terça-feira, 18 de junho de 2013

Prevista exportação de 140 mil toneladas de caju - Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau (ANIE-GB)

Bissau - A exportação de caju da Guiné-Bissau deste ano poderá no máximo chegar a 140 mil toneladas, disse ontem (segunda-feira) o presidente da associação de importadores e exportadores, que responsabiliza a Câmara de Comércio pelos "sucessivos desastres" das campanhas.  

Em conferência de imprensa, Mamadú Djamanca, presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau (ANIE-GB), disse que até agora já foram exportadas um pouco mais de 10 mil toneladas, estando em armazéns de Bissau mais 80 mil toneladas "à espera dos barcos". 

O incremento da exportação, explicou, deu-se este mês, após o Governo ter baixado de 50 francos CFA (0,076 euros) para 10 (0,015 euros) uma taxa por cada quilo de castanha de caju exportada. 

O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e o grande motor da economia do país, fazendo subir o baixar o PIB (Produto Interno Bruto) consoante os anos são bons ou maus. 

Nas palavras de Mamadú Djamanca, as campanhas não têm corrido bem por culpa da Câmara de Comércio e Indústria, que apresenta propostas extemporâneas para as campanhas que só contribuem "para o disfuncionamento do mercado" e criam "mau ambiente para o desenvolvimento de negócios e de investimento no país". 

Neste momento, disse, está garantida a exportação de mais de 100 mil toneladas, sem esquecer as cerca de 10 mil toneladas que se prevê que tenham sido escoadas ilegalmente por via terrestre. Ao todo, acrescentou, espera-se que se exporte entre 130 a 140 mil toneladas, quando a previsão inicial indicava entre 150 a 180 mil toneladas. 

Mamadú Djamanca disse ainda que os preços praticados internacionalmente este ano são muito baixos, "o que não encoraja o dinamismo" do mercado, a que se juntaram "medidas inadequadas e fora de tempo". 

O responsável criticou nomeadamente a criação da taxa dos 50 francos (que passou para 10), conhecida na Guiné-Bissau por FUNPI, e explicou que ao contrário do que a Câmara de Comércio afirmou recentemente são os empresários guineenses quem paga essa taxa e não os estrangeiros (empresários indianos, principais compradores do caju). 

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