Em causa, a Bauxite Angola
Entrevistado pela televisão pública, Daniel Gomes disse, nomeadamente, que a empresa Bauxite Angola não apresentou estudos de impacto ambiental e de viabilidade económica.
A posição do governante surge na mesma altura em que o Ministério Público guineense considerou que o contrato assinado entre o Governo de Bissau e a empresa Bauxite Angola, em 2007, não está conforme as leis do país e que podia ser rescindido.
Daniel Gomes acusa ainda a administração da Bauxite Angola (uma empresa de capitais públicos angolanos) de ainda não ter respondido às solicitações que lhe fez, em Agosto passado, para que apresentasse "o rasto" de 13 milhões de dólares (9,9 milhões de euros) que deveriam ser pagos no momento da assinatura do contrato com o Estado guineense.
"Disse pessoalmente ao presidente do Conselho de Administração da Bauxite Angola, no encontro que mantive com ele, que me mostre as peças justificativas dessa suposta transferência, mas ele não me deu nada", disse Daniel Gomes, salientando ter informações de que esse dinheiro não deu entrada nos cofres da Guiné-Bissau.
O ministro disse também que a Bauxite Angola ainda não deu nenhuma resposta sobre a proposta da parte guineense no sentido da reformulação das quotas, passando a Guiné-Bissau a ter 85 por cento, ao invés dos actuais 10, e Angola 15 (actualmente detêm 90 por cento).
Daniel Gomes afirma ainda que a Bauxite Angola não delimitou a zona de exploração: "Os jazigos deviam ser balizados, porque estão numa zona fronteiriça com a Guiné-Conacri, mas nada disso também foi feito. Fizemos um cronograma de ações que a empresa devia fazer em 120 dias. Essa data expirou em Dezembro passado sem que nada fosse outra vez feito".
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