Bissau - O Movimento Nacional da Sociedade Civil da Guiné-Bissau se congratulou hoje (segunda-feira) com a decisão das autoridades do país, que admitiram a possibilidade de uma força de estabilização internacional no país, disse à Lusa o vice-presidente da plataforma que agrupa mais de 100 organizações.
Segundo Mamadu Queitá, também porta-voz do Movimento, a sociedade civil entende que "há muito que o país estava a precisar de uma força internacional", uma vez que "ficou provado que as autoridades legítimas não têm condições de controlar as Forças Armadas" guineenses.
"É uma decisão bem-vinda", defendeu Mamadu Queitá, frisando que "os vários episódios ocorridos no país já justificavam a vinda de uma força", para ajudar as autoridades a controlar as forças de Defesa e Segurança.
"É notória a desorganização do aparelho do Estado e a insubordinação das forças de defesa e segurança ao poder civil. Aconteceram vários casos que ficaram sem esclarecimento. A aceitação de uma força internacional é um passo importante que vai ajudar na estabilização efetiva do país", considerou Mamadu Queitá.
Para este activista da sociedade civil, com a vinda dessa força, cujos contornos ainda se desconhecem, a Guiné-Bissau terá as condições necessárias para arrancar com o programa de reforma do seu sector de defesa e segurança.
"Esse programa é imprescindível para o futuro do país. Com ou sem o apoio da comunidade internacional as nossas autoridades deviam levar avante a reforma", defendeu o porta-voz das organizações da sociedade civil.
Mamadu Queitá entende também que a vinda de uma força de estabilização dará garantias aos cidadãos e protecção aos titulares de órgãos de soberania.
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