Bissau - Cerca de duas dezenas de pessoas, acusadas de envolvimentos no acontecimento de 21 de Outubro, compareceram, esta terça-feira, 12 de Março, para efeitos de audiência, discussão e julgamento, perante os juízes do Tribunal Militar Regional de Bissau.
Entre os presentes destacaram-se o Capitão Pansau Ntchama, tido como líder do acontecimento, bem como o então vice-Chefe do Estado-maior da Armada guineense, Jorge Sambu.
Ambos são acusados, pela justiça militar, de um alegado «atentado contra a segurança do Estado e traição à Pátria».
Trata-se de um total de 17 pessoas, que contam com uma defesa composta por 16 advogados, integrada pelo actual Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins. Alguns magistrados foram nomeados apenas um dia antes, pela Ordem de Advogados. O colectivo de juízes militares é formado por cinco elementos.
Pouco depois da leitura da acusação, os advogados levantaram as suas preocupações relativamente à falta de contacto com os seus constituintes, bem como ao não permitido acesso ao texto de acusação, dias antes do início da sessão do julgamento.
A leitura de referido documento foi presenciada pela chefia do Estado-maior General das Aorças Armadas, na ausência de António Indjai, que se encontra fora do país.
Perante familiares, amigos e conhecidos, o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) esteve representado, nesta primeira sessão, que deverá ainda decorrer durante toda a semana.
No primeiro dia do julgamento, apenas Jorge Sambu foi ouvido pelos juízes, sobre a denúncia de que é alvo no processo em causa.
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