quinta-feira, 13 de junho de 2013

Doentes abandonam principal hospital da Guiné-Bissau

Doentes internados no hospital Simão Mendes, principal centro médico da Guiné-Bissau, estão a abandonar a unidade por falta de assistência já que os profissionais estão de greve geral há cinco dias, avança a agência Lusa.

A Lusa constatou esta terça-feira no local quartos e enfermarias inteiras com três ou quatro doentes, quando em situação normal (sem greve) seriam locais completamente lotados de pacientes.

Na maternidade, a Lusa pôde constatar pouco mais que 30 doentes, a maioria mulheres que deram à luz nos últimos dias. Nos serviços de urgência dois médicos dão as consultas aos poucos doentes que aí se encontram.

O director do hospital, Lassana N'Tchassó, disse à Lusa que não tem conhecimento oficial do abandono dos doentes do hospital, mas ainda assim diz ser normal isso acontecer em caso de falta de assistência.

"Não posso confirmar isso porque não tenho nenhuma informação oficial nesse sentido. Mas o paciente é livre de escolher o hospital onde quer ser atendido", defendeu o director do maior centro hospitalar da Guiné-Bissau.

Questionado sobre se, por causa da greve, haveria mortes no hospital Lassana N'Tchassó afirmou que não, lembrando que, mesmo que não seja por causa da paralisação, há óbitos de pacientes.

O director do Simão Mendes disse que, pelas informações de que dispõe, os sindicatos ainda não chegaram a um acordo com o Ministério da Saúde Publica para o levantamento da paralisação, embora tenham estado em negociações nos últimos dias.

A greve, de sete dias úteis, deve terminar na quarta-feira. Visa exigir do Governo o pagamento de salários em atraso e melhoria de condições de trabalho dos profissionais agrupados em três sindicatos: STS (Sindicato de Técnicos de Saúde), SINETSA (Sindicato de Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins) e SINQUAS (Sindicato de Quadros Superiores da Saúde).

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