode ir só porque não tem o certificado de 12 ano. Precisam rever bem essa lei.... devia entrar em vigor mais para os que ainda estão estudando ou os que terminaram o 11 ano no em 2010/2011.
    Foda-se...bobos....

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